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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACAÉ GERSON, brasileiro, solteiro , medico, portador da identidade nº xxxxx, expedida pelo órgão xxxx, inscrito no CPF/MF xxxxx, residente em Vitoria, Espirito Santo, por seu advogado ALDAIR, com número da OAB/RJ xxxxx, com endereço profissional xxxxxx, para fim do artifo 77, inciso V do CPC. Vem a este juízo, propor. Ação Pauliana/Revocatória para anulação de Negócio Jurídico pelo procedimento comum em face de BERNARDO, viúvo, residente em Salvador, Bahia e e JANAINA, menor impúbere, neste ato devidamente representada por sua genitora XXXXXXX pelos fatos e fundamentos jurídicos que passo a expor. Gratuidade de Justiça Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista em que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. Dos fatos Ocorre que o autor é legítimo credor do réu, conforme se observa da nota promissória, anexada aos autos, emitida em favor do mesmo no valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais), vencida em 10 de outubro de 2016. O fato principal da ação está no fato de que o réu, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento desta, fez uma doação, de seus dois imóveis, um localizado na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares, ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00, para sua filha Janaina, menor impúbere, residente em Macaé/RJ, com sua genitora, com estabelecimento de cláusula de usufruto vitalício em favor do próprio executado, além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais. Cumpre ressaltar que as dívidas do réu já ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, e o imóvel doado para sua filha encontra- se alugado para terceiros. Dos fundamentos Tendo em vista os fatos mencionados, é evidente que os promovidos agiram de forma dolosa e de meio ilícito utilizado pelo devedor com o fato de resguardar os imóveis de uma possível execução judicial. Restando em nítida fraude contra os credores, sujeitando-se, assim, a anulação das transações, em consonância ao que dita o artigo 158 do código civil. Nesse sentido: Art. 158 . Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. Ressalta-se que o negócio jurídico também está eivado do vício de nulidade, haja vista a flagrante simulação da doação ocorrida a menor impúbere. Nesse sentido expõe o artigo 171 do código civil: Art. 171 . Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Dos Pedidos Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: I - Conceda a gratuidade de justiça; II - Intime o promovido para contestar, caso não haja acordo; III– Julgue a ação procedente para anular o negócio jurídico, condenando os promovidos ao pagamento de custas processuais. Das Provas Protesta e requer provar os fatos alegados por todos os meios de prova em direito admitidos. Do Valor da causa Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Macaé, dia X, mês X, 2018 Advogado OAB
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