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Módulo_10_LOGISTICA_SUPRIMENTOS_LEI_8666.pdf
Módulo
Habilitação dos Interessados10
Logística de Suprimentos
Lei nº 8.666/93, 
pregão e registro de preços
Brasília 2015
© Enap, 2014
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS – Área 2-A – 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 – Fax: (61) 2020 3178
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Paulo Sergio de Carvalho
Diretor de Desenvolvimento Gerencial
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância 
Natália Teles da Mota
Conteudista: Edson Seixas Rodrigues(2005); Revisores: Henrique Savonitti (2008), Walter Salomão (2011), 
Hanna Ferreira (2013).
Diagramação realizada no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório Latitude e Enap.
SUMÁRIO
1. Objetivos Do Módulo ...................................................................................................... 5
2. Conceito ......................................................................................................................... 5
3. Exigências ....................................................................................................................... 6
4. Habilitação Jurídica ......................................................................................................... 6
5. Qualificação Técnica ....................................................................................................... 6
6. Qualificação Econômico-Financeira ............................................................................... 10
7. Regularidade Fiscal e Trabalhista .................................................................................. 11
8. Documentação de Habilitação ...................................................................................... 12
9. Dispensa de Documentação .......................................................................................... 12
10. O Certificado de Registro Cadastral ............................................................................. 13
11. Os Custos ................................................................................................................... 14
12. Habilitação de Consórcio De Empresas ........................................................................ 14
13. Ponto Polêmico .......................................................................................................... 16
14. Finalizando o Módulo ................................................................................................. 16
5
1. Objetivos Do Módulo
Ao final desse módulo, espera-se que você seja capaz de:
• definir Habilitação relacionando os documentos referentes à habilitação jurídica, 
qualificação técnica e regularidade fiscal e trabalhista exigidos nessa fase;
• apresentar o objetivo da qualificação econômico-financeira e os documentos 
exigidos pra sua habilitação;
• destacar as situações em que a documentação exigida poderá ser dispensada no 
todo em parte;
• citar as normas a serem observadas na participação de empresas em consórcio, 
de microempresa e empresa de pequeno porte na licitação.
2. Conceito
A Habilitação, também chamada de Qualificação, é o ato pelo qual a Comissão de Licitação recebe 
e examina a documentação dos licitantes e manifesta-se sobre a sua regularidade, habilitando 
aqueles que estiverem em conformidade com as exigências requeridas e inabilitando os que não 
atenderem essas exigências.
 
O ato de habilitação refere-se à aceitação ou não dos interessados em participar da licitação pela 
Comissão, em razão da conformidade de suas propostas às exigências estabelecidas no edital. Essa 
é uma fase em que há um elevado grau de expectativa dos participantes em relação à aprovação 
de suas propostas, bem como frente à possibilidade de saírem vencedores do certame. Por isso, é 
requerido da Comissão, além do conhecimento e domínio da Lei, o exercício de muita cordialidade 
e bom senso, para evitar desgastes desnecessários decorrentes da falta de habilidade no trato com 
os participantes.
Segundo Marçal Justen Filho, “na acepção de fase procedimental, a habilitação consiste no 
conjunto de atos orientados a apurar a idoneidade e a capacidade de sujeito para contratar 
com a Administração Pública. Na acepção do ato administrativo decisório, indica o ato pelo qual 
a administração finaliza essa fase procedimental, decidindo estarem presentes as condições do 
direito de licitar”. 
JUSTEN, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos.12 ed., São Paulo : 
Dialética, 2008, p. 374
Módulo
Habilitação dos Interessados10
6
3. Exigências
Introdução
Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação 
relativa a:
I - Habilitação Jurídica. 
II - Qualificação Técnica. 
III - Qualificação Econômico-Financeira. 
IV - Regularidade Fiscal e Trabalhista.
V – Cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7° da Constituição Federal. 
(Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999).
Art. 27, inc. I a V 
 
4. Habilitação Jurídica
Acerca da habilitação jurídica (art. 28), não são suscitadas grandes dúvidas ou dificuldades práticas. 
A apresentação dos documentos relativos à habilitação jurídica serve para demonstrar que o futuro 
contratado pela administração é sujeito de direito e de obrigações, possuindo, em consequência, 
capacidade de fato e de direito para a prática dos atos para os quais será contratado.
I - cédula de identidade (quando se tratar de pessoa física, ou para comprovar a 
titularidade do representante da pessoa jurídica que vai participar da licitação);
II - registro comercial, no caso de empresa individual;
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se 
tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedade por ações, acompanhado 
de documentos de eleição de seus administradores;
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de 
prova de diretoria em exercício;
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em 
funcionamento no país, e ato de registro ou autorização para funcionamento 
expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir. 
5. Qualificação Técnica
Para a realização de obras ou serviços de grande complexidade, não podem ser dispensados o 
conhecimento técnico especializado nem a comprovação da experiência e de capacitação operativa 
para cumprir o objeto do contrato. 
A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á:
I - ao registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II - à comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível 
em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, indicação das 
instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis 
para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos 
membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
7
III - à comprovação, fornecida pelo órgão licitante de que recebeu os documentos, 
e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das 
condições locais para o cumprimento das obrigações, objeto da licitação.
IV - Prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. 
Art. 30
 
SÚMULA Nº 263/2011
Para a comprovação da capacidade técnico-operacional das licitantes, e desde que limitada, 
simultaneamente, às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto a ser contratado, 
é legal a exigência de comprovação
da execução de quantitativos mínimos em obras ou serviços 
com características semelhantes, devendo essa exigência guardar proporção com a dimensão e a 
complexidade do objeto a ser executado.
Fundamento Legal
Constituição Federal, art. 37, inciso XXI
Lei nº 8.666/1993, art. 30.
A licitação pública, mais do que princípio para garantir qualidade e preço na aquisição de bens e 
serviços, pode servir também para a defesa e conservação do meio ambiente.
A proteção ao meio ambiente não deve se restringir a ações repressivas, mas, principalmente, 
deve ser de caráter preventivo, presente em licenciamentos, incentivos fiscais e de crédito, além 
das próprias contratações públicas. 
A Instrução Normativa n° 01, de 19 de janeiro de 2010, dispõe sobre os critérios de 
sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela 
Administração Pública Federal.
Como é realizada a comprovação de aptidão?
A comprovação de aptidão, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será feita por 
atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados 
nas entidades profissionais competentes, limitadas as exigências à capacitação1 técnico-profissional. 
1. Capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista 
para entrega da proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela entidade competente, 
detentor de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características semelhantes, limitadas 
estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de 
quantidades mínimas ou prazos máximos. Art. 30, § 1º, inc.I.
8
Art. 30, § 1º
 
Acórdão 512/2009 Plenário (Sumário) A exigência de certificações técnicas não pode 
ser empregada como critério de habilitação em licitação. A exigência de registro no 
INPI (processo produtivo básico) para participação em licitação de produtos comuns 
de informática ofende o princípio da ampla concorrência.
Exigências de certificação ISO e de registro no INPI (processo produtivo básico), quando 
necessárias, somente devem ser estipuladas como critério classificatório.
Acórdão 168/2009 Plenário (Sumário) Inexiste obrigatoriedade legal de inscrição de 
empresas ou registro de profissionais perante o Conselho Regional de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia (CREA) cujas atividades estejam relacionadas à 
comercialização e à manutenção, inclusive assistência técnica, de bens e serviços de 
informática.
É indevida a inabilitação de empresa licitante por ausência de apresentação de certidão expedida 
pelo CREA, para fins de comprovação de qualificação técnica, quando o objeto da licitação tratar de 
mera aquisição de bens e serviços de informática.
No caso de obras, serviços e compras de grande vulto2, de alta complexidade técnica3, poderá a 
administração exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja avaliação, para efeito de sua 
aceitação ou não, antecederá sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamente por 
critérios objetivos. 
Art. 30, § 8º 
Ainda quanto à comprovação de aptidão:
Será sempre admitida a comprovação de aptidão por meio de certidões ou atestados de obras ou 
serviços similares de complexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior.
Art. 30, § 3º
Nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de aptidão, quando for o caso, será feita 
através de atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado.
Art. 30, § 4º
É vedada a exigência de comprovação de atividade ou de aptidão com limitações de tempo ou de 
época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas na Lei nº 8.666/93 que 
inibam a participação na licitação.
2. Obras, serviços e compras de grande vulto - aquelas cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite 
estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23, que corresponde atualmente a R$ 37.500.000,00 (trinta e sete milhões e 
quinhentos mil reais - art. 6º inc. V da Lei nº 8.666/93).
3. Entende-se por licitação de alta complexidade técnica aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema 
relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de 
serviços públicos essenciais. Art. 30, § 9º.
9
Art. 30, § 5º
Deve-se atentar para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei n.º 8.666 de 
1993, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos instrumentos 
convocatórios de licitações, requisitos de capital social mínimo e garantias para 
comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes.
Decisão 1521/2002 Plenário
Outras considerações
As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico 
especializado, consideradas essenciais para o cumprimento do objeto da licitação, serão atendidas 
mediante a apresentação de relação explícita e da declaração formal da sua disponibilidade, sob as 
penas cabíveis, vedada as exigências de propriedades e de localização prévia. 
Art. 30, § 6º
 
