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Hepatites virais

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Microbiologia – Hepatites Virais Prof. Fernanda 
 
Bilirrubina 
Um paciente com hepatite não perde a capacidade de conjugar 
bilirrubina, o vírus é capaz de lesionar o hepatócito, mas não 
destruí-lo. Então, como a unidade do hepatócito está íntegra 
enquanto célula, o fígado continua conjugando a bilirrubina, 
porém, perde a capacidade de fazer o trânsito da bilirrubina 
conjugada para a bile e, consequentemente, da bile para as fezes. Por esse motivo, um paciente 
com hepatite terá bilirrubina conjugada sendo liberada para a corrente sanguínea e não para as 
fezes. Entretanto, a bilirrubina é tóxica e seu acúmulo nos vasos sanguíneos causa um processo 
gradual de depósito de bilirrubina nos vasos. Com isso, nos capilares da pele, a tonalidade é 
alterada, ficando amarelada  ictérica. 
 
O rim então, tenta fazer o que o fígado não conseguiu que é depurar aquela molécula tóxica, a 
partir disso, haverá bilirrubina conjugada sendo eliminada pelo rim, acumulando na bexiga e 
saindo com a urina proporcionando uma coloração escura (colúria). Já as fezes encontram-se 
claras, porque a bilirrubina não está sendo eliminada na bile, logo, não está sendo liberada nas 
fezes atribuindo sua coloração escura (acolia). 
 
O diagnóstico laboratorial envolve a enzima ALT/TGP um marcador de enzimas hepáticas que 
aumenta muito em caso de hepatite. 
As características comuns para todos os tipos de hepatite são icterícia, urina escura (colúria), 
fezes claras (acolia) e ALT aumentada no sangue. Porém, como saber se é uma hepatite viral? 
Para diferenciar a viral de uma outra hepatite procura-se no sangue marcadores específicos da 
hepatite viral. Até hoje já foram identificados 6 vírus associados a hepatite viral, os vírus 
possuem uma diversidade muito grande, vírus da mesma família podem causar infecções 
completamente diferentes. As formas de transmissão são as mais variadas possíveis, os vírus da 
hepatite B e C o contato é por sangue e sexual, já A e E é por água contaminada. 
Hepatite é uma doença descrita há muitos anos e até pouco tempo atrás era somente associada 
ao contato com água, séculos depois foi descoberta sua transmissão via sangue. McCallum 
dividiu as hepatites em duas classes: A e B. 
 
 Na década de 80 também foram descobertos outros vírus causadores da hepatite como o C e 
assim foram nomeados sucessivamente com os vírus que foram sendo descoberto (D,E). 
 O que as hepatites têm em comum? 
Todas levam a um quadro infeccioso no hepatócito, que é lesionado, mas não 
destruído. O vírus da hepatite não chega a ter uma proliferação rápida e não 
leva quadros nocivos a célula, o que promove a lesão hepática é a resposta 
imune que é induzida pelo vírus da hepatite. 
 Hepatite aguda: paciente entra em contato com o vírus que circula na 
corrente sanguínea até encontrar o fígado e invadir o hepatócito. Há RI 
fortemente ativada com início súbito dos sintomas e estabelecimento da 
infecção. A partir dessa infecção aguda, a maioria dos pacientes vão se curar 
espontaneamente, nos casos de hepatite B ou C pode haver uma cronificação. 
Lembrando que a hepatite A sempre para no quadro agudo, não cronifica. 
 Hepatite Crônica: quando a RI gerada não consegue resolver a situação. Os 
sintomas iniciais ficam mais brandos na hepatite crônica, como fezes mais 
escurecidas, indivíduo menos amarelado, dentre outros. A doença crônica 
também pode evoluir para cura sozinha ou, o paciente pode ficar eternamente 
num processo crônico, onde a infecção não evolui para câncer ou cirrose e 
também não cura. Estabiliza-se gerando sintomas com marcadores hepáticos alterados. Via 
de regra depois da cronificação ocorre a cirrose, que é quando o hepatócito é eliminado e 
no seu lugar é gerado um tecido fibroso, com o avanço desse tecido, o fígado deixa de 
funcionar por não ter mais células funcionais. Pode ser que a cirrose estabilize, porém, na 
maioria das vezes evolui para câncer. 
Na minoria dos casos pode ocorrer hepatite fulminante, ocorre uma proliferação intensa que 
ocasiona uma resposta imune muito intensa podendo levar a morte, normalmente ocorre na 
hepatite A. 
HEPATITE B 
 Família: Hepadnaviridae 
 
