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Física I b - Vetores, Movimento em 2-D e 3-D,Mov. Relativo Prof. Claudio M. Maekawa The Date ii Contents Fisica Geral vii 1 Vetores 1 1.1 O módulo de vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1.2 Multiplicação de vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.2.1 Multiplicação de um vetor ~A por um escalar a. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.2.2 Produto escalar de dois vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.2.3 Produto Vetorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2 Movimento em 2-D e 3-D 7 2.1 As grandezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.2.1 Composição de dois MRU . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.2.2 MRU e MRUV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.3 Movimento de um projétil no vácuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.4 Movimento Circular Uniforme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 2.4.1 O período T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.4.2 Frequência f . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.4.3 Relação entre f e T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3 Movimento Relativo 19 3.1 Caso em 1D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3.2 Caso em 2D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 3.3 Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 iii iv CONTENTS Preface This is the preface. It is an unnumbered chapter. v vi PREFACE Fisica Geral Curso de Fisica Geral. Vetore, Mov. em 2D e 3D. vii viii FISICA GERAL Chapter 1 Vetores 1.1 O módulo de vetores O módulo de um vetor descreve o seu tamanho e é denotado por ��� ~A��� Esse módulo ��� ~A��� pode ser calculado a partir da representação cartesiana do vetor ~A : Em 1-D, temos ~A = Axx^: (1.1) O módulo ��� ~A��� é dado por ��� ~A��� =pA2x = Ax Em 2-D, temos ~A = Axx^+Ay y^: e o módulo é dado pela seguinte expressão ��� ~A��� =qA2x +A2y: (1.2) Exemplo: ~A = 2x^+ 2y^; ��� ~A��� =p22 + 22 = p4 + 4 = p8: Em 3-D,temos: ~A = Axx^+Ay y^ +Az z^: e módulo é análogo ao caso anterior, só acrescentamos mais um termo:��� ~A��� =qA2x +A2y +A2z: (1.3) Exemplo: ~A = 2x^+ 2y^ + z^; ��� ~A��� =p22 + 22 + 12 = p4 + 4 + 1 = p9 = 3: (1.4) 1 Angelo Highlight Angelo Highlight Angelo Highlight 2 CHAPTER 1. VETORES 1.2 Multiplicação de vetores Há mais de uma forma de se realizar a multiplicação de vetores. Temos: 1) multiplicação de um vetor ~A por um escalar a: a ~A 2) produto escalar de dois vetores: ~A � ~B 3) produto vetorial de dois vetores: ~A� ~B 1.2.1 Multiplicação de um vetor ~A por um escalar a. Notação ~B = a ~A o efeito é ampliar a vezes o comprimento (módulo de ~A) Exemplos: 1a) ~A = 10x^; a = 2; ~B = a ~A = 2 (10x^) = 20x^: (1.5) e os módulo de ~A e ~B são ��� ~A��� = p102 = 10; ��� ~B��� = p202 = 20: (1.6) 1b) ~A = 2x^+ 5y^; a = 3; ~B = a ~A = 3 (2x^+ 5y^) = 6x^+ 15y^: (1.7) 1c) ~A = 1 2 x^+ 3 4 y^ + 7z^; a = 2; ~B = a ~A = 2 � 1 2 x^+ 3 4 y^ + 7z^ � = x^+ 3 2 y^ + 14z^: (1.8) 1.2.2 Produto escalar de dois vetores O produto escalar de dois vetores ~A e ~B distintos é denotado por ~A � ~B (1.9) O efeito desse produto é reduzir os vetores à um valor escalar ~A � ~B = s: (1.10) Há duas formas de se calcular esse produto escalar: 1) Angelo Highlight 1.2. MULTIPLICAÇÃO DE VETORES 3 Dados dois vetores ~A e ~B. Seja � o ângulo entre ~A e ~B. O produto escalar ~A � ~B é dado por ~A � ~B = ��� ~A��� ��� ~B��� cos�: (1.11) Os versores (vetores unitários) x^, y^ e z^: Eles tem módulo unitário jx^j = jy^j = jz^j = 1 Eles são perpendiculares entre si: Ou seja o ângulo entre 8>><>>: x^ e y^ y^ e z^ z^ e x^ 9>>=>>; é de 90o. Temos que x^ � y^ = jx^j jy^j cos 90o = cos 90o = 0; (1.12) y^ � z^ = jy^j jz^j cos 90o = cos 90o = 0; z^ � x^ = jz^j jx^j cos 90o = cos 90o = 0: Para o caso x^ � x^ = x^2, temos x^2 = x^ � x^ = jx^j jx^j cos 0o = 1 Análogamente, temos y^2 = y^ � y^ = 1; (1.13) z^2 = z^ � z^ = 1; 2) Para os vetores na representação cartesiana ~A = Axx^+Ay y^ +Az z^; ~B = Bxx^+By y^ +Bz z^; (1.14) o produto escalar é dado por ~A � ~B = AxBx +AyBy +AzBz (1.15) Propriedades: 1. O produto interno é comutativo, isto é: ~A � ~B = ~B � ~A (1.16) Demonstração: AxBx +AyBy +AzBz = BxAx +ByAy +BzAz = ~B � ~A: (1.17) Assim ~A � ~B = ~B � ~A: c:q:d: (1.18) Angelo Highlight 4 CHAPTER 1. VETORES 2. O produto interno é distributivo sobre a soma vetorial: ~A � � ~B + ~C � = ~A � ~B + ~A � ~C: (1.19) Usando a propriedade dos versores x^, y^ e z^, pode-se demonstrar (1.15) Demonstração da equação: (1.15) ~A � ~B = AxBx +AyBy +AzBz (1.20) Temos que ~A = Axx^+Ay y^ +Az z^; ~B = Bxx^+By y^ +Bz z^; (1.21) escreve-se o produto interno na forma ~A � ~B = (Axx^+Ay y^ +Az z^) � (Bxx^+By y^ +Bz z^) aplica a propriedade distributiva: ~A � ~B = Axx^ � (Bxx^+By y^ +Bz z^) +Ay y^ � (Bxx^+By y^ +Bz z^) +Az z^ � (Bxx^+By y^ +Bz z^) aplica novamente a propriedade distributiva ~A � ~B = Axx^ �Bxx^+Axx^ �By y^ +Axx^ �Bz z^ +Ay y^ �Bxx^+Ay y^ �By y^ +Ay y^ �Bz z^ +Az z^ �Bxx^+Az z^ �By y^ +Az z^ �Bz z^ reescreve ~A � ~B = AxBxx^ � x^+AxByx^ � y^ +AxBzx^ � z^ +AyBxy^ � x^+AyBy y^ � y^ +AyBz y^ � z^ +AzBxz^ � x^+AzBy z^ � y^ +AzBz z^ � z^ e usando as propriedades dos versores temos: ~A � ~B = AxBx +AxBy (0) +AxBz (0) +AyBx (0) +AyBy +AyBz (0) +AzBx (0) +AzBy (0) +AzBz e obtemos ~A � ~B = AxBx +AyBy +AzBz: c:q:d: (1.22) Exemplo: ~A = 2x^+ 1y^ + 7z^; ~B = 5x^+ 2y^ + 2z^: (1.23) e temos ~A � ~B = (2� 5) + (1� 2) + (7� 2) = 10 + 2 + 14 = 26: (1.24) 1.2. MULTIPLICAÇÃO DE VETORES 5 1.2.3 Produto Vetorial O produto vetorial é denotado por ~A� ~B = ~C (1.25) e o resultado é um outro vetor. O módulo do vetor ~C pode ser obtido por ���~C��� = ��� ~A��� ��� ~B��� sin� (1.26) onde � é o ângulo entre ~A e ~B: A direção de ~C é perpendicular ao plano formado pelos vetores ~A e ~B. O sentido de ~C é dado pela regra da mão direita. Extende os dedos na direção de ~A e gira até ~B. O polegar esticado aponta para o sentido de ~C. A representação cartesiana. Para os vetores dados por ~A = Axx^+Ay y^ +Az z^ e ~B = Bxx^+By y^ +Bz z^ o produto vetorial é dado por ~A� ~B = (AyBz �ByAz) x^+ (AzBx �BzAx) y^ + (AxBy �BxAy) z^: (1.27) Essa forma é sintetizada por meio do conceito de determinantes ~A� ~B = �������� x^ y^ z^ Ax Ay Az Bx By Bz �������� = (AyBz �ByAz) x^� (AxBz �AzBx) y^ + (AxBy �BxAy) z^ (1.28) Aplicação nos versores x^� x^ = 0 x^� y^ = z^; jx^j jy^j sin 90o = 1 ou x^� y^ = �������� x^ y^ z^ 1 0 0 0 1 0 �������� = (0� 0� 0� 1) x^� (1� 0� 0� 0) y^ + (1� 1� 0� 0) z^ = z^ (1.29) Propriedades O produto vetorial não é comutativo: ~B � ~A = � ~A� ~B: Angelo Highlight Angelo Highlight não seria 1? 6 CHAPTER 1. VETORES Chapter 2 Movimento em 2-D e 3-D Aqui extendemos os conceitos do movimento em 1-D mpara os movimentos em 2-D e 3-D. Os movimentos em 2-D e 3-D são composições de movimentos em 1-D. Essa composição pode ser realizado por meio da representação cartesiana de vetores. Por exemplo: Pode-se compor dois movimentos M.R.U. para compor um movimento em 2-D. Usando vetores, temos a de nição do vetor posição ~r. Em 2-D, temos ~r = xx^+ yy^; (2.1) Podemos agora, tomar x = x (t) = x0 + vx0t; y = y (t) = y0 + vy0t e temos ~r (t) = x (t) x^+ y (t) y^; (2.2) ou ~r (t) = (x0 + vx0t) x^+ (y0 + vy0t) y^; (2.3) Assim as coordenadas x e y variam com t de acordo com a equação do M.R.U. 2.1 As grandezas A posição é denotada por ~r 2D ! ~r (t) = x (t) x^+ y (t) y^; 3D ! ~r (t) = x (t) x^+ y (t) y^ + z (t) z^ O deslocamento �~r �~r = ~r1 � ~r2; 7 8 CHAPTER 2. MOVIMENTO EM 2-D E 3-D em 2-D �~r = [x1x^+ y1y^]� [x2x^+ y2y^] = (x1 � x2) x^+ (y1 � y2) y^ em 3-D �~r = [x1x^+ y1y^ + z1z^]� [x2x^+ y2y^ + z2z^] = �xz }| { (x1 � x2)x^+ (y1 � y2) y^ + (z1 � z2) z^: = �xx^+�yy^ +�yz^: Velocidade média ~vmed = �~r �t = �x �t x^+ �y �t y^ + �z �t z^: (2.4) Velocidade instantânea é a derivada temporal da posição ~r: ~v = d~r dt : (2.5) A direção da velocidade instantânea no instante t é sempre tangente à trajetória da partícula no ponto dado pela posição ~r no instante t. Em 3-D, temos ~r (t) = x (t) x^+ y (t) y^ + z (t) z^ (2.6) e a velocidade instantânea é então: ~v = d~r dt = d dt (x (t) x^+ y (t) y^ + z (t) z^ ) ; = d dt x (t) x^+ d dt y (t) y^ + d dt z (t) z^; (2.7) de ne-se vx = d dt x (t) ; vy = d dt y (t) ; vz = d dt z (t) (2.8) e se reescreve ~v = vxx^+ vy y^ + vz z^: (2.9) A aceleração média Angelo Highlight z 2.2. EXEMPLOS 9 ~amed = �~v �t = ~v2 � ~v1 t2 � t1 Em 3D ~v1 = vx1x^+ vy1y^ + vz1z^; ~v2 = vx2x^+ vy2y^ + vz2z^; ~amed = (vx2 � vx1) x^+ (vy2 � vy1) y^ + (vz2 � vz1) z^ t2 � t1 (2.10) A aceleração instantânea ~a = d~v dt : (2.11) Em 3D ~v = vxx^+ vy y^ + vz z^; ~a = d dt (vxx^+ vy y^ + vz z^) ; = � d dt vx � x^+ � d dt vy � y^ + � d dt vz � z^; lembrete: ddt (vxx^) = � d dtvx � x^+ vx � d dt x^ � = � d dtvx � x^, pois x^ = constante e ddt x^ = 0. de nine-se d dt vx = ax; d dt vy = ay; d dt vz = az: (2.12) assim se reescreve: ~a = axx^+ ay y^ + az z^; 2.2 Exemplos vimos que os movimentos em 2-D e 3-D podem ser compostos a partir dos movimentos em 1D. 2.2.1 Composição de dois MRU Em 2-D, podemos compor um movimento usando duas equações de MRU ~r (t) = (x0 + vx0t) x^+ (y0 + vy0t) y^; (2.13) Para obter a expressão da velocidade instantânea nesse caso, basta aplicar a de nição: ~v = d~r dt : (2.14) neste caso, temos: ~v = d dt [(x0 + vx0t) x^+ (y0 + vy0t) y^ ] ; aplico a propriedade distributiva da derivada: ~v = d dt (x0 + vx0t) x^+ d dt (y0 + vy0t) y^ ; = � d dt x0 + d dt vx0t � x^+ � d dt y0 + d dt vy0t � y^ ; = vx0 d dt tx^+ vy0 d dt ty^ ; Angelo Sticky Note é a derivada temporal da velocidade: Angelo Highlight 10 CHAPTER 2. MOVIMENTO EM 2-D E 3-D e obtemos: ~v = vx0x^+ vy0y^ = ~v0 (2.15) ou seja, nessa composição o vetor velocidade ~v permanece constante e igual à velocidade inicial. As componentes. vx0 é a velocidade inicial do MRU direção x^: vy0 é a velocidade inicial do MRU direção y^: 2.2.2 MRU e MRUV Podemos compor com diferentes movimentos. MRU na direção x^ MRUV na direção y^ A equação da posição é ~r (t) = (x0 + vx0t) x^+ � y0 + vy0t+ ay 2 t2 � y^; (2.16) Nesse caso a equação da velocidade é ~v = d~r dt = d dt (x0 + vx0t) x^+ d dt � y0 + vy0t+ ay 2 t2 � y^; e obtemos ~v = vx0x^+ (vy0 + ayt) y^ (2.17) observe que agora, temos: vx0 velocidade constante do MRU na direção x^ vy (t) = vy0 + ayt é a velocidade do MRUV direção y^: Para a aceleração intantânea ~a = d dt [vx0x^+ (vy0 + ayt) y^] ; = d dt (vy0 + ayt) y^ e obtemos ~a = ay y^ (2.18) e assim: na direção x^ não há aceleração na direção y^ a aceleração é constante. 2.3. MOVIMENTO DE UM PROJÉTIL NO VÁCUO 11 2.3 Movimento de um projétil no vácuo Esse é um exemplo da composição de um MRU e um MRUV. Escolha do referencial. O eixo x^ na direção horizontal para direita. O eixo y^ na direção vertical e apontada para cima. A velocidade inicial: ~v0 Vamos considerar que conhecemos o módulo j~v0j o ângulo � que ~v0 forma com o eixo x^. Por outro lado podemos escrever ~v0 como: ~v0 = v0xx^+ v0y y^: (2.19) Pode-se obter v0x e v0y a partir de j~v0j. Observe na gura que podemos reconhecer triângulos retângulos. Usando o triângulo retângulo com um dos lados no eixo x^, podemos obter, da de nição de sin� e cos�, as seguintes expressões: v0x = v0 cos�; v0y = v0 sin�; v0 = j~v0j O movimento na direção x^: Nessa direção só temos a velocidade inicial, a força nessa direção é nula, então o movimento é um MRU. x (t) = x0 + v0xt: (2.20) O movimento na direção y^ Nessa direção além da velocidade inicial temos a ação da força gravitacional. O sentido da aceleração ~g é oposto ao do eixo y^ e também há uma velocidade inicial nessa direção: v0y. O movimento é um MRUV descrito pela equação: y (t) = y0 + v0yt� g 2 t2: (2.21) Composição do movimento em 2D A equação da posição é ~r (t) = x (t) x^+ y (t) y^: (2.22) Substitui-se as equações (2.20) e (2.21) nessa equação: ~r (t) = [x0 + v0xt] x^+ h y0 + v0yt� g 2 t2 i y^: 12 CHAPTER 2. MOVIMENTO EM 2-D E 3-D Usando as expressões de v0x e v0y, reescreve-se ~r (t) = [x0 + (v0 cos�) t] x^+ h y0 + (v0 sin�) t� g 2 t2 i y^: (2.23) Observe que a equação de movimento no eixo x^ é independente da equação de movimento no eixo y^. A equação da velocidade Aplicando a de nição de ~v (t) ~v (t) = d~r (t) dt : (2.24) obtemos ~v (t) = d dt [x0 + (v0 