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06/07/2017 1 História do Brasil Colonial O Descobrimento e a Consolidação da Colonização Aula 1 Prof.º Julho Zamariam Mestre em História Social - UEL Objetivo: compreender o início da era colonial brasileira, enfatizando as bases fundamentais da constituição deste período. Resumo: Nesta teleaula abordaremos os principais aspectos do período inicial da nossa colonização, partindo do descobrimento até a formação da sociedade açucareira. Palavras-chave: sociedade, descobrimento e colonização Apresentação Consequência do expansionismo marítimo português, século XV; Mercantilismo: busca de especiarias e ouro para enriquecer a Metrópole; Novo caminho para fugir dos turcos e italianos. Grandes navegações Mundo Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma Aldeia Global. http://www.significados.com.br/globalizacao/ Globalização 06/07/2017 2 História do Brasil Colonial I - Pgm 4 - A expansão comercial europeia e o continente americano Vídeo Fonte: https://youtu.be/ml9zMcOqs4o?list=PLxI8Can9yAHc BEu81oZa84rTzUW-IqId4 Imagens da história A Primeira Missa – Victor Meirelles, 1861 Interpretação idílica do “início” da Construção do Brasil; Representação dos índios como dóceis e de fácil conversão. Tudo indica que a expedição de Cabral se destinava efetivamente às Índias. Isso não elimina a probabilidade de navegantes europeus, sobretudo portugueses, terem frequentado a costa do Brasil antes de 1500. De qualquer forma, trata-se de uma controvérsia que hoje interessa pouco, pertencendo mais ao campo da curiosidade histórica do que à compreensão dos processos históricos. (FAUSTO, 2004, p.30) Foi por acaso? Grande variedade de etnias; Quantidade incerta, 500 mil a 8 milhões; Povos que vivam de maneira tribal: caça, pesca, coleta, agricultura de subsistências; Não havia uma grande estrutura social – diferente do que ocorreu na América espanhola Os nativos Grupo Linguístico predominante: tupi-guarani. Base do contato jesuítico; Diferentes versões sobre os indígenas: Pero Vaz de Caminha: “resistentes, saudáveis e inocentes”; Hans Staden: “a verdadeira história e descrição da terra de selvagens, nus e ferozes povos comedores de homens encontrados no Novo Mundo.” Os nativos Imaginário europeu Gravura de Theodor de Bry, século XVI. 06/07/2017 3 A propósito da antropofagia, é preciso informar que era uma característica de tribos tupis, não existindo entre os gês e os caraíbas. Além disso, como concluiu o sociólogo Florestan Fernandes, tratava-se de um ritual religioso esporádico que permitia aos índios incorporarem as qualidades combativas do guerreiro devorado. Outros pesquisadores afirmam que ela era uma forma de inspirar terror nos adversários para que se afastassem do caminho das peregrinações periódicas das tribos antropofágicas (MESGRAVIS, 2015, p.16). Citação Como o etnocentrismo influenciou as relações entre portugueses e indígenas na nossa colonização? Este etnocentrismo ainda existe atualmente? Justifique. Atividade 1500 a 1530: Entreposto Comercial. Feitorias; 1536 a 1550: Capitanias Hereditárias; 1550 a 1580: Governo Geral; 1580 a 1640: União Ibérica; 1640 a 1750: Restauração e Início do Período Minerador; 1750 a 1777: Era Pombalina; 1777 a 1808: Crise do Sistema Colonial. Fases da colonização Teve seu auge entre 1600 a 1650; Produção na região nordeste; Plantation; Gilberto Freyre – Casa-grande e Senzala Explica a sociedade da época. Demonstra o poder dos Senhores de Engenho. O engenho e o açúcar Queda do açúcar a partir de 1670 – concorrência com as Antilhas; Nesta época a criação de gado no nordeste já se destacava; Descoberta de ouro no Brasil, por volta de 1693, ameniza o impacto do declínio açucareiro. O engenho e o açúcar Capistrano de Abreu: “pai taciturno, uma esposa obediente e filhos amedrontados”; Sociedade paternalista: decreto sobre o adultério: Achando o homem casado sua mulher em adultério, licitamente poderá matar assim a ela como ao adúltero, salvo se o marido for peão e o adúltero Fidalgo [...] Sociedade colonial 06/07/2017 4 Mulheres brancas disponíveis para o casamento eram raras; Era comum os senhores de engenhos tomarem para si como esposas índias e negras escravizadas; A igreja condenava tal prática, mas não tinha força para findá-la. Sociedade colonial Abaixo dos grandes proprietários de terra estavam os proprietários menores e os pequenos fazendeiros (geralmente de origem camponesa em Portugal). Os pequenos assentamentos urbanos incluíam portugueses (ou descendentes de portugueses) sem terra tais como artesão e soldados. Na parte mais baixa da hierarquia branca estavam os homens livres (os degredados) [...]