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REFORMA TRABALHISTA

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Resenha sobre a Reforma Trabalhista
I. Primeira Palestrante 
A primeira palestrante iniciou informando a necessidade de saber atuar dos dois lados da demanda trabalhista, tanto como advogado do reclamante quanto da reclamada. 
Aduziu sobre o atual funcionamento do sindicato, que com a reforma a contribuição passou a ser facultativa, o desconto só ocorrera mediante consentimento expresso. 
Além dessa mudança, ocorreram algumas positivas, ao ver da palestrante, havia uma falta de isonomia no que se refere a deposito recursal, garantia do juízo, havendo a exordial e a peça de defesa, a partir disso houve sentença e em sequência recurso ordinário (custas e deposito recursal), até hoje era obrigatório nas empresas, na importância de aproximadamente 9 mil reais, a partir da reforma houve redução de 50% aos trabalhadores, pois dificultava o ingresso da pessoa física na esfera recursal em função desse depósito. 
Segundo a palestrante, tal mudança foi positiva e trouxe isonomia ao acesso ao processo (artigo 899 §4º da CLT) consagrou a novidade do deposito recursal que passa a ser mais depositado na conta do juízo, revogando assim o §5º do mesmo artigo.
No que se refere aos pontos negativos, levantou que o tele-trabalho (home office) é um retrocesso no sentido de garantias, assim como a exclusão do capítulo do período de trabalho.
Outro aspecto, é não haver mais necessidade do preposto, empregado, de forma obrigatória. Até hoje a figura do preposto é que seja empregado da empresa, exceção em domestico e micro empresário em decorrência de ter conhecimento dos fatos. 
A partir da reforma, passa a ser qualquer pessoa, sendo assim, há a necessidade de alertar os empregadores para a necessidade de que o preposto seja empregado para que conheça a realidade da empresa e dos fatos, isso porque poderá responder por litigância de má fé. 
Por fim, ressalvou a importância de fazer assinatura do push do TST, visto que o tema é novo e todas as decisões chegarão via e-mail. 
 
II. Segundo Palestrante - Roberto Miranda
Analise sobre a perspectiva dos recursos humanos. 
Analisou primeiramente o Custo Brasil, que inviabiliza diversas áreas, pois a remuneração é muita para quem paga e pouca para quem recebe. E porque o brasil tem essa remuneração tão elevada? E com a reforma, alterou-se a possibilidade de diminuir férias, diminuir horário de almoço, trabalho intermitente, mulher gravida trabalhar em lugares insalubres. Com isso foi dado novas oportunidades as empresas que antes competiam de forma injusta com as demais que tinham sede fora do Brasil, atendendo de forma mais ampla a vontade dos empregados. 
No caso da insalubridade, na hipótese da mulher gravida, como exemplo a enfermeira que trabalha na área semi-intensiva, supondo que duas pessoas comuniquem que engravidaram ao empregador. Na legislação anterior, ela seria tirada da sua atividade e realocada no setor administrativo havendo possibilidade de sentir-se constrangida por não se adaptar ao local realocado, ainda tendo o empregador que contratar duas novas enfermeiras. Salientou que tal modificação foi um pedido do sindicato no sentido de que não houvesse essa realocação, pois perdia contato com sua atividade e passava meses em outra que não dominava e muitas vezes não tinha interesse.
Além disso, outro ponto destacado pelo doutor, é a vantagem a grandes empresas o home office, que segundo ele, foi um grande beneficio, assim como a divisão de férias, tanto para empregados quanto para empregadores.
Entretanto, como aspecto negativo, citou a perda de poder do sindicato, mencionou ser contraditório pois representa a empresa que negocia diretamente com os sindicatos. Isso porque, faz com que o sindicato possa atuar de forma mais próxima ao empregado, mudando a relação entre sindicato e empregado, mas destacou que tal mudança ainda levará tempo para que reacomode. 
No que se refere ao banco de horas, menciona o risco do contrato de adesão, no qual o sindicato terá o papel fundamental de atuar a fim de evitar as arbitrariedades. Caso contrário, se o sindicato continuar agindo da mesma forma, não haverá efetividade, demonstrando a necessidade de que ele se reinvente para se manter.
III. Terceira Palestrante - Aline
A ultima palestrante, magistrada, salientou a importância do debate entre empregado e empregador, logo a lei não agradara a todos, não há como ser totalmente positiva ou negativa.
Levantou o ponto, de diminuição das demandas que muitos estão defendendo, mas segundo sua perspectiva, é que haja um aumento das demandas pois surgiram novos instrumentos de demanda, no que se referem ao pleito de inconstitucionalidade e outros termos de pleito.
Apontou como ponto negativo da reforma, o que se refere ao arquivamento da demanda por ausência do reclamante, pois ainda que seja beneficiário de justiça, deverá incidir custas – vide artigo 884 §2º- ao menos que o reclamante justifique em 15 dias. E ainda, se ele não fizer o pagamento das custas não poderá ingressar com nova ação, logo, critica esse aspecto pois inviabiliza o acesso ao judiciário e o instituto da justiça gratuita.  Assim como, a diminuição do horário de descanso do trabalhador, podendo indenizar aquele fração que não foi gozada pelo trabalhador. Outro exemplo foi a inaplicabilidade da Súmula 433 do TST diante da nova Reforma Trabalhista, o trabalhador só vai receber aquilo que não usufruiu, deixando de ter natureza salarial. 
Além disso, afirmou que não há mais necessidade de homologação pelo sindicato, caracterizando também como um problema, pois alguns sindicatos, quando o empregado ia homologar a decisão eles não homologavam pedido de demissão e dispensa por justa causa sob justificativa do conteúdo da rescisão apenas, isso também não competia ao sindicato. Logo, esse comportamento de alguns modificou esse aspecto na homologação. 
Indagou sobre uma dúvida constante que permeia o sistema jurídico brasileiro, sobre qual lei aplicar, sendo também uma questão que paira duvida até para os magistrados, sobre aplicação da lei vigente a época do contrato ou da legislação atual.
Destacou que seja para o trabalhador, empregador, magistrados e advogados, a Reforma se mostra dúbia e não traz benefícios a um grupo específico, o que nos leva a crer que a nova lei vai requerer muita interpretação referente a cada caso concreto. 
Aluna: Fernanda dos Santos Nascimento

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