cos�) t] x^+ h y0 + (v0 sin�) t� g 2 t2 i y^: ~v (t) = v0 cos�x^+ [v0 sin�� gt] y^: A velocidade é constante na direção x^ como era de se esperear e varia linearmente com o tempo na direção y^. A equação da aceleração: aplicando a de nição ~a (t) ~a (t) = d~v dt : temos: ~a (t) = d dt [v0 cos�x^+ [v0 sin�� gt] y^] ~a (t) = �gy^ (2.25) Como se espera, a aceleração é constante, na direção y^ e sentido oposto ao do eixoy^. A equação da trajetória. A trajetória ocorre no plano xy assim a trajetória é descrita apenas pelo par de coordenadas (x; y). Podemos, nesse caso, obter uma função y (x) que descreve a trajetória do projétil nesse plano. x (t) = x0 + (v0 cos�) t; y (t) = y0 + (v0 sin�) t� g 2 t2: (2.26) Para simpli car toma-se x0 = 0 e y0 = 0 x (t) = (v0 cos�) t; y (t) = (v0 sin�) t� g 2 t2: (2.27) A seguir xa-se t na equação em x (t) t = x v0 cos� ; e substitui-se na equação em y y = (v0 sin�) x v0 cos� � g 2 � x v0 cos� �2 Angelo Sticky Note inserir entre o sinal de soma e o próximo colchete o operador derivada d/dt Angelo Highlight Angelo Highlight Angelo Highlight Angelo Highlight Angelo Sticky Note ? 2.3. MOVIMENTO DE UM PROJÉTIL NO VÁCUO 13 e reescreve-se y (x) = (tan�)x� g 2 (v0 cos�) 2x 2 (2.28) essa é a equação da trajetória. Observe que ela tem a forma de uma parábola, i.e.: y = ax2 + bx: (2.29) Essa informação da matemática nos auxilia a encontrar o alcance horizontal. A parábola corta o eixo x em dois pontos. Um deles já sabemos que é em x = 0, pois para simpli car o problema usamos x0 = 0 e y0 = 0. Isso pode ser con rmado quando formos calcular os zeros da equação(2.28). y (x) = (tan�)x� g 2 (v0 cos�) 2x 2 (2.30) = (tan�)� g 2 (v0 cos�) 2x ! x (2.31) para y = 0 temos (tan�)� g 2 (v0 cos�) 2x ! x = 0 temos uma das raízes é x = 0 a outra raiz resulta de (tan�)� g 2 (v0 cos�) 2x = 0 e obtemos tan� = g 2 (v0 cos�) 2x e x = tan�2 g (v0 cos�) 2 = 2 g v20 sin� cos� cos2 � = 2 g v20 sin� cos�; da trigonometria: sin 2� = 2 sin� cos� assim x = v20 g sin (2�) (2.32) esse é o maior valor de x onde a trajetória corta o eixo. Esse é o alcance horizontal R R = v20 g sin (2�) : (2.33) 14 CHAPTER 2. MOVIMENTO EM 2-D E 3-D 2.4 Movimento Circular Uniforme O movimento circular uniforme é um dos tipos de movimentos chamados de movimentos periódicos. Outro exemplo de movimento periódico é o movimento de um pêndulo. O circulo é uma gura bidimensional. Devemos ter uma composição de movimentos No movimento circular uniforme o módulo da velocidade tangencial é constante j~vj = v const: Determinação do ângulo entre ~v e a reta vertical. Seja � o ângulo que o vetor posição ~r forma com o eixo x^. No triângulo retângulo, temos � + 90o + � = 180o No ponto tangente, o vetor velocidade ~v é perpendicular ao raio r ou seja 90o. E a soma total dos ângulos sobre a reta azul é 180o. Assim o ângulo entre ~v e a reta vertical azul deve ser �. E também teremos: �+ 90o + � = 180o: (2.34) Podemos agora obter as componentes das velocidades vx = �v sin �; vy = v cos � assim ~v = (�v sin �) x^+ v cos �y^ Calculo de sin � e cos �. Do triângulo retângulo, temos cos � = x r ; sin � = y r r = hipotenusa, x = cateto adjacente, y = cateto oposto. 