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Revisão Civil av2 - Direito Civil I

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Questionário - Revisão - AV2 
Direito Civil I 
 
 
Questão 1) Sobre pessoas jurídicas, como se instituem as fundações, as associações e a 
empresa individual de responsabilidade limitada? 
Estas entidades são pessoas jurídicas de direito privado, conforme art. 44, CC. 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, 
dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
A fundação é uma universalidade de bens a qual é atribuída personalidade jurídica para a 
consecução de uma finalidade não lucrativa. 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única 
pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 
100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
Questão 2) O que é desconsideração da pessoa jurídica? 
Nas hipóteses de danos causados em decorrência de abuso de personalidade da pessoa jurídica, 
o princípio de que os bens dos administradores não se confunde com os bens da pessoa jurídica 
é afastada para atingir o patrimônio pessoal dos administradores e/ou sócios em casos de 
responsabilidade civil. A desconsideração não pode ser aplicada ex officio. 
Art. 50, CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica. 
Antecedentes legislativos: art. 28, 5°, CDC e art. 4°, Lei 9.605/98. 
O abuso de personalidade pode ser caracterizar por: 
A) Desvio de finalidade; 
B) Confusão patrimonial; 
C) Fraude à lei; 
D) Fraude ao contrato. 
 
Teorias sobre a desconsideração da personalidade jurídica: 
A) Teoria menor: amparada em nosso ordenamento jurídico, exclusivamente, pelas normas do 
Direito do Consumidor e do Direito Ambiental, que consideram como requisito a mera prova de 
insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da 
existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial. 
 B) Teoria maior: faz-se necessária a comprovação inequívoca da fraude ou do abuso de direito 
para que ocorra a desconsideração. Essa teoria distingue como elementos subjetivo e objetivo as 
espécies intrínsecas no abuso de direito, respectivamente, o ato que configurar o desvio de 
finalidade ou a confusão patrimonial. É a teoria adotada pelo Código Civil. 
Questão 3) Sobre defeitos do negócio jurídico, em que consiste a lesão: 
Ocorre lesão quando há desproporção entre as prestações de um contrato, verificada no 
momento de sua celebração, havendo, para uma das partes, um aproveitamento indevido. Esta 
desproporção se dá em decorrência da inexperiência ou da premente necessidade do declarante. 
Ocorre lesão nos contratos onerosos e comutativos, muito embora em algumas circunstâncias 
admita-se a possibilidade de lesão nos contratos aleatórios. 
 Requisitos: 
A) Objetivo: onerosidade excessiva (critério quantitativo). 
B) Subjetivo: inexperiência ou estado de necessidade do declarante, independente do 
conhecimento da outra parte. 
O CC prevê que se houver supressão da lesão negócio torna-se válido (art. 157 § 2o). 
Enunciado n. 149, III Jornada de Direito Civil: em atenção ao princípio da conservação dos 
contratos, a verificação da lesão deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial do 
negócio jurídico e não à sua anulação, sendo dever do magistrado incitar os contratantes a seguir 
as regras do art. 157 § 2o, do Código Civil de 2002. 
 Enunciado n. 150, III Jornada de Direito Civil: a lesão de que trata o art. 157 do Código Civil 
não exige dolo de aproveitamento. 
 Enunciado n. 290. IV Jornada de Direito Civil: a lesão acarretará a anulação do negócio 
jurídico quando verificada, na formação deste, a desproporção manifesta entre as prestações 
assumidas pelas partes, não se presumindo a premente necessidade ou a inexperiência do lesado. 
Enunciado n. 291, IV Jornada de Direito Civil: nas hipóteses de lesão previstas no art. 157 do 
Código Civil, pode o lesionado optar por não pleitear a anulação do negócio jurídico, 
deduzindo, desde logo, pretensão com vista à revisão judicial do negócio por meio da redução 
do proveito do lesionador ou complemento do preço. 
Enunciado n. 410, V Jornada de Direito Civil: a inexperiência a que se refere o art. 157 não 
deve necessariamente significar imaturidade ou desconhecimento em relação à prática de 
negócios jurídicos em geral, podendo ocorrer também quando o lesado, ainda que estipule 
contratos costumeiramente, não tenha conhecimento específico sobre o negócio da causa. 
 
