Buscar

SAUDE DA MULHER, NASF, MATERIAS DE PROVAS

Prévia do material em texto

NNÚÚCLEOS DE APOIO CLEOS DE APOIO ÀÀ SASAÚÚDE DA FAMDE DA FAMÍÍLIALIA
- Conceitos e Diretrizes -
Setembro de 2013.Setembro de 2013.
Aspectos Normativos
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados 
pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a 
consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando sua 
abrangência e resolubilidade.
São equipes multiprofissionais que devem trabalhar de forma 
integrada às equipes Saúde da Família, apoiando-as e 
compartilhando saberes.
A lógica do trabalho deve ser o apoio matricial.
O que é o NASF?
Histórico Portarias
5
.
Outras portarias vigentes
-Portaria 256 de 11 de março de 2013, que define as normas para 
cadastramento do NASF no CNES e institui o CBO provisório de 
sanitarista e profissional de educação física na saúde; 
-Portaria 548 de 04 de abril de 2013, que define o valor de 
financiamento do NASF 1, 2, e 3;
-Portaria 562 de 04 de abril de 2013, que define os valores do 
incentivo referente ao PMAQ.
• Assistente Social
• Farmacêutico
• Fisioterapeuta 
• Fonoaudiólogo 
• Nutricionista
• Profissional/Prof. de Educação 
Física
• Psicólogo
• Terapeuta Ocupacional 
• Médico 
Ginecologista/Obstetra 
• Médico Acupunturista
• Médico Homeopata 
• Médico Pediatra
• Médico Psiquiatra
• Médico Geriatra*
• Médico Internista (clinica médica)* 
• Médico do Trabalho*
• Médico Veterinário*
• Profissional com formação em arte 
e educação (arte educador)* 
• Profissional de saúde sanitarista*
* categorias acrescentadas as já indicadas na Pt nº
154/2008, que cria os NASF.
Ocupações possíveis no NASF
� Cada NASF poderá estar vinculado a, no máximo, 3 pólos do 
Programa Academia da Saúde em seu território de abrangência, 
independente do tipo de NASF e da modalidade do pólo Academia 
da Saúde;
� Para cada pólo vinculado à equipe do NASF deverá existirmais 1 
profissional de saúde de nível superior com carga horária de 40 
horas semanais ou 2 profissionais de saúde de nível superior com 
carga horária mínima de 20 horas semanais. 
NASF e Academia da Saúde
Ocupações mais frequentes (CNES, julho/2013)
Profissional Qtdade.
Fisioterapeuta 3234
Psicólogo 2211
Nutricionista 1901
Assistente social 1578
Fonoaudiólogo 1056
Farmacêutico 970
Terapeuta ocupacional 559
Médico pediatra 370
Médico ginecologista e obstetra 311
Médico psiquiatra 163
Profissional de Educação Física 151
Médico veterinário 30
Educador 17
Médico acupunturista 10
Médico homeopata 9
Médico geriatra 6
Outros 291
Total geral 12867
NASF implantados no Brasil (CNES, julho/2013)
UF NASF 1 NASF 2 NASF 3 TOTAL
AC 12 3 15
AL 44 18 2 64
AM 34 2 36
AP 15 2 17
BA 124 78 202
CE 150 32 182
DF 7 7
ES 4 3 7
GO 39 16 16 71
MA 91 16 107
MG 232 88 0 320
MS 24 19 4 47
MT 9 17 1 27
PA 57 6 63
PB 101 22 8 131
PE 137 23 160
PI 53 34 1 88
PR 79 19 1 99
RJ 104 1 105
RN 45 16 2 63
RO 7 1 8
RR 4 2 6
RS 24 9 0 33
SC 51 33 1 85
SE 9 3 12
SP 158 6 0 164
TO 11 7 10 28
TOTAL 1.625 476 46 2.147
O Processo de Trabalho do NASF e o 
Apoio Matricial
O que é Apoio Matricial?
- O Apoio: função gerencial que pressupõe relação horizontal, 
desburocratizada, suporte, dimensão pedagógica na gestão do trabalho;
- Se dá sobretudo em ato, nos “encontros”;
- Prática técnica e relacional;
- Pode ampliar a potência de pensar, de inventar, de (inter)agir, de cuidar;
- Tem duas dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógica.
Apoio Matricial: foco na ampliação de competências/capacidades das 
equipes de saúde para lidar com problemas clínicos e sanitários (saúde 
mental, nutrição, reabilitação etc);
Por que fazer Apoio Matricial?
- Aumento da resolutividade/capacidade de cuidado das equipes de saúde e 
do escopo de ações da atenção básica, diante de necessidades individuais 
e coletivas;
- Alteração do lugar e da dinâmica das especialidades;
- Promover cuidado compartilhado;
O apoiador matricial é um profissional com um núcleo de saber específico e 
um perfil distinto daquele dos profissionais de referência, que pode 
agregar recursos de saber e contribuir com intervenções que aumentem 
a resolutividade da equipe de referência.
