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0 ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO

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s Língua Portuguesa para Receita FederalTeoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales - Aula 00
Estratégia
C O N C U R S O S
A U L A 00
A p re se n ta çã o do cu rso .
O rto g ra fia o fic ia l. H o m ô n im o s e p arô n im o s. 
A ce n tu a çã o g rá fica .
SUM ÁRIO PÁGIN A
01. Apresentação 01
02. Objetivo e cronograma do curso 02
03. Metodologia do curso 03
04. Ortografia oficial 04
05. Emprego das consoantes 04
06. Emprego das vogais 07
07. Questões comentadas 09
08. Emprego de algumas expressões 15
09. Homônimos e parônimos 23
10. Questões comentadas 28
08. Emprego do hífen 34
09. Acentuação gráfica 41
10. Regras gerais 41
11. Questões comentadas 43
12. Regras específicas 45
13. Questões comentadas 46
14. Lista das questões apresentadas 55
15. Gabarito 68
APRESENTAÇAO
Olá, vitoriosos alunos! Sejam muito bem-vindos!
É com imensa alegria e empolgação que recebo o convite da coordenação do Estratégia 
Concursos para elaborar o curso de Português (Teoria e Questões Comentadas), destinado ao 
concurso de Auditor-FFFiiissscccaaalll da Receita Federal, com provas previstas para o ano de 2015!
Primeiramente, farei uma sucinta apresentação sobre mim: Meu nome é Fabiano Sales. 
Tenho formação em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciei minhas 
atividades docentes há nove anos, no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de gramática, de 
técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de 
correspondências oficiais.
Atualmente, participo da equipe Estratégia Concursos, elaborando cursos para os 
principais concursos públicos do país, tais como Receita Federal, Senado Federal, Tribunais de 
Contas, BACEN, CEF, INSS, Tribunais Regionais, entre outros.
Tenho experiência com as principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam 
Cesgranrio, FCC, CESPE/UnB, fGv e ESAF, sendo esta a tradicional organizadora do concurso 
para a Receita Federal do Brasil.
Desde já, coloco-me à inteira disposição de vocês para ajudá-los a conquistar a almejada 
CLASSIFICAÇÃO. Sempre que for preciso, façam contato por meio do fórum de dúvidas. 
Responderei o mais breve possível!
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OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO
Meus amig(o)s, o objetivo do presente curso é apresentar aspectos teóricos e auxiliá-los 
na resolução de questões anteriores de Língua Portuguesa, expondo os assuntos mais 
recorrentes nas provas da ESAF.
Sendo assim, o curso destina-se tanto àqueles que iniciam os estudos na matéria, 
necessitando de uma preparação objetiva do conteúdo, quanto aos concurseiros experientes que 
desejam revisar os temas ou atualizar o conhecimento.
Nos últimos editais, a disciplina de Língua Portuguesa é contemplada com 20 (vinte) 
questões (cerca de 14,28% dos itens), ou seja, uma matéria decisiva para a classificação no 
certame. De acordo com o conteúdo programático, a ESAF geralmente exige o conhecimento 
acerca dos seguintes tópicos:
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão textual.
2. Ortografia.
3. Semântica
4. Morfologia.
5. Sintaxe.
6. Pontuação.
Sendo assim, proponho o cronograma de aulas abaixo:
AULA CONTEÚDO DATA
Aula 0
Ortografia oficial. Emprego de 
palavras e expressões. Semântica: 
homônimos e parônimos. Acentuação 
gráfica (conforme o Novo Acordo 
Ortográfico da Língua Portuguesa).
22/07/14
Aula 1 Pronomes: emprego, formas de 
tratamento e colocação.
01/08/14
Aula 2
Verbos: emprego de modos e tempos 
verbais; correlação e flexão verbal; 
vozes do verbo.
11/08/14
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AULA CONTEÚDO DATA
Aula 3 Conectivos: valores semânticos. 21/08/14
Aula 4 Concordância nominal e verbal. 31/08/14
Aula 5 Regência nominal e verbal. Crase. 10/09/14
Aula 6 Pontuação. 20/09/14
Aula 7
Compreensão textual. Semântica: 
denotação e conotação; sinônimos e 
antônimos. Mecanismos de coesão 
textual. Ordenação de frases. 
Continuação coesa, coerente e 
correta de trechos.
30/09/14
Aula 8
Provas da ESAF comentadas: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal 
(2009). Analista-Tributário da Receita 
Federal (2009).
10/10/14
Aula 9
Provas da ESAF comentadas: 
Auditor-Fiscal do Trabalho (2010). 
Assistente Técnico-Administrativo do 
Ministério da Fazenda (2009).
20/10/14
Aula 10
Provas da ESAF comentadas: 
Auditor-Fiscal de Rendas da SEFAZ- 
RJ (2010). Ministério da Integração 
Nacional (2012).
30/10/14
Aula 11
Provas da ESAF comentadas: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal 
(2012). Analista-Tributário da Receita 
Federal (2012).
10/11/14
Aula 12
Prova da ESAF comentada: Analista 
de Comércio Exterior do MDIC 
(2012).
20/11/14
Aula 13 Prova da ESAF comentada: Auditor- 
Fiscal da Receita Federal (2014).
30/11/14
A seguir, vejam a didática que será empregada no decorrer do preparatório.
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ORTOGRAFIA OFICIAL
No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL), 
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP.
Em 27 de dezembro de 2012, o Decreto n° 7.875 entrou em vigor, alterando o período de 
transição do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, a presidente 
Dilma Rousseff estabeleceu um novo período de transição, insculpido no artigo 2°, parágrafo 
único:
“A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31
de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova 
norma estabelecida.”
No decorrer desta aula, veremos que algumas questões elaboradas pela ESAF são 
anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras 
antigas e, quando for necessário, as novas normas ortográficas.
Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das 
vogais.
EMPREGO DAS CONSOANTES
Emprega-se S (em) ... Exemplos
- vocábulos iniciados por I, O e U. isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura. 
Exceção: ozônio.
- sufixos -OSO e -OSA. brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa.
- sufixos -ÊS (adjetivos que indicam 
nacionalidade ou procedência). dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português.
- sufixos -ESA e - ISA (formam o feminino de 
substantivos concretos ou designam títulos). marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa.
- terminações ASE, ESE, ISE e OSE. frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise, catálise, hidrólise, hipnose, sacarose, apoteose.
Exceções: gaze, deslize.
- depois de ditongos. lousa, aplauso, maisena.
- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos 
derivados).
pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.
- prefixo TRANS-. transatlântico, transpor.
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Emprega-se S (em) ... Exemplos
colidir, colisão; aludir, alusão.
pretender, pretensão; suspender, suspensão.
