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Anatofisiologia da Pele Pele humana – Sistema tegumentar • Introdução Saúde, beleza e juventude são julgadas pelo que se vê. A pele é o espelho do interior ou da alma, é nela que as emoções e sentimentos se refletem. Também é o espelho dos órgãos internos e algumas vezes, reflete seus problemas. Age como verdadeiro escudo de proteção que separa o interior do organismo do meio externo. A pele é um órgão vital e, sem ela, a sobrevivência seria impossível. Pele humana – Sistema tegumentar • Definição e conceito A pele ou tecido cutâneo é o maior e mais extenso órgão do corpo humano. Corresponde a aproximadamente 15% do peso corporal. Em adultos, seu peso varia de 8,0 a 10,0 Kg. E a sua área varia de 1,5 a 2m². Exibe espessura irregular variando de uma região para outra com certo grau de impermeabilidade. Oliveira, L. F. Avaliação morfológica e imunológica da pele, de acordo com as características epidemiológicas de idosos autopsiados. - 2011 Pele humana – Sistema tegumentar • Definição e conceito A pele é formada pelas seguintes camadas e componentes: Epiderme Derme Glândulas sudoríparas Glândulas sebáceas Unhas Oliveira, L. F. Avaliação morfológica e imunológica da pele, de acordo com as características epidemiológicas de idosos autopsiados. - 2011 Pele humana – Sistema tegumentar • Funções da pele Termorregulação Proteção e defesa orgânica Funções táteis (calor, frio, pressão, dor e tato) Via de administração de fármacos Meio de eliminação de toxinas Controle do fluxo sanguíneo Forma uma barreira impermeável Produção de vitamina D Produção de melanina Reflete sentimentos e emoções Pele humana – Sistema tegumentar • Origem embrionária da pele e seus anexos A pele e seus anexos têm origem dupla: Epiderme, pêlos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas - origem ectodérmica. Derme - origem mesodérmica. A formação inicia na 3ª semana de gestação, durante a fase de Gastrulação. MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. The developing human: clinically oriented embryology. 7ª ed. Elsevier. USA, 2003. Pele humana – Sistema tegumentar • Origem embrionária da pele e seus anexos http://g7agora.blogspot.com.br/2015/03/desenvolvime nto-embrionario-dos-animais.html http://slideplayer.com.br/slide/363456/ Pele humana – Sistema tegumentar Gastrulação: O disco embrionário bilaminar converte em trilaminar. Cada uma das três camadas germinativas origina tecidos e órgãos específicos: Ectoderma: epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas; Mesoderma: camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; Endoderma: revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. Moore KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2008 Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Camadas Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Estruturas Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos – Folículo pilossebáceo Pele humana – Sistema tegumentar Folículo piloso: onde se origina o pelo ou fio de cabelo. Sempre existe uma glândula sebácea junto a ele: Folículo pilossebáceo. A glândula sebácea produz o sebo (gordura) que é excretado pela pele através do canal do folículo piloso. O folículo pilossebáceo que se encontra na derme desemboca na epiderme em um orifício chamado óstio (que comumente é chamado de “poro”). • Anatomia da pele e seus anexos – Folículo pilossebáceo Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos – Glândula sebácea Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos – Glândula sudorípara http://www.fcm.uncu.edu.ar/medicina/posgrado/dermatologia/teoricos/Glandulas_ecrinas.pdf Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo Componente Conteúdo Aprox % Proteína* Lipídeos Açúcares Cinzas Melanina Zinco 86 4 1.0 0.5 4 200ppm Composição Química do Cabelo * Ligação RSSR: 4,5% Cutícula Danificada Cutícula Tratada Oferece proteção ao córtex, está disposta em 5 a 10 camadas. Responsável pelo brilho, maciez e a integridade dos fios. Constituída por aminoácidos, ceramidas, ácidos graxos essenciais e minerais. Estrutura Morflógica do Cabelo - Cutícula Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo • Região intermediaria, formada por microfibrilas, células espinosas, contém altas concentrações de queratina, rico em enxofre e melanina. • Responsável