2.4. MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME 15 Substitui-se essas expressões em ~v, temos ~v = � �v y r � x^+ v x r y^ (2.35) A aceleração é de nida por ~a = d~v dt e aplicando a derivada em ~v obtemos: ~a = � �v r d dt y � x^+ v r � d dt x � y^ por outro lado, temos que: d dt y = vy = v cos �; d dt x = vx = �v sin � (2.36) substituindo reescrevemos ~a na forma: ~a = � �v r v cos � � x^� v r v sin �y^ Dessa expressão pode-se ver que ~a está apontado para dentro do círculo. A direção de ~a Pela gura vemos o ângulo �. Cálculo de � Da expressão de ~a, e da gura podemos calcular tan�. tan� = ay ax = �vr v sin ���vr v cos �� = tan � ou seja � = � assim ~a está na direção do raio r e apontado para o centro do círculo, ou seja, ~a é a aceleração centrípeta. Calculando j~aj j~aj = s� �v 2 r cos � �2 + � �v 2 r sin � �2 = v2 r q (cos �) 2 + (sin �) 2 = v2 r (2.37) Esse é o módulo da aceleração centrípeta. 16 CHAPTER 2. MOVIMENTO EM 2-D E 3-D 2.4.1 O período T Uma novidade no MCU em relação aos movimentos retilíneos é que o corpo sempre volta para o mesmo ponto de partida. Isso permite que se de na o período. De nição: O período T é o tempo que o corpo demora para completar uma volta no circulo. No caso do MCU temos que: 1. O módulo da velocidade tangencial é constante v 2. O comprimento de uma volta é o perímetro do círculo: 2�r, r = raio do círculo. Podemos usar a equação do MRU para determinar a fórmula de T . Corta o círculo e estica-o na forma de uma reta: O comprimento dessa reta é, então, xf � x0 = 2�r, onde x0 é a posição de uma ponta e xf a da outra ponta. Do MRU, temos xf = x0 + vt! xf � x0 = vt! xf � x0 v = t (2.38) e substituindo o comprimento do círculo: t = 2�r v (2.39) esse é o tempo que se demora para se percorrer a distância 2�r com a velocidade constante v. Mas isso é o mesmo que dar uma volta no círculo com o módulo constante v da velocidade tangencial, então esse é o período T . T = 2�r v : (2.40) 2.4.2 Frequência f Outra novidade no movimento circular é a frequência f . De nição: A frequência f é o número de voltas n que se pode dar durante um intervalo de tempo �t: Exemplo: Digamos que se consegue dar n = 10 voltas num intervalo de tempo de �t = 10 min então f = n �T = 10 voltas 10min = 1 volta=min : (2.41) e se utiliza a nomenclatura rpm = rotações por minuto. No caso de ser �T = 10 s : f = n �T = 10 voltas 10s = 1 voltas=s = 1Hz (2.42) onde Hz = hertz é a unidade de frequência. 2.4.3 Relação entre f e T No caso de n = 1 ou seja o número de voltas é apenas uma volta, temos f = 1 �T (2.43) 2.4. MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME 17 mas o tempo que leva para se dar uma volta é o período, então �t = T (2.44) substituindo na expressão anterior, obtemos a relação entre f e T f = 1 T : (2.45) 18 CHAPTER 2. MOVIMENTO EM 2-D E 3-D Chapter 3 Movimento Relativo Esse é um problema que envolve dois sistemas de referências. Quando duas pessoas andando lado a lado com suas respectivas bicicletas à mesma velocidade em relação ao referencial no solo, pode-se notar que uma está em repouso em relação à outra. Mas se estiverem andando em sentidos contrários elas percebem a velocidade da outra pessoa. Para entender essa situação, vamos obter as equações que relacionam as coordenadas de dois referenciais difer- entes. 