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PSICOLOGIA DA MORTE

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Capítulo 1
A morte fala que não temos consciência durante o seu processo, pois ng volta pra contar.
Cada um traz dentro si uma morte, ou seja, a sua própria representação da morte e são atribuídas a ela personificação, qualidades e formas.
Desde os homens das cavernas há registros sobre a morte como: ruptura, perda, desintegração, degeneração, descanso ou alivio.
O homem é um ser mortal e sua principal característica é a consciência de sua finitude. 
Existem várias possibilidades de ocultamento, como por exemplo os mecanismos de defesa: repressão, negação, deslocamento, intelectualização.
Um dos atributos associados à morte é a sua característica de reversibilidade. 
É uma tarefa muito difícil para a criança definir vida e morte, pois na sua percepção a morte é não-movimento, cessação de algumas funções vitais como alimentação, respiração; mas na sua concepção a morte é reversível pode ser desfeita.
A criança tem medo da morte, mas acredita na sua reversibilidade e no seu poder de desfazê-la, e isto faz parte do desenvolvimento infantil normal. À medida que a criança compreende que a morte é irreversível, passa a temer ainda mais os seus impulsos destrutivos, principalmente em relação às pessoas mais próximas.
A morte espreita o pico da vida, quer dizer que estamos sempre vivenciando a morte, em qq fase de nossas vidas, 
Que Jung vai chamar de metónoia ou metade da vida – quando fazemos um balanço do que foi a nossa existência até aquele momento. Temos toda a experiência do nascimento, da infância, da adolescência e da primeira fase adulta. Ao fazer um balanço dessa experiência, uma grande transformação interna se processa em nós e a morte não se configura mais como algo que acontece somente aos outros, masque pode acontecer conosco também.
Critérios que definem a ocorrência da morte:
1 - Não receptividade e não reação total aos estímulos externos ( não há emissão de sons, gemidos, contrações, nem aceleração e nem respiração)
2 - Ausência de movimentos respiratórios, falta de movimento muscular espontâneo
3 - Ausência dos reflexos, ou como irreversível. Ausência dos reflexos condicionados (reação das pupilas a presença de luz)
4 - Encefalograma plano (destruição cerebral total)
Watson relata três reações diante da morte rápida e repentina
1 – a pessoa começa a lutar contra o perigo e o inevitável
2 – depois ela deixa de lutar e começa a relembrar cenas do passado
– em seguida, entra num estado místico da qual algumas vezes, não quer voltar.
Capitulo3
Fatores predisponentes ou distais ( são coisas que acontecem ao longo da vida e vai preparando o terreno para a morte: Ex: Isolamento, desemprego, abuso sexual...
Fatores precipitantes ou proximais (atribuem como causa para o ato) Ex: separação, sofreu humilhação, violência no momento, frustação
A morte por suicídio traz algumas questões para família, como: vergonha, segredo de família, culpa...
Duplos? O duplo é uma espécie de alter ego “o outro eu” que a pessoa sente ao longo da sua vida, ou seja, não é uma cópia, mas uma realidade.
E onde vivem os duplos? Segundo as mais variadas crenças o morto não está sob a terra, mas perto dos túmulos, nas casas onde viveram. Estão presentes, por exemplo, no dia de finados.
As representações de morte por Philippe Aries
A morte domada (Séc. V ao XIII) - Típica da época Medieval, os homens daquela época se guiavam pelos signos e sabiam qd iam morrer, através de avisos dos signos naturais ou por convicção.
Cerimonial do moribundo:
1. Primeiro ato é o lamento da vida, a evocação triste, mas discreta dos seres, das coisas amadas.
2. O segundo ato é o perdão dos companheiros que rodeiam o leito do moribundo
3. Era é a absolvição sacramental.
Maior temor dos homens daquela época era morrer repentinamente, no anonimato, sem as homenagens cabidas a ele. 
O local de sepultamento da idade média era nas igrejas, perto dos entes oq eu se configurava como uma forma de proteção ( somente para os mais privilegiados)
A morte em si mesmo – (Séc XIV e XV) o homem passa a se preocupar com o que acontecerá após a morte. Medo do julgamento da alma. Se a para o céu ou para o inferno.
Nessa época os corpos passavam a ser escondidos nos caixões e embalsamados, como forma de manter viva a imagem do morto.
No Luto usava-se preto e véu para se esconder, se proteger e não ser reconhecido pelo morto.
Vida no cadáver, vida na morte (Séc XVII e XVIII) – este é o tema que configura vida na morte. Nessa época acreditava-se que os cadáveres tinham poder de cura (ex: o suor dos cadáveres pode ser bom para hemorróidas, tumores) 
Naquela época o maior medo era ser enterrado vivo. Era a confusão entre a vida e a morte.