Alguns modos de apoiar
- Discutir casos clínicos;
- Realizar atendimentos compartilhados;
- Realizar educação permanente sobre temas relevantes para as equipes (demanda 
explícita ou percebida/pactuada);
- Participar da construção de protocolos com as equipes;
- Dar suporte na implantação/incorporação de novas práticas (ex: grupos 
terapêuticos e educativos, técnicas);
- Dar suporte na construção de projetos terapêuticos singulares;
- Dar suporte no manejo de questões do território.
Como iniciar o trabalho do NASF?
- Construir um projeto de implantação de NASF que seja condizente com as 
necessidades dos territórios e das equipes Saúde da Família;
- Buscar que o menor número possível de equipes de AB vinculadas a um NASF;
- Garantir proximidade geográfica entre as equipes vinculadas. Garantia de menor 
distância e menor tempo para deslocamento, otimizando o desenvolvimento de 
ações pelos profissionais do NASF;
- As ações que serão inicialmente priorizadas pelos profissionais do NASF no 
desenvolvimento de seu trabalho na Atenção Básica deverão estar diretamente 
associadas ao diagnóstico local que embasou a implantação deste NASF. Estas 
ações não devem ser consideradas definitivas
A inserção do NASF no cotidiano das 
equipes
� É fundamental que as ações sejam pactuadas com as equipes de AB, evitando-se 
a construção de ofertas de apoio que sejam consideradas irrelevantes ou 
secundárias pelas equipes apoiadas. 
� O momento e o jeito da “chegada” devem ser cuidados, no sentido de serem 
“bons encontros” para ambos (profissionais dos NASF e das ESF/EAB). 
� Desconhecimento das possibilidades de atuação no apoio matricial: a 
predominância da lógica de atenção centrada na doença e em procedimentos 
curativos muitas vezes ocasiona uma pressão para que o NASF trabalhe em uma 
lógica ambulatorial, centrada apenas na dimensão assistencial do apoio matricial. 
� Essa pressão pode ser realizada ora pela população, ora pela própria equipe de 
AB, ora pela gestão.
A inserção do NASF no cotidiano das 
equipes
� Pode haver dificuldade por parte dos profissionais do NASF em ampliarem suas 
possibilidades de atuação para além das ações especificas de seu núcleo de saber, 
seja por dificuldade em trabalhar interdisciplinarmente ou por insegurança em 
delimitar os limites do núcleo e do campo de conhecimento;
� “Papel regulador”: assim como todos os profissionais do SUS, o NASF tem 
responsabilidade pela regulação assistencial, ou seja, por qualificar os 
encaminhamentos relativos ao seu núcleo de saber, tanto os recebidos das 
equipes apoiadas, quanto os realizados por outros pontos ou serviços da RAS.
Para isso, deve estabelecer estratégias que busquem aumentar a resolução da 
maioria dos problemas de saúde na Atenção Básica e definir, em conjunto com 
as equipes vinculadas, critérios e fluxos para encaminhamentos para outros 
pontos de atenção quando necessário. 
Apoio da gestão para que o NASF 
possa fazer apoio
A oferta de condições adequadas e o papel de mediação de conflitos e impasses 
entre NASF e equipes de AB são algumas das responsabilidades da gestão para o 
desenvolvimento do trabalho compartilhado entre estas equipes. 
Para isso, algumas pactuações podem ser realizadas, envolvendo gestão 
municipal e/ou apoiadores do município, profissionais do NASF e das equipes 
vinculadas:
� Critérios para acionamento do apoio matricial e outras formas de integração 
entre equipes de AB e NASF; 
� Definição deatribuições e atividades mínimas desenvolvidas por cada 
categoria profissional;
� Parâmetros para distribuição da carga horária entre as ações que podem ser 
desenvolvidas pelo NASF, englobando ações assistenciais e técnico-pedagógicas;
Pactuações Importantes
� A definição das situações prioritárias, dos fluxos e das formas de efetuar o apoio, 
além de outros acordos necessários para o desenvolvimento do trabalho 
compartilhado, deve ser construída conjuntamente entre NASF e equipes de AB, 
fomentando o comprometimento de todos os envolvidos com as pactuações 
realizadas.
� Uma estratégia que pode ser utilizada para a consolidação destas pactuações é
estabelecê-las em documento escrito, tornando-o acessível a todos os profissionais 
das equipes de AB para consulta quando necessário. 
� Pode-se deixar claro, por exemplo, em quais situações clínicas serão 
prioritariamente atendidos individualmente os usuários, quais os critérios para 
encaminhamento de pessoas aos grupos específicos do NASF, que temas podem ser 
discutidos com as equipes de AB.
� Importante definir critérios de risco e meios para o acionamento do apoio em 
situações imprevistas.
Estratégias que melhoram a comunicação 
� Garantia de espaços de encontros permanentes e periódicos com equipes 
vinculadas pode reduzir as angústias decorrentes da ausência do NASF na UBS. 
Quando utilizadas como espaço de educação permanente dos profissionais da 
equipe de AB as reuniões podem contribuir para a redução da necessidade de 
apoio à distância.
� Disponibilização do cronograma ou agenda de atividades do NASF às UBS e vice-
versa!
� Garantir o registro das atividades realizadas em prontuários comuns às equipes 
(nos casos de atendimentos, discussões de PTS, etc) ou em outros locais de 
registro (livro-ata para registro das reunições de matriciamento, por exemplo).
Clínica Ampliada
• Compromisso com o “sujeito doente” visto de modo singular ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ cuidar das cuidar das 
pessoas e não das doenpessoas e não das doenççasas
• Pactuação da proposta terapêutica com o usuário ⇒ produzir coproduzir co--
responsabilidaderesponsabilidade, trabalhar com ofertas e não apenas com restrições
• Buscar ajuda em outros setores ⇒ IntersetorialidadeIntersetorialidade
Clínica Ampliada e Compartilhada
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf
Projeto Terapêutico Singular
• Variação da discussão de “caso clínico”⇒ casos mais complexos
• Reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a 
entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, 
consequentemente, definir propostas de ações
• Pode ser elaborado para grupos ou famílias, e não só para indivíduos
• Busca a singularidade como elemento centralsingularidade como elemento central
• Apresenta quatro momentos:
• Diagnóstico
• Definição de Metas
• Divisão de responsabilidades
• Reavaliação
Reunião de Equipe
• É preciso reconhecer que a forma tradicional de fazer gestão (CAMPOS, 2000) tem 
uma visão muito restrita do que seja uma reunião. Para que a equipe consiga 
inventar um projeto terapêutico e negociá-lo com o usuário é importante lembrar 
que:
• Reunião de equipe NÃO É um espaço apenas para que uma pessoa da equipe 
distribua tarefas às outras. Reunião é um espaço de diálogo e é preciso que haja 
um clima em que todos tenham direito à voz e à opinião. Como vivemos numa 
sociedade em que os espaços do cotidiano são muito autoritários, é comum que 
uns estejam acostumados a mandar e outros a calar e obedecer.
• Criar um clima fraterno de troca de opiniões (inclusive críticas), associado à
objetividade nas reuniões, exige um aprendizado de todas as partes e é a primeira 
tarefa de qualquer equipe.
23
.
Em resumo, o NASF...
• É uma equipe, e não é um serviço de saúde específico;
• Constitui-se como apoio especializado na própria atenção básica, mas 
não é um ambulatório de especialidades ou um serviço hospitalar;
• Recebe a demanda por negociação e discussão compartilhada com as 
equipes que apóia, e não através de encaminhamentos impessoais; 
• Deve ser disponível para dar suporte em situações imprevistas e não 
se restringe à demanda previamente negociada e agendada;
24
.
Em resumo, o NASF...
• Tem disponibilidade para realizar atividades assistenciais diretas 
aos usuários (com critérios e co-responsabilização);
• Realiza ações compartilhadas com as eSF, o que não significa, 
necessariamente, estarem juntas no mesmo espaço-tempo em 
todas as ações;
• Apoia as equipes na qualificação dos encaminhamentos realizados 
para outros pontos de atenção;
• Não exclui o matriciamento feito por equipes de outros pontos de
atenção da rede.
Para qualificar.... NASF NO PMAQ
Processos Autoavaliativos
� Importante que sejam contínuos e 
permanentes;
� Intuito de identificar fragilidades e 
potencialidades, conduzindo a planejamentos de 
intervenção para a melhoria do acesso e da 
qualidade dos serviços;
�Dinâmica pedagógica, realização coletiva e que 
considere os diferentes atores envolvidos 
(diferentes profissionais das equipes e gestão).
Indicadores de Monitoramento
Indicadores
Proporção de atendimentos realizados pelo NASF
Proporção de atendimentos realizados pelo NASF em conjunto com a eSF
Proporção de atendimentos domiciliares realizados pelo NASF em 
conjunto com a eSF
Proporção de ações coletivas e atendimentos em grupo realizados pelo 
NASF
Proporção de reuniões para discussão de caso clínico/PTS
Para os NASF, serão empregados 5 indicadores de monitoramento que contemplam 
ações importantes no processo de melhoria da qualidade nas equipes e serviços de 
saúde. Porém, o desempenho das equipes nestes indicadores não irão influenciar na 
pontuação atribuída às equipes. 
Componentes Avaliação Externa PMAQ - NASF
Distribuição dos Percentuais para Certificação
Ações Percentual da nota final da 
certificação
Implementação de processos 
autoavaliativos
10%
Utilização de sistema de informação 10%
Avaliação externa 80%
30
.
*** Ofertas ***
• Autoavaliação para melhoria da qualidade da Atenção Básica –
NASF (AMAQ-NASF)
• Instrumento de avaliação externa dos NASF no PMAQ
• Fórum sobre o NASF na Comunidade de Práticas 
(www.atencaobasica.org.br)
• No forno: novo Caderno de Atenção Básica para o NASF
• No forno (2): curso a distância para qualificação do processo de 
trabalho dos profissionais do NASF
31
.
IV Mostra Nacional de Experiências em AB/SF
Obrigada!
Coordenação Geral de Gestão da Atenção Básica
Departamento de Atenção Básica
Ministério da Saúde
silvia.reis@saude.gov.br
61.3315.5905

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes