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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 
 
 
 
PROFESSOR: LUIZ CLAUDIO GUTIERREZ DUARTE 
 
 
 
CONTEÚDO ABORDADO 
• Conceitos Básicos. 
• A Inter-relação com as demais ciências. 
• Divisão do Estudo Econômico 
• Evolução do Pensamento Econômico 
• Economia e Direito 
BIBLIOGRAFIA 
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval 
de. Fundamentos de Economia. (ed. – 3ª.). São Paulo: 
Saraiva, 2008, caps. 1 e 2. 
CONCEITOS BÁSICOS 
ECONOMIA 
Sua concepção: 
 
A economia repousa sobre os atos humanos e é por 
excelência uma ciência social. Apesar da tendência atual 
ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para 
os fenômenos econômicos é quase que impossível se 
fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as 
complexas reações do homem no contexto das 
atividades econômicas. 
Problemas econômicos fundamentais 
Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas. 
X 
Recursos Produtivos (Fatores de Produção) 
(Recursos Naturais, Mão de Obra, Capital) 
 Limitados e Finitos 
Problema 
 
Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade. 
(restrição física dos recursos) 
Problemas econômicos fundamentais 
O QUE e QUANTO produzir ? 
A sociedade deve produzir mais bens de consumo ou bens de capital, e 
quanto ? 
COMO produzir ? 
Questão de eficiência produtiva. Capital ou mão-de-obra intensiva. 
PARA QUEM produzir ? 
Como será a distribuição de renda gerada pela atividade econômica. 
Quais os setores beneficiados. 
Sistema Econômico / Organização Econômica 
É a forma como a sociedade está organizada para 
desenvolver as atividades econômicas. 
Atividades de produção, circulação, 
distribuição e consumo de bens e serviços. 
Sistema Econômico / Organização Econômica 
Principais formas: 
Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) 
Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) 
Curva de Possibilidade de Produção 
Expressa a capacidade máxima de produção da sociedade, 
supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção 
Máquinas (milhares) 
Alimentos 
(toneladas) 
Custo de Oportunidade 
Sacrifício de deixar de produzir um bem X para se produzir 
um bem Y. 
Máquinas (milhares) 
Alimentos 
(toneladas) 
A 
B 
Deslocamento da Curva de Possibilidade 
de Produção 
A expansão dos recursos produtivos e os avanços tecnológicos 
mudam para cima e para a direita a CPP. 
Máquinas (milhares) 
Alimentos 
(toneladas) 
FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA 
Empresas Famílias 
Mercado de 
Bens e Serviços 
Mercado de 
Fatores de 
Produção 
O que e quanto 
produzir 
Para quem 
produzir 
Como 
produzir 
Demanda de 
serviços dos 
fatores de 
 produção. 
Oferta de 
serviços dos 
fatores de 
 produção 
Pagamento 
Remuneração 
INTER-RELAÇÕES DA ECONOMIA 
ECONOMIA 
POLÍTICA 
GEOGRAFIA 
SOCIAL 
HISTÓRIA 
 
MATEMÁTICA 
ESTATÍSTICA 
MEIO 
AMBIENTE 
DIREITO 
 Bens de capital, bens de consumo e bens 
intermediários 
• Bens de capital: são utilizados na fabricação de outros 
bens, mas não se desgastam totalmente no processo 
produtivo. Ex: equipamentos, instalações. 
 
• Bens de Consumo: destinam-se diretamente as 
necessidades humanas: 
 Duráveis: aparelhos eletrodomésticos. 
 Não duráveis: alimentos 
 
• Bens Intermediários: são transformados ou agregados 
na produção de outros bens. Ex: insumos, matérias 
primas. 
 
 
 Fatores de Produção 
• Trabalho Salários 
• Terra Aluguel 
• Capital Juros 
• Tecnologia Royalty 
• Capacidade Empresarial Lucro 
 
 
INTER-RELAÇÕES DA ECONOMIA 
ECONOMIA 
POLÍTICA 
GEOGRAFIA 
SOCIAL 
HISTÓRIA 
 
MATEMÁTICA 
ESTATÍSTICA 
MEIO 
AMBIENTE 
DIREITO 
 Divisão do Estudo Econômico 
Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o 
funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de 
produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e 
vendedores (produtores) de tais bens. 
Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o 
funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis 
(agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento 
econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do 
sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia 
mundial. 
 Divisão do Estudo Econômico 
Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de desenvolvimento que 
levem à elevação do padrão de vida (bem estar) da coletividade. Questões 
estruturais, de longo prazo (crescimento da renda per capita, distribuição 
de renda, evolução tecnológica). 
Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países 
(transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se da 
determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das relações 
financeiras internacionais. 
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO 
ECONÔMICO 
 Antiguidade 
• Aristóteles: Economia (oikonomia) – estudos sobre os 
aspectos de administração privada e sobre finanças públicas. 
 
• Platão e Xenofonte: algumas considerações de ordem 
econômica. 
 Idade Média 
• Santo Agostinho, Santo Inácio: questões referentes s justiça e 
moral. 
 