Questão 4) Sobre defeitos do negócio jurídico, em que consiste o estado de perigo? 
Ocorre quando o declarante, premido por circunstâncias de fato que exercem forte influência 
sobre sua vontade, traduzidas na necessidade de salvar a si próprio ou pessoa de sua família, 
realiza negócio jurídico em condições desvantajosas que acarretam em onerosidade excessiva. 
Para a caracterização do estado de perigo, é necessário que a parte que recebe a declaração 
viciada tenha conhecimento do perigo de dano que sofre o declarante. Há, portanto, um dolo de 
aproveitamento por parte de um dos negociantes. 
Art. 156, CC. 
Elemento objetivo: obrigação excessivamente onerosa. 
Elemento subjetivo - vítima: necessidade de salvamento. 
 - parte que se locupleta: dolo de aproveitamento 
 Enunciado n. 148, III Jornada de Direito Civil: Ao estado de perigo (art. 156) aplica-se, por 
analogia, o disposto no § 2o do art. 157. 
 
Questão 5) Sobre defeitos do negócio jurídico, em que consiste o dolo? 
No dolo, a vontade é viciada intencionalmente e o agente acaba realizando um negócio que não 
realizaria se não tivesse sido enganado. Arts. 145 a 150, CC. 
Classificações do dolo: 
A) Dolus malus e dolus bonus 
B) Dolo essencial (dolo principal, dolus causam) x dolo acidental (dolus incidens). O dolo 
essencial anula o negócio jurídico, enquanto que o dolo acidental apenas autoriza a reparação 
por perdas e danos. Arts. 145 e 146, CC. 
C) Dolo comissivo (positivo) e dolo omissivo (negativo). 
D) Dolo bilateral ou recíproco (art. 150, CC). 
E) Dolo de terceiro (art. 148, CC). Prestígio ao negociante de boa-fé. 
F) Dolo do representante (art. 149, CC): representação legal x representação convencional. 
Responsabilidade solidária por culpa in eligendo ou in vigilando. 
Questão 6) Sobre defeitos do negócio jurídico, em que consiste a coação? 
Arts. 151 a 155, CC. 
 Coação é a ameaça física ou moral considerável, suficiente para constranger alguém à prática 
de um negócio jurídico. Para viciar o negócio, a coação deve ser iminente, figurar como causa 
determinante e recair sobre o agente, sua família ou seus bens. No caso de recair sobre outra 
pessoa, o juiz ponderará, na situação material, se realmente houve coação. Se a coação não for 
determinante para a anulação do negócio, subsiste a possibilidade de reparação do dano moralsofrido. 
 A jurisprudência converge no sentido de que a coação deve ser provada inequivocamente, não 
sendo aceita a anulação fundada na mera presunção. 
Coator: aquele que pratica a coação. 
Coacto, coagido ou paciente: aquele que sofre a coação. 
Requisitos da Coação 
a) Grave violência psicológica (vis compulsiva); 
b) Ameaça de dano iminente; 
c) A ameaça deve ser injusta; 
d) Ameaça dirigida à pessoa, familiares ou pessoa próxima; 
e) Declaração de vontade viciada; 
Não é coação a ameaça de exercício regular de um direito, bem como o temor reverencial. 
A lei deixou a cargo do juiz a apreciação da gravidade da coação, devendo este levar em 
consideração características pessoais da vítima. O art. 152, CC/2002, apresenta um rol 
exemplificativo de características que influenciam na gravidade da coação: sexo, idade, 
condição, saúde e temperamento do paciente. 
 
