Buscar

Prática Simulada aula 07

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DE DIREITO DA__VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAÇATUBA-SP
 Maria, nacionalidade, profissão, viúva, portadora da cédula de identidade n° ____, expedida pelo órgão__, inscrita no CPF/MF sob o n° ____, residente e domiciliada no endereço__, na Rua___, n° ____, portadora do endereço eletrônico___, vem por meio de seu advogado, com endereço profissional, respeitosamente perante Vossa Excelência propor.
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
com procedimento comum em face de Roberto, nacionalidade, comerciante, estado civil, portador da cédula de identidade n °___, expedido pelo órgão___, inscrito no CPF/MF sob o n° ___,residente e domiciliado no endereço ___,na Rua___, n° ___,portador do endereço eletrônico___, vem por meio de seu advogado, com endereço profissional___, pelo rito comum, pelos fatos e fundamentos abaixo exposto.
I.I DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente afirma que nos termos do art.98 do CPC ser juridicamente pobre, não possuindo condições de arcar com o pagamento dos custos judiciais e honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua família, razão pela qual requer o deferimento do pedido de gratuidade de justiça.
I.II DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
É competente o presente foro para a propositura da ação em tela, tendo em vista as circunstâncias originárias da ação, o homicídio culposo já reconhecido por sentença judicial. A vista disso, e conforme expressão exposta no artigo 53 do nosso código de processo civil cabe ao autor a possibilidade de escolher propor a ação para reparação de dano, tanto em seu domicílio quanto no local onde ocorrera o fato. Nesse sentido:
Art. 53.  É competente o foro: (...).
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a)de reparação de dano;
I.III DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA
Faz-se necessário a concessão da tutela de urgência, uma vez que a mesma atende aos requisitos elencados ao art. 300, CPC, quais sejam o perigo de dano e a probabilidade do direito.
I-DOS FATOS
 O presente caso tem como tem como início o fato de que o Sr. Marcos, esposo da Senhora da parte autora, enquanto caminhava por uma Rua na cidade de Recife \u2013 PE, fora atingido por um aparelho de ar-condicionado que era manejado pelo réu de forma imprudente, que é comerciante e proprietário de uma padaria localizada no local aludido. O Sr. Marcos, ainda vivo, mas gravemente ferido, fora encaminhado a um hospital particular. Contudo, em virtude da gravidade dos ferimentos, o mesmo veio a falecer após estar internado por um dia.
 A esposa de Marcos, profundamente abalada pela perda repentina e trágica do seu esposo, tivera que se deslocar até a cidade de Recife \u2013 PE para poder efetivar o translado do corpo de volta para casa, na cidade de Araçatuba \u2013 SP, onde ocorrera o sepultamento. 
 O falecido não deixou filhos, sendo que o mesmo já possuía 50 anos de idade, era o único responsável pelo seu sustento e de sua esposa, com uma renda nunca superior a um salário mínimo, obtida através de muita valentia com serviços de pedreiro. Todo o desenrolar do caso resultou em gastos hospitalares que somaram o total de R$ 3.000,00, junto com os gastos com transporte do corpo e funeral cujo valor consolidou-se em mais R$ 3.000,00. 
 Cumpre relatar que no desfecho do inquérito policial que fora instaurado por ocasião do fato, o laudo da perícia técnica apontou como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar-condicionado. O autor fora indiciado, sendo posteriormente denunciado e condenado em primeira instância como autor de homicídio culposo. É a suma dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
II. DOS FUNDAMENTOS
Da análise de todo exposto verifica-se que o réu deverá indenizar a parte autora, de acordo com o art.186, CC c/c art.927 CC, por ter causado dano a outrem, mediante imprudência, cometendo assim, um ato ilícito. Tendo então, a obrigação de reparar o dano causado à vítima. 
 Por se tratar de uma ação indenizatória por homicídio, na forma do art.948, CC. Deverá o réu arcar com as despesas dos tratamentos da vítima, funeral e alimentos, além disso, possibilita também o dano moral, pois a viúva ficou muito abalada com a perda de seu marido.