Exigência da apresentação de atestado de capacidade técnica fornecido por pessoa 
jurídica com sede na cidade onde os serviços serão realizados - Acórdão n.º 842/2010, 
TC-009.465/2010-3, rel. Min. José Múcio Monteiro, 28.04.2010.
Representação formulada ao TCU apontou possíveis irregularidades no Pregão 
Eletrônico n.º 38/2010, promovido pela Eletrobrás Termonuclear S.A. (Eletronuclear), 
destinado à contratação de empresa especializada na prestação de serviços de gestão 
de cartões-refeição e alimentação, em cumprimento ao Programa de Alimentação 
do Trabalhador, por um prazo de 36 meses, conforme condições e especificações 
constantes do edital e seus anexos. A representante alegou que o edital do certame 
trazia “exigência ilegal”, referente à apresentação de atestado de capacidade técnica 
fornecido por pessoa jurídica, de direito público ou privado, com sede na cidade 
do Rio de Janeiro, “contrária ao art. 30, § 5º, da Lei nº 8.666/93 que, ao tratar da 
documentação relativa à qualificação técnica, veda expressamente exigência de 
comprovação de atividade por local específico”. Ante as alegações apresentadas 
pela Eletronuclear, no sentido de que a preocupação da entidade foi “assegurar o 
conforto e a liberdade de escolha de seus funcionários”, oferecendo acesso a um 
número minimamente razoável de estabelecimentos credenciados no local em que se 
concentram as suas atividades, no caso a cidade do Rio de Janeiro, com um padrão 
de qualidade aceitável, a unidade técnica que atuou no feito concluiu que a exigência 
“não se configura demasiada ou desarrazoada, não se constituindo em quebra de 
isonomia no certame”. Dissentindo da unidade instrutiva, o relator entendeu que a 
exigência editalícia viola tanto o art. 30, § 5º, da Lei nº 8.666/93 quanto o art. 37, XXI, 
da Constituição Federal, segundo o qual o processo de licitação pública deve assegurar 
igualdade de condições a todos os concorrentes, somente admitindo-se as exigências 
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das 
obrigações. Em seu voto, considerou legítima a preocupação da Eletronuclear, que, em 
suma, diz respeito à garantia da efetividade dos serviços a serem prestados. Ocorre que, 
em verdade, a exigência contestada “não oferece tal garantia, atuando, ao contrário, 
como limitante à participação de empresas aptas ao bom cumprimento do contrato”. 
Para assegurar a qualidade e a variedade dos serviços, “bastaria à Eletronuclear 
exigir, no edital e/ou no contrato, que a licitante disponha de uma rede credenciada, 
em número e qualidade considerados
razoáveis ao atendimento das necessidades de 
10
seus funcionários, na região em que se concentram as suas atividades, fazendo-se 
perfeitamente dispensável a prestação de serviços à pessoa jurídica localizada nessa 
mesma região”. Para o relator, no caso concreto, “a questão está bem resolvida”, já que 
a minuta do contrato constante do edital prevê, entre as obrigações da contratada, 
a comprovação, em até 30 dias da assinatura da avença, de que ela possua no 
mínimo 80% dos estabelecimentos comerciais, listados em relação anexa ao edital, 
credenciados a operar em sua rede. Ressaltou, ainda, que quatro empresas acorreram 
ao certame oferecendo lances, e os preços da proposta vencedora “não fogem aos 
praticados no mercado, não se havendo falar em consequências à economicidade do 
certame decorrente de uma possível restrição à sua competitividade. Tampouco há 
falar, no caso, em inibição premeditada da participação de licitantes com vistas ao 
direcionamento da competição”. Ao final, o relator propôs e o Plenário decidiu expedir 
determinação corretiva à Eletronuclear, para futuras licitações.
6. Qualificação Econômico-Financeira
A qualificação econômico-financeira tem como objetivo verificar a capacidade econômico-financeira 
do licitante, a fim de que, aquele que sair vencedor do certame, possa executar satisfatoriamente 
o objeto do pedido.
A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á:
I – ao balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já 
exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira 
da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, 
podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrados há mais de 3 
(três) meses da data da apresentação da proposta;
II – à certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da 
pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física;
III – à garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no caput e § 1º do 
art. 56 desta lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da 
contratação.
A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira do licitante com vistas 
aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato, vedada a exigência de 
valores mínimos de faturamento anterior, índices de rentabilidade ou lucratividade.
Art. 31 § 1º 
A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, poderá 
estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio 
líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no § 1º do art. 56 desta lei, como dado objetivo 
de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao 
adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.
Art. 31 § 2º 
O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo anterior não poderá 
exceder a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita 
relativamente à data da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para 
esta data por meio de índices oficiais.
11
Art. 31 § 3º
Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compromissos assumidos pelo licitante que importem 
diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade financeira, calculada esta em 
função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade de rotação.
Art. 31 § 4º
 
Deve-se atentar para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei n.º 8.666 de 
1993, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos instrumentos 
convocatórios de licitações, requisitos de capital social mínimo e garantias para 
comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes.
Decisão 1521/2002 Plenário
A comprovação da boa situação financeira da empresa será feita de forma objetiva, através de cálculo 
de índices contábeis previstos no edital e devidamente justificados no processo administrativo da 
licitação que tenha dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não 
usualmente adotados para a correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento 
das obrigações decorrentes da licitação. 
Art. 31 § 5º
7. Regularidade Fiscal e Trabalhista
A documentação relativa à regularidade fiscal, conforme o caso consistirá em: 
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de 
Contribuintes (CGC), hoje Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, 
relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e 
compatível com o objeto contratual;
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do 
domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia 
por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no cum primento 
dos encargos sociais instituídos por lei.
Art. 29 
Convém atentar para o fato de que a lei fala de regularidade fiscal, e não de quitação de débito. 
É possível que uma empresa esteja devedora de suas contribuições fiscais, mas o débito esteja sob 
controle do órgão fiscal. Nesse caso, a empresa encontra-se regular.
 