- palavras derivadas de verbos que possuem imergir, imersão; emergir, emersão.
D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical).
perverter, perversão; converter, conversão.
repelir, repulsa; compelir, compulsão.
recorrer, recurso; incorrer, incursão.
Emprega-se SS (em) ... Exemplos
- palavras derivadas de verbos que possuemCED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical).
ceder, cessão; exceder, excesso. 
agredir, agressão; transgredir, transgressão. 
imprimir, impressão; reprimir, repressão. 
prometer, promessa; intrometer, intromissão.
- vogal + sufixo “-TIR” . admitir, admissão; demitir, demissão.
- prefixo finalizado por vogal + palavra 
iniciada por S.
pressentir, pressentimento.
Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos
- palavras africanas, árabes ou indígenas. açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu.
- após ditongos. afeição, beiço, correição.
Exceções: coice, foice.
- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, 
-ENÇA, -ÇÃO.
barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança, 
petição.
- palavras derivadas do verbo TER. ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção.
- palavras derivadas do verbo TORCER. torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
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Emprega-se (C) Ç (em) ... Exemplos
- palavras derivadas de outras que possuem 
“T” no radical. optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento, isenção; correto, correção; setor, seção.
Emprega-se Z (em) ... Exemplos
- palavras iniciadas pela sílaba A.
azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola, 
aziago, azul.
Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia, 
asilo, asinino.
- palavras derivadas de outras que contenham 
Z no radical.
baliza, abalizado; revezar, revezamento; cruzar, 
cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize.
- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A).
bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos; 
café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada.
Observação!
Em regra, grafam-se com S os derivados de 
palavras cuja forma primitiva contenha S.
Exemplos:
lápis - lapisinho, lapiseira 
mesa - mesinha, mesada 
casa - casinha, casebre 
japonês - japonesinho 
parafuso - parafusinho
- sufixos -EZ e -EZA (formadores de 
substantivos abstratos derivados de adjetivos).
límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo, 
beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza.
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO.
utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar, 
centralização; legalizar, legalização.
Observação!
Alguns verbos recebem apenas -AR como 
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S.
Exemplos:
frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de 
piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de 
análise), improvisar (de improviso), paralisar (de 
paralisação).
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Emprega-se Z (em) ... Exemplos
- segmento final da palavra, se o fonema /z/ 
não estiver entre vogais.
audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz, 
albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz, 
mastruz.
Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás, 
através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés, 
viés.
- verbos finalizados em -ER e -jR. fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir. 
Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar).
Emprega-se G em... Exemplos
- após A inicial.
agente, ágil, agiota, agir, agouro.
Observação!
Grafam-se com J os derivados de palavras que 
contenham J no radical.
Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo, 
ajuizar.
- após R, geralmente.
aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir, 
virgem.
Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de 
sarja).
- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO. sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.
- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, - 
OGE, -UGEM.
garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem. 
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem.
- formas infinitivas de verbos terminados em 
-ER e -IR.
constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir), 
infligir (aplicar).
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Emprega-se J (em) ... Exemplos
- vocábulos derivados de 
palavras que contenham J 
no radical.
jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta; 
laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro; 
lisonja, lisonjeado, lisonjeiro.
- palavras ameríndias, 
árabes e latinas.
pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste, 
manjericão, alforje, hoje, objeto.
- terminação -AJE. laje, traje, ultraje.
- formas verbais terminadas
arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos, 
bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei, 
viajemos, viajem.
em -JAR. Observação!
Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar).
Exemplos:
Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa.
(substantivo)
Desejo que eles viajem hoje à noite. 
(verbo)
Importante!
Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção, 
interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito.
Emprega-se X (em) ... Exemplos
- após ditongos.
ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo. 
Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho).
- palavras de origem africana abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu 
ou indígena.
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Emprega-se X (em) ... Exemplos
mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo).
Exceção: mecha (substantivo).
- depois das sílabas iniciais:
laxante.
Me-
lixa, lixo.
La-
luxo, luxúria.
Li-
graxa.
Lu-
bruxa, Bruxelas, bruxelês.
Gra-
enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar,
Bru- enxerto, enxergar, enxotar, enxugar.
En- Exceções: enchova, encher, encharcar e derivados desses 
vocábulos.
Observação!
Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva.
Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa).
Importante!
Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido, 
estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos).
Emprega-se CH (em) ... Exemplos
- cognatos das palavras 
com CH- .
chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre), 
chaveiro (de chave), pichação (de piche).
- segmentos iniciais CHAM­
e CHO- .
chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana. 
Exceção: xampu.
- sufixos -ACHO, -ICHO e 
UCHO(A).
riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha.
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Dicas estratégicas!
1â) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar 
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo), 
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher).
2â) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote, 
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha 
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha 
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho.
Emprega-se H (em)... Exemplos
- compostos ligados por hífen em 
que o segundo elemento começacom H.
anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem, 
infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história, 
mini-hotel, ultra-humano.
Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia, 
desumano, lobisomem.
- verbo HAVER (e em suas flexões). havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.
- substantivo próprio BAHIA (Estado 
do Brasil).
Observação!
Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H. 
Exemplos: baiano, baianinha, baianada.
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EMPREGO DAS VOGAIS
Emprega-se E (em)... Exemplos
- Presente do Indicativo: na 2- e 3- pessoas do singular 
(tu e ele) e na 3- pessoa do plural (eles) dos verbos 
terminados em - IR.
Reunir - tu reúnes, ele reúne, eles reúnem. 
Partir - tu partes, ele parte, eles partem.
- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos 
verbos terminados em -OAR e -UAR.
Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele 
magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles 
magoem.
Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele 
pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles 
pontuem.
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar, 
remediar, incendiar e odiar.
M ediar - eu medeio, tu medeias, ele 
medeia, eles medeiam.
A nsiar - eu anseio, tu anseias, ele anseia, 
eles anseiam.
R emediar - eu remedeio, tu remedeias, ele 
remedeia, eles remedeiam.
Os demais são regulares: "Arriar” (abaixar-se) - arrio, 
arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.
I ncendiar - eu incendeio, tu incendeias, ele 
incendeia, eles incendeiam.
O diar - eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles
"Arrear” (pôr o arreio) termina em - EAR: arreio, arreias, 
arreia, arreamos, arreais, arreiam.
odeiam.
Observação!
O verbo intermediar segue o 
paradigma do verbo mediar.
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Reforçando...
Emprega-se a vogal E nos:
VERBO S IRREGULARES
A I ediar 
A n sia r 
R em e (liar 
I ncend rar 
O d iar
Recebem a vogal "e ” após o indicai
das fonnas íizotô nicas (sílaba tônica
dentro do radical) eu. tu. ele e eles
Eu medeio anseio
Tu medeias anseias
Ele medeia anseia
Nós mediamos ansiamos
Vós media rs ansiais
Eles medeiam anseiam
Eu remedeio incendeio
Tu remedeias incendeias
Ele íemedeia incendeia
Nós remediamos incendiamos
Vós remediais incendiais
Eles íemedeinm incendeiam
Eu odeio
Tu odeias
Ele odeia 
Nós odiamos
Vós odiais
Eles odeiam
* O verbo intermediar segue o 
paradigma (modelo) do veibo
"m ediar-'.
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Atenção!
As seguintes palavras devem ser grafadas com “ e” : beneficência, cadeado, candeeiro, 
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício, 
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa), 
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso!
Emprega-se I (em)... Exemplos
- Presente do Indicativo: na 2ã e 3ã pessoas do 
singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, 
-AIR e -OER.
-UIR: tu possuis, ele possui; tu 
contribuis, ele contribui; tu constróis, 
ele constrói.
-AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais, 
ele retrai; tu distrais, ele distrai.
-OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói; 
tu remóis, ele remói.
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos 
verbos terminados em -EAR.
Recear - eu receio, tu receias, ele 
receia, eles receiam.
Frear - eu freio, tu freias, ele freia, eles 
freiam.
Passear - eu passeio, tu passeias, ele 
passeia, eles passeiam.
Arrear - eu arreio, tu arreias, ele 
arreia, eles arreiam.
As seguintes palavras devem ser grafadas com “ i” : aborígine, açoriano, camoniano, 
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição 
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio, 
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo,
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova.
HORA DE
praticar!
1. (ESAF-2009/Ministério da Fazenda) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical 
ou de grafia.
A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no 
passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego 
tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais 
deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da 
política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal. É preciso continuar
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usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5) 
das despesas improdutivas.
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. O vocábulo “contensão” foi incorretamente 
grafado com “S”. No contexto, a acepção da palavra é “ato ou efeito de conter” , devendo, 
portanto, ser grafada com “Ç”: “contenção”.
A questão também poderia ser resolvida por meio da regra do paradigma, em que os 
vocábulos derivados do verbo ter são grafados com “Ç”:
ater, atenção; 
abster, abstenção; 
reter, retenção; 
conter, contenção.
É importante frisar que também existe o vocábulo “contensão” (grafado com “S”). Segundo 
o Dicionário Eletrônico Houaiss, essa palavra significa “tensão ou esforço considerável”, mas não 
se enquadra no contexto da questão.
Gabarito: E.
2. (ESAF-2006/IRB) Assinale o trecho do texto que apresenta erro gramatical.
Machado de Assis - Um gênio Brasileiro, de Daniel Piza
a) Na apresentação da biografia de Machado de Assis (1839-1908), o jornalista Daniel Piza 
observa que o autor foi, ao mesmo tempo, uma expressão de sua época e uma exceção a ela.
b) Em seus contos e romances, ele deixou um retrato acurado do Rio de Janeiro do século XIX, 
mas sua crítica ácida à sociedade brasileira nem sempre foi percebida pelos seus 
contemporâneos.
c) Piza busca demonstrar que Machado era muito diferente do protagonista de seu último 
romance, Memorial de Aires.
d) O escritor não tinha “tédio a controvérsias”, pois, na verdade, participou dos grandes debates 
públicos de sua época.
e) A ascenção social do mulato no Brasil escravista e a epilepsia estão entre os aspectos de sua 
vida examinados no livro.
(Adaptado de Revista VEJA, 28 de dezembro de 2005, p.196)
Comentário: Há erro gramatical na alternativa E. O vocábulo “ascenção” foi incorretamente 
grafado com “Ç”. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego das consoantes, palavras 
derivadas de outras que contenham “ND” no radical devem ser grafadas com “S”:
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pretender, pretensão; 
suspender, suspensão; 
ascender, ascensão.
Gabarito: E.
3. (ESAF-2007/SEFAZ-CE) Assinale a opção que contém erro de grafia ou inadequação 
vocabular. (Artigo extraído, com modificações,do Estatuto dos Funcionários Públicos 
Civis do Estado do Ceará).
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autoridade superior quando:
a) a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente;
b) não se contiver a ordem na área da competência do órgão a que servir o funcionário seu 
destinatário, ou não se referir a nenhuma das atribuições do servidor;
c) for a ordem expendida sem a forma exigida por lei;
d) não tiver a ordem como causa uma necessidade administrativa ou pública, ou visar a fins não 
estipulados na regra de competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a quem 
se dirige;
e) a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de autoridade;
Comentário: O erro encontra-se na assertiva C. O vocábulo "expendida” foi grafado em 
desobediência às prescrições gramaticais. O correto é "expedida”, que significa "remeter”, 
"destinar”, "despachar”. Portanto, a alínea "c”, do artigo 192, deve ser reescrita da seguinte 
forma:
Vale chamar a atenção para a grafia da palavra "excesso”, constante da alternativa E. 
Conforme apresentamos nas lições, palavras derivadas de verbos que possuem "CED-” no 
radical devem ser grafadas com "SS”:
ceder, cessão; 
exceder, excesso.
Gabarito: C.
4. (ESAF-2011/CVM) Analise se o fragmento abaixo, extraído de um texto de José Carlos 
Moutinho, foi transcrito de forma gramaticalmente correta.
A história da Internet demonstra que esta surgiu primeiramente nos meios militares norte- 
americanos, no auge da Guerra Fria, tendo sido então extendida para os meios acadêmicos. 
Desde os seus primórdios (Arpanet), a Internet visa à processamento e transmissão de grande 
quantidade de informações e dados, para a formação de conhecimento.
c) for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;
(Disponível em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/5162/9/)
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Comentário: O fragmento apresenta erro de ortografia. O vocábulo “extendida” foi grafado de 
maneira incorreta. Segundo as lições gramaticais, essa palavra deriva de “estender”, devendo, 
portanto, ser grafada com “S”: “estendida”. É preciso não confundi-la com o vocábulo “extensão”, 
grafado com “X”.
Gabarito: Errado.
5. (ESAF-2004/CGU) Assinale a opção que corresponde a palavra ou expressão do texto 
que contraria a prescrição gramatical.
No século XX, a arte cinematográfica introduziu um novo conceito de tempo. Não mais o conceito 
linear, histórico, que perspassa(1) a Bíblia e, também, as pinturas de Frei Angélico ou Dom 
Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as 
barreiras entre tempo e espaço. O tempo adquire caráter espacial, e o espaço, caráter temporal. 
No filme, o olhar da câmera e do espectador(4) passa, com toda liberdade, do presente para o 
passado e, desse, para o futuro. Não há continuidade ininterrupta(5).
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: A opção que apresenta erro refere-se à assertiva A. Provavelmente o examinador 
da banca tentou induzir os candidatos ao erro, levando-os a acreditar que a grafia do verbo 
“perpassar” se assemelhasse à das palavras “perspectiva” e “perspicaz”. No texto, foi grafada a 
forma “perspassar”, mas o correto é “perpassar”. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, esse 
verbo, ao assumir transitividade direta (a qual foi empregada no contexto), significa “deixar para 
trás ou de lado; preterir”. Fácil demais, não é?
Chamo a atenção de vocês, também, para a palavra “espectador”, constante do item 4.
Esse vocábulo significa “aquele que presencia um fato”, não devendo ser confundido com 
“expectador” (aquele que permanece na expectativa).
Gabarito: A.
6. (ESAF-2003/MPOG) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia das 
palavras.
Considerando que a constituição de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos 
populares só pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais 
amplo das relações sociais, seria(3) uma ilusão imaginar que é possível encontrar no interior da 
sociedade capitalista uma organização econômica que, mesmo gerida(4) pelos próprios 
trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como “cultura de novo tipo”.
(Adaptado de Frei Betto)
(Adaptado de Lia Tiriba)
a) 1
b) 2
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c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: Novamente, a banca trabalhou a grafia do verbo "perpassar”. Os assuntos se 
repetem na ESAF. Vejam o comentário da questão anterior.
Gabarito: B.
7. (ESAF-2010/ISS-RJ) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido na transcrição do texto.
Se, numa região que dispõe dos(1) mais sofisticados equipamentos do mundo, as informações 
sobre a amplitude do acidente do Golfo do México não são precisas(2), e as tentativas de conter 
o vazamento, infrutíferas(3), é de se imaginar o que aconteceria se(4) desastre semelhante 
atingisse a costa brasileira, com as previsíveis limitações dos órgãos do país ligados ao 
problema. Um acidente como o do Golfo do México atingiria em cheio a região que concentra 
parte importante do PIB do país, afetaria fortemente a indústria do turismo e teria repercuções(5) 
econômicas e sociais proporcionalmente mais graves que as provocadas nos EUA.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: Há erro de grafia na assertiva E. Conforme estudamos nas lições acerca do 
emprego das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “ -TIR” , 
emprega-se "SS”, e não "Ç”. Vejam:
admitir, admissão; 
demitir, demissão; 
repercutir, repercussão.
Gabarito: E.
8. (ESAF-2010/CVM) Assinale o trecho em que a transcrição do texto adaptado de 
Conjuntura Econômica, de setembro de 2010, vol. 64, n. 9, desrespeita as regras 
gramaticais no uso das estruturas linguísticas.
a) Há evidências de que a economia brasileira passa por um processo de transformação 
estrutural, em direção a um juro neutro mais baixo. Na verdade, a maior dificuldade para se 
projetar a trajetória de juros no Brasil é o desempenho da economia do resto do mundo.
b) Caso haja, de fato, um segundo mergulho ressessivo nos Estados Unidos, como previnham 
importantes analistas, os efeitos deflacionários seriam consideráveis e iriam além das fronteiras 
americanas.
(O Globo, Editorial, 27/5/2010, com adaptações)
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c) Se isso ocorrer, é provável que contribua para reduzir a taxa de juros do Brasil no curto e 
médio prazo. Não há absolutamente nada de trivial no atual momento da política monetária.
d) É importante ter em mente, por outro lado, que a dificuldade, neste caso, não deve ser tomada 
de forma dramática. A economia brasileira passa por uma excelente fase cíclica, em que o 
crescimento não é acompanhado por nenhuma grande ameaça de explosão inflacionária ou de 
crise nas contas externas no horizonte visível.
e) Na verdade, o cenário externo é mais preocupante do que o interno. Em uma situação desse 
tipo, os erros e os acertos devem ser encarados mais como uma "sintonia fina” de um momento 
amplamente favorável do que como decisões que podem "salvar o país”.
Comentário: Os erros encontram-se na assertiva B. Primeiramente, o adjetivo "ressessivo” foi 
incorretamente grafado. Esse vocábulo deriva de "recessão”, devendo, por conseguinte, 
apresentar-se sob a seguinte forma:"recess ivo”. Ainda nesta opção, há outro equívoco: a forma 
verbal "previnham”, conjugação de "prever”. Por ser um verbo derivado de "ver”, deve seguir o 
paradigma (modelo) de conjugação deste último:
Ver ^ eu vi, ele viu , eles viram , quando eu vir, se ele visse ...
Prever ^ eu previ, ele previu , eles previram , quando eu previr, se ele previsse ...
Portanto, o correto é "previam” (pretérito imperfeito do indicativo).
Observação: O paradigma de conjugação dos verbos será estudado em aulas futuras.
Gabarito: B.
9. (ESAF-2010/SUSEP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de 
palavra inserido no texto.
A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2) 
assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a 
confiança na economia brasileira. Não foi sem motivo. Graças aos sinais emitidos pelo próprio 
governo de que a crise seria encarada sem abalos na estrutura do combate à(4) inflação, no 
câmbio flutuante e com o menor sacrifício posp ível da política de superávits primários, já se sabia 
que a economia brasileira teria condições inéditas de escapar dos piores efeitos da situação. 
Mesmo tendo enfrentado(5) uma recessão, caracterizada pelo desempenho negativo do PIB por 
dois semestres seguidos, e de sofrer forte pressão por mudanças no câmbio, o governo 
sustentou a política econômica.
(Adaptado de Estado de Minas, Editorial, 19/02/2010)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: Novamente, veremos como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Há erro 
de grafia no item relativo à na assertiva C. Conforme estudamos nas lições acerca do emprego
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das consoantes, quando a palavra primitiva for composta por vogal + sufixo “ -TIR” , emprega-se 
“SS”. Vejam:
admitir, admissão; 
demitir, demissão; 
repercutir, repercussão.
Na questão, o erro deveu-se ao deslocamento inadequado da consoante “r” : 
“repecuRssões”. Entretanto, o correto é “repeRcussões”.
Vale chamar a atenção de vocês, também, para uma temática que será vista em aulas 
futuras: o emprego do acento grave indicativo de crase. No item 4, há dois elementos: o termo 
regente “combate”, e o termo regido “inflação”. Conforme estudaremos em momento oportuno, 
veremos que o substantivo “combate” rege emprego da preposição “a”. Por sua vez, o nome 
“inflação” admite a anteposição do artigo definido feminino “a”, acarretando a fusão entre esses 
dois elementos, denominada crase: “combate à inflação”. Veremos isso mais detalhadamente no 
decorrer de nosso curso.
Gabarito: C.
A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas 
expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas da ESAF.
Vamos lá!
• A (preposição/artigo) x HÁ (verbo)
A (preposição) - indica relação de distância ou de tempo futuro.
Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância) 
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (p reposição= ideia de futuro)
A (artigo) - determina nomes femininos.
Exemplo: A prova de Português para a Receita Federal será fácil.
HÁ (verbo) - indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve 
permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal.
Exemplos:
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.)
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.)
EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES
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• AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A 
AO ENCONTRO DE - em direção a, favoravelmente.
Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.)
DE ENCONTRO A - ir contra; choque.
Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.)
• AFIM X A FIM
AFIM - indica "semelhança”, "parentesco”.
Exemplo: Nossa meta é afim : sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)
A FIM - indica "finalidade”. Equivale à conjunção final "para”.
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)
• ACERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE 
ACERCA DE - significa "a respeito de”, "sobre”.
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)
CERCA DE - transmite ideia "durante”, "aprogimadamente”.
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)
HÁ CERCA DE - significa "faz aproximadamente”, indicando tempo passado.
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
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• EM VEZ DE X AO INVÉS DE
EM VEZ DE - indica "em lugar de”.
Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um 
sanduíche.)
AO INVÉS DE - indica "ao contrário de”.
Exemplo: Ao invés de subir, desceu.
A expressão "ao invés de” só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No 
segundo quadrinho, há ideia de "em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada. 
O correto é: "Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”.
• MAL X MAU
MAL (advérbio/substantivo) - oposto de "bem”.
Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.)
Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.)
MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a "logo que”, "assim que”.
Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.)
MAU (adjetivo) - contrário, antônimo de "bom”.
Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.)
Importante!
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• ONDE X AONDE X DE ONDE
ONDE - empregado com verbos que exprimem "ESTADO” ou "PERMANÊNCIA”.
Exemplos: A cidade onde estou é linda.
Onde você deixou os óculos ?
Cuidado!
“Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar:
"A cidade onde estou é linda”.
É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é 
favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o 
emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou 
“na qual”:
A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável.
AONDE - empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”.
Exemplo: Aonde você quer chegar ?
No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição 
“a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”.
DE ONDE - empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”.
Exemplo: De onde você veio ?
No exemplo acima, o verbo “vir” indjca origem, procedência, regendo o emprego da 
preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de 
onde” ou a contração “donde” (de + onde).
• OS PORQUÊS
POR QUE (separado e sem acento) - é usado em:
a) interrogativa direta.
Exemplo: Por que você faltou à aula ontem?
b) interrogativa indireta.Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem.
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Dica!
A forma “POR Q U E" (separada e sem acento) também pode ser empregada nos 
seguintes contextos:
• Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “ por qual razão” .
Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto; 
só sei que serei aprovado.)
• Preposição + pronome relativo, equivalente a “ pelo qual” (e flexões).
Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)
• Após as palavras denotativas “ EIS” e “ DAÍ” .
Exemplos: "Eis por que seremos aprovados.”
"Daí por que dizemos que seremos aprovados.”
Se a forma "por que” estiver substantivada (antecedida de determinantes), o correto é empregar 
"porquê” (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão.
Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação.
Daí um porquê de seu sucesso: o estudo.
• POR QUÊ (separado e com acento) - é usado quando no final da frase.
Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o "quê” é tônico; por isso, é acentuado graficamente)
Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do 
período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual.
Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o "quê” é tônico)
• PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que 
estiver inserido, indicará uma:
a) explicação (= pois)
Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos 
estão vermelhos.)
Cuidado!
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b) causa (= já que)
Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi 
aprovada no concurso.)
c) finalidade ( = para que).
Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.)
Observação!
A forma “ porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas, 
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito).
Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada?
• PORQUÊ (junto e com acento) - é um substantivo usado sempre que vier precedido de 
determinante. Significa motivo, razão, causa.
Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de 
suas faltas.)
Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.) 
Curiosidade!
Na primeira estrofe da música "Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia, 
houve o emprego da forma "porque”. O emprego foi correto ?
Resposta: Não! A forma correta seria "por que”, pois é uma sequência composta por uma 
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão:
Gostava Tanto de Você
Não sei porque você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar...
(Tim Maia)
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Gostava Tanto de Você
Não sei por que você se foi 
Quantas saudades eu senti 
E de tristezas vou viver 
E aquele adeus não pude dar...
(Tim Maia)
SE NAQ X SENÃO
Letra:Chico da Silva
SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a 
"CASO NÃO".
Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no 
concurso.)
SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO".
Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário 
você não terá sucesso.)
Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa, 
exceto ela.)
Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário) 
explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação, 
retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-)
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AGENTE X A GENTE
AGENTE A GENTE
AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador, 
delegado, administrador etc.).
Exemplo: O agente chegou cedo à repartição.
A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de 
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve 
permanecer na 3â pessoa do singular.
Exemplo: A gente vai à praia amanhã.
• DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa)
Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão "dia-a-dia” era grafada 
com hífen (ou traço de união).
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo.
Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido: 
dia a dia.
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
"cotidiano”, a expressão será um substantivo)
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo)
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• TAMPOUCO X TAO POUCO
TAMPOUCO - é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBÉM NAO", "NEM". 
Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.)
TAO POUCO - expressão equivalente a "MUITO POUCO".
Exemplo: Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo 
sentirá sono.)
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos - são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma 
estrutura fonológica. Tripartem-se em:
• Homônimos homóFONOS - mesmo som (pronúncia) e grafias diferentes.
Exemplos:
coser (costurar) / cozer (cozinhar);
expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente);
cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);
• Homônimos homóGRAFOS - mesma grafia (escrita) e pronúncias diferentes.
Exemplos:
colher (verbo) / colher (substantivo);
sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido).
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• Homônimos perfeitos - pronúncia e grafia iguais.
Exemplos: são (verbo “ser”) / são (adjetivo = sadio).
Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”) 
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio)
cedo (advérbio de tempo) / cedo (verbo “ceder”).
Chegarei cedo ao local de prova. (advérbio de tempo)
Neste instante, eu cedo o apartamento para vocês. (verbo “ceder”)
FIQUE
atento!
É importante diferenciar os homônimos perfeitos das palavras polissêmicas.
Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que 
pertencem a classes gramaticais distintas (têm mais de uma entrada no dicionário)
Exemplos:
Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”) 
Mente sã no corpo são. (adjetivo= sadio)__________________
Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos 
perfeitos.
Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com 
mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical (apenas uma entrada no 
dicionário).
O cabo obedeceu às ordens dos superiores. (cabo = patente militar ^ substantivo) 
A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento ^ substantivo)
Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos 
polissêmicos.
PARONÍMINA
Parônimos - é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem 
significados diferentes.
Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e 
parônimos recorrentes nos certames organizados pela ESAF.
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Ascender: subir, elevar-se.
Acender: atear fogo, abrasar.
Acento: inflexão de voz, sinal gráfico.
Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento.
Acerca de: a respeito de, sobre.
A cerca de: a uma distância aproximada de.
Há cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de.
Acerto: estado de acertar; precisão, segurança; ajuste. 
Asserto: afirmação, asserção.
Aferir: medir.
Auferir: obter, ganhar.
Afim: parente por afinidade; semelhante, análogo.
A fim (de): para (locução conjuntiva final).
Amoral: indiferente à moral, que não se preocupa com a moral. 
Imoral: contrário à moral, indecente.
Ao encontro de: para junto de, favorável a.
De encontro a: contra, em prejuízo de.
Ao invés de: ao contrário de.
Em vez de: em lugar de.
A par: ciente, ao lado, junto.
Ao par: de acordo com a convenção legal; equivalência.
Apreçar: marcar o preço de, avaliar, ajustar.
Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar.
Arrear: pôr arreios a; aparelhar.
Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar.
Arrochar: apertar muito.
Arroxar: tornar roxo.
Ás: pessoa notável em sua especialidade; carta de jogo.
Az: esquadrão, ala do exército, fileira.
Asado: que tem asas, alado.
Azado: oportuno, propício.
Avocar: atrair, atribuir-se, chamar.
Evocar: trazer à lembrança.
Caçar: perseguir, apanhar.
Cassar: anular, suspender.
Cavaleiro: homem a cavalo.
Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e ações.
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Cela: aposento de religiosos, cubículo.
Sela: arreio de cavalgadura.
Censo: recenseamento, contagem.
Senso: juízo, discernimento.
Cerrar: fechar, apertar, encerrar.
Serrar: cortar, separar.
Cessão: ato de ceder, cedência.
Seção ou secção: setor, corte, subdivisão, parte de um todo. 
Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião; reunião.
Cheque: ordem de pagamento.
Xeque: chefe árabe; lance de xadrez; perigo.
Comprimento: extensão, tamanho, distância.
Cumprimento: saudação, ato de cumprir.
Concertar: combinar, harmonizar, arranjar.
Consertar: remendar, restaurar.
Conjetura: suposição, hipótese.
Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situação.
Coser: costurar.
Cozer: cozinhar.
Deferir: atender, conceder, anuir.
Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar.
Delatar: denunciar, acusar.
Dilatar: adiar, prorrogar.
Descrição: ato de descrever; explanação.
Discrição: moderação, reserva, recato, modéstia.
Despensa: depósito de mantimentos.
Dispensa: escusa, licença, demissão.
Despercebido: não visto, não notado, ignorado.
Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido.
Destratar: ofender, insultar.
Distratar: desfazer um trato ou contrato.
Emergir: vir à tona, aparecer.
Imergir: mergulhar, penetrar, afundar.
Eminente: alto, elevado; sublime, célebre.
Iminente: imediato, próximo, prestes a acontecer.
Emigrar: sair da pátria.
Imigrar: entrar (em país estranho) para viver nele.
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Esbaforido: cansado, ofegante.
Espavorido: apavorado, espantado.
Espectador: testemunha, assistente.
Expectador: aquele que tem expectativa, esperançoso.
Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo.
Experto: perito, experiente.
Espiar: espreitar, olhar.
Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado).
Estada: permanência, demora de uma pessoa em algum lugar.
Estadia: permanência paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veículos.
Estância: morada, mansão.
Instância: pedido urgente e repetido; jurisdição, foro.
Estrato: nuvem; camada.
Extrato: perfume, loção; resumo.
Flagrante: evidente, manifesto.
Fragrante: aromático, perfumoso.
Incerto: duvidoso, indeciso, não certo.
Inserto: inserido, incluído.
Incipiente: principiante, iniciante.
Insipiente: ignorante.
Indefeso: desarmado, fraco.
Indefesso: incansável, infatigável.
Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.).
Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer.
Intercessão: intervenção, mediação.
Interse(c)ção: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies.
Intimorato: sem temor, destemido.
Intemerato: puro, íntegro, incorrupto.
Laço: laçada; traição, engano.
Lasso: fatigado, cansado, frouxo.
Mandado: ato de mandar.
Mandato: autorização que se confere a outrem, delegação.
Paço: palácio, palácio do governo; a corte.
Passo: ato de andar, caminho, marcha; episódio.
Preceder: anteceder, vir antes.
Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento.
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Presar: capturar, apresar, agarrar.
Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar.
Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar.
Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir.
Ratificar: validar, confirmar autenticamente.
Retificar: corrigir, emendar.
Ruço: pardacento; desbotado; grisalho.
Russo: referente à Rússia; natural ou habitante da Rússia; língua da Rússia.
Sortir: abastecer, prover.
Surtir: ter como resultado, produzir efeito.
Sustar: deter, suspender, interromper.
Suster: sustentar, manter, alimentar.
Tacha: pequeno prego; mancha, nódoa.
Taxa: preço ou quantia que se estipula como compensação de certo serviço; razão do juro.
Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar.
Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular.
Vultoso: grande, volumoso.
Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto).
HORA DE
praticar!
10. (ESAF-2006/ENAP) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical, no texto 
abaixo.
Há(1) os que defendem um governo universal; essa seria, de acordo com certos teóricos, a 
única forma de eliminar as guerras, de construir uma paz durável, se não(2) eterna. Outros 
teóricos apontam a impossibilidade de governo universal sobre(3) uma História construída nos 
fundamentos da desigualdade. A paz só pode ser obtida entre sociedades iguais, e as 
sociedades nunca serão(4) iguais. Se houver a provável igualdade econômica, sempre haverá a 
desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tão pouco(5) são iguais.
(Adaptado de Mauro Santayana, Jornal do Brasil, 11/03/2006)
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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Comentário: A opção que corresponde a erro gramatical é a letra E. No item 5, a forma "tão 
pouco” (equivalente a "muito pouco”) deve ser substituída por "tampouco”. No contexto, esta 
expressão apresenta o significado "também não”, o que justifica a substituição:
"(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses tampouco são iguais”.
"(...) sempre haverá a desigualdade cultural, e, por fim, os deuses também não são iguais”.
Chamo a atenção de vocês para o item 2, em que há a forma "se não”. No contexto, essa 
expressão é composta pela conjunção condicional "SE”, seguida do advérbio "NÃO”. Equivale a 
"caso não”, estando, pois, grafada corretamente.
Gabarito: E.
11. (ESAF-2005/STN-Adaptada)
Os administradores de sociedades limitadas podem responder solidariamente perante a 
sociedade pelo mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas hipóteses é justamente não 
comunicar aos demais associados a cessão das cotas por parte de alguns sócios a terceiros que 
não dispõe de patrimônio apto a honrar o compromisso.
Julgue a afirmação a seguir.
I. Há erro no emprego do substantivo mal (linha 2) adjetivando desempenho; o correto é 
empregar o adjetivo mau.
Comentário: No contexto, a forma "mal” não é advérbio ou adjetivo, pois está modificando o 
substantivo "desempenho”. Portanto, deve ser substituída por "mau”, contrário de "bom”. Vejam:
Gabarito: Certo.
12. (ESAF-2005/MPU) Marque o item em que uma das sentenças não está gramaticalmente 
correta.
a) A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, 
exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de cérebros 
insulados./ A literatura depende muito de condições subjetivas, raramente satisfaz apenas aos 
sentidos, exige colaboração, embora muitos acreditem que as obras literárias possam brotar de 
cérebros insulados.
b) Um povo não perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a 
música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem perda de alguns de 
seus valores. / Um povo não perderá os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e 
praticar a pintura e a música de outra origem, mas dificilmente adotará literatura estranha sem 
perda de alguns de seus valores.
(...) responder (...) pelo bom desempenho (...)
(...) responder (...) pelo mau desempenho (...)
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c) Já tive ocasião de mostrar quanto me parecem precárias três afirmativas de Euclides da 
Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano. / Já tive ocasião de mostrar como me parecem precárias três afirmativas de Euclides 
da Cunha: a questão do cruzamento; a fatalidade da luta das raças e o autoctonismo do homem 
americano.
d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes 
pertencentes ao "sistema” de que falei há pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa 
literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao "sistema” de que faz pouco falei.
e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um "sistema” interessantíssimo, que a cerca 
de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um 
"sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos se desenvolve.
Comentário: Há erro gramatical na assertiva E. A expressão "a cerca de” deve ser substituída 
por "há cerca de”, pois, no contexto, há ideia de tempo decorrido, passado. Vamos relembrar as 
lições? Acompanhem comigo!
ACERCA DE - significa "a respeito de”, "sobre”.
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)
A CERCA DE - ideia de "aproximadamente”, "perto de”.
Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros 
da linha de chegada.)
CERCA DE - transmite ideia "durante”, "aproximadamente”.
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)
HÁ CERCA DE - significa "faz aproximadamente”, indicando tempo passado.
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.) 
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
Portanto, no contexto em análise, o segmento correto é "(...) a nacionalidade e a literatura 
formaram um "sistema” interessantíssimo, que há cerca de trezentos anos desenvolve-se”.
Gabarito: E.
13. (ESAF-2006/ANEEL) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
Há pelo menos duas compreensões a cerca do(1) Estado e sua natureza: ou ele seria um 
produto da razão pura ou ética do homem em busca de(2) construir na Terra um regime de 
ordem, de paz e de justiça assegurado pelo Direito positivo erigido, ou, ao contrário, seria uma 
criação socioeconômica de base política e militar organizada juridicamente conforme o(3) 
interesse material dos grupos ou classes sociais que(4) dominam efetivamente as relações 
econômicas de produção da riqueza de um país determinado.
(Baseado em Roquette Pinto)
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Para o pensamento moderno oficial, o Estado é uma entidade socioeconômica e política criada 
racional e conscientemente pelo homem, situando-se(5) acima dos interesses das classes, que 
busca a ordem e a paz social e, ainda, cria o direito positivo e realiza a justiça legal.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: O contexto nos transmite a ideia de "sobre”, "a respeito de”, ou seja, o assunto de 
que se fala. Portanto, no excerto "Há pelo menos duas compreensões a cerca do Estado e sua 
natureza”, a expressão em destaque deve ser substituída por "acerca de”. Fácil demais, não é?!
Gabarito: A.
14. (ESAF-2009/ANA-Adaptada) Em relação ao texto, assinale a opção correta.
O Rio Paraíba do Sul tem cerca de 2/3 de suas águas retiradas do seu leito por uma obra de 
transposição em Santa Cecília (RJ). Essas águas são utilizadas para gerar energia elétrica e 
para abastecer a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (cerca de 8 milhões de pessoas). Havia 
conflitos pelo uso dessas águas entre as diferentes regiões. Também nesse caso, a ação da ANA 
se pautou por definir um arcabouço técnico e institucional, estabelecendo regras de operação 
para o reservatório e de vazão mínima a ser liberada a jusante (rio abaixo), em determinadas 
épocas do ano, de forma a compatibilizar os usos.
Analise a proposta a seguir.
I. A substituição de “ cerca de” (linha 1) por acerca de mantém a correção gramatical do 
período.
Comentário: Vejam como os assuntos se repetem nas provas da ESAF. Novamente, foi exigida 
a diferenciação entre as expressões "cerca de” e "acerca de”. No contexto, a primeira transmite 
ideia de "aproximadamente”, estando corretamente empregada no texto. Por sua vez, a segunda 
traz a noção de "assunto”, significando "a respeito de”. Portanto, a substituição não mantém a 
correção gramatical do período.
Gabarito: Errado.
15. (ESAF-2010/MTE) Assinale a opção que indica onde o texto foi transcrito com erro 
gramatical.
A lição reafirmada pela crise é a da (1) instabilidade como pressuposto da economia de mercado, 
transmitida por dois canais. O primeiro é o da confiança dos agentes - aspecto crucial nas 
observações de John Maynard Keynes -, que é volúvel e sujeita a mudança repentina em
(Oscar d Alva e Souza Filho)
(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/set.2008.pdf)
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momentos de incerteza. Tal instabilidade pode ainda ser catalisada (2) pelo canal financeiro, 
como ficou claro, de forma dramática, em 2008. Falhas de mercado e manifestações de 
irracionalidade são comuns no capitalismo, sem dúvida, mas a derrocada recente não repõe (3) a 
polarização entre Estado e mercado. Reforça, isso sim, a necessidade de aperfeiçoar 
instituições, afim de (4) preservar a funcionalidade dos mercados e a concorrência, bens públicos 
que o mercado, deixado à (5) própria sorte, é incapaz de prover.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentário: No excerto "(...) a necessidade de aperfeiçoar instituições, afim de preservar a 
funcionalidade (...)”, transmite-se a noção de finalidade. Sendo assim, a expressão destacada 
deve ser substituída pela locução conjuntiva final "a fim de”, equivalente a "para que”. Vamos 
rever as lições:
AFIM - indica "semelhança”, "parentesco”.
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)
A FIM - indica "finalidade”. Equivale à conjunção final "para”.
