Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Biologia Vegetal II Raiz e caule Aula Raiz Definição - Órgão que fixa o vegetal ao solo, ramificando-se (sistema radicular), geralmente, subterrâneo e destina-se a absorver do solo as substâncias químicas indispensáveis ao metabolismo dos vegetais, funciona também como órgão de reserva. Raiz Função - Fixação ao solo - Absorção e distribuição de água e minerais - Estocar água e carboidratos Os mecanismos de absorção de água e nutrientes Nas raízes, os pelos radiculares (extensões microscópicas das células de epiderme radicular), fazem o contato íntimo com as partículas do solo, amplificando a área de superfície de absorção de água pela planta. Devemos lembrar que o solo é uma mistura de argila, areia, limo, material orgânico, água, solutos dissolvidos e ar. Esse contato íntimo é facilmente rompido quando o solo é perturbado, daí a necessidade de irrigação maior quando plântulas são transplantadas de um solo para outro. A medida que a planta absorve água do solo, elas esgotam o solo de água, no local de contato com a raiz. Isso faz com que se forma uma pressão entre regiões vizinhas do solo. Resumidamente, a água move-se das regiões vizinhas em direção à superfície radicular, obedecendo a um gradiente de pressão. Raiz A origem das estruturas absortivas A hipótese de Lignier Aparecimento de rizóides Aparecimento de rizóforos Raiz Origem 1 - Radícula do embrião da semente (raiz principal ou primária) Raiz Origem (cont.) 2 - Endógena – a partir de tecidos profundos Raiz Características gerais - Presença de coifa (proteção do ápice radicular) - Corpo sem segmentação (nós e entre-nós) - Sem folhas e sem gemas - Geralmente subterrâneas (exceção aéreas e aquáticas) - Geotropismo positivo (em geral) - Crescimento sub-terminal Raiz Morfologia externa - Coifa ou caliptra - Zona lisa ou de crescimento - Zona pilífera - Zona suberosa ou de ramificação - Colo ou coleto Raiz Morfologia externa (cont.) - Coifa ou caliptra Forma de dedal ou capuz Função – proteção principalmente tecido meristemático da zona lisa (atrito e transpiração) Raiz - Zona lisa ou de crescimento Morfologia externa (cont.) Função Promover o crescimento da raiz (sub-terminal) Características - Multiplicação celular (região meristemática) - Desenvolvimento celular (região de alongamento) Raiz - Zona pilífera Morfologia externa (cont.) Função - Absorção Características - Presença de pêlos prolongamentos das células epidérmicas Raiz - Zona suberosa ou de ramificação Morfologia externa (cont.) Função - Forma as raízes secundárias, laterais ou radicelas Característica - Geralmente suberificada Raiz - Colo ou coleto Região de transição entre a raiz e o caule Morfologia externa (cont.) Raiz Quanto ao habitat Aéreas Aquáticas Subterrâneas Estágio derivado do sistema radicular Estrutura modificada (algumas fotossintetizantes) Podem apresentar parênquima aerífero (aerênquima) Câmaras e lacunas (respiração e flutuação) Ambiente mais estável Menor variação da estrutura básica, entretanto existem muitas adaptações Raiz Quanto ao habitat (cont.) Aéreas 1. Cinturas ou estranguladoras Ficus sp. Raiz Quanto ao habitat (cont.) Aéreas 2. Grampiformes ou aderentes Ficus sp. Raiz Quanto ao habitat (cont.) Aéreas 3. Respiratórias ou pneumatóforos Geotropismo negativo Raiz Quanto ao habitat (cont.) Aéreas 4. Sugadoras ou haustórios Ficus sp. Raiz Quanto ao habitat (cont.) Aéreas 5. Suportes ou fúlcreas Raiz Quanto ao habitat (cont.) Aéreas 6. Tabulares aquáticas Raiz Quanto ao habitat subterrâneas Raiz Quanto ao habitat 1. Axial ou pivotante (gymnospermae e dicotyledoneae) 2. ramificada 3. Fasciculada Raiz principal desenvolvida com ramificações secundárias pouco desenvolvidas subterrâneas Raiz Quanto ao habitat 2. ramificada Baccharis punctigera DC. Raiz principal se ramifica em secundárias que se ramificam em terciárias, não apresentando um feixe principal desenvolvido subterrâneas Raiz Quanto ao habitat 3. Fasciculada A raiz principal atrofia sendo constituída por um feixe de raízes de espessura semelhantes, que impossibilitam a identificação da principal subterrâneas Raiz Quanto ao habitat 4. Tuberosa A raiz é dilatada pelo armazenamento de substâncias de reserva nutritiva. A reserva pode ser alocada na raíz principal, assim como nas secundárias. - Importante órgão de armazenamento substâncias orgânicas sintetizadas nas porções aéreas e fotossintetizantes da planta são transportadas através do floema, para os tecidos de reserva da raiz - Água e minerais absorvidos pelas raízes transportados pelo xilema Cenoura Beterraba – planta bienal (1º ano acúmulo de reservas e 2º ano produção de flores, frutos e sementes) Batata-doce Raiz Adaptações da raiz relação ambiental Alimentar cenoura, nabo, beterraba, rabanete, batata-doce Raiz relação ambiental Comercial agricultura relação ambiental Importante para a estabilização do solo relação ambiental Micorrizas nitrificação do solo Em simbiose com as raízes, o fungo micorrízico aumenta em até 100 vezes a área de absorção de água e nutrientes pela planta. Os fungos ainda propiciam uma maior resistência a metais pesados. Modificações da raiz Podem adquirir formas diferentes Caule Definição - órgão vegetativo, que