É um vírus envelopado (possui membrana adquirida pelo hepatócito que infectou), nesse vírus 
o envelope confere resistência, o que não é muito comum dentre os outros encapsulado. Logo, 
ele se torna altamente contagioso. É um vírus de DNA e isso significa que ele contém poucas 
mutações comparado a um vírus de RNA. 
O vírus da hepatite B no núcleo do hepatócito assume uma forma no DNA denominada CCCDNA, 
(circular covalentemente fechado) adquirindo ligações covalentes e ficando compactado. 
Nenhum outro vírus possui esse mecanismo, uma vez dentro do núcleo assumindo essa forma 
ele não sai do núcleo do hepatócito, e daí se gera um quadro crônico. O vírus da hepatite B não 
se integra ao DNA humano, entretanto possui esse mecanismo que “ o esconde” das enzimas 
que o degradariam. 
A infecção pode ocorrer através de transfusão de sangue/da mãe para o feto. Por ser altamente 
resistente, habita o ambiente por muito tempo, por exemplo, em alicate de unha, mesmo 
passando álcool ou esquentando o alicate o vírus não morre. O vírus entra num novo 
hospedeiro, cai na corrente sanguínea e se a pessoa for vacinada o vírus é contido, mas, se não 
for, o vírus chega até o fígado e realiza todo o quadro infeccioso. O quadro infeccioso libera 
novos vírus e fragmentos de vírus no sangue (importante para diagnóstico)  antígenos virais 
no sangue. 
 
Envelope, capsídeo e material genético do vírus: para cada uma dessas estruturas surgem 
fragmentos que caem na corrente sanguínea denominados: 
 HBsAg -> antígeno da superfície do vírus da hepatite B 
 HBcAg -> antígeno do core do vírus da hepatite B (não encontra-se no sangue) 
 HBeAg -> uma proteína que é liberada toda vez que o vírus se replica, quanto mais ptn 
E mais vírus está sendo produzido. 
Então, a infecção gera esses 3 antígenos sendo que só o HBcAg não vai para a circulação. 
 
 Diagnóstico 
O utilizado para diagnóstico é o HBsAg, que é o marcador da doença, enquanto a pessoa tiver 
hepatite tanto aguda quanto crônica, o HBsAg estará presente. 
Num exame, se o HBeAg aparece é sinal que o indivíduo está infectado e com uma alta infecção 
viral, porém, se ele não aparece a replicação está reduzida ou indetectável. O vírus em atividade 
no fígado indica que o paciente tem o prognóstico ruim porque a replicação do vírus está ativa, 
ou seja, grande chance de evoluir para cirrose e câncer. Caso esteja ausente o prognóstico é 
bom, pois a chance de ficar estabilizado com uma doença crônica ou cirrose é alta, além da 
chance de evoluir para a cura. Esse antígeno não é para ser usado em diagnóstico e sim para 
acompanhamento, uma vez que ele oferece os prognósticos. 
O HBcAg não está no sangue, logo, não se procura em exames. Gera anticorpos contra ele 
mesmo, por esse motivo, haverá no sangue o antiHBcAg. Esse anticorpo é produzido em 
resposta a uma infecção viral e não significa que se houver esse anticorpo o indivíduo está 
curado. A partir desse anticorpo, produzimos IgM e IgG. Se for encontrado um IgM positiva 
haverá uma infecção recente ou aguda da hepatite, se for encontrado um IgG pode ser uma 
doença passada, crônica ou cura. Para diferenciar em qual estágio o paciente se encontra 
observa-se o HBsAg, se ele for positivo significa que é uma infecção crônica, e, quando não há o 
HBsAg significa que o paciente entrou em contato com esse vírus gerou IgM que mudou de 
classe para IgG e a infecção está resolvida (cura). Lembrando que o HBsAg se for encontrado 
significa que o paciente está doente. Divirtam-se com o esquema da prof:E como identificar o paciente vacinado? 
O HBsAg também gera resposta, o seja, o antiHBsAg. É um super anticorpo que quando está 
presente cura a hepatite, o paciente que se cura é porque conseguiu produzir esse anticorpo, já 
os pacientes que passam para cirrose e câncer não conseguiram produzir o antiHBsAg, que anula 
a infecção quando presente. Ou seja, se o paciente apresentar esse anticorpo é porque está 
vacinado ou curado por ter no sangue anticorpos protetores. Quando há antiHBsAg o paciente 
não apresentará o HBsAg, porque se há o anticorpo neutralizador desse vírus não pode haver 
fragmentos do mesmo. 
A vacina da hepatite B é recombinante, ou seja, isola-se no DNA do vírus o gene que vai produzir 
o fragmento HBsAg e injeta nas pessoas. 
 Quando vacinada a pessoa não entra em contato com o vírus inteiro e sim apenas com 
o fragmento HBsAg. Logo, a pessoa vacinada possui antiHBsAg e um antiHBcAg negativo 
por não ter entrado em contato com os demais fragmentos do vírus. Já uma pessoa 
curada da infecção, entrou em contato com o vírus inteiro e todos esses fragmentos, 
terá antiHBc (IgG especificamente) positivo. E, em ambos os casos ela não apresenta 
HBsAg. 
O HBeAg também gera anticorpo, o antiHBeAg que tem papel de completar o diagnóstico, é um 
indicador de repressão da replicação viral, logo, na presença do anticorpo não haverá HBeAg 
por que o anticorpo neutraliza o antígeno. 
 Em 90% dos casos a hepatite B evolui para a cura 
 Os sintomas sempre aparecem na fase aguda 
 Na hepatite crônica o HBsAg fica presente o tempo tod0 
 