. (SKIDMORE, 1998, p.41) Sociedade colonial Caboclos, Mamelucos, Mulatos... A miscigenação começou entre portugueses e índios e depois com africanos; União não era oficializada pela Igreja; Os mestiços sofriam grande preconceito, às vezes maior do que os negros e indígenas; Não conseguiam ascensão social. Miscigenação A diferença principal entre sociedades de escravos é o destino dos filhos dos mestiços. Nos EUA colônias, os filhos dos mestiços, a menos que fossem suficientemente claros para passar por brancos, eram relegados à categoria de não branco. O resultado foi o sistema bipolar americano de relações de raça, que reconhecia apenas as categorias de negro e branco. [...] O Brasil, como a maior parte da América Latina, desenvolveu uma terceira categoria, o mulato ou mestiço (mais ou menos equivalente a mestizo em espanhol). SKIDMORE, 1998, p. 42) Miscigenação Diálogo Filosófico - Gilberto Freyre Vídeo Fonte: https://youtu.be/73uW2WP-mf4 Casa Grande & Senzala representa, assim, uma tentativa de sintetizar o Brasil, sob o signo da ―diferença, reconhecida em alguns aspectos: a mestiçagem que de biológica se faz cultural, o caráter plástico da assimilação e a privacidade das relações. O Brasil seria um ―caso único e daria um exemplo de originalidade como uma ―civilização nos trópicos. O país não representaria mais a decadência, mas antes a saída para um mundo marcado por divisões e conflitos. (SCHWARCZ, 2010, p. 13) Miscigenação 06/07/2017 5 Como o conceito de Democracia Racial influenciou as relações étnico-raciais da sociedade brasileira atual? Atividade Em 1572, as ameaças de penetração de franceses e espanhóis perto do Rio e no sul persuadiram o governador a dividir sua administração entre Salvador e o Rio de Janeiro, um governo dual que deveria terminar em 1578. Dois anos mais tarde, Portugal entrou em uma “união” de sessenta anos com a Espanha [...] (SKIDMORE, 1998, p. 27) Fases da colonização 1580 a 1640: União Ibérica; Morte do rei de Portugal sem herdeiros; União suspende o Tratado de Tordesilhas; Facilidade no trabalho dos bandeirantes; Invasões Holandesas no nordeste brasileiro. Fases da colonização Período: entre 1630 a 1654; Motivo: rivalidade com a Espanha e garantia dos investimentos relativos ao comércio do açúcar; Maurício de Nassau: Conciliação entre portugueses e holandeses; Liberdade Religiosa; Incentivo e reorganização da produção açucareira; Missão Científica e Artística; Brasil holandês Maurício de Nassau no Brasil Vídeo Fonte: https://youtu.be/Yi4tNL8Xpik 1645 a 1654; Restauração de Avis (1640), com a coroação de D. João IV; Demissão de Maurício de Nassau da Cia. Das Índias Ocidentais revoltouos senhores de engenho do nordeste; Tratado de Haia, 1661. Insurreição Pernambucana 06/07/2017 6 A colonização brasileira está intimamente relacionada com o processo de globalização; A questão do índio, seu trabalho e o estranhamento cultural são uma tônica importante da nossa colonização; A formação da nossa sociedade colonial nos ajuda a compreender sociedade contemporânea; O período da União Ibérica foi determinante para os rumos da nossa colonização. Considerações finais Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial, composto dos enclaves da América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí que emerge o Brasil do século XVIII. Clássico da historiografia ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes. São Paulo,: Cia das Letras, 2000 FAUSTO. Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 2004. MESGRAVIS, Laima. História do Brasil Colonial. São Paulo: Ed. Contexto, 2015 PIMENTA, João Paulo Garrido. História do Brasil Colonial I - Pgm 4 - A expansão comercial europeia e o continente americano. Univesp tv. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=l4683aqImi0&list=PLxI8C an9yAHcBEu81oZa84rTzUW-IqId4 Referências SCHWARCZ, Lilia Moritz. Gilberto Freyre: adaptação, mestiçagem, trópicos e privacidade em Novo Mundo nos trópicos. Mal-estar na cultura, abr./nov. 2010. SKIDMORE, Thomas. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2004. Referências
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