produz e suporta folhas, flores e frutos, promove a distribuição de água, nutrientes e substância alimentar, armazena reservas e pode realizar propagação vegetativa. Caule Funções - sustentação (ramos, flores e frutos) - condução - crescimento e propagação vegetativa - reserva Caule Evolução Caule Origem - gêmula do caulículo do embrião da semente Caule Origem (cont.) - exógena, a partir das gemas caulinares - regiões meristemáticas protegidas por primórdios foliares ou por escamas localizadas em diversos pontos do caule. Características gerais Caule - Corpo dividido em nós e entre- nós; - Presença de folhas e botões vegetativos; - Geralmente aclorofilados (exceto herbáceos) - Geralmente aéreos (exceto bulbos, rizomas, etc.) - Geotropismo negativo - Fototropismo positivo Caule Morfologia externa - nó – região caulinar de onde saem as folhas - entrenó – região caulinar entre dois nós consecutivos -gema terminal – ápice. Pode produzir ramo folhoso ou flor e promove crescimento - gema lateral – axilar. Pode produzir ramo folhoso ou flor. Muitas vezes permanece dormente Caule Quanto ao habitat Aéreos Eretos Presença de tecidos de sustentação Tronco – lenhoso, resistente, ramificado Caule Quanto ao habitat Aéreos Eretos Presença de tecidos de sustentação Estipe – lenhoso, resistente, em geral não ramificado, folhas parte apical, ex. Palmeiras Caule Quanto ao habitat Aéreos Eretos Presença detecidos de sustentação Colmo – pode ser oco ou fistuloso, como no bambú, e cheio ou maciço, como na cana-de-açúcar. Caule Quanto ao habitat Aéreos Eretos Presença de tecidos de sustentação Escapo – não ramificado, áfilo e sustenta flores Caule Quanto ao habitat Aéreos Rastejantes – apoiados e paralelos ao solo, com ou sem raízes, e.g. abóbora Caule Quanto ao habitat Aéreos Trepadores Sarmento – longo e flexível com elementos de fixação (gavinhas), um único ponto de enraizamento Amendoim Caule Quanto ao habitat Aéreos Trepadores Volúvel – enroscam-se, mas sem órgãos de fixação Caule Quanto ao habitat Aéreos Estolão – lateral, com entrenós, longo e paralelo à superfície do substrato. Capacidade de crescimento clonal Caule Quanto ao habitat Subterrâneos Rizoma - subterrâneos, horizontais. Podem emitir ramos aéreos, dotados de nós, entrenós, gemas, escamas e raízes Caule Quanto ao habitat Subterrâneos Tubérculo – gemas (“olhos”), reservas nutritivas (amido), e.g. batata escamoso – folhas mais desenvolvidas que o prato, rodeando-o Caule Quanto ao habitat Subterrâneos Bulbo Eixo cônico - prato, com gema, catáfilos tunicado – folhas mais desenvolvidas que o prato, túnicas concêntricas envolvendo o prato Caule Quanto ao habitat Subterrâneos Bulbo Eixo cônico - prato, com gema, catáfilos Bulbo composto, pseudobulbo, cormo bulbilho – grande número de pequenos bulbos Caule Quanto ao habitat Subterrâneos Bulbo Eixo cônico - prato, com gema, catáfilos pseudobulbo, cormo Caule Quanto ao habitat Aquáticos pouco desenvolvidos, tenros, quase sempre clorofilados, com aerênquimas que reservam ar, facilitando a respiração e a flutuação do vegetal, e.g. nynfaeae Caule Quanto à ramificação Monopodial – predomínio da gema apical, e.g. casuarina, pinheiro Simpodial – gema apical de curta duração, substituída por uma lateral, que passa a ser a principal, e. g. ficus. Dicásio – duas gemas laterais do caule principal, crescem mais que a gema apical, formando ramos, sucessivamente. Caule Quanto ao desenvolvimento erva – pouco desenvolvida, pouca consistência (sem lenhificação) subarbusto – até 1m de altura (base lenhosa e restante herbáceo) arbusto – inferior a 5 m, resistente lenhoso na porção inferior e herbáceo na superior, sem tronco predominante (ramificação na base) árvore – superior a 5 m, geralmente com tronco nítido e sem ramos na parte inferior, com copa (parte ramificada) liana – cipó, trepador, sarmentoso Caule Quanto à consistência herbáceo – aspecto de erva, (sem lenhificação), e.g. alface, begônia, agrião Sublenhoso – resistente lenhoso na porção inferior e herbáceo na superior, e.g. milho, arroz Lenhoso – consistente e resistente (lenhificação), e.g. palmeira, mangueira Caule Adaptações dos caules cladódios –carnudos, verdes, achatados ou laminares, e.g. cactos (a) espinhos – órgãos caulinares, endurecidos e pontiagudos gavinhas – ramos filamentosos, enroscam-se em hélice (b) (a) (b) Caule relação ambiental - alimentar – açúcar, amido (batata-inglesa) - industrial - borracha, corantes, resinas (móveis, gomas) - comercial – madeira, extração de cortiça (súber – regenera, possibilitando manejo sustentável) - medicinal – gengibre, alcaçuz Diferenças entre raiz e caule RAIZ CAULE Origem: radícula Origem: gêmula Com coifa Sem gemas Com região de pêlos / Sem folhas, flores e frutos Sem nó e entrenós Secundárias de origem endógena Diferenças morfológicas Sem coifa Com gemas Sem região de pêlos absorventes Com folhas, flores e frutos Cem nó e entrenós Ramos de origem exógena Absorção da seiva Crescimento subterminal Geotropismo positivo Raro fotossintetizantes Fototropismo negativo Fixação da planta Diferenças fisiológicas Condução da seiva Crescimento terminal Geotropismo negativo Fotossintetizantes Fototropismo positivo Sustentação Para não esquecer!!!
Compartilhar