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DIREITO PENAL I aula 01 aluno 3

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DIREITO PENAL I
PROFESSOR: ANDERSON ELISEU DA SILVA
EMAIL: anderson.eliseu@estacio.br
O que é Direito Penal? E para que serve?
O Direito Penal é o segmento do ordenamento jurídico que detém a função de selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos à coletividade, capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivência social, e descrevê-los como infrações penais, cominando-lhes, em consequência, as respectivas sanções, além de estabelecer todas as regras complementares e gerais necessários à sua correta e justa aplicação. 
Suas funções principais são: controle social e proteção de bens jurídicos.
Em seu caráter de controle social ele possibilita a dominação estatal sobre a sociedade, e como contraponto, possibilita a limitação estatal pela sociedade.
O direito penal possui ainda sua Função político-normativas, ou seja, trata-se fazer o Direito, ao menos potencialmente, um instrumento útil para