O Código Civil disciplina também a coação praticada por terceiro, diferenciando duas situações: 
A) Se a parte que se beneficiou sabia ou deveria saber da coação: anulação do negócio jurídico e 
responsabilidade solidária nas perdas e danos. 
B) Se a parte que se beneficiou não sabia da coação: o negócio persiste (prestígio ao negociante 
de boa-fé), e o coator responde pelas perdas e danos. 
Questão 7) Sobre defeitos do negócio jurídico, em que consiste o erro e a ignorância? 
Arts. 138 a 144, CC. 
Erro é a falsa representação da realidade que determina de maneira determinante a manifestação 
da vontade, de tal forma que se os negociantes soubessem da realidade, não celebrariam o 
negócio. 
A ignorância difere-se do erro por significar o total desconhecimento da realidade. Todavia, a 
lei, com relação aos vícios do negócio jurídico, confere à ignorância os mesmos efeitos do erro. 
Requisitos do erro 
O erro é considerado substancial quando incidir sobre: 
- a natureza do ato; 
- o objeto principal (o que também incluem as qualidades essenciais do objeto); 
- a identidade ou a qualidade essencial da pessoa e 
- for de direito, na forma do art. 139, III, CC. Para ser considerado substancial, o erro de direito 
não pode significar recusa à aplicação da lei, e deve ser motivo determinante para a celebração 
do negócio. 
 Discute-se se o art. 138, CC, adotou a escusabilidade ou a recognoscibilidade para identificar o 
erro substancial. 
 - Escusabilidade: o erro não pode ser grosseiro. A escusabilidade é resquisito subjetivo presente 
naquele que emana a declaração de vontade viciada. 
 - Recognoscibilidade: também é requisito subjetivo, e consiste na possibilidade daquele que se 
aproveita do erro te-lo reconhecido em face das circunstâncias do negócio, mas assim não fez. 
Há algumas situações especiais tratadas pelo Código Civil. São elas: 
A) Falso motivo: só invalida o negócio quando houver sido motivo determinante para 
a celebração do negócio. 
B) Transmissão errônea da vontade por meios interpostos: é considerada erro 
substancial. 
C) Erro de indicação da pessoa ou da coisa: é erro acidental e só vicia se não for 
possível identificar a coisa ou a pessoa. 
D) Erro de cálculo: erro acidental. Não enseja a anulação, apenas a retificação. Erro 
de cálculo é erro material e pode ser corrigido a qualquer tempo. 
Excludente do erro: 
Não será anulado o negócio jurídico eivado de erro quando a pessoa que dele se aproveitou 
oferecer-se para realizar o negócio conforme a real vontade do declarante. Há claro prestígio ao 
princípio da autonomia privada. 
 
Questão 8) Como se desdobram os negócios jurídicos? 
O negócio se desdobra em três planos distintos: existência, validade e eficácia. 
1. Plano de existência 
O negócio jurídico apresenta três pressupostos ou elementos existência: vontade, objeto e 
forma. Qualquer negócio jurídico sem ao menos um desses pressupostos é considerado 
inexistente e não deve produzir efeito. 
2. Plano de validade 
O art. 104, CC, estipula os requisitos de validade do negócio jurídico: capacidade das partes; 
objeto lícito, possível e determinado ou determinável e adequação da forma. 
A capacidade das partes é o requisito subjetivo do negócio jurídico. Trata-se aqui da capacidade 
de fato. A ausência de capacidade das partes pode tornar o negócio nulo ou anulável 
(incapacidade absoluta, art. 3o, CC/2002, e incapacidade relativa, art. 4o, CC/2002). 
A capacidade deve ser averiguada no momento da prática do ato. Capacidade superveniente não 
valida o negócio jurídico, assim como a incapacidade superveniente não o vicia. 
3. Plano de eficácia 
O plano de eficácia do negócio jurídico diz respeito à produção dos efeitos. Nele estão presentes 
os elementos acidentais do negócio: condição, termo e encargo. 
Condição 
Elemento acessório, inexo, futuro e incerto, que condiciona a produção dos efeitos do negócio 
jurídico (art. 121, CC/2002). A incerteza e a futuridade têm que ser tomadas de forma objetiva. 
Termo 
Elemento acidental que subordina a eficácia do negócio jurídico a evento futuro e certo. Traduz-
se em um limite temporal, em um prazo estipulado, podendo este prazo ser determinado ou 
indeterminado. São características do termo: Futuridade; Certeza do evento. 
Encargo ou modo 
 É uma cláusula que é aposta aos negócios jurídicos gratuitos e que, sem impedir a aquisição ou 
o exercício do direito, impõe ao beneficiário uma obrigação de dar, fazer ou não fazer, sem que 
tal obrigação caracterize uma contraprestação. Traduz-se em uma limitação da liberdade que 
cria um vínculo obrigacional que pode ser exigido pelo autor da liberalidade. 
Questão 9) Sobre invalidade dos negócios jurídicos, diferencie ato nulo e ato anulável: 
Tanto o ato nulo (nulidade absoluta) quanto o ato anulável (nulidade relativa) invalidam o 
negócio jurídico, fazendo com que as partes retornem ao status quo anterior à celebração do 
negócio (art. 182, CC/2002). A invalidade ser total ou parcial (art. 184, CC/2002), sendo, por 
isso, possível sejam anuladas apenas algumas cláusulas contratuais, sem que o contrato inteiro 
seja fulminado pela invalidade. O ato inválido não deixa de ser um ato jurídico, porém 
defeituoso; por isso, os efeitos esperados pelo ato não podem ser produzidos ou, se já 
produzidos, não podem ser mantidos e devem ser desconstituídos (neste último caso apenas os 
atos nulos). 
 Princípio da gravitação jurídica e teoria das nulidades: a invalidade do negócio principal atinge 
os negócios acessórios; porém, a invalidade dos acessórios não atinge o principal (art. 184, 
segunda parte, CC/2002). 
Quadro comparativo das principais diferenças entre ato nulo e ato anulável 
ATO NULO (166 e 167, CC) ATO ANULÁVEL (171, CC) 
Matéria de ordem pública. 
 
Resguarda interesses eminentemente 
privados. 
Pode ser aguido pelo MP, quando lhe couber 
intervir, ou qualquer interessado e deve ser 
declarada ex officio pelo juiz, que não pode 
supri-las. 
 
Só pode ser alegado pelas pessoas a quem 
aproveitem, não podendo ser suscitada ex 
officio pelo juiz, além de produzir efeito tão 
somente entre as partes. 
 
Não pode ser ratificado. Pode ser ratificado. 
Pode ser suscitado a qualquer momento. Há prazo decadencial para ser suscitado. 
Eficácia ex tunc. Eficácia ex nunc. 
Sentença declaratória. Sentença constitutiva. 
Ação declaratória de nulidade Ação anulatória 
O vício não convalesce com o tempo 
(imprescritibilidade da nulidade - correntes 
doutrinárias). 
O vício convalesce com o tempo 
 
Questão 10) Sobre invalidade do negócio jurídico, em que consiste a simulação? 
Simulação é o ato pelo qual alguém, conscientemente e com a conivência do destinatário da 
declaração de vontade, declara hipótesediversa da efetivamente pretendida, com o intuito de 
esconder a real intenção das partes. 
 Requisitos 
A) Incompatibilidade entre a vontade real e a vontade declarada; 
B) Consciência das partes (conluio); 
C) Intenção de esconder a realidade. 
 Hipóteses (art. 167 § 1o, CC) 
A) quando os atos ou negócios aparentarem transmitir direitos a pessoas diferentes daquelas a 
que realmente sejam transmitidas, havendo a interposição de uma fictícia pessoa; 
B) quando contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira, atingindo a 
própria substância do negócio; 
C) quando houver falsificação na data dos documentos. 
 