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)
Vale chamar a atenção de vocês para o item 2. O vocábulo "catalisada” provém do verbo 
"catalisar” (grafado com "S”). Seguindo a regra dos paradigmas, palavras derivadas de outras 
que contêm "S” no radical devem manter essa consoante.
Gabarito: D.
16. (ESAF-2002/MDIC-Arfapfarfa)
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos mais 
sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o 
contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no 
suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos legalmente 
comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, aliados ao baixo 
risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de verdadeiras quadrilhas, 
até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São organizações de caráter 
empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais variados ramos de atividade.
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000)
Em relação às estruturas do texto, julgue a afirmação que segue.
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I. A expressão “ dia-a-dia” (linha 2) corresponde à idéia de “ o viver cotidiano” , e dia a dia 
corresponde à idéia de passagem do tempo, ou seja, dia após dia.
Comentário: A questão foi elaborada antes do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 
Sendo assim, devemos analisá-la à luz das regras anteriores ao Decreto n° 6.583/08.
Anteriormente à Reforma Ortográfica, a expressão "dia-a-dia”, pertencente à classe dos 
substantivos e significando "cotidiano”, era grafada com hífen (ou traço de união). Por sua vez, 
grafava-se a locução adverbial "dia a dia” sem hífen, significando "diariamente”. Portanto, a 
afirmação está correta.
Vale frisar que, com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi 
abolido: dia a dia. A identificação dar-se-á pelo contexto. Vejam:
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a 
"cotidiano”, a expressão será um substantivo)
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será 
locução adverbial de tempo)
Gabarito: Certo.
17. (ESAF-2003/Receita Federal) Indique o item em que todas as palavras estão 
corretamente empregadas e grafadas.
a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a 
cidadãos aparece livre de qualquer excesso e violência.
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem 
professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem "pais”, porém avocam a si um pouco de 
tudo isso, num modo de intervenção específico.
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o 
que possa haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que 
ambos possam suscitar.
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que 
vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados.
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o 
qual se chega a exercer controle e aferir llicro ilícito, mas que se torna manejável por sua 
organização em delinqüência.
(Itens adaptados de Michel Foucault)
Comentário: É importante o conhecimento dos parônimos. Esta questão trabalhou alguns 
apresentados em nossa lista. Vejamos.
Na assertiva A, o vocábulo "infringir” (transgredir, violar) foi empregado incorretamente. O 
certo é "infligir” (aplicar). Por sua vez, a assertiva D empregou equivocadamente a palavra 
"iminente” (prestes a acontecer), pois o correto é eminente (importante, ilustre). Já a alternativa E 
utilizou de modo incorreto a palavra "aferir” (medir) em lugar de "auferir” (obter, ganhar). Na letra 
C, por fim, o correto é "homogeneizar” (fusão de "homogêneo” com o sufixo "izar”). Portanto, as 
palavras estão corretamente grafadas e empregadas na assertiva B. Nessa alternativa, o 
vocábulo "avocar” (chamar para si) foi empregado corretamente, não devendo ser confundido 
com o parônimo "evocar” (trazer à lembrança).
Gabarito: B.
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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO)
A seguir, apresentarei a vocês um ponto que não é muito cobrado nas provas da ESAF, 
mas que deve ser estudado: o emprego do hífen (ou traço de união).
Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as 
mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico.
Sempre me dizem: "Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos, 
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que 
facilitarão a memorização.
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais 
diferentes.
Para memorizar:
P
>
SEUDO-
S EMI-
I NTRA-
C ONTRA-
A UTO-
N EO- y
E XTRA-
P ROTO-
I NFRA-
U LTRA-
S UPRA-
que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes.
Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem, 
ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra- 
-excitação.
Exceção: extraordinário.
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-, 
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última 
do prefixo.
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Para memorizar:
A
P SEUDO-
S EMI-
I NTRA-
C ONTRA-
A UTO-
N EO- y
E XTRA-
P ROTO-
I NFRA-
U LTRA-
S UPRA-
antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo
Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’ , estas consoantes serão 
duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen.
Exemplos: pseudo-homérico,neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem, 
ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus.
Dica!
Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima.
Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar 
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante), 
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição), 
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas 
por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.
Para memorizar:
>
A NTE-
A NTI-
S OBRE-
A RQUI-
7
que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.
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Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti­
-semita, sobre-saia.
Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas 
por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo.
A NTE-
A NTI-
S OBRE-
A RQUI-
J
antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo
* Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes.
Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui- 
-inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente, 
sobressaltar, sobressalto.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e 
‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
S
"*S
UPER-
H IPER-
I NTER-
antes de ‘H’ e ‘R’
Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo 
acordo ortográfico).
Para memorizar: SOBABADOB
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S
O
B-
A que antecedem ‘R’
B­
A
D­
O
B-
Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício.
Emprega-se hífen:
- no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo 
ortográfico)
Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano.
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia 
subumano.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e 
vogais.
Para memorizar: Lembrem-se de CPM.
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
C IRCUM-
P AN- V que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais
M AL-
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Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano, 
mal-educado.
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo 
MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais.
C
P
M
IRCUM-
AN-
AL-
> antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais
antes de ‘H’, ‘L’ e vogais
Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado, 
pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo, 
mal-lavado, malsucedido.
Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o 
hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis).
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem 
autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
P
-\
ÓS-
P RÉ- [
P RÓ-
quando tônicos
Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente.
Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral, 
pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa.
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r n N r i i R < ; n < ;
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Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente, 
preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra 
mantida pelo novo acordo ortográfico).
Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente. 
Emprega-se hífen:
- nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso. 
(regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
Exemplos: bem-aventurado, bem-vindo, bem-sucedido, além-mar, recém-nascido,
aquém-fronteiras.
Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer).
Emprega-se hífen:
- nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra 
terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). (regra 
mantida pelo novo acordo ortográfico).
S EM- 
S OTA- 
S OTO-
em qualquer caso
V ICE-
V IZO- 
E X-
-AÇU
-GUAÇU
-MIRIM
quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada 
graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia).
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Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu.
Emprega-se hífen:
- nas formas compostas por GRA- ou GRAO-, quando formarem nomes de lugar, ou 
nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo 
ortográfico)
GRÃ-
g r ã o -
>
quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos 
compostos ligados por artigo.
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos.
Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma 
consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Emprega-se hífen:
- nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e 
semântica.
Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa,
manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral, 
tenente-coronel.
tom e nota!
O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que 
perderam a noção de composição.
Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé.
Emprega-se hífen:
- nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas.
Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro, 
bico-de-papagaio, não-me-toques.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica.
Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ?
Vejam:
Acento tônico Acento gráfico
Determina a sílaba tônica de um 
vocábulo.
Exemplos: ruim, gratuito,

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