 Ressalte-se que o pensionamento devido à autora (VIÚVA), segundo o inciso II do art. 948 do CC, deverá considerar a “duração provável da vida da vítima”, devendo ser uma pensão vitalícia. Já o valor do citado pensionamento deverá corresponder a 2/3 dos rendimentos da vítima. Tendo em vista que a pensão visa restituir na íntegra os prejuízos que os sucessores donde cujus sofreram e continuarão a sofrer com a sua morte, os valores destinados ao autor.
 Ainda, visando a atualização anual da pensão, o valor fixado deverá ser convertido em percentual sobre o salário mínimo, vale dizer, R$ 954,00(novecentos e cinquenta e quatro reais) da remuneração quanto ao falecimento.
 -   Sobre o tema, eis um julgado:
“(...). DANO MATERIAL – ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA – TERMO FINAL DOS PENSIONAMENTOS DA VIÚVA E DO FILHO – PARCELA DESTINADA AOS BENEFICIÁRIOS – DIREITO DE ACRESCER – (...). 2- O termo final do pensionamento da viúva, segundo o que estipula o inciso II do art. 948 do CC, deve considerar a 'duração provável da vida da vítima', a qual vem sendo estipulada pela jurisprudência atual a partir da Tábua completa de mortalidade no Brasil disponibilizada anualmente pelo IBGE. Eventual casamento ou união estável da companheira não faz cessar antecipadamente o direito ao percebimento desta pensão, dado o seu caráter reparatório. Como a sentença foi sensível a estas balizas e aos limites do pleito inicial, não merece qualquer reparo no particular. 3- O pensionamento do filho do de cujus, a seu turno, deve acontecer até que atinja os 25 anos, pois a sua dependência econômica é presumida até esta idade, eis que normalmente a formação universitária e a contração de matrimônio ou união estável, mediante a formação de novo núcleo familiar, normalmente acontece a partir de então. Por isso, o julgado a quo também é irreparável neste aspecto. 4- O pensionamento deve corresponder a 2/3 dos rendimentos da vítima, porquanto presume-se que 1/3 dessa importância era gasta em despesas pessoais do de cujus, pelo que a sentença merece reparos no particular. 5- Como a pensão visa restituir na íntegra os prejuízos que os sucessores do de cujus sofreram e continuarão a sofrer com a sua morte, plausível é destinar os valores, antes pagos a quem não mais figura na posição de dependentes, àqueles que permanecerem nesta condição, tal qual decidido em primeiro grau. Apelo patronal ao qual se dá parcial provimento. (...).”. (TJMG – AC nº ____ - __ T. – Rel. Des. ____ - DJ __/___/__.)
- Em relação ao entendimento doutrinário:
Salienta o Prof. Washington de Barros:
Monteiro esclarece que: “Em face, pois da nossa lei civil, a reparação do dano tem como pressuposto a prática de um ato ilícito. Todo ato ilícito gera para seu autor a obrigação de ressarcir o prejuízo causado. É de preceito que ninguém deve causar lesão a outrem. A menor falta, a mínima desatenção, desde que danosa, obriga o agente a indenizar os prejuízos consequentes de seu ato.” (Curso de Direito Civil, vol. 5, p 538).
III) DO PEDIDO
A)Que seja deferida a gratuidade de justiça à parte autora;
B)A concessão da tutela provisória de urgência antecipada, a fim de que o réu pague a pensão mensal vitalícia a autora, no valor de um salário mínimo;
C)Seja designada a audiência de conciliação com a devida citação do réu;
D)Requer a condenação do réu para:
I. Pagar a autora a pensão no valor equivalente a um salário mínimo (novecentos e cinquenta e quatro reais),confirmando-se a Tutela Provisória de Urgência requerida.
II. Pagar a parte autora o valor de R$3.000,00 (três mil reais) a titulo de despesas médicas.
III. Pagar a parte autoria o valor de R$3.000,00(três mil reais) a título de despesas de funeral.
IV. Indenizaçãopor danos morais pelo óbito do familiar, a ser fixado por Vossa Excelência, devidamente atualizado e com juros legais a contar do evento lesivo; 
 III-PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitido na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental e a testemunhal.
IV-VALOR DA CAUSA
  Dá à causa o valor de R$ 12.399,96 (doze mil trezentos e noventa e nove reais e noventa e seis centavos).
V- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
 Inicialmente, cumpre informar que a parte autora manifesta interesse na realização da audiência de conciliação/mediação, prevista no art.334 do CPC, cumprindo assim o requisito elencado no art.339, VII do CPC.
 Pede deferimento.
 Nova Friburgo, 09 de Abril de 2018.
 Advogado/OAB n°

Outros materiais