3.1 Caso em 1D Sejam dados dois referenciais: A e B. O referencial A está em repouso. O referencial B está em MRU em relação ao referencial A com velocidade ~vB . Seja P uma partícula também em movimento . Num dado instante t temos: 19 20 CHAPTER 3. MOVIMENTO RELATIVO A posição de B em relação à A: xB A coordenada de posição de P . No referencial A: xAP No referencial B: xBp Pela gura podemos obter a seguinte relação entre as posições de P no referencial A e B: xAp = xB + x B P (3.1) A partir dessa equação e usando v = dx dt obtemos a lei de adição de velocidades: d dt xAp = d dt xB + d dt xBP (3.2) que se pode reescrever vAp = vB + v B P : (3.3) para as acelerações, obtemos aAp = a B P (3.4) pois d dt vB = 0: (3.5) 3.2 Caso em 2D Podemos extender de forma direta essas equações para o caso 2D. Temos: ~rB posição do referencial B em relação ao referencial A ~rBp posição da partícula P em relação ao referencial B. ~rAp posição da partícula P em relação ao referencial A. Pela gura as grandezas se relacionam por ~rAp = ~rB + ~r B p (3.6) 3.3. EXEMPLO 21 A equação de transformação de velocidades é: d dt ~rAp = d dt ~rB + d dt ~rBp (3.7) que podemos reescrever ~vAp = ~vB + ~v B p : (3.8) Para as transformações das acelerações d dt ~vAp = d dt ~vB + d dt ~vBp : resulta ~aAp = ~a B p : (3.9) pois ~aB = d dt ~vB = 0 Para o caso 3D as equações são as mesmas. 3.3 Exemplo Seja O o referencial xo no solo. Um caminhão está andando com velocidade constante de ~vOc em relação ao referencial O. Um aero modelo é lançado de cima do caminhão com uma velocidade incial ~vCA em relação ao caminhão na mesma direção e sentido do movimento do caminhão. Qual é a velocidade do aeromodelo em relação ao referencial xo no solo? Passos: 1. Reconhecimento do número de referênciais no problema. Temos 2:o referencial no ( solo caminhão 2. Localizar as grandezas nos seus respectivos referenciais. (a) No referencial O no solo: velocidade do caminhão - ~vOc (b) No referencial no caminhão: velocidade do aeromodelo - ~vCA 22 CHAPTER 3. MOVIMENTO RELATIVO 3. A questão do problema se refere à qual dos referênciais e de qual corpo? No caso: quer se saber a grandeza em relação ao referencial no solo O do aeromodelo: ~vOA =? Aplicamos a expressão: ~vAp = ~vB + ~v B p : (3.10) No nosso caso o referencial O é associado ao referencial A Assimquem faz o papel de ~vB é a velocidade do caminhão ~vOc Quem faz o papel do referencial B é o caminhão: assim quem faz o papel de ~vBP é a velocidade do aeromodelo em relação ao caminhão: ~vCA Esquemáticamente, temos: ref. no solo O ! ref. A ~vOc ! ~vB ~vCA ! ~vBp ~vOA ! ~vAp e se quer determinar ~vOA , assim ~vOA = ~v O c + ~v C A : (3.11)
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