• Lei da Usura. 
 Mercantilismo 
• Acumulação de riquezas de uma nação: comércio exterior, 
acúmulo de metais 
• Governo forte e poderoso é aquele que acumula metais 
preciosos. 
• Política mercantilista: estímulo das guerras, presença do 
Estado em assuntos econômicos 
 Fisiocracia 
• Regras da natureza: são organicistas. 
• Terra é a única fonte de riqueza: agricultura é mais 
importante que o comércio e as finanças. 
• Terra tem a capacidade de multiplicar a riqueza. 
• Existência de uma ordem natural que faz com que o universos 
seja regido por leis naturais, absolutas, imultáveis e universais. 
• Quesnay: Tableau Économique – divide a economia em 
setores 
• Desnecessário a regulamentação governamental. 
 Clássicos: Adam Smith 
• Conjunto científico sistematizado. 
• A riqueza das nações: leis de mercado, aspectos monetários, distribuição 
do rendimento da terra. 
• Atuação da livre concorrência leva a sociedade ao crescimento 
econômico. 
• Mão invisível: se cada agente busca o lucro máximo acaba por promover 
o bem estar social. 
• Laissez faire: livre iniciativa. 
• Princípio do liberalismo: mercado regula as decisões econômicas que 
beneficia a sociedade sem interferência do Estado. 
• Teoria do valor-trabalho: riqueza das nações é o trabalho humano e o 
aumento da produção se dá pela divisão do trabalho. 
• Papel do Estado: defesa da propriedade. 
 Clássicos: David Ricardo 
• Todos os custos se reduzem a custo de trabalho. 
 
• Comercio Internacional: Teoria das Vantagens Comparativas. 
 Clássicos: John Stuart Mil 
• Incorpora elementos institucionais. 
 
• Desenvolve melhor as vantagens, funcionamento e restrições de uma 
economia de mercado. 
 
• Comercio Internacional: Teoria das Vantagens Comparativas. 
 Clássicos: Jean-Baptiste Say 
• As trocas das mercadorias são subordinadas a sua produção. 
 
• Toda oferta cria sua procura (Lei de Say). 
 
• Aumento da produção transformar-se-ia em renda dos trabalhadores e 
empresários o qual seria gasta na compra de outras mercadorias. 
 Clássicos: Thomas Malthus 
• Males da sociedade residia no excesso populacional. 
 
• Alimentos crescem em progressão aritmética enquanto a populaçãocresce em progressão geométrica 
 
• Potencial de crescimento da população excederia em muito o potencial 
da terra na produção de alimentos 
 Clássicos: Contribuições 
• Corpo teórico próprio e instrumental específico para análise econômica. 
 
• Argumento positivos: análise abstrata das relações econômicas com o 
objetivo de descobrir leis gerais e regularidades do comportamento 
econômico. 
 
• Pressupostos morais e as conseqüências sociais perdem importância 
 Teoria Neoclássica 
• Crença na economia de mercado privilegia os aspectos 
microeconômicos. 
 
• Desenvolvimento do raciocínio matemático nos estudos econômicos 
 
• Comportamento do consumidor: Maximização de sua utilidade 
(satisfação do consumo) 
 
• Produtor: maximizar seu lucro. 
 
• Busca do equilíbrio de mercado 
 
• Análise marginalista 
 Teoria Keynesiana 
• Grande Depressão 
 
• O volume de emprego depende do Nível de Produção Nacional. 
 
• O Nível de Produção Nacional é função da Demanda Agregada Efetiva 
 
• Inverte a frase da Lei de Say: a procura gera a oferta. 
 
• Fim da crença do Laissez Faire: necessidade em períodos de recessão da 
intervenção do Estado: aumento dos gastos públicos. 
 
• Formalização da economia por meio de modelos matemáticos e 
estatísticos. 
 Correntes Econômicas 
• Monetaristas (Milton Friedman - Chicago): privilegiam o controle da 
moeda e um baixo grau de intervenção do Estado. 
 
• Fiscalistas ou Keynesianos (Paul Samuelson (Harvard/MIT), James Tobin 
(Yale): políticas fiscais ativas e acentuado grau de intervenção do Estado. 
 
• Pós keynesianos (Joan Robinson, Paul Davison): importância da 
especulação financeira e defendem um papel ativo do Estado na condução 
a atividade econômica. 
 Abordagens alternativas: 
Institucionalista 
• Veblen e Galbraith 
 
• Criticam o alto grau de abstração econômica 
 
• Rejeitam a análise marginal 
 
 
 Abordagens alternativas: Marx 
• Teoria valor-trabalho 
 
• Mais valia: apropriação do excedente produtivo 
 
• Lucros, juros e aluguéis (rendimentos de propriedades) representam a 
expressão da mais valia 
 
 
 Economia e Direito: Sistema 
Brasileiro de Concorrência 
• Secretaria de Direito Econômico SDE (Ministério da Justiça) 
 
• Secretaria de Acompanhamento Econômico – SEAE (Ministério da 
Fazenda) 
 
• Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE: autarquia 
vinculada ao Ministério da Justiça. 
 
• As secretarias apresentam um caráter mais instrutor do processo. 
 
• CADE: poder decisório sobre os processos por ele julgados.