pela elasticidade, resistência e cor do fio de cabelo. • As intervenções químicas mais radicais, como coloração, relaxamento e permanente, atuam principalmente nessa região, alterando a sua estrutura. Córtex Cutícula Medula Córtex Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo • O cabelo é constituído, basicamente, de uma proteína: a alfa-queratina. • Em cada fio de cabelo, milhares de cadeias de alfa- queratina estão entrelaçadas em uma forma espiral, resultando em um longo e fino "cordão" protéico. • Estas proteínas interagem fortemente entre si, resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc.. Queratina Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo • A queratina é composta principalmente por aminoácidos contendo enxofre (cisteína e cistina). • Na biossíntese da queratina as moléculas de cisteína e cistina formando ligações disulfídicas. • A possibilidade da interconversão entre as formas oxidadas (RSSR) e reduzidas (RSH) da cisteína é que permite "moldar" o cabelo, ou seja, alisar um cabelo crespo, ou fazer "cachos" e "ondas" em um cabelo liso. Cistina e Cisteína Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo A raiz de cada fio capilar está contida numa bolsa tubular da epiderme chamada folículo capilar. O folículo recebe irrigação na epiderme e, algumas vezes, pode apresentar disfunções, levando ou ao crescimento excessivo de cabelos (ou pelos) ou à queda de cabelos. Estima-se que existam cerca de 5 milhões de folículos capilares no corpo humano. No couro cabeludo, os cabelos são cerca de 100 a 150 mil fios e seguem um ciclo de renovação no qual aproximadamente 70 a 100 fios caem por dia para mais tarde darem origem a novos pêlos. RAIZ Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo FASE ANÁGENA: 80 a 90 % dos fios estão nesta fase. Duração: 2 a 6 anos, com a região. FASE CATÁGENA: Curta. Dura de 2 a 3 semanas. FASE TELÓGENA: Cabelos totalmente queratinizados que caem. Dura de 3 a 4 meses. Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Pêlo Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Unha Definição: São lâminas queratinizadas resistentes que recobrem a última falange dos dedos. As unhas têm 4 partes: Raiz - que é a parte posterior, sob uma dobra da pele; Lâmina – corpo da unha, que está aderente ao leito ungueal; Bordas Laterais - áreas laterais das unhas; BordaLivre - área mais distal, que cortamos. Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Unha Ao redor das unhas encontra-se: Matriz ou Lúnula - produz a unha, está visível nos primeiros dedos e invisível nos últimos; Dobra Proximal - pele ao redor da raiz; Dobras Laterais - laterais das unhas; Eponíquio ou Cutícula - pele que recobre a parte proximal da lâmina; Leito ungueal - pele sob a lâmina, aderida a ela; Hiponíquio - pele abaixo da borda livre. Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Unha Pele humana – Sistema tegumentar • Anatomia da pele e seus anexos - Unha Crescimento: 0,1 mm por dia nas mãos, sendo mais lento nos pés. Formação: É formada pela matriz e um pouco pelo leito ungueal. Espessura: De 0,5 a 0,75 mm Hidratação: Pode ser hidratada em até 30%, ficando mais mole Fisiologia da pele e seus anexos Epiderme Epitélio multiestratificado, formado por várias camadas (estratos) de células achatadas (epitélio pavimentoso) justapostas. Principais células da epiderme: Queratinócito Melanócito Célula de Langerhans Célula de Merkel Linfócitos Neurônios Epiderme Fisiologia da pele e seus anexos Fisiologia da pele e seus anexos Epiderme Outras estruturas da epiderme É a camada mais superficial, geralmente muito fina (0.05 mm), podendo alcançar uma espessura maior (0.4 a 1,5 mm) na palma da mão ou planta dos pés. É nesta camada que quase todas as nossas formulações cosméticas vão atuar. Não possui vasos sanguíneos e está dividida em 5 estratos. Epiderme Fisiologia da pele e seus anexos Camada Basal: Camada única de células germinativas, com núcleo e em plena vitalidade. Encontram-se melanócitos e queratinócitos (1: 36). Camada Malpighiana ou Espinosa: Camada com 5 a 10 fileiras. Contém os DESMOSSOMAS (São espessamentos da membrana celular e se unem entre si pelo espessamento do cemento intercelular). Epiderme Fisiologia da pele e seus anexos Pele humana – Sistema tegumentar Camada Granulosa: Possui 1 a 3 camadas de células achatadas. A