Espécies 
A) Simulação absoluta: o negócio simulado inexiste, é vazio de conteúdo. É meramente 
aparente. 
B) Simulação relativa: o negócio simulado esconde um outro negócio, chamado de negócio 
dissimulado. 
Efeitos 
Regra geral, o ato simulado é nulo (Art. 167, caput, CC). Assim, na simulação absoluta, as 
partes retornam ao status quo anterior. Na simulação relativa, o negócio simulado é nulo e o 
negócio dissimulado prevalece. 
Obs: os efeitos da simulação não serão suportados pelos negociantes de boa-fé (art. 167 § 2o, 
CC). 
Questão 11) Cite as causas que excluem a ilicitude do ato: 
O art. 188 do Código Civil prevê três causas de exclusão de ilicitude, que não acarretam no 
dever de indenizar: 
 
A) legítima defesa, 
B) exercício regular de direito reconhecido, e 
C) estado de necessidade 
 
A - LEGÍTIMA DEFESA CIVIL - Art. 188, I, CC 
 Entende-se como legítima defesa a repulsa necessária para repelir uma injusta agressão, sendo 
ela atual, defendendo interesse próprio ou de terceiro. 
É ela eminente, pois, no momento em que se produz o ataque, acha-se o indivíduo abandonado 
às suas próprias forças. Será neste momento em que o indivíduo terá que decidir se irá sofrer o 
mal ou irá interferi-lo, repelindo a agressão injusta, surgindo assim à legítima defesa. 
Uma análise minuciosa do ordenamento civilista permite-se apontar com clareza cinco hipóteses 
específicas, em que a lei autoriza a pessoa que teve seu direito violado a utilizar-se dos seus 
próprios meios para por fim a lesão perpetrada são os seguintes: o embargo extrajudicial na 
Ação de Nunciação de Obra Nova, o Direito de Retenção, o Penhor Legal, a Legítima Defesa 
da Posse e o Desforço Imediato. 
B) EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO RECONHECIDO - Art. 188, I, CC. 
O regular exercício de um direito reconhecido é excludente de ilicitude, tornando inexistente o 
nexo causal. Age no exercício regular de direito a instituição bancária que cobra tarifas para 
manutenção de conta. 
C) ESTADO DE NECESSIDADE 
Embora, esteja com previsão expressa no dispositivo do artigo 188, inciso II, e parágrafo único, 
do Código Civil, onde: 
O Estado de Necessidade retrata situação ou condição em que se encontra um indivíduo que sob 
influência de estímulos e motivação, procede a uma avaliação estritamente psicológica relativa a 
carência experiencial que circunstancialmente enfrenta, procurando evidentemente supri-la. 
A necessidade revela o que é imprescindível em qualquer sentido; a necessidade prevista no 
artigo 188 do Novo Código Civil pode traduzir-se em três aspectos gradativos: Caso de 
Necessidade; Caso de Extrema Necessidade e Caso de Necessidade Comum. Tendo cada um 
destes aspectos porção valorativa diferenciada, talvez, a mensuração esteja atrelada à proporção 
da coação exercida pelo perigo iminente vivenciado e experimentado por quem pratica o ato 
necessário. Lembrando que, perigo é o elemento chave de uma circunstância que prenuncia um 
mal para alguém ou para alguma coisa, ainda que putativo. E, de tal modo, temos que: a 
necessidade, pura e simplesmente, respeitadas as devidas proporções, é por si só suficiente 
autorizante para permitir inobservância de preceitos positivos da lei natural, penal ou civil. 
Obs: CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR E CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA: 
Existem algumas excludentes de ilicitude, tais como o caso fortuito, força maior e a culpa 
exclusiva da vítima. O caso fortuito e a força maior incidem sobre o nexo de causalidade entre o 
dano e a conduta do agente, vez que se trata de fato inevitável ou imprevisível, o que corrobora 
a ausência de obrigação do agente em responder civilmente pelos danos causados a terceiros, já 
que não deu causa ao resultado. O fundamento da excludente de ilicitude constituída da culpa 
exclusiva da vítima é simples, posto que ninguém pode responder por atos a que não tenha dado 
causa.

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