12
Deverá ser evitada a inabilitação de participantes de processos licitatórios em razão 
somente de diferenças entre números de registro de CGC das respectivas matriz e 
filiais nos comprovantes pertinentes ao CND, ao FGTS, INSS e Relação de Empregados 
quando a empresa interessada comprovar a centralização do recolhimento de 
contribuições, tendo em vista a legalidade desse procedimento.
Decisão 679/1997 Plenário
Quanto a este tópico, merece destaque ainda que a Lei nº 12.440 de 2011, inseriu, como condição 
para a habilitação, a regularidade trabalhista. Posteriormente, houve regulamentação para a 
expedição pela Justiça do Trabalho da Certidão de Débitos Trabalhistas, com base no artigo 642-A 
da CLT, acrescentado pela Lei 12.440/2011 e pela Resolução Administrativa nº 1470/2011 do TST 
de 24/08/2011.
Impende ressaltar que tal requisito habitlitatório deverá ser verificado não só nas contratações 
que objetivem a contratação para prestação de serviços de mão de obra, como também nas 
contratações para fornecimento de bens ou para prestação de outros serviços.
8. Documentação de Habilitação
Como são apresentados os documentos da habilitação?
Os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer 
processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da administração ou 
publicação em órgão da imprensa oficial.
9. Dispensa de Documentação
A documentação exigida para Habilitação dos Interessados (artigos 28 a 31) poderá ser dispensada, 
em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e leilão.
Como se observa, a lei faculta à administração dispensar ou não, em parte, a documentação 
pertinente à habilitação jurídica, à regularidade fiscal e trabalhista, à qualificação técnica e à 
qualificação econômico-financeira. 
Essa faculdade, no entanto, não deve ser usada aleatoriamente, mas somente nos casos em que 
realmente for irrelevante exigir tais documentos – como, por exemplo, na compra de um bem para 
pronta-entrega e pagamento à vista. Neste caso, vê-se que não se justifica exigir do fornecedor 
uma série de documentos que seriam inócuos e sem qualquer utilidade para a administração. 
Art. 32, § 1º
Mesmo assim, convém fazermos uma observação crítica ao estabelecido
nesse parágrafo do artigo 
32. Vejamos.
A nossa observação crítica ao teor do § 1º do art. 32 diz respeito à:
• Habilitação Jurídica.
• Qualificação Econômico-Financeira.
13
A ligação entre a administração e o fornecedor, em qualquer circunstância, é a comprovação de que 
o bem adquirido tem procedência legítima, ou seja, que foi adquirido de um ente juridicamente 
existente e funcionando regularmente nos termos da lei. E para comprovar essa regularidade, 
necessariamente a administração tem que exigir a Habilitação Jurídica. 
Da mesma forma, não se pode deixar de exigir que o fornecedor comprove a sua regularidade 
perante a seguridade social, a fim de atender o que dispõe o § 3º, do art. 195, da Constituição 
Federal, que proíbe a Administração Pública licitar ou contratar com pessoa jurídica em débito com 
a Previdência Social.
“A prova de habilitação jurídica nunca poderá ser dispensada. Logo, no mínimo, esse requisito 
nunca poderá ser dispensado, mesmo porque se não estiver presente sequer será válida a 
proposta apresentada.” 
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, São Paulo: 
Aide Editora, p. 18.
Deve-se atentar para o fato de que a habilitação jurídica, a regularidade fiscal e trabalhista, a 
qualificação técnica e a qualificação econômico-financeira são exigências específicas que 
requerem, consequentemente, conhecimento específico de cada uma dessas áreas. Essas 
exigências específicas devem ser feitas por profissionais de cada área, o que significa que o edital 
será elaborado por mais de uma pessoa, evitando, assim, a ocorrência de erros grosseiros os 
quais maculam a idoneidade da administração.
10. O Certificado de Registro Cadastral
O Certificado de Registro Cadastral (CRC) é um documento emitido pela Administração às 
pessoas que fazem o seu cadastro, nos termos do art. 34 da Lei de Licitações (vide Módulo 8). 
O CRC substitui os documentos de habilitação jurídica, regularidade fiscal, qualificação técnica e 
qualificação econômico-financeira quanto a informações disponibilizadas em sistema informatizado 
de consulta direta indicado no edital. 
Para evitar possíveis distorções nas informações, a Lei obriga aos licitantes declarar, no momento 
da entrega de suas propostas, à comissão de licitação, sob as penas da lei, de que não existe fato 
impeditivo para a sua habilitação.
Art. 32, §§ 1º a 3º
Atualmente o CRC é emitido pelos órgãos da Administração Estadual, Municipal e do Distrito Federal, 
enquanto que no âmbito da Administração Federal, o documento emitido é o SICAF (vide Módulo 8).
14
11. Os Custos 
Custos da habilitação
Não se exigirá, para a Habilitação, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos.
Art. 32
CUSTOS DO EDITAL
Quanto ao Edital, pode-se cobrar apenas o valor do custo efetivo de reprodução gráfica ou, quando 
for o caso, os custos de utilização dos recursos de tecnologia da informação. Art. 32
12. Habilitação de Consórcio De Empresas
Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, as seguintes normas 
devem ser observadas:
I - comprovação do compromisso4 público ou particular de constituição de consórcio, 
subscrito pelos consorciados (Qualificação Econômico-Financeira);
II - indicação da empresa responsável5 pelo consórcio que deverá atender às condições 
de liderança, obrigatoriamente fixada no edital;
III - apresentação dos documentos exigidos nos artigos 28 a 31 da Lei nº 8.666/93 
por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, 
o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de qualificação 
econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção 
de sua respectiva participação, podendo a Administração estabelecer, para o 
consórcio, um acréscimo de até 30% dos valores exigidos para licitante individual, 
inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por 
micro e pequenas empresas assim definidas em lei;
IV - impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma licitação, por 
meio de mais de um consórcio ou isoladamente;
V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em consórcio, 
tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato.
 
4. O licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos 
termos desse compromisso. Art. 33, § 2º.
5. No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira. Art. 33, § 1º.
15
Acórdão 1240/2008 Plenário (Sumário):
A regra, no procedimento licitatório, é a participação de empresas individualmente em 
disputa umas com as outras, permitindo-se a união de esforços quando questões de 
alta complexidade e de relevante vulto impeçam a participação isolada de empresas 
com condições de, sozinhas, atenderem todos os requisitos de habilitação exigidos no 
edital, casos em que a participação em consórcio ampliaria o leque de concorrentes.
A Lei deixa à discricionariedade administrativa a decisão de permitir a participação 
no certame de empresas em consórcio, porém ao permiti-la a administração deverá 
observar as disposições contidas no art. 33, da Lei nº 8.666/1993, não podendo 
estabelecer condições não previstas expressamente na Lei, mormente quando 
restritivas ao caráter competitivo da licitação.
Art. 33.
Tratamento Diferenciado na Habilitação
O processo de contratação das microempresas e empresas de pequeno porte está regulamentado 
pela Lei Complementar n° 123/2006 e pelo Decreto n° 6.204/2007.
 