O tempo do velório foi aumentado para 48 hs, para se ter certeza que não tinha vida no morto.
A morte do outro – era a morte romantizada, bela, sublime.. a morte nesse período passa a ser uma libertação, fuga para o além, a ruptura insuportável e a separação, representava a possibilidade de reencontrar todos os que amavam.
Momento em que marca o surgimento do espiritismo, trazendo a possibilidade de intermediação entre mortos e vivos.
Rituais para afastar as almas de outro mundo: abrir portas e janelas para facilitra a saída da alma, parar relógios, cobrir espelhos, jogar sal, acender vela.
A morte invertida – (Séc XX) A morte que se esconde, a morte vergonhosa. A morte não é mais considerada um acontecimento natural e sim fracasso, impotência ou imperícia, por isso deveria ser escondida. 
Dai a medicalização como triunfo para manter o corpo vivo através de aparelhos, a doença e a morte na ignorância e no silencio.
O local de morte é transferido do lar para o hospital - No século XX a maioria das pessoas não vê os parentes morrerem. O hospital é conveniente pois esconde a repugnância e os aspectos sórdidos ligados à doença.
A morte se torna um comércio. Verifica-se como é caro morrer, pois são cobradas taxas municipais, o caixão, o velório, o local no cemitério, o enterro, o que comprova que evidentemente não há igualdade na hora da morte.
Ziegler vai chamar os médicos de Tanatocrata – onde diz que ele só não constata a morte, como tb a provoca, sendo o seu senhor, registrando a hora da morte segundo a sua escolha.
 Cap. 4
Segundo Raimbault (1979), para que o processo de luto possa ocorrer, é necessário realizar um trabalho de desidentificação e desinvestimento de energia, que permita a introjeção do objeto perdido na forma de lembranças, palavras e atos, e a possibilidade de investir a energia em outro objeto.
Quando a criança não consegue se desidentificar, podem se manifestar sintomas, como: perturbações fisiológicas, dificuldades de alimentação e sono, retorno ao auto-erotismo, distúrbios nos relacionamentos sociais.
O processo de luto está finalizado quando existe a presença da pessoa perdida internamente em paz, e há um espaço disponível para outras relações. 
A criança pode simbolizar esta ausência/presença, através de jogos e brincadeiras.
Pesquisou os níveis do conceito de morte ligados aos períodos do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget:
Período pré-operacional - As crianças não fazem distinção entre seres inanimados e animados e têm dificuldades para perceber uma categoria de elementos inorgânicos que, portanto, não vive e não morre. As crianças não negam a morte, mas é difícil separá-la da vida, atribuem a fatores externos a impossibilidade de viver. Não percebem a morte como definitiva e irreversível.
Período das operações concretas - As crianças distinguem entre seres animados e inanimados, mas não dão respostas lógico-categoriais de causalidade da morte, buscam aspectos perceptivos como a imobilidade paradefini-la, mas ela já é percebida como irreversível.
Período das operações formais - As crianças reconhecem a morte como um processo interno, implicando em parada de atividades do corpo. Percebem-na como universal, podendo dar explicações lógico-categoriais e decausalidade. A morte é definida como parte da vida. 
A criança percebe dois outros importantes conceitos sobre a morte:
1- que é universal (todos os seres vivos morrem) e, portanto, inevitável.
2 - que a pessoa morta é não funcional (todas as funções vitais cessam com a morte).
Cap 5
Como a velhice é vista? Como uma diminuição na capacidade ou no potencial do idoso. E o que acaba acontecendo é que o próprio velho acaba se vendo assim e com isso acabamos achando adequado ou inadequado aquilo que é determinado pela cultura. 
Relação do idoso com a morte: a relação com a morte quanto melhor você vive, menos você teme a morte. Isso para o velho fica mais claro ainda. Quanto mais satisfatória a sua vida, menos você se preocupa com a sua morte; menos você teme a morte. Quanto mais insatisfatória é a sua vida, mais você se agarra a essa vida.
O outro fator é o fator espiritual
Não necessariamente uma dimensão religiosa, mas uma explicação para o ser humano, a que ele veio ou o que está fazendo aqui neste Universo. - Quanto mais satisfatória for a resposta que o indivíduo tem a essa busca espiritual que ele vai desenvolvendo, mais tranquilamente ele enfrenta a morte. 
O conceito de velhice muda de acordo com uma série de condições. a velhice não é essencialmente um conceito cronológico. Você pode dizer que a partir dos 60 anos, as pessoas estão velhas. Você pode dizer que fisicamente uma pessoa decai aos 60, mas eu conheço pessoas de 80 anos que têm uma vitalidade, uma saúde, quer dizer, uma saúde muito melhor do que a maioria das pessoas de 50.

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