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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Fichamento de Estudo de caso Isabella Torres de Souza Trabalho da disciplina de Engenharia Social e Conscientização em Segurança da informação Tutor: Prof. Marcelo Vasques de Oliveira Luís Correia- Pi 2018 ESTUDO DE CASO: Engenharia Social e Conscientização em Seg. da Informação Conflito no Andar de Derivativos (A) REFERÊNCIA: JR, Joseph L. Badaracco; USEEM, Jerry. Conflito no andar de Derivativos (A). Harvard Business School, 2006. O trabalho se baseia na experiência de um dos autores como colaborador entre os anos de 1986 à 1988 de um dos bancos dos Estados Unidos, o First America Bank situado em Nova York. Trabalhando no andar principal de negociações, ele era assistente de uma das vendedoras mais importantes do banco, Linda. O artigo se desenvolve explorando uma possível transação entre o First America e uma empresa do ramo de cruzeiros, a Poseidon Cruise Lines, o financiamento para a construção de um navio de cruzeiro com um custo de aproximadamente U$ 700 milhões. Uma negociação desta magnitude seria inédita no relacionamento entre eles. Essa operação vinha acompanhada de alguns riscos, entre eles estava o fato da construção do navio ser feita em um estaleiro na França e o mesmo exigir ser pago em francos e não em dólares, sujeitando assim a Poseidon a riscos de moeda. Outro problema, ligado ao primeiro, foi a falta de experiência dos responsáveis, no caso o tesoureiro e o CFO (Chief Financial Officer) da Poseidon com mercados de moeda, ao menos em transações desse porte. Foi discutido entre Linda e o CFO qual seria a melhor forma de pagamento, ou seja, a que fosse mais segura e que custasse menos, pois estariam lidando com duas moedas diferentes e todos os riscos que isso envolve. Por fim Linda apresentou uma estrutura de negócio que foi parcialmente aceita, mas que ainda gerava dúvidas entre o tesoureiro e o CFO. Como assistente de Linda, o autor tinha certa visão de tudo que estava sendo negociado, e também estava ciente do receio por parte dos responsáveis da Poseidon em relação ao custo que a transação ia causar para a empresa. Ele acabou percebendo que o que Linda estava propondo não seria tão bom para a Poseidon. Linda instruiu que a Poseidon não examinasse o que outros bancos tinham de proposta para oferecer, ainda estipulou as taxas de juros que o banco iria lucrar. Á medida que o autor iria tendo ciência das ações de Linda mais ele ia suspeitando das suas reais intenções, chagando a questioná-la, ela por sua vez pediu pra ele não interrompê-la e voltar ao trabalho. O autor se viu no meio de um empasse, ele apenas seguiria as ordens de Linda e provavelmente iria ver o maior negócio que ele poderia participar se concretizando e gerando um enorme lucro ao banco, bônus à Linda e à ele e benefícios aos funcionários e acionistas. Ou ele simplesmente diria aos responsáveis da Poseidon que os custos que Linda estava passando eram bem maiores que os preços de mercado. Consciente ou inconscientemente, Linda se apoderou da engenharia social em relação ao seu assistente por meio de alguns princípios psicológicos. Primeiramente a reciprocidade, Linda tinha participado do recrutamento dele para o banco, e mesmo sem ele ter experiência, recomendou-lhe a um cargo que requeria maior qualificação do que ele tinha na época. Segundo, a autoridade, Linda era sua chefe. Ele devia obediência a ela, mesmo se o que ela pedisse não fosse, a seu ver, algo totalmente íntegro. Terceiro, compromisso e coerência, ele tinha obrigações para com o banco. Era seu trabalho fazer com que seu setor ganhasse dinheiro tanto quanto possível e essa transação certamente renderia alguns milhões de dólares. O quarto e último principio foi o de aprovação social. Era de grande importância que ele fosse visto como um profissional confiável e dedicado, principalmente para Linda que estava mais próxima a ele e também por ser ela a frente daquele negócio “duvidoso”. Delata- la poderia ser seu fim como funcionário do First America Bank. Mas pode-se ver também uma engenharia social “reversa”, do que já foi exposto anteriormente. Usando novamente o principio do compromisso e coerência o assistente se viu compelido a fazer alguma coisa a respeito em relação á Poseidon, pois como judeu ele presava pela honestidade, e sabendo que a Poseidon iria sair lesada, ele se sentiu no dever de interferir. O segundo princípio foi o da autoridade. A Poseidon como sua cliente tinha o direito de saber tudo o que ela estava sendo sujeita. O terceiro é novamente o da aprovação social. Ao alto escalão do First America, a atitude dele de ser honesto poderia ser vista com bons olhos, já que pouparia o banco de um escândalo no futuro, caso os detalhes da negociação viessem a público.
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