 Prevenção, transmissão e tratamento 
A principal forma de transmissão é através do 
sangue e intradomiciliar (escova de dentes, 
lâminas de barbear, alicate de unha). A 
transmissão sexual já não é muito comum. 
A prevenção é feita através da vacinação, são 
administradas 3 doses por ser mais demorada e 
induzir uma resposta não muito intensa. O 
normal é a imunidade ir caindo, por isso, 
regularmente é bom fazer uma dosagem do antiHBs no sangue para saber se é necessário ou 
não uma outra dose. 
Crianças já nascem e tomam a vacina para evitar a transmissão através do leite materno, por 
exemplo, se a mãe for portadora da hepatite normalmente é administrado imunoglobulina. 
Acidentes com material biológico também é muito comum. 
Também apresenta teste rápido. 
O tratamento (só usado medicamentos na fase crônica): 
 Aguda: Suporte, Evitar álcool e medicamentos, Dieta rica 
em carboidratos 
 Crônica: Interferon-α, Lamivudina (inibe a DNA 
polimerase)  Redução da carga viral e da lesão 
hepática. (tratamento pesado, muito agressivos e com 
muitos efeitos colaterais). O interferon paralisa as células ao redor, uma célula infectada 
produz o interferon porque ela sabe que vai morrer, então ela paralisa as células ao 
redor, logo o paciente terá muita prostração. 
HEPATITE C 
Tem um curso bem mais grave, quase 90% dos casos vão cronificar, diferente da hepatite B onde 
90% se curam. O vírus também é envelopado, porém, não é tão resistente quanto a hepatite B. 
Família: Flaviviridae; Genoma de RNA. 
A patogênese se baseia na maioria dos pacientes passando para a infecção crônica, desses 
crônicos 20% evolui para cirrose hepática. Não tem vacina, logo é uma doença mais grave. O 
potencial de cronificação é maior e, das pessoas que estão com cirrose ¼ evolui para câncer. A 
cirrose não é causada diretamente pelo vírus, o vírus induz a RI que invade os hepatócitos 
ocasionando esse processo (mesmo da hepatite B). 
 A hepatite C apresenta manifestações extra-hepáticas: 
 Por exemplo, insuficiência renal é muito comum na hepatite C, pois a RI leva a uma 
produção exagerada de anticorpos, só que não são anticorpos protetores. Então há 
muito anticorpo circulante que começa causar problemas quando são filtrados no rim, 
isso gera uma insuficiência renal no paciente. Como insuficiência renal é muito comum, 
a hemodiálise e hepatite C caminham juntas 
 Essa intensa produção de anticorpos pode levar a uma infecção cruzada, em algumas 
pessoas os anticorpos se ligam a tireoide, destruindo-a. A infecção é no fígado, causada 
pela hepatite C, que leva a produção descontrolada de anticorpo que em algumas 
pessoas se liga a tireoide, destruindo-a. 
 Algumas pessoas têm uma reação de 
hipersensibilidade  Crioglobulinemia mista 
essencial (CME), nessa situação, os complexos se 
depositam nos vasos, em situações de temperaturas 
baixas, apresentando manchas que são reflexos da 
deposição desses complexos antígeno-anticorpos 
nos vasos mediante a uma temperatura mais baixa, 
porém, isso não é muito comum. 
 Alguns apresentam linfomas também. 
A hepatite C que evolui para cura não é muito comum. O 
mecanismo é o mesmo, se dá pela infecção, replicação viral 
intensa, alta detecção do RNA do vírus no sangue e os sintomas 
aparecem com o quadro clássico da hepatite (aumento da ALT, 
icterícia, colúria). Há, posteriormente, uma queda no RNA viral e 
nos sintomas, o anticorpo só aparece depois que a infecção se 
resolveu. Isso mostra que não existe relação de cura com 
anticorpo, o antiHCV aparece para marcar a doença e não resolver 
a doença. 
Normalmente há um processo crônico onde nunca haverá 
redução da carga viral, mas, também haverá anticorpos 
junto com RNA do vírus. Sempre haverá RNA elevado 
juntamente com os anticorpos em situações crônicas, 
estabilizando os sintomas e a enzima ALT. O RNA viral na 
hepatite aguda some. A hepatite é um processo lento, a 
evolução para cirrose ocorre 10, 20 anos após a infecção. 
 Transmissão, prevenção e tratamento 
A transmissão da hepatite C não é tão eficaz por via sexual, mas grande parte da contaminação 
se dá através do compartilhamento de agulhas entre os usuários de drogas injetáveis. Eficiência 
muito maior na transmissão através do sangue. Hoje, no Brasil, há pessoas que se contaminaram 
na década de 70, 80 e somente agora estão aparecendo com cirrose e 
câncer, quando investigada, descobrem a origem da hepatite. 
Na prevenção não existe vacina e a imunoglobulina não é muito eficaz 
quando na hepatite B. 
O tratamento antigo era muito tóxico, a base de interferon alfa e não 
tinha uma taxa de cura muito boa. Hoje em dia o protocolo mudou, o 
tratamento é baseado em anti-virais específicos para hepatite C e não 
tem tantos efeitos colaterais. 
 