partir desta camada as células começam a perder sua vitalidade. Camada Lúcida: Células sem núcleo, queratinizadas. Camada Córnea: Várias camadas de células desvitalizadas, queratinizadas, desidratadas e compactas. Estas células se desprendem de forma contínua e imperceptível. Quando nos expomos ao sol é essa camada que se desprende visivelmente. - Capa descamativa - Epiderme É o processo de formação da queratina que se transforma na estrutura córnea. Há perda das organelas e morte dos queratinócitos (Cornificação). Dura 50 dias em média. Criação da barreira hidrofóbica, altamente resistente à proteólise. Importante para a renovação celular. Epiderme - Queratinização Fisiologia da pele e seus anexos Orifícios Óstio (saída da glândula sebácea) Poro (saída da glândula sudorípara) Depressões Rugas Impressões digitais Fisiologia da pele e seus anexos Epiderme – Estrutura da superfície Emulsão epicutânea ou Manto hidrolipídico Microbiota bacteriana normal (Propionibacterium, Staphylococcus, Streptococcus, Candida, Malassezia). Capa gasosa (Proveniente da fermentação da emulsão epicutânea pela flora bacteriana, gerando um microclima cutâneo, quente, úmido e libera CO2). Fisiologia da pele e seus anexos Epiderme – Composição da superfície Emulsão natural que resulta da mistura do suor (água e NMF) e do sebo (lipídeos): 99% de água. Composição: Triglicérides, Ácidos graxos livres, esqualeno, colesterol, cêras, traços de fosfolipídeos, uréia, aminoácidos, ácido lático, ácido pirúvico, ácido urocânico, água e sais minerais. É específico para cada indivíduo. Fisiologia da pele e seus anexos Epiderme – Emulsão epicutânea ou Manto hirolipídico Mantém a hidratação da pele Reduz o TEWL Mantém o pH da pele entre 4,0 a 6,0 Proteção contra substâncias nocivas, raios solares (ácido urocânico), microorganismos e desidratação. Fisiologia da pele e seus anexos Epiderme – Funções do Manto hirolipídico • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos Classificação dos fototipos de pele Por que as pessoas têm tons de pele diferentes? A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. Segundo o dermatologista Thomas B. Fitzpatrick, a cor natural da pele pode ser classificada de duas formas: Constitutiva: os fatores genéticos determinam e atuam em todas as etapas da melanogênese, fornecendo as características específicas aos melanossomos pelos genes de pigmentação. Facultativa: a cor natural da pele é dependente da exposição ao Sol, dos hormônios e do processo de envelhecimento. • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos Classificação dos fototipos de pele Por que as pessoas têm tons de pele diferentes? Assim, dois componentes de pigmentação constituem a cor da pele: A cor constitutiva da pele é a melanina herdada geneticamente e sem interferência da radiação solar. A síntese deste tipo de pigmentação é controlada pela tirosinase. A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Resulta da exposição solar, pode ser por bronzeamento imediato ou tardio e inclusive pode alterar a cor constitutiva da pele. • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos Classificação dos fototipos de pele A mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala Fitzpatrick, criada em 1976 pelo dermatologista e diretor do departamento de Dermatologia da Escola de Medicina de Harvard, Thomas B. Fitzpatrick. Fitzpatrick classificou a pele em fototipos a partir da capacidade de cada pessoa em se bronzear sob exposição solar e sua sensibilidade e tendência a ficar vermelhas sob os raios solares. Fitzpatrick elaborou sua escala a partir de visualizações empíricas. • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos Classificação dos fototipos de pele Ele classificou a pele de cada um como sendo potencialmente de uma das seis classificações listadas a seguir (grupo, eritema, pigmentação e sensibilidade ao Sol): • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias FOTOTIPO TOM DA PELE CARACTERÍSTICAS I Branca Sempre queima , Nunca bronzeia , Muito sensível ao Sol II Branca Sempre queima , Bronzeia muito pouco , Sensível ao Sol III Morena clara Queima (moderadamente), Bronzeia (moderadamente) , Sensibilidade normal ao Sol IV Morena moderada Queima (pouco), Sempre bronzeia , Sensibilidade normal ao Sol V Morena escura Queima (raramente), Sempre bronzeia , Pouco sensível ao Sol VI Negra Nunca queima, Totalmente pigmentada, Insensível ao Sol Fonte: http://www.sbd.org.br/cuidados/por-que-as-pessoas-tem-tons-de-pele-diferentes/ Fisiologia da pele e seus anexos • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos I II III IV • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexosMas qual é o principal componente que possibilitou essa classificação em fototipos e os seus variados tons de pele? • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos Melanócito São células dendríticas de origem ectodérmica que sintetizam pigmento melânico (melanina). Localizam-se na camada basal da epiderme e seus dendritos estendem-se através da camada malpighiana na epiderme, estando em contato com muitos queratinócitos para os quais transfere melanina. MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 84, n. 6, p. 623-635, Dec. 2009 . • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Fisiologia da pele e seus anexos MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 84, n. 6, p. 623- 635, Dec. 2009 . Localização dos melanócitos Camada basal da epiderme, ocasionalmente na derme, folículo pilossebáceo e retina. Funções da melanina Absorção da radiação (200 a 2400nm) Proteção das células germinativas da camada basal. Neutralização dos radicais livres gerados no citoplasma. Termorregulação: absorve energia local, dissipando calor. Fisiologia da pele e seus anexos • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 84, n. 6, p. 623- 635, Dec. 2009 . Cor da pele Os melanócitos e os melanossomas têm seu número relativamente constante, em diferentes etnias. A diferença fenotípica fundamental entre indiduos mais pigmentados e menos pigmentados não reside na produção de melanina ou no número de melanócitos, mas, principalmente, na qualidade de seus melanossomas. Peles negras Os melanossomas nos indivíduos negros são maiores e mais maduros, sãoo armazenados mais como unidades do que como grupamentos, a degradação dos melanossomas maiores nos queratinócitos é retardada, o que também contribui para os níveis mais altos de pigmentação cutânea. Fisiologia da pele e seus anexos • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 84, n. 6, p. 623-635, Dec. 2009 . Melanogênese Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 84, n. 6, p. 623-635, Dec. 2009 . A eumelanina é um polímero marrom-preto, alcalino e insolúvel e a feomelanina é um pigmento alcalino, solúvel e amarelo-vermelho. Melanogênese – Fatores hormonais Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 84, n. 6, p. 623-635, Dec. 2009 . A melanina total da pele resulta de uma mistura de monômeros de feomelanina e eumelanina e a proporção entre as duas determina a expressão fenotípica final da cor da pele e dos cabelos. Fisiologia da pele e seus anexos • Sistema pigmentar cutâneo – Melanócito - Discromias Discromias Fatores envolvidos Genéticos Externos ao melanócito: Radiação UV Alterações fisiológicas Inflamações: aumento da PGE2 Drogas VITILIGO Principais Discromias ALBINISMO MELASMA Principais Discromias Principais Discromias HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL Pele humana – Sistema tegumentar • Fisiologia da pele e seus anexos Junção Dermoepidérmica A faixa na qual a epiderme e a derme se unem é chamada de junção dermo-epidérmica. A epiderme se projeta em forma de dedos na direção da derme, formando as cristas epidérmicas. Estas aumentam a superfície de contato entre as 2 camadas, facilitando a nutrição das células epidérmicas pelos vasos sanguíneos da derme. Fisiologia da pele e seus anexos Derme Localizada abaixo da epiderme, é responsável pela firmeza, resistência e elasticidade da pele. Rica em fibras colágenas e elásticas envoltas por substância fundamental (MEC), vasos sanguíneos, linfáticos e terminações nervosas. Pele humana – Sistema tegumentar • Fisiologia da pele e seus anexos Fibroblastos produzem: Fibras de colágeno, elastina e reticulina. Glicosaminoglicans (GAG’S): ácido hialurônico. Derme Pele humana – Sistema tegumentar • Fisiologia da pele e seus anexos Colágeno: Sustentação da pele. A diminuição leva a formação de rugas. Elastina: Elasticidade e flexibilidade. O seu rompimento leva às estrias. Reticulina: reforça a organização das fibras de colágeno dando maior sustentação. Derme Pele humana – Sistema tegumentar • Fisiologia da