De acordo com a legislação desta categoria de empresas, a comprovação de regularidade somente 
será exigida para efeito de contratação, e não como condição para participação na licitação. Ou 
seja, na fase de habilitação, deverá ser apresentada e conferida toda a documentação e, havendo 
alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de dois dias 
úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado 
vencedor do certame, prorrogável por igual período, para a regularização da documentação, 
pagamento ou parcelamento do débito e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas 
com efeito de certidão negativa (art. 4º e §1º do Decreto 6.204/07).
Por outro lado, o Decreto n° 6.204/2007 em seu art. 3° isenta na habilitação em licitações para o 
fornecimento de bens de pronta entrega ou para a locação de materiais a apresentação do balanço 
patrimonial do último exercício social pela microempresa e empresa de pequeno porte.
Merece destaque ainda o posicionamento adotado pela Advocacia Geral da União, que esclarece que, 
em relação ao tratamento legal diferenciado regulamentado pela Lei Complementar nº 123/2006, 
dado o alto número de fraudes na participação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte 
(ME/EPP) nas licitações públicas, e considerando a fragilidade da principal forma de comprovação de 
tal enquadramento (declaração unilateral da própria empresa), o TCU vem adotando meio alternativo 
para verificar a condição da ME/EPP: a consulta ao Portal da Transparência do Governo Federal, que 
indica os valores recebidos por cada empresa em decorrência de contratos firmados com os órgãos e 
entidades da Administração Pública Federal que executam suas despesas pelo SIAFI.
Tal consulta revela se a empresa recebeu pagamentos do Governo Federal em montante superior 
ao limite legal de receita bruta anual para enquadramento como ME ou EPP. Nessa hipótese, 
mesmo sem considerar os demais valores recebidos de outras fontes, já é possível constatar que 
a empresa perdeu legalmente a condição de ME ou EPP, para fins de aplicação do tratamento 
favorecido
conferido pela Lei Complementar n° 123/2006.
Como exemplo, o TCU seguiu tal metodologia nos Acórdãos n° 298/2011, n° 2.259/2011 e n° 
3.256/2011 todos do Plenário, tratando de casos concretos.
16
13. Ponto Polêmico 
Objetivo da exigência da certidão negativa de débitos trabalhistas
Com efeito, vê-se que a exigência da certidão negativa de débitos trabalhista (CNDT) ao longo 
da execução contratual deve contribuir para reduzir ou mesmo afastar eventuais condenações 
subsidiárias da Administração Pública Federal com base nesse novo Enunciado nº 331, haja vista 
que, com o efetivo cumprimento dessa nova exigência legal, pode-se afastar possível alegação 
em reclamações trabalhistas acerca de uma suposta culpa in vigilando da Administração Pública 
por uma possível omissão culposa na fiscalização do cumprimento dos encargos trabalhistas 
pela empresa contratante. GRUPO II – CLASSE VII – PLENÁRIO TC 002.741/2012 – 1- Natureza: 
Solicitação. Interessado: Presidente do Tribunal Superior do Trabalho – TST. Órgão: Tribunal Superior 
do Trabalho – TST (grifo nosso).
Ainda, conforme parecer da PGFN, merece destaque que a CNDT será exigida para todas as contratações 
“Assim, assentada a finalidade principal da norma, no sentido de propiciar maior efetivação ao 
fundamento constitucional da valorização do trabalho humano, conclui-se que, em regra, a CNDT 
deverá SEMPRE ser exigida, em quaisquer tipos de contratações da Administração Pública (mesmo 
em não se tratando de terceirização de serviços com alocação de mão de obra), tal como ocorre 
com a necessidade de comprovação de regularidade com a seguridade social. PARECER - PGFN/CJU/
COJLC Nº 731/2012 - Disponível em http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:0Ct-
SazmkE8J:dados.pgfn.fazenda.gov.br/storage/f/2013-05-05T003215/7312012_2370_arquivo.
doc+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-a
14. Finalizando o Módulo
Terminamos o módulo 10. Volte à tela inicial do curso e faça o Exercício Avaliativo do módulo.
No próximo módulo, você terá oportunidade de conhecer os Autos do Processo de Licitação.
Módulo_11_LOGISTICA_SUPRIMENTOS_LEI_8666.pdf
Módulo
Os Autos do Processo de Licitação11
Logística de Suprimentos
Lei nº 8.666/93, 
pregão e registro de preços
Brasília 2015
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SAIS – Área 2-A – 70610-900 — Brasília, DF
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Presidente
Paulo Sergio de Carvalho
Diretor de Desenvolvimento Gerencial
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância 
Natália Teles da Mota
Conteudista: Edson Seixas Rodrigues(2005); Revisores: Henrique Savonitti (2008), Walter Salomão (2011), 
Hanna Ferreira (2013).
Diagramação realizada no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório Latitude e Enap.
SUMÁRIO
1. Objetivos do Módulo ...................................................................................................... 5
2. Abertura de Processo Administrativo .............................................................................. 5
3. Autuar, protocolar e numerar o processo ........................................................................ 6
4. Autorização e Recursos Orçamentários ........................................................................... 6
5. Documentos Juntados ao Processo ................................................................................. 7
6. Documentos Previamente Examinados ......................................................................... 10
7. Ponto Polêmico ............................................................................................................ 10
8. Finalizando o Módulo .................................................................................................. 11
5
1. Objetivos do Módulo
Ao final desse módulo, espera-se que você seja capaz de:
• identificar os procedimentos para uma licitação, mencionando os documentos que 
devem ser juntados ao processo.
2. Abertura de Processo Administrativo
O procedimento da licitação será iniciado com abertura de processo administrativo1, devidamente 
autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu 
objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente os documentos 
enumerados nos incisos de I a XII do art. 38. 
 Art. 38, caput
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 1º DE ABRIL DE 2009 
OS INSTRUMENTOS DOS CONTRATOS, CONVÊNIOS E DEMAIS AJUSTES, BEM COMO OS RESPECTIVOS 
ADITIVOS, DEVEM INTEGRAR UM ÚNICO PROCESSO ADMINISTRATIVO, DEVIDAMENTE AUTUADO 
EM SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA, NUMERADO, RUBRICADO, CONTENDO CADA VOLUME OS 
RESPECTIVOS TERMOS DE ABERTURA E ENCERRAMENTO. 
INDEXAÇÃO: Processo Administrativo. Instrução. Autuação. Sequência Cronológica. Numeração. 
Rubrica. Termo de abertura. Termo de encerramento. 
REFERÊNCIA: art. 38, caput, e 60 da Lei no 8.666 de 1993; art. 22 da Lei 9.784 de 1999; 
Portarias Normativas SLTI/MP no 05, de 2002 e 03 de 2003; Orientações Básicas sobre Processo 
Administrativo do NAJ/PR; Decisão TCU 955/2002-Plenário e Acórdãos TCU 1300/2003-Primeira 
Câmara, 216/2007-Plenário, 338/2008-Plenário. Fonte: http://www.agu.gov.br/sistemas/site/
PaginasInternas/NormasInternas/ListarAtos.aspx?TIPO_FILTRO=Orientacao
1. Isso significa que não existe licitação se não for por intermédio de um processo administrativo específico para aquele objeto 
que se pretende licitar.
A hipótese de uma licitação feita sem processo, qualquer que seja a sua modalidade, caracteriza nulidade total do 
procedimento, respondendo a autoridade que deu causa por crime de responsabilidade.
Módulo
Os Autos do Processo de Licitação11
6
3. Autuar, protocolar e numerar o processo
Quem autua, protocoliza e enumera?
Autuar, protocolizar e numerar é atividade específica de um setor próprio da administração, 
comumente chamado de “Setor de Protocolo”, que é uma unidade da administração encarregada 
do recebimento, registro e tramitação de documentos. 
Art. 38 
O Setor de Protocolo dá forma processual2 aos documentos recebidos. Esses documentos podem 
ter origem em setores internos da Administração Pública ou ser encaminhados por particulares 
que tenham interesses públicos junto às organizações públicas. 
 
Como é autuado um processo? Com quantas páginas se abre um novo volume? Como 
se numeram as páginas de um processo? O que é juntada ou apensação ou anexação de 
documentos e processos? Como deve ser um carimbo de recebimento ou de remetente 
ou de “confere com o original”? Essas e outras orientações encontram-se na Portaria 
Normativa 05 de 19 de dezembro de 2002 (alterada pela PORTARIA INTERMINISTERIAL 
Nº 12 DE 23 DE NOVEMBRO DE 2009) que dispõe sobre os procedimentos gerais para 
utilização dos serviços de protocolo, no âmbito da Administração Pública Federal, para os 
órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG. Endereço: http://www.
comprasgovernamentais.gov.br/ > Legislação > Portarias .
4. Autorização e Recursos Orçamentários
Na autorização, a indicação sucinta do objeto e o recurso próprio para despesa são pressupostos 
indispensáveis para a validade de um processo de licitação, qualquer que seja a modalidade. 
A inexistência de recursos orçamentários disponíveis para fazer face às obrigações assumidas 
na licitação, bem como a falta da autorização expressa da autoridade competente criam vícios 
insanáveis, levando a licitação à nulidade total. 
Ademais, o Decreto nº 7.689, de 02 de março de 2012, determinou no âmbito do Poder Executivo 
Federal,
limites e instâncias de governança para a contratação de bens e serviços e para a realização 
de gastos com diárias e passagens, determinando a competência em razão dos valores contratados.
 
2. Dar forma processual ao documentos significa dar os seguintes passos:
• colocar uma capa nos documentos recebidos;
• preencher os espaços dessa capa que identificam o histórico dos documentos encaminhados (Exemplo: 
Interessado: Escola Nacional de Administração Pública ; Objeto: Licitação Pública por meio da modalidade 
convite);
• numerar e rubricar todos os documentos encaminhados;
• fazer constar a assinatura do servidor do protocolo, historiando e se responsabilizando pelo processo 
autuado.
7
5. Documentos Juntados ao Processo
Quais documentos serão juntados ao processo de licitação?
I - Edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso.
Pode-se dizer que o edital (ou a carta-convite) é a peça mais importante do processo 
de licitação. Conforme já vimos no seu conceito, o edital é a lei entre os licitantes e a 
administração e nada pode alterá-lo. É a garantia de ambas as partes de que ele será 
fielmente cumprido.
Em algumas licitações, principalmente de obras e serviços, há a necessidade de se juntar 
ao edital o projeto básico, as planilhas estimadas de custo e a minuta de contrato. Esses 
documentos constituem os anexos do edital.
II - Comprovantes das publicações do edital resumido ou da entrega do convite
Quando a licitação for executada nas modalidades concorrência ou tomada de preços, 
necessário se torna que o edital seja publicado na imprensa oficial em forma de aviso 
resumido, nos termos do art. 21 da Lei de Licitações. 
Uma cópia desse aviso, comprovando a sua publicação, deverá ser juntada ao processo. 
Se a modalidade for convite, o que se deve juntar é o comprovante de que a carta-convite 
foi entregue para um mínimo de três fornecedores escolhidos pela Administração.
Art. 21
III - Ato de designação da Comissão de Licitação, do leiloeiro administrativo ou 
oficial, ou do responsável pelo convite
A licitação, qualquer que seja a modalidade, estará sendo conduzida por um representante 
da administração. 
Se concorrência ou tomada de preços, por uma comissão de licitação; se convite, ou por 
uma comissão ou por servidor devidamente designado. 
Essas designações são feitas por portaria da autoridade competente. Cópia dessa portaria 
deverá constar dos autos do processo, dando legitimidade aos atos do representante.
IV - Original das propostas e dos documentos que as instruírem
Deverão ser juntados no processo todos os documentos de habilitação (inclusive dos 
inabilitados), bem como as propostas originais dos participantes que foram habilitados 
(as propostas dos inabilitados serão devolvidas).
Convém ressalvar que os incisos do art. 38 não correspondem à lógica sequencial das atividades 
da administração. Indicam apenas a necessidade da juntada dos documentos que mencionam. 
8
Deve ser observado o fiel cumprimento do art. 38, caput e seus incisos, e art. 40, § 1º, da Lei 
n.º 8.666 de 1993, relativos à regular autuação e constituição dos processos licitatórios, em 
especial quanto à numeração das folhas e aposição da rubrica imediatamente após a juntada dos 
documentos da licitação ao processo.
Decisão 955/2002 Plenário 
V - Atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora
Todas as manifestações e decisões relevantes feitas pela Comissão de Licitação devem ser 
juntadas por cópia no processo.
VI - Pareceres técnico ou jurídico emitidos sobre a licitação, dispensa ou 
inexigibilidade
Um processo de licitação deve conter, necessariamente, a manifestação técnica (quando 
a natureza do objeto o exigir) e a jurídica, sendo esta última a segurança de que dispõe a 
instituição de estar procedendo em conformidade com o que determina a Lei. 
Assim, um processo pode até não ter manifestação técnica em função de seu objeto, mas 
se não tiver manifestação jurídica cria vícios que podem levar à sua nulidade.
VII - Atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação
Adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação, para subsequente 
efetivação do contrato administrativo.
Homologação é o ato pelo qual a autoridade superior confirma o julgamento das propostas 
e, consequentemente confere eficácia à adjudicação.
(Hely Lopes Meirelles, in Direito Administrativo Brasileiro, pág. 278 e 279).
Dessa forma, após a homologação, o licitante vencedor já pode firmar contrato com a 
administração do objeto em que saiu vencedor. 
Esses dois atos, tanto de adjudicação quanto o de homologação, devem ser juntados por 
cópia nos autos do processo de licitação.
VIII - Recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas 
manifestações e decisões
Somente após concluído o exame dos recursos administrativos se dará ou não razão para 
o recorrente.
9
Os recursos administrativos e as peças decorrentes do recurso deverão ser juntadas ao processo 
de licitação. Para um melhor entendimento sobre os recursos administrativos, faça o curso Gestão 
de Contratos que também integra o Programa de Capacitação em Gestão da Logística Pública. 
IX - Despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, 
fundamentado circunstanciadamente
Os atos de anulação ou de revogação da licitação decorrem de fatos devidamente 
justificados que determinam essa tomada de decisão.
A anulação de uma licitação ocorre quando houver em seu bojo um vício insanável, 
caracterizando um ato de ilegalidade. A anulação pode ser feita em qualquer fase da 
licitação e deve ficar bem demonstrada. Se não houver justa causa, qualquer interessado 
pode buscar a sua invalidação no Judiciário.
A revogação, diferentemente da anulação, não depende de ilegalidade no procedimento. 
A sua justificativa decorre da oportunidade e conveniência da administração, a qual deve 
estar bem evidenciada sob pena de se tornar inválida. 
Tomemos como exemplo o caso de corte de orçamento feito pelo Governo Federal. Tal 
corte obriga as administrações a refazerem as suas programações. Muitas licitações, 
porventura, em pleno desenvolvimento, tem que ser revogadas em função da oportunidade 
e conveniência claramente demonstrada (inexistência de verba no orçamento).
 
Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal:
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial. 
X - Termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso
O termo de contrato (se houver) deverá também constar no seu original nos autos do 
processo de licitação.
XI - Outros comprovantes de publicações
O comprovante de toda e qualquer publicação que, durante o curso da licitação, houve 
necessidade de se efetivar, deverá ser juntado por cópia no processo de licitação.
Ensina Marçal que “As publicidades e intimações constituirão condição de validade ou de 
eficácia dos atos integrantes da licitação. Por isso, todas as publicações e todos os atos 
de comunicação deverão ser comprovados por meio de documentos trazidos aos autos.”
10
XII - Demais documentos relativos à licitação
Outros documentos que não são elencados no art. 38 e que, a juízo da Comissão de 
Licitação, merecem relevância, deverão ser juntados nos autos do processo de licitação.
6. Documentos Previamente Examinados
As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem 
ser previamente examinadas3 e aprovadas por assessoria jurídica4 da administração.
Art. 38, § único
Decisão do TCU: Submeta as minutas de editais de licitação, de instrumentos contratuais e de seus 
aditivos ao prévio exame e aprovação da assessoria jurídica, conforme preceitua o art. 38, § único, 
da Lei no 8.666/1993, incluindo o parecer devidamente assinado no processo correspondente. 
Decisão 955/2002 Plenário
7. Ponto Polêmico
[Levantamento. Petrobras. obra de construção de terminal e base de distribuição segregada no 
Complexo Industrial e Portuário do Pecém/CE. Numeração e rubrica em todas as páginas que 
compõem os processos.]
[ACÓRDÃO]
9.3. [...], determinar à Presidência da Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - que, para o caso de 
processos ainda em papel, e visando ao resguardo dos princípios da transparência e da 
moralidade, expeça orientação aos setores competentes da empresa, a fim de que todos passem 
a observar a necessidade de numeração sequencial e de rubrica das folhas dos processos;
[VOTO]
26. Terceiro: ausências parciais de rubrica em algumas páginas e total de numeração no processo 
relativo ao Convite nº 0.375.780.07-8, contrariando, respectivamente, o estatuído nos arts. 40, inciso 
X, 23, § 1º, e 38 do referido diploma, bem como no disposto no art. 22, § 4º, da Lei nº 9.784/99:
[...]
29. Essa matéria mereceu análise do Ministro Ubiratan Aguiar, no voto que fundamentou o Acórdão 
nº 1.261/2004 - TCU - Plenário, nos seguintes termos:
“5. Em relação ao mérito da falha em tela, apesar de sua aparente singeleza, há que se ressaltar 
que a organização dos documentos em processos numerados sequencialmente é uma medida 
básica de controle, com o objetivo de proporcionar que se saiba exatamente quais foram os atos 
praticados no processo, na ordem em que eles ocorreram, evitando também que documentos 
sejam retirados ou incluídos nos processos extemporaneamente.”
3. Esse exame e aprovação devem estar bastante evidentes nos autos do processo de licitação, a fim de não dar margens para 
vícios processuais.
4. O assessor jurídico que proceder o exame deverá datar e assinar a sua manifestação, submetendo-a à autoridade 
imediatamente superior para fins de aprovação.
11
30. Destaco que a numeração das folhas de um processo e a sua rubrica não configura medida de 
burocrata, mas sim medida de prudência necessária à concretização e à proteção dos princípios da 
transparência e da moralidade, porquanto dificultam a fraude.
31. E nesse particular, ainda que a Lei nº 9.784/1999, invocada pelo Tribunal como fundamento das 
suas decisões não trouxesse a previsão contida no art. 22, §4º, quanto à necessidade de numeração 
e de rubrica, não estaria a Petrobras dispensada dessa providência como forma de resguardar a 
lisura dos seus processos, cujos interesses são múltiplos, tanto por parte do Poder Público, seja 
na perspectiva do interesse público primário, seja na do interesse público secundário, quanto por 
parte dos particulares que contratam ou pretendem contratar com a Petrobras.
32. Nesse sentido, entendo, assim como entendeu o Ministro Augusto Nardes, a impertinência 
de se buscar a responsabilidade dos empregados da Petrobras, quando da inobservância desse 
procedimento. Isso porque compete à alta administração da Companhia adotar as devidas 
providências para regulamentar a questão internamente, promovendo a devida divulgação da 
mudança de rotina.
33. Por essa razão, entendo que o TCU deve, nesta oportunidade, reiterar a determinação para 
que se adote as devidas providências para o resguardo dos princípios da transparência e da 
moralidade, consistente na expedição de orientação aos setores competentes da empresa, a 
fim de que todos passem a observar a necessidade de numeração e de rubrica das folhas dos 
processos, para, naturalmente, os casos de processos que ainda utilizarem papel, uma vez 
que os processos eletrônicos fazem tal numeração de forma automática. AC-1394-21/12-P 
Sessão: 06/06/12 Grupo: II Classe: V Relator: Ministro RAIMUNDO CARREIRO - Fiscalização 
– Levantamento (grifos nossos).
8. Finalizando o Módulo 
Terminamos o módulo 11. Volte à tela inicial do curso e faça o Exercício Avaliativo do módulo.
No próximo módulo, você terá oportunidade de conhecer Julgamento e Encerramento da Licitação.
 
Módulo_12_LOGISTICA_SUPRIMENTOS_LEI_8666.pdf
Módulo Julgamento e Encerramento
da Licitação12
Logística de Suprimentos
Lei nº 8.666/93, 
pregão e registro de preços
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Conteudista: Edson Seixas Rodrigues(2005); Revisores: Henrique Savonitti (2008), Walter Salomão (2011), 
Hanna Ferreira (2013).
Diagramação realizada no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório Latitude e Enap.
SUMÁRIO
1. Objetivos do Módulo ...................................................................................................... 5
2. Introdução ...................................................................................................................... 5
3. Abertura Envelopes Habilitação ...................................................................................... 5
4. Análise na Habilitação .................................................................................................... 6
5. Abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados ................ 7
6. Abertura dos Envelopes De Proposta .............................................................................. 7
7. Análise das Propostas ..................................................................................................... 7
8. Deliberação quanto à Homologação e Adjudicação ....................................................... 11
9. Disposições Finais ......................................................................................................... 12
10. Ponto Polêmico .......................................................................................................... 13
11. Finalizando o Módulo ................................................................................................. 13
5
1. Objetivos do Módulo
Ao final desse módulo, espera-se que você seja capaz de:
• descrever as etapas de processamento e julgamento de propostas numa licitação, 
observando os procedimentos necessários.
2. Introdução
Conheceremos neste módulo os procedimentos para o processamento e julgamento. 
Poderíamos dizer que eles constituem o ponto culminante da licitação.
Esses procedimentos estão dispostos no art. 43 da Lei nº 8.666/93.
Nesse momento os interessados em participar do certame comparecem perante a Comissão 
de Licitação para apresentar a documentação requerida, tanto de habilitação (se for o caso), 
como de proposta técnica e de preços1.
Por sua vez, a Comissão de Licitação preparou-se para, no dia e hora definidos no edital, 
receber as propostas dos interessados, a fim de examiná-las e julgá-las de acordo com as 
regras estabelecidas no edital.
Assim é realizada a reunião pública de recebimento e abertura dos envelopes, com a análise 
dos documentos neles inseridos. 
A seguir, veremos todos os procedimentos que devem ser observados para processar e julgar 
a licitação.
3. Abertura Envelopes Habilitação
Abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, 
e sua apreciação.
O preâmbulo do edital de licitação (art. 40), dentre outras exigências, menciona o local, dia e 
hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos 
envelopes2.
1. Todos os interessados em participar da licitação prepararam as suas propostas com base no edital que foi publicado (no 
caso de concorrência ou tomada de preços), ou na carta-convite que foi entregue (no caso de convite).
2. No dia, hora e local convencionados, os interessados vão entregar os seus respectivos envelopes:
 - O envelope de n° 1, devidamente identificado, deverá conter os documentos relativos à habilitação do licitante, 
Módulo Julgamento e Encerramento
da Licitação12
6
A Comissão de Licitação irá receber os envelopes dos interessados dentro do horário previsto3, 
credenciando4 aqueles que quiserem participar desse ato público. Nos termos do art. 41 da Lei 
de Licitações, a administração deve seguir à risca todas as exigências constantes do Edital, o que 
inclui a proibição de realizar novas exigências, bem como a vedação à prorrogação de prazos. 
Ao submeter a administração ao princípio da vinculação do ato convocatório, a Lei nº 8.666 
impõe o dever de exaustão da discricionariedade por ocasião de sua elaboração. Não teria 
cabimento determinar a estrita vinculação ao edital e, simultaneamente, autorizar a atribuição 
de competência discricionária para a comissão indicar, por ocasião do julgamento de alguma 
das fases, os critérios de julgamento. Todos os critérios e todas as exigências deverão constar, 
de modo expresso e exaustivo, no corpo do edital. (JUSTEN, p. 528)
Jurisprudência do STJ:
“Em resumo, o poder discricionário da administração esgota-se com a elaboração do edital de 
licitação. A partir daí, nos termos do vocábulo constante da própria lei, a Administração Pública 
vincula-se ‘estritamente’ a ele” (RESP º 421.946/DF, 1ª T., rel. Ministro Franscisco Falcão, j. em 
07.02.2006, DJ de 06.03.2006, p. 163)
4. Análise na Habilitação
Devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas 
propostas, desde que não tenha havido recurso ou após a sua denegação.
Recebidos os envelopes pela Comissão de Licitação, esta dará início aos trabalhos, abrindo os 
envelopes que contém os documentos de habilitação, sempre em conformidade com o edital.
Ato contínuo, dará vista desses envelopes a todos os credenciados, os quais farão seus exames 
e suas anotações de possíveis irregularidades dos demais participantes. 
Após ouvir possíveis denúncias de irregularidades dos credenciados e de examinar a 
documentação de cada participante, a comissão se manifestará, habilitando os que atenderem 
ao edital e inabilitando os que não atenderem.
Aos inabilitados será aberto prazo de cinco dias úteis para interposição de recurso, se assim o 
desejarem. 
Só após o julgamento final dos recursos é que se devolverá aos inabilitados os respectivos 
envelopes contendo a sua proposta, devidamente fechados.
lembrando-se que parte desta documentação poderá ser substituída pelo CRC (no âmbito dos Estados, Municípios e do 
Distrito Federal), ou pelo SICAF (na esfera da Administração Federal).
 - O envelope de n° 2, igualmente identificado, deverá trazer o preço ofertado.
 - Na hipótese de licitações do tipo “melhor técnica” ou “melhor técnica e preço”, o envelope nº 2 deverá conter 
a proposta técnica, situação na qual haverá um terceiro envelope (de nº 3), contendo as propostas de preços. Apenas os 
licitantes que tiverem suas propostas técnicas aprovadas terão seus envelopes de nº 3 abertos.
 - Assim, a licitação do tipo “menor preço” será processada por meio de entrega, pelos licitantes, de dois envelopes 
(habilitação e preço). As licitações do tipo “melhor técnica” ou “melhor técnica e preço”, por sua vez, terão três envelopes 
(habilitação, proposta técnica e preço).
3. Após o horário, não cabe receber mais nenhuma documentação, sob pena de nulidade do procedimento.
4. Só pode credenciar o representante legal da empresa (proprietário, diretor, etc) ou alguém que tenha procuração pública 
ou particular devidamente especificado para tal fim.
7
Caso o inabilitado manifeste o desejo de não recorrer, a comissão providenciará que ele assine 
um documento escrito de desistência. Só após essa desistência expressa é que a comissão 
tem condições de passar para a fase seguinte, que é a abertura dos envelopes contendo as 
propostas dos habilitados. 
Caso não haja desistência expressa do inabilitado, a comissão será obrigada a suspender a 
reunião e, se possível, já marcará data para reinício dos trabalhos, calculado o prazo que durará 
o trâmite do recurso até o julgamento final.
 
5. Abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados
• Desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso.
• Desde que tenha havido desistência expressa.
• Após o julgamento dos recursos interpostos.
Resolvido o problema da habilitação, a Comissão dará prosseguimento aos trabalhos de 
abertura dos envelopes contendo as respectivas propostas dos habilitados.
Abertos todos os envelopes contendo as propostas, a Comissão dará vista aos credenciados 
presentes para exame e anotação de possíveis irregularidades de seus concorrentes, em 
conformidade com as exigências do edital.
As possíveis manifestações denunciando irregularidades nas propostas dos concorrentes 
serão anotadas pela comissão, passando, então, a examinar cada proposta de forma rigorosa 
em conformidade com o edital. Esse exame a ser feito pela comissão pode não ser ato público, 
ou seja, o exame das propostas poderá ser ato privado da comissão, podendo, no entanto, 
fazê-lo publicamente. Ficará a cargo da comissão decidir sobre a forma que fará o julgamento.
6. Abertura dos Envelopes De Proposta
Verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital, conforme o caso, 
com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com 
os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados 
na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou 
incompatíveis.
- Esse é o momento do exame de cada proposta, conforme o edital, no qual serão 
analisados todos os itens exigidos e, principalmente, os preços que deverão 
guardar consonância com os de mercado, sob pena de serem caracterizados como 
exorbitantes e, consequentemente, promover a desclassificação da proposta.
- Todas essas ocorrências deverão ser registradas na ata de julgamento. As propostas 
que não atenderem ao edital serão desclassificadas.
7. Análise das Propostas
Julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes 
do edital.
• A Comissão de Licitação pode optar por fazer o exame e julgamento das propostas em 
8
caráter privativo, motivado pela complexidade do julgamento. Hipótese em que 
deverá buscar o auxílio de técnicos das respectivas áreas de conhecimento.
• Esse auxílio deverá ocorrer de forma escrita e conter a opinião conclusiva do técnico 
sobre as propostas, em conformidade com o edital.
• Com base nessa manifestação técnica, a comissão fará o seu julgamento, classificando 
as propostas em ordem crescente, a fim de submetê-las à autoridade competente. 
Convém ressaltar que a Comissão não tem competência de declarar ninguém vencedor. 
Sua atribuição é julgar e classificar.
A Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, estabelece critérios de desempate em 
benefícios de microempresas, empresa de pequeno porte e cooperativas.
O art. 44 da Lei Complementar nº 123/2006, considera como empate, para fins de licitação, 
“aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de 
pequeno porte sejam iguais ou
até dez por cento superiores à proposta mais bem classificada” 
(grifos nossos).
 
Ocorrendo o empate, nos termos supramencionados, a microempresa ou empresa de pequeno 
porte poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, 
situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado. Ocorrendo empate entre 
estes tipos e empresas, será realizado sorteio.
A matéria vem regulamentada pelo Decreto Federal nº 6.204/2007. 
9
Critério de 10% acima da melhor proposta de acordo com a LC 123/07
Art. 44 - § 1º Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) 
superiores à proposta mais bem classificada.
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o empate, 
proceder-se-á da seguinte forma:
I – a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar 
proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será 
adjudicado em seu favor o objeto licitado; 
II – não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na forma 
do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que porventura 
se enquadrem na hipótese dos §§ 1º e 2º do art. 44 desta Lei Complementar, na ordem 
classificatória, para o exercício do mesmo direito; 
CRITÉRIO DE DESEMPATE 
Quadro elaborado por: Prof º Walter Salomão Gouvêa
Licitantes Melhor Proposta Classificação
Empresa Ltda. 10.000,00 *-*-* 5ª colocada Se desclassificadas as demais
Empresa ME A 11.000,00
Faixa 
de 10%
4ª colocada Se inferior a 10.000,00
Empresa ME B 10.520,00
Faixa 
de 10%
1ª colocada Se inferior a 10.000,00
Empresa EPP A 10.980,00
Faixa 
de 10%
3ª colocada Se inferior a 10.000,00
Empresa EPP B 10.755,00
Faixa 
de 10%
2ª colocada Se inferior a 10.000,00
O mesmo benefício foi estendido para as sociedades cooperativas que tenham auferido, 
no ano-calendário anterior, receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 
2.400.000,00, as consideradas empresas de pequeno porte.
Além disso, a Lei Complementar nº 123/2006 traz outros benefícios às microempresas ou 
empresas de pequeno porte, (estendidos às cooperativas por força do que dispõe a Lei Federal nº 
11.488/2007), a saber: a) exigência de comprovação da regularidade fiscal somente para efeito 
de assinatura do contrato, com possibilidade de correção de irregularidades; b) possibilidade de 
emissão de cédula de crédito microempresarial quando forem titulares de direitos creditórios 
decorrentes de empenhos liquidados por órgãos ou entidades da União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios, não pagos em até 30 dias contatos da data da liquidação; c) possibilidade de 
desfrutarem de tratamento diferenciado e simplificado nas contratações públicas, objetivando a 
promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação 
da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e 
regulamentado na legislação do respectivo ente político. 
 