 Diagnóstico 
O diagnóstico é feito solicitando o Anti-HCV (apenas um anticorpo 
detectado, bem diferente da hepatite B, EU OUVI UM AMÉM?), se der 
negativo significa que a pessoa nunca entrou em contato com a doença 
(não teve nem tem a doença). Se der positivo não se sabe se ela já teve, se 
curou ou se está com uma infecção crônica, nesse caso, o recomendado é 
encaminhar o paciente para um serviço especializado para solicitar a carga 
viral (contagem do RNA no sangue). Um paciente positivo no anti-HCV há 
90% de chance de evoluir para uma doença crônica, ou seja, parte para o 
princípio que é um paciente crônico e não um indivíduo que já se curou, 
uma vez que somente 10% evoluiu para cura. O prognóstico aqui é muito 
pior que a hepatite B. Recapitulando, se o paciente estiver com carga viral baixa, reduzida, deduz 
que ele seja um paciente curado (10%), se der uma carga viral alta é porque ele está doente 
(90%), partir daí, acompanha-se as enzimas hepáticas. 
 
HEPATITE A 
É a hepatite mais comum e prevalente, metade da população já deve ter entrado em contato 
porque é transmitido pela água. Os filtros não filtram vírus, apenas bactérias. O controle dessa 
doença é feito através do saneamento básico, ou seja, as fezes não podem chegar a ter contato 
com a água para consumo. 
Família: Picornaviridae;Não é envelopado, logo tem uma resistência muito grande. 
 Patogênese: 
A transmissão é baseada na ingestão da partícula viral, através de água ou alimentos. Uma vez 
ingerida, por ser altamente resistente passa para o estômago e chega no intestino delgado, 
atravessando as células desse local. Cai na circulação, onde haverá uma viremia, ou seja, vírus 
circulando no sangue, esse processo demora apenas algumas horas. O tempo de permanência 
do vírus no sangue é muito pequeno, por isso não há transmissão pelo sangue. O vírus 
encontra o fígado, infecta, replica e sai pela vesícula biliar até chegar as fezes, sem retornar para 
a circulação. A pessoa ficará ictérica, apresentará colúria e acolia. É eliminado nas fezes, se não 
houver sistema de saneamento básico adequado o vírus retorna para o ambiente podendo 
reiniciar o ciclo. 
 
ATENÇÃO: Não há transmissão através do sangue porque a viremia é muito curta e porque 
quando o vírus se aloja no fígado ele é eliminado na vesícula biliar e nas fezes, não retorna para 
o sangue. 
A hepatite A não cronifica (não tem cirrose e câncer), o doente vai ser curado ou evoluir para 
uma hepatite fulminante. Lembrando que isso é dependente da resposta imune e da idade. 
Quando uma criança é infectada normalmente o quadro é assintomático, nem ictérica fica, a 
infecção se resolve sem a criança saber que está infectada. Conforme a idade aumenta a 
infecção é mais grave. Nesse caso é o inverso, uma pessoa com a imunidade em formação será 
assintomática. 
A hepatite A promove os sintomas, viremia curta, IgM aparece mas logo tem a resposta do IgG, 
nesse caso o IgG não resolve a doença, são anticorpos protetores, por isso fica marcada com 
uma doença da infância. 
 Diagnóstico 
O diagnóstico é feito analisando se há anticorpo anti-HAV IgM (sinal de hepatite aguda que vai 
se resolver logo)e, se não há IgM haverá IgG então é uma infecção que a pessoa já teve e se 
curou ou foi vacinada. A vacina é recente, foi lançada no SUS em 2014 em dose única, porém, o 
recomendado são 2 doses, portanto não se conhece muito sobre sua eficácia. 
 Prevenção e tratamento 
Pode ser evitada quando há saneamento básico, filtro só filtra 
partículas e bactérias, o recomendado para crianças é além de ter o 
filtro, ferver a água. 
É a hepatite mais comum no Brasil, seguida da hepatite B e C. Hepatite 
D e E são menos comuns. 
Tratamento: o mesmo tratamento para qualquer infecção de hepatite aguda, evita-se 
medicamentos para não sobrecarregar o fígado, o ideal é ficar em repouso até melhorar, mesmo 
tenho enjoo e vômito. Quem teve hepatite A pode sim doar sangue 
Um longo discurso sobre o banco de sangue de Macaé recusar doadores... FIM [=

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