pele e seus anexos Glicosaminoglicanas (GAG’S): São macromoléculas que retém a água sendo responsáveis pela hidratação e tonicidade da pele. Derme Pele humana – Sistema tegumentar • Fisiologia da pele e seus anexos Derme DERME PAPILAR DERME RETICULAR Pele humana – Sistema tegumentar • Fisiologia da pele e seus anexos 15 a 40 vezes mais espessa que a epiderme. Abundante meio extracelular (gel) Muitas fibras (colágeno, elastina e reticulina) Irrigada por vasos sanguíneos Possui nervos Anexos (Folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas) . Derme Pele humana – Sistema tegumentar Fibroblasto Célula Mestre Célula de Gordura Reticulina Célula plasmática Neutrófilo Colágeno Linfócito Macrófago Elastina Pele humana – Sistema tegumentar • Fatores que interferem na permeabilidade e absorçao cutânea Biológicos ou Fisiológicos Espessura da epiderme Idade: desidratação dificulta a penetração dos ativos. Fluxo sanguíneo Região da pele: mucosas Peles lipídicas: menor grau de penetração Físico-Químicos Moléculas grandes Emulsões Maior lipossolubilidade do ativo Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Normal ou Eudérmica Menos freqüente dentre todos os tipos de pele, a pele normal tem textura saudável, aveludada e agradável ao toque. Possui elasticidade ideal e produz gordura natural em quantidade adequada. Apresenta um aspecto rosado, com poros pequenos e pouco visíveis, e é pouco propensa ao desenvolvimento de espinhas e manchas. Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Normal ou Eudérmica Textura uniforme Poros não visíveis. Equilíbrio gordura/suor Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Oleosa Tem aspecto mais brilhante, úmido e espesso, por causa da produção de sebo maior do que o normal. Além da herança genética, contribuem para a oleosidade da pele fatores como alterações hormonais, excesso de sol, estresse e uma dieta rica em alimentos com alto teor de gordura (controverso). A pele oleosa apresenta os poros dilatados, e maior tendência à formação de acne, cravos e espinhas. Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Oleosa Brilhante / Excesso de óleo / Poros dilatados Mais espessa / Tendência a comedões e acne Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Acnéica (muito oleosa e com acne) Pele humana – Sistema tegumentar • Acne Pele humana – Sistema tegumentar • Acne É uma afecção multifatorial presente no cotidiano dos consultórios. Elevadíssima em adolescentes: 80% Mulheresa partir dos 12 anos Homens a partir dos 14 anos Não tem idade para regredir (por volta dos 25 anos) Pele humana – Sistema tegumentar • Acne Fatores envolvidos na patogênese da acne: 1. hipersecreção da glândula sebácea, 2. alteração no processo de queratinização, 3. colonização pelo Propionibacterium acnes e 4. liberação de mediadores inflamatórios na pele. Costa A, Alchorne MMA, Goldschmidt MCB. Fatores etiopatogênicos da acne vulgar. An. Bras.Dermatol. 2008;83(5):451-9. Pele humana – Sistema tegumentar • Acne Pele humana – Sistema tegumentar • Acne • Influências Hormonais: Androgênios: Influencia a atividade mitótica, síntese de lipídios e espessura da epiderme. Produção: Homens – testículos e supra renais. Mulheres – ovários e supra renais. • Predisposição genética. • Idade: Jovens (alta produção de sebo), adulto (menor), idosos (escassa). • Medicamentos. • Stress e Cortisol Pele humana – Sistema tegumentar • Acne Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Seca A perda de água em excesso caracteriza a pele seca, que normalmente tem poros poucos visíveis, pouca luminosidade e é mais propensa a descamação e vermelhidão. A pele seca também pode apresentar maior tendência ao aparecimento de pequenas rugas e fissuras. Pode ser causada por fatores genéticos e hormonais, e também por condições ambientais, como o tempo frio ou seco, o vento e a radiação ultravioleta. Banhos demorados e com água quente podem provocar ou contribuir para o ressecamento da pele. Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Seca Pele humana – Sistema tegumentar • Mecanismos de hidratação da pele Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Mista É o tipo de pele mais freqüente, apresenta aspecto oleoso e poros dilatados na “zona T” (testa, nariz e queixo) e seco nas bochechas e extremidades. A pele mista tem espessura mais fina, com tendência à descamação e ao surgimento de rugas finas e precoces. Pele humana – Sistema tegumentar • Tipos de peles Pele Mista Fisiologia da pele e seus anexos Envelhecimento cutâneo Acontece com todos os órgãos do corpo humano. Por ser o órgão mais extenso, as modificações do processo de envelhecimento são mais perceptíveis na pele. Alteração da pigmentação cutânea e dos cabelos. Alterações nas diferentes camadas da pele, com diminuição na espessura. Ressecamento. ENVELHECIMENTO Envelhecimento Intrínseco Envelhecimento natural ou cronológico. Envelhecimento Extrínseco ou Fotoenvelhecimento Decorre de fatores ambientais interagindo com a pele. Um dos fatores mais importantes no envelhecimento extrínseco é a exposição solar. A exposição solar tem efeito cumulativo, podendo o câncer de pele surgir muitos anos mais tarde. TIPOS DE ENVELHECIMENTO Radiação UVA e UVB Poluição Álcool e fumo Estresse ENVELHECIMENTO - FATORES ACELERADORES As moléculas orgânicas e inorgânicas e os átomos que contêm um ou mais elétrons não pareados, com existência independente, podem ser classificados como radicais livres. Essa configuração faz dos radicais livres moléculas altamente instáveis, com meia- vida curtíssima e quimicamente muito reativas. RADICAIS LIVRES RADICAIS LIVRES Toda molécula ou átomo pode se tornar instável quando ocorre a perda de um elétron em sua órbita externa. Tecido subcutâneo Hipoderme Tecido subcutâneo Hipoderme Formada basicamente por tecido conjuntivo frouxo, denso e células de gordura, apresenta espessura bastante variável, conforme a constituição física de cada pessoa. Apóia e une a epiderme e a derme ao resto do corpo, como por exemplo aos músculos. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do corpo e acumula energia para o desempenho das funções biológicas. Celulite HIDROLIPODISTROFIA GINÓIDE É uma das principais patologias que afetam a estética do corpo feminino, causando significativo impacto psicológico. De caráter hereditário, aparece geralmente na puberdade, maior incidência após os 30 anos de idade. Diferença entre Homem e Mulher Incide em 90% das mulheres e raramente ocorre em homens Homens - A câmara esta organizada diagonalmente em pequenas unidades que, além de acumularem menos gordura, não resultam em celulite. Mulheres - A camada subcutânea organiza-se em câmaras verticais permitindo acumular mais gordura. Celulite Compressão de vasos e nervos Pele sem celulite --------- Pele com celulite Celulite Tecido Normal: Equilíbrio Lipogênese x Lipólise ADIPÓCITOS TRIGLICÉRIDES AGL + GLICEROL Lipogênese Lipólise Celulite Desequilíbrio Lipogênese x Lipólise Lipogênese Lipólise Inflamação = Alteração Vascular + Edema Geração de excesso de RL Envelhecimento do Tecido (Aspecto Casca de Laranja) Hipertrofia do tecido adiposo Celulite Características da Celulite Principais: • Hipertrofia do tecido gorduroso • Alterações vasculares • Edema • Alterações das fibras elásticas • Envelhecimento da pele Celulite Barriga Braços Celulite 1. Genéticos 2. Idade aumento da idade = aumento de tecido adiposo nas zonas de preferência de estrógenos. Fatores Predisponentes Celulite 3. Alterações Hormonais: Desequilíbrio na relação entre estrógeno, progesterona, folículo estimulante, testosterona, hormônios da tiróide e hormônios das glândulas supra-renais. Uso de medicamentos com estes hormônios Fatores Predisponentes Celulite Fatores Agravantes • Dieta inadequada • Diabetes • Sedentarismo • Estresse • Fumo Celulite 4 ESTÁGIOS DA CELULITE Estágios Nurnberg et al., 1978 Santos et al., 2011 ESTÁGIO 0 Sem alteração da superfície cutânea. ESTÁGIO I Assintomático. Sem alterações clínicas observáveis. ESTÁGIO I Aspecto visível apenas com compressão ou contração muscular; sinais visuais mínimos. ESTÁGIO II Aspecto visível apenas com compressão ou a contração muscular; sinais visuais mínimos. ESTÁGIO II Aspecto em pele de laranja ou acolchoado. Evidente quando o indivíduo está em pé sem nenhuma manipulação (pinçamento ou contração muscular). ESTÁGIO III Aspecto de “casca de laranja”. Sinais visuais evidentes. ESTÁGIO III As alterações descritas em II estão presentes e associadas a sobrelevações e nodulações ESTÁGIO IV Aspecto de “saco de nozes” Avaliação da pele para procedimentos estéticos Avaliação da pele para procedimentos estéticos
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