10
Recursos Administrativos
Dispõe o art. 109, acerca dos recursos cabíveis contra os diversos atos praticados ao longo da 
licitação, nos seguintes termos:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, 
nos casos de:
a. habilitação ou inabilitação do licitante;
b. julgamento das propostas;
c. anulação ou revogação da licitação;
d. indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou 
cancelamento;
e. rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;
f. aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa.
Este recurso terá efeito suspensivo nas hipóteses indicadas no item “a” e “b” deste artigo, 
podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, 
atribuir eficácia suspensiva aos demais recursos.
REPRESENTAÇÃO: 5 (cinco) dias úteis da intimação da decisão relacionada com o objeto da 
licitação ou do contrato de que não caiba recurso hierárquico.
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO: 10 (dez) dias úteis de intimação do ato, de decisão de Ministro 
de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese de aplicação de 
Declaração de Idoneidade. 
A partir dessas regras recursais, procura o legislador evitar que sejam cometidas injustiças 
contra licitantes. A existência de dupla instância permite que o licitante possa atacar ato que, 
no seu entendimento, esteja ferindo seus direitos.
A professora Fernanda Marinela ensina que: “Para o Direito Administrativo, a denominação 
“recurso administrativo”, entendida em sentido amplo, é a expressão que designa todos os meios 
postos à disposição dos administrados para provocar o reexame dos atos da administração. A 
possibilidade de interposição de recurso representa exercício da garantia constitucional do 
direito de petição (art. 5º, XXXIV, da CF), além dos princípios do contraditório e da ampla 
defesa (art. 5º, LV, da CF), o que é possível independentemente de previsão expressa. A Lei 
de Licitações também estabelece, no art. 109, alguns recursos específicos que podem ser 
interpostos durante o procedimento e, quando da execução do contrato, dividindo-se em: 
recurso, representação e pedido de reconsideração, não afastando outras possibilidades que 
decorrem do direito constitucional de recorrer.” (p.416/417)
Representação Ao Tribunal de Contas
Além da possibilidade de serem interpostos os recursos acima indicados, a lei prevê 
possibilidade de representação, disciplinada no art. 113, § 1°, junto ao Tribunal de Contas ou 
aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação da 
legislação de licitações. A representação poderá ser feita por qualquer licitante, contratado ou 
pessoa física ou jurídica.
11
8. Deliberação quanto à Homologação e Adjudicação
Deliberação da autoridade competente5 quanto à homologação e adjudicação do objeto da 
licitação.
Conforme se observou, a licitação se encerra com a classificação dos interessados submetidos 
à autoridade competente que promove a homologação do objeto da licitação e a adjudicação, 
quando então, o licitante vencedor será chamado para celebrar contrato com a administração, 
nos termos como ficou definido no Edital de licitação. Nessa mesma linha, segue o entendimento 
do Ilustre Desembargador do TJ-RJ,Jessé Torres(6):
“O julgamento e a classificação das propostas é o ato final da comissão. Isto feito, 
estará o processo em condições de subir à apreciação da autoridade que, superior à 
comissão, será competente para firmar o contrato da administração (ordenador da 
despesa) que terá diante de si quatro possibilidades:
a) determinar a emenda de irregularidade sanável, se houver;
b) homologar o certame e adjudicar o seu objeto ao primeiro classificado (vencedor 
do torneio licitatório);
c) revogar a licitação, por razão de conveniência ou oportunidade;
d) anular a licitação, se se deparar com vício irremediável, comprometedor da 
legalidade do procedimento.”
Em vista do nível de decisório que envolve a deliberação pela autoridade competente, 
antes de proceder a homologação da licitação, normalmente solicita-se parecer do setor ao 
assessoramento jurídico no que concerne ao atendimento das formalidades dos procedimentos 
e rito licitatório.
5. “Excluir a Nota de Rodapé que diz: “A autoridade competente para adjudicar e homologar é o ordenador de despesas” OU 
deixar mais claro e correto: “ Geralmente, a autoridade competente para homologar e adjudicar é o Ordenador de Despesas.
6. Jessé Torres Pereira Junior
in “Comentários á Lei das Licitações e Contratações da Administração Pública”pg. 518. 8ª edição, 
2009 - Editora Renovar - São Paulo.
12
Acórdão 1820/2008 Plenário. Atente-se para as fases do processo licitatório especialmente 
no que tange à adjudicação e homologação do objeto da licitação, abstendo-se de realizar, 
na mesma licitação, diversas adjudicações e homologações parceladas, em observância ao 
art. art. 43, inciso VI, da Lei nº 8.666/1993. 
Acórdão 1899/2008 Plenário (Voto do Ministro Relator). Nesse particular, é importante 
mencionar que a faculdade para realização da diligência preconizada pelo art. 43, § 3º, 
da Lei nº 8.666/1993, assiste à autoridade julgadora em momentos de dúvidas. Ou seja, 
caso haja dúvida, a autoridade competente pode diligenciar. Entretanto, na dúvida, não é 
lícito ao agente público decidir em prejuízo do interesse coletivo, ainda mais nesse caso que 
inabilitou a proposta mais vantajosa para a administração.
9. Disposições Finais
A abertura dos envelopes contendo a documentação para a habilitação e propostas será 
realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, 
assinada pelos licitantes presentes e pela comissão.
Como já se disse, a abertura dos envelopes contendo a documentação e as propostas dos 
interessados, será feita em ato público, o que significa dizer que, em qualquer que seja a sala 
da repartição onde se realizará a reunião, deverá estar com as portas abertas. 
Nos termos dos art. 81 da Lei Federal de Licitações, a recusa injustificada do vencedor da 
licitação em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo 
estabelecido pela administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida, 
sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas. É o que a doutrina denomina de 
hipótese de responsabilidade prévia ao contrato.
No ato de abertura dos documentos de habilitação e proposta, todos esses documentos 
deverão ser rubricados pelos licitantes presentes e pela comissão. É claro que os licitantes 
presentes não são obrigados, mas a comissão será obrigada a registrar o fato de algum licitante 
se recusar a assinar.
Existe um hábito de se eleger uma “comissão de credenciados” para representar os demais 
participantes na rubrica dos documentos. Esse ato é ilegal e transgride a regra impositiva da 
lei que determina que “serão rubricados pelos licitantes presentes”. Quando houver proposta 
nesse sentido por parte dos credenciados, a comissão não deve aceitar, pois tal fato caracteriza 
vício, o que pode levar à nulidade do procedimento licitatório.
13
10. Ponto Polêmico 
Recurso
Acórdão 2143/2013 Plenário - Sessões: 13 e 14 de agosto de 2013 - Processual. Pedido de 
Reexame. Efeito suspensivo dos recursos. 
A interposição de recursos com efeito suspensivo susta provisoriamente os efeitos das 
decisões do Tribunal, mas não autoriza o recorrente a, antes do julgamento do mérito do 
recurso, praticar qualquer ato ou adotar qualquer providência que direta ou indiretamente 
contrarie qualquer dos itens da decisão recorrida, sujeitando-se o infrator à multa prevista no 
art. 58, inciso II, da Lei 8.443/92.
11. Finalizando o Módulo
Terminamos o módulo 12. Volte à tela inicial do curso e faça o Exercício Avaliativo do módulo.
No próximo módulo, você terá oportunidade de conhecer o Pregão.
		12.7. Análise das Propostas
Módulo_13_LOGISTICA_SUPRIMENTOS_LEI_8666.pdf
Módulo
O Pregão13
Logística de Suprimentos
Lei nº 8.666/93, 
pregão e registro de preços
Brasília 2015
© Enap, 2014
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS – Área 2-A – 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 – Fax: (61) 2020 3178
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Paulo Sergio de Carvalho
Diretor de Desenvolvimento Gerencial
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância 
Natália Teles da Mota
Conteudista: Edson Seixas Rodrigues(2005); Revisores: Henrique Savonitti (2008), Walter Salomão (2011), 
Hanna Ferreira (2013).
Diagramação realizada no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB/CDT/Laboratório Latitude e Enap.
SUMÁRIO
1. Objetivos do Módulo ...................................................................................................... 5
2. Introdução ...................................................................................................................... 5
3. O Pregoeiro e Equipe de Apoio ....................................................................................... 8
4. Fases do Pregão .............................................................................................................. 9
5. Pregão Presencial ......................................................................................................... 10
6. O Pregão Eletrônico ...................................................................................................... 13
7. Ponto Polêmico ............................................................................................................ 19
8. Finalizando o Módulo ................................................................................................... 19
5
1. Objetivos do Módulo
Ao final desse módulo, espera-se que você seja capaz de: 
• definir pregão, apontando suas principais características;
• resumir o processo de realização do pregão presencial e do eletrônico, citando atividades 
previstas para cada uma das fases (preparatória e externa);
• apontar as principais atribuições do pregoeiro e dos interessados em participar do 
pregão.
2. Introdução
A modalidade pregão foi instituída pela Medida Provisória nº 2.026, de 4 de maio de 2000. 
Essa Medida Provisória foi regulamentada1 pelos Decretos Federais nº 3.555, de 8 de agosto 
de 2000, nº 3.697, de 21 de dezembro de 2000 que tratavam do pregão na forma presencial e 
eletrônica, respectivamente. 
Após vinte e oito reedições a Medida Provisória que tratava do Pregão foi convertida na Lei nº 
10.520, de 17 de julho de 2002. O Decreto nº 3.697/2000 foi revogado pelo Decreto nº 5.450, 
de 31 de maio de 2005, permanecendo vigente o Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000.
A legislação vigente e aplicável ao Pregão é a Lei nº 10.520/02 e os Decretos Federais nº 
3.555/00 (pregão presencial) e 5.450/05 (pregão eletrônico). Além da Lei Complementar nº 
123/2006 que se refere ao tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno 
porte, regulamentada pelo Decreto nº 6.204, de 05 setembro de 2007.
Legislação suplementar:
• O Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005, trata da obrigatoriedade do uso do 
Pregão para os convênios que possuem transferência voluntária com recursos da 
União.
• Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que institui normas para licitações e 
contratos.
O que é o pregão?
O Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, assim 
considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado. 
1. Regulamentação: Meio usado, por decreto, para explicar ou detalhar a lei.
Módulo
O Pregão13
6
Lei nº 10.520/2002, art.1º e § único
As obras, bem como as locações imobiliárias e alienação em geral, continuam sendo regidas 
pela Lei nº 8.666/93. 
É importante enfatizar o equívoco cometido pelo legislador ao conceituar “bens ou 
serviços comuns” como aqueles “cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser 
objetivamente definidos pelo edital”. 
Ora, em homenagem ao princípio do julgamento

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