Buscar

TRAUMA GRAVE EM MEMBRO INFERIOR

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TRAUMA GRAVE EM MEMBRO INFERIOR
Regis Pietro Acempcion Guiraldo (1)
Cassiana Martins Cabral (1)
Ricardo Thompson Nora (2)
José Álvaro Lourenço Gasques (3)
Antonio Roberto Bozola (4)
resumo
Traumatismos graves de membros inferiores, com grandes perdas cutâneas e comprometimento de estruturas vitais, são casos de difícil resolução. A combinação de vários fatores, como esforço realizado e capacidade de distinguir a gravidade das lesões, ou seja, diferenciar as lesões recuperáveis ou viáveis daquelas que inevitavelmente irão evoluir para amputação, tem importante papel. Para tanto, surgiram índices que buscam estratificar a gravidade da lesão e predizer a necessidade de amputação, como o índice MESS (do inglês, Mangled Extremity Severity Score). Neste artigo, é reportado um caso de trauma grave de membro inferior, com reconstrução baseada no índice MESS, com emprego de múltiplos retalhos musculares e boa evolução funcional.
Enxertos e retalhos
No fim da década de 1920, iniciou-se uma técnica que revolucionou a medicina: o transplante de pele. 
Com um propósito que vai além da estética, o procedimento é utilizado principalmente para proteger áreas do corpo lesionadas por traumas e queimaduras.
A cirurgia de enxerto de pele consiste em um pedaço de pele retirado de uma área (doadora) e transferida a outra (receptora). Após este processo, o tecido implantado adquire um novo suprimento sanguíneo. É utilizado para cobrir partes do corpo que perderam substância cutânea devido a lesões, queimaduras, feridas cirúrgicas ou câncer de pele. A medida visa, sobretudo, a impedir que o meio interno fique em contato com o externo – e sujeito a agentes infecciosos e desidratação. 
“Retalho” é o segmento da pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, que será movido de uma área (doadora) para outra (receptora), com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica. Existe uma comunicação do retalho com a área doadora por meio de um pedículo, o que garantirá sua sobrevivência. 
Enxerto de pele total: caracteriza-se pela presença da epiderme e a total espessura da derme.
Enxerto de pele parcial: caracteriza-se pela preservação da derme na área doadora, possibilitando assim a reepitelização da mesma, por meio das células epiteliais procedentes dos sistemas pilossebáceos e das glândulas sudoríparas remanescente na área doadora
Enxertos compostos: consistem em uma porção intacta contendo toda epiderme e a derme, com um componente adicional de gordura ou cartilagem. Ex: enxerto condrocutâneo (pele conectada a uma das faces da cartilagem), enxerto condrobicutâneo (pele conectada a ambas a face da cartilagem), enxerto dermogorduroso (derme com tecido gorduroso).
Autoenxerto: quando o doador e o receptor são o mesmo indivíduo.
Homoenxerto ou aloenxerto: quando o doador e o receptor são indivíduos diferentes, porém da mesma espécie. Ex: curativo biológico (utilizado de forma temporária).
Isoenxerto: quando o doador e o receptor são indivíduos diferentes, porém, geneticamente idênticos. Ex: gêmeos univitelinos.
Xenoenxerto: quando o doador e o receptor são indivíduos de espécies diferentes. Ex: curativo biológico (pele de porco utilizada em seres humanos).
Enxerto Laminado: acontece quando o pedaço de pele retirado é colocado da mesma forma na área lesionada, sem nenhuma modificação.
Enxerto em Malha: ocorre uma expansão do tecido, que fica aberto e com furos como uma rede de pesca, aumentando sua superfície. 
CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS-OPERATÓRIO DE RECONSTRUÇÃO DE MEMBRO INFERIOR COM RETALHOS CIRÚRGICOS
Tratamento com laserterapia: baseado em artigo de revisão que aborda o tema efeitos de laserterapia de baixa potência no processo de cicatrização, ele tem efeitos terapêuticos e benéficos que são anti-inflamatório, analgésico, bactericida e reparador tecidual. As ações terapêuticas do laser de baixa potência no tratamento de feridas cirúrgicas, destaca-se como método bioestimulador para o reparo tecidual, ocorre aumento da circulação no local, proliferação celular e aumento da síntese de colágeno. 
Cinesioterapia Passiva: Necessário logo no início do tratamento para garantir a mobilidade articular e também para preparar o indivíduo quando for treinar a marcha. 
Cinesioterapia Ativa Resistida: Muito importante para ganhar força muscular e resistência à fadiga.
Treino de marcha: importante para tentar garantir ao paciente deambulação normal e poder voltar às atividades diárias de forma independente.
Alongamento: É um método executado para aumentar a amplitude de movimento ou a flexibilidade de determinadas articulações. São necessários para atividades funcionais ou ADM funcional. Neste caso, seria para manter a integridade dos músculos e evitar que as cicatrizes causem a perda da ADM funcional. 
A reconstrução precoce e definitiva dos traumatismos complexos dos membros foi iniciada em Eslovênia, por Godina que desde 1976 já realizava o retalho microcirúrgico nas primeiras 72 horas após o trauma antes do aparecimento da fibrose.
Em 1994 Zumiotti apresentavam os resultados de cobertura com retalhos livres em 27 pacientes com fraturas expostas. foi a primeira publicação na literatura brasileira sobre retalhos livres na urgência.
Vários autores mostraram preocupação com o critério de reconstrução com sucesso e as amputações rápidas. E com isto surgiram dúvidas, então foi criado em 1.987 um sistema que classificava as lesões por pontos.
Com a análise dos resultados de extremas importância, obtém respostas nos casos difíceis para auxiliar na tomada da decisão. Alguns autores questionaram esse sistema, porem na pratica venha demonstrando confiável.
O acompanhamento multidisciplinar é de muita importância que visa a boa recuperação e a readaptação funcional do paciente.
FIM

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais