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TRANSTORNOS NEURÓTICOS ANSIOSOS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ 
CURSO DE PSICOLOGIA 
Psicopatologia I- turma 1001(6ª -feira- CD/EF- Manhã) 
Profº Bruno Garcia 
 
 
ANTONIA DÉBORA LEITÃO SILVA 
 FERNANDA VERASVIEIRA FEITOSA 
MONIQUE DÁVILA MOTA FONSECA 
NATHÁLYA SALES MOTA 
SAVYA PEREIRA NOGUEIRA 
SAVIO ÉRIC SANTOS GARCÊS 
THAÍS DE CARVALHO COSTA 
VIRNA EVELYN RODRIGUES CORDEIRO 
 
 
 
 
TRANSTORNOS NEURÓTICOS: Fobia social e transtorno de ansiedade generalizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA / CE 
2018 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo Campbell (1986), conforme citado por Dalgalarrondo (2008, p.27), a 
psicopatologia é definida como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença 
mental – suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de 
manifestação. Todavia, nem todo estudo psicopatológico segue de forma rígida os princípios 
de uma ciência sensu strictu. 
 A psicopatologia de uma forma mais ampla pode ser entendida como um grupo de 
saberes inerentes ao adoecimento mental do indivíduo. É um conhecimento que se fortifica 
por ser disciplinado esclarecedor e desmistificante. É um saber que busca a cientificidade, por 
isso não faz a inclusão de critérios de valor, nem aceita verdades a priori ou doutrinas. 
E uma área de conhecimento que tem uma forte ligação com as tradições médicas, 
filosóficas, psicológicas, literárias e artísticas. Não é um prolongamento de outros campos do 
saber e sim uma ciência autônoma, sistemática, com seus métodos próprios. 
Karl Jaspers, um dos principais autores da psicopatologia, declara que as limitações da 
ciência psicopatológica constituem diretamente na questão em que nunca se pode reduzir por 
inteiro o sujeito a conceitos psicopatológicos. O domínio da psicopatologia reside a “todo 
fenômeno psíquico que possa apreender-se em conceitos de significado continuo e com 
chance de comunicar”. 
A ciência psicopatológica é tida como uma das abordagens possíveis do homem 
mentalmente doente, mas não a única. Não se pode compreender ou explicar tudo o que existe 
em um homem por meio de conceitos psicopatológicos. Assim, ao se diagnosticar um 
indivíduo como esquizofrênico (epiléptico, maníaco-depressivo ou qualquer que seja o 
diagnóstico formulado), ao se fazer uma análise psicopatológica de sua biografia, isso nunca 
explicará totalmente sua vida e sua obra (DALGALARRONDO, 2008). 
Antes de iniciarmos a discussão sobre alguns transtornos mentais, precisamente sobre 
os transtornos neuróticos ansiosos. Para não termos um entendimento de maneira errônea 
sobre os mesmos, é importante conceituarmos o que é uma doença mental e um transtorno. Os 
aspectos históricos envolvidos sobre a neurose e psicose e a distinção entre ambos. 
 A doença é um quadro clinico que apontam de forma integral as particularidades 
tradicionais do termo, conhece as causas, os efeitos e os resultados. Ou seja, os instrumentos 
causais objetivos, as ligações de dependência entre os fatores e os resultados dos sintomas. 
Enquanto que transtorno é um quadro patológico cujas causas ou agentes causais não 
foram evidenciadas totalmente, bem como a relação de dependência entre seus elementos. Os 
transtornos envolvem um comportamento incomum ou divergente. Em que podem estar 
envolvidos fatores biológicos, ecológicos, socioculturais, ambientais, bem como também 
históricos. 
A diferença entre neuroses e psicoses por muito tempo foi um divisor no campo do 
sofrimento humano. Neurose, um termo que teve o nascimento e desenvolvimento com base 
na psicanálise. Em uma época da predominância das ideologias a psiquiatria levou o termo 
neurose a ser bastante usado, para apontar certas mudanças e transtornos não considerados por 
uma ruptura de forma radical com aquilo que era considerado como normal. A psiquiatria em 
relação à revolução do pragmatismo decidiu eliminar todas as ideias que não tinham sido 
comprovadas. 
As neuroses consistem nas alterações que se caracterizam por um alargamento de 
intensidade das “estranhezas” particulares a todo ser humano, reações que são ampliadas até 
certo nível é considerada normal. Nas neuroses é possíveis compreender como e porque os 
sintomas se desenvolvem, há certa ligação com aquilo que é considerado normal, são 
“rastreáveis”, enquanto que nas psicoses é total a sua estranheza em relação as ocorrências da 
normalidade. 
O CID ainda mantém um grupo de transtornos sob o nome neurose. Explicando o não 
uso do termo histeria devido a existências de variações de significados por todo o mundo, 
onde optou por separar em transtornos dissociativos e somatoformes. Já o DSM extermina o 
termo neurose não supondo nenhuma peça específica, que poderia agrupar os transtornos 
classicamente sob o termo neuroses (GUSMÃO et al, 2013). 
Em termos gerais, a neurose foi dividida nos manuais da seguinte forma: transtornos 
dissociativos, somatoformes (antiga histeria), transtorno obsessivo compulsivo (antiga 
neurose obsessiva), transtornos fóbicos e ansiosos e reação a estresse grave (antiga neurose de 
angústia). 
Segundo Resende e colaboradores (2013), a angústia pode ser vista como a marca 
fundamental das neuroses. A origem e o desenvolvimento desses transtornos tende a estar de 
maneira direta relacionado a certa forma de lidar com ela. Já na psicose, a angústia pode estar 
presente, e de fato está muitas vezes, mas ela não parece constituir a questão central, nem a 
origem nem o centro do problema; não se enlouquece verdadeiramente de angústia. 
 Dentro do bloco de transtornos neuróticos falaremos de dois grupos, sendo o primeiro 
os Transtornos fóbicos ansiosos (F40), dando uma ênfase de forma mais aprofundada em um 
dos seus subgrupos, fobias sociais (F40.1). E o segundo Outros transtornos de ansiedade 
(F41), e dentro dele pontuaremos mais detalhadamente sobre o Transtorno de ansiedade 
generalizada (F41. 1). 
 Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado 
por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou 
estranho. A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é 
basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao 
estímulo do momento ou não. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou 
seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do 
desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.). Sintomas ansiosos (e não os transtornos 
propriamente) são frequentes em outros transtornos psiquiátricos. 
Em relação aos transtornos fóbico-ansiosos, a ansiedade é evocada apenas, ou 
predominantemente, por certas situações ou objetos (externos ao sujeito) bem definidos, os 
quais não são correntemente perigosos. 
Segundo o CID-10 (2011), o grupo de transtornos fóbico-ansiosos, a ansiedade ocorre 
unicamente, ou principalmente, por certos eventos ou objetos (externos ao indivíduo). E como 
consequência, esses eventos ou objetos são tipicamente conjurados ou tolerados com pavor. A 
ansiedade fóbica é subjetiva, psicológica e comportamental indiscriminável de outros tipos de 
ansiedade e pode diversificar em gravidade desde leve até situações de terror. Dentro desse 
grupo falaremos sobre o subgrupo F40.1(fobias sociais). 
A fobia social é considerada um dos transtornos mentais mais prevalentes na 
população geral. Segundo o DSM-V (2014), a fobia social é caracterizada por um medo 
acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. 
 A pessoa teme agir de um modo ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam 
humilhantes e embaraçosos,e a exposição à situação social temida provoca uma resposta de 
ansiedade intensa, que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa geralmente evita estas 
situações ou as suporta com intenso sofrimento. 
De acordo com o CID-10 (2011), a fobia social tem início de maneira constante na 
adolescência e estão focadas em torno de um medo de se exporem a outras pessoas em grupos 
relativamente menores (em exposição a multidões), levando a esquiva de situações sociais. 
Leite (2007), conforme citado por Gusmão et al., (2013, p.120); apontam que geralmente o 
TAS se inicia na adolescência e está atrelado a uma trajetória de timidez desde a infância. 
Esse tipo de fobia é comum em homens e mulheres. Podem ser limitadas (isto é, 
restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se como o sexo oposto) ou difusas, 
envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar. 
 Conforme CID-10 (2011), todos os critérios a seguir devem ser preenchidos para que 
se possa ter um diagnóstico definitivo de fobia social (F40.1): (a) os sintomas psicológicos, 
comportamentais ou autonômicos devem ser primeiramente manifestações de ansiedade e não 
secundários a outros sintomas tais como delírios ou pensamentos obsessivos; (b) a ansiedade 
deve ser restrita ou predominar em situações sociais;(c) a evitação das situações fóbicas deve 
ser um aspecto predominante. 
Segundo o DSM-5, os critérios diagnósticos são os seguintes: medo ou ansiedade 
acentuado acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível 
avaliação por outras pessoas; teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que 
serão avaliados negativamente; as situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso 
medo ou ansiedade entre vários outros. 
Existem algumas características associadas aos sujeitos com transtorno de ansiedade 
social que podem ajudar no diagnóstico. Temos como exemplo, esses indivíduos podem ser 
inadequados ou assertivos ou altamente submissos, podem expor uma postura corporal 
bastante rígida ou contato visual inadequado, podem falar com um tom de voz 
exageradamente suave, procuram empregos em certas atividades que não tenham um contato 
social. 
Como muitos outros problemas, relacionados à saúde mental acredita-se, que a fobia 
social seja resultado, possivelmente, de uma relação complexa de interações entre o meio e os 
genes. Existem certos fatores de riscos e prognósticos envolvidos onde podemos pontuar os 
fatores: temperamentais, ambientais, genéticos e fisiológicos, questões diagnósticas relativas à 
cultura, ao gênero, histórico familiar, traumas e experiências negativas. 
Os sintomas da fobia social vão muito além de que uma timidez ou certo desconforto 
em certos eventos. Além do nervosismo diariamente, outros sinais do distúrbio incluem medo 
e ansiedade de forma exacerbada. Existem sintomas e sinais de ordem física que afetam 
diretamente na qualidade de vida da pessoa, comprometendo sua rotina diária, desempenho no 
trabalho, na escola e em outras atividades. 
Entre os sinais e sintomas de fobia social mais presentes nesse subgrupo, no que diz 
respeito aos sentimentos e a conduta do sujeito, incluem sensações mais proeminentes, como: 
medo de situações em que pode ser julgado, de interagir com pessoas fora do seu vínculo, de 
mostrar sua ansiedade e inquietude em eventos sociais. Evita fazer algumas coisas ou falar 
com pessoas por medo de constrangimento, evita situações em que pode ser o centro das 
atenções. 
Existem sinais e sintomas físicos que podem acompanhar o transtorno de ansiedade 
social, como: batimentos cardíacos muito acelerados, dores abdominais, náuseas, falta de ar, 
enjoo, diarreia, sudorese, tremores, ruborização. 
Atualmente os pesquisadores e clínicos têm focalizado sua atenção sobre o tratamento 
com a terapia cognitivo-comportamental e a farmacoterapia na fobia social. Os inibidores 
seletivos de recaptação de serotonina (Cloxazolam, Assert, Clopam...) vêm constituindo-se 
como uma das principais intervenções farmacológicas na fobia social. 
Encontram-se diversas formas de tratamentos psicoterápicos, sendo a Psicoterapia 
Cognitiva Comportamental pontuada por alguns autores, com melhores resultados para a 
fobia social. É um tipo de tratamento que em sua grande parte consegue ter efeitos na 
qualidade de vida das pessoas com fobia social e assim diminuindo seus sintomas. 
Na terapia cognitiva, o sujeito aprende a identificar os pensamentos negativos que 
carrega consigo e, em seguida, mudá-los, desenvolvendo habilidades que o ajudem a ganhar 
confiança principalmente em situações sociais. As principais técnicas que vêm sendo 
pesquisadas são a exposição, reestruturação cognitiva, técnicas de relaxamento e treino de 
habilidades sociais (DEL REY, 2006). 
Alguns estudos apontam um elevado nível de comorbidade do transtorno com fobias 
simples, agorafobia, alcoolismo, depressão maior e abuso de drogas. De acordo com Vilete e 
colaboradores (2004), conforme citado por Del Rey et al., (2006, p.121), a incidência de 
transtorno depressivo e ideação suicida é maior em adultos e adolescentes que apresentam 
TAS. 
Segundo CID-10 (2013), no grupo de Outros transtornos de ansiedade (F41), as 
manifestações de ansiedade são os sintomas principais desses transtornos e não estão restritas 
a qualquer situação ambiental em particular. Sintomas depressivos e obsessivos e mesmo 
alguns elementos de ansiedade fóbica podem também estar presentes, desde que sejam 
claramente secundários ou menos graves. Falaremos de maneira mais detalhada sobre um de 
seus subgrupos: Transtorno de ansiedade generalizada (F41.1). 
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG), o aspecto fundamental é a ansiedade, a 
qual é generalizada e insistente, mas não limitada ou mesmo fortemente dominante em quais 
quer situações ambientais exclusivas. Assim como em outros transtornos ansiosos, os 
sintomas predominantes são bastante diversos, mais sentimentos contínuos de nervosismo, 
tremores, tensão musculares, sudorese, tonturas são comuns. 
Na TAG, o sujeito apresenta medos variados temos como exemplo: de que um 
familiar, ira em breve ficar doente ou sofrer um acidente são constantemente apresentados, 
acompanhado de uma diversidade de preocupações e premonições. Esse transtorno é muito 
corriqueiro entre mulheres e constantemente relacionado a estresse ambiental crônico. 
Os critérios diagnósticos 300.02(F41.1), de acordo com o DSM-5, são os seguintes: 
Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias 
por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho 
escolar ou profissional). O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
No Transtorno de ansiedade generalizada, a ansiedade, as preocupações estão 
associadas com três (ou mais) dos seguintes sintomas (com pelo menos alguns deles presentes 
na maioria dos dias nos últimos seis meses). Inquietação, fadiga, tensão nas musculaturas, 
baixa concentração e perturbação do sono. 
A ansiedade, a apreensão ou os sintomas físicos ocasionam diversos sofrimentos no 
indivíduo, tanto clinicamente como no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do paciente (DSM-5, 2014). 
Enquanto que no CID-10, em relação às diretrizes diagnosticas, o paciente deve ter 
sintomas primários de ansiedade na maioria dos dias por pelo menos várias semanas e 
usualmente por vários meses. Esses sintomas devem envolver elementos de: apreensão, tensão 
motora, hiperatividade autonômica. 
Existem algumas características diagnósticas que são fundamentais na TAG, 
destacando a ansiedade e preocupação intensa a respeito de vários eventos. A intensidade,duração ou frequência da ansiedade e preocupação é desproporcional à probabilidade real ou 
ao impacto do evento antecipado. O sujeito tem dificuldades no controle de preocupação e de 
evitar que pensamentos alarmantes atrapalhem na atenção às atividades em questão. 
Diversas particularidades diferenciam a TAG, de ansiedade não patológica. Primeiro, 
as preocupações relacionadas ao transtorno de ansiedade generalizada são extremas e 
interferem de forma considerável no desempenho psicossocial, enquanto as preocupações do 
cotidiano não são exageradas e são percebidas como mais maleáveis, podendo ser adiadas 
quando aparecem indagações mais perenes. 
Algumas características que são associadas que apoiam o diagnóstico: tremores, 
tensão, agitação, impactos, tensão nas musculaturas. Uma grande parte com transtornos de 
ansiedade generalizada experimentam de sintomas somáticos. 
Existem alguns fatores de riscos e prognósticos que aumentam o risco da TAG 
incluem: fatores temperamentais, ambientais, genéticos e fisiológicos, questões diagnósticas 
relativas a cultura, ao gênero, traumas de infância, abuso de substâncias. 
Encontram-se consequências funcionais nos transtornos de ansiedade generalizada, a 
preocupação excessiva prejudica a capacidade do indivíduo de fazer as coisas de forma rápida 
e eficiente, seja em casa, seja no trabalho. A preocupação toma tempo e energia; os sintomas 
associados de tensão muscular e sensação de estar com os nervos à flor da pele, cansaço, 
dificuldade em concentrar-se (DSM-V, 2014). 
O tratamento indicado para TAG é uma junção entre tratamento farmacológico e 
psicoterapêutico, que tem como objetivo amparar o indivíduo a operar de forma saudável, no 
seu cotidiano, simplificando suas preocupações. Segundo alguns autores essa conciliação 
entre medicamentos e terapia cognitivo-comportamental (TCC), tem um grande ganho no 
processo de recuperação do paciente. 
Os inibidores de recaptação de serotonina e norepinefrina, alguns antidepressivos, são 
medicamentos que podem ser usados no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada 
são eles: Bromazepam, Clopam, Dual, Ansitec, Alenthus XR entre outros. 
A abordagem psicoterápica pode ser nas mais diversas modalidades, não se tendo 
estudos comprovando a relativa eficácia sobre qual delas até o momento, mais a TCC estar 
entre as mais escolhidas a serem usadas no processo. A terapia cognitivo-comportamental 
consiste basicamente em provocar uma mudança na maneira alterada de perceber e raciocinar 
sobre o ambiente e especificamente sobre o que causa a ansiedade (terapia cognitiva) e 
mudanças no comportamento ansioso (terapia comportamental). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A ansiedade é uma resposta normal do ser humano frente a eventos que podem 
ocasionar medo, dúvida ou expectativa. No entanto, quando esses sentimentos mantêm-se por 
longos estágios de tempo e passa a atrapalhar nas tarefas do cotidiano, a ansiedade deixa de 
ser algo comum e natural, passando a ser causa e motivo de várias preocupações. 
A fobia social é uma enfermidade que ocasiona bastante comprometimento nas mais 
diversas áreas da vida social e pessoal em virtude de sua comorbidade e suas características 
crônicas e de debilitação, sendo um dos transtornos mais preponderantes nos indivíduos em 
geral. Por esse motivo, é de sumo valor, que o diagnóstico e a intervenção sejam iniciados o 
mais rapidamente possível, a fim de assegurar uma melhoria na qualidade de vida e no 
desenvolver de tarefas. 
Podemos entender o transtorno de ansiedade generalizada, sendo uma apreensão ou 
ansiedade em excesso, com razões em que não se tem uma real explicação, e são 
desproporcionais ao nível de ansiedade observadas, normalmente em situações no cotidiano. 
Indivíduos que padecem dessa ansiedade estão continuamente temerosos do futuro, esperam 
pelo pior a todo instante, por exemplo, qualquer pequena demora uma ligação fora do horário, 
são considerados como nota de uma catástrofe ocorrida com uma pessoa em que se quer bem. 
Esta condição de ansiedade turva o olhar que o sujeito tem de si mesmo e a respeito do que 
ocorre no meio. 
Destaca-se em ambos os transtornos (fobia social e na TAG) a eficiência da 
intervenção da teoria cognitivo comportamental que, juntamente com a psicofarmacologia 
(LE BLANC et al., 2014) conforme citado por Gusmão (2013), como recurso terapêutico de 
maior eficiência e evidência empíricas. Dado os impactos já mencionados ao longo deste 
estudo, verifica-se a necessidade de mais pesquisas na área a fim de se obter maiores 
compreensões desses transtornos, bem como proporcionar intervenções mais condizentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
D'EL REY, G. J. F.; PACINI, C. A. Terapia cognitivo-comportamental da fobia social: 
modelos e técnicas. 2006, vol.11, n.2, pp.269-275. ISSN 1413-7372. 
GUSMAO, E. E. S. et al.Contribuições da terapia cognitivo-comportamental para o 
tratamento da fobia social. Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2013, vol.9, n.2, pp. 118-125. ISSN 
1808-5687. 
RESENDE, M. S.; CALAZANS, R. Neurose e psicose na CI-10 E DSM-IV: O que é 
ignorado? Analytica, São João Del Rei, v. 2, n. 3, p.145-174, jan. 2013. Disponível em 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script_arttex&pid=s2316-
51972013000200008&Ing=pt&nrm=iso. Acessos em 24 abr. 18. 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2 ed. Porto 
Alegre: ARTMED,2008. 438 p. ISBN 9788536313320. 
CLASSIFICAÇÃO de transtornos mentais e de comportamentos da CID-10: descrições 
clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: ARTMED, 2011. 351 p. ISBN 
9788573077247. 
CASTILLO, A. R. et al. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 22, 
supl. 2, p. 20-23, Dec. 2000. Avaible from < 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462000000600006&Ing=en&nrm=iso> acessos em 24 de abril. 2018. 
MANUAL diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Ed. Porto Alegre, RS: 
ARTMED, 2014. 948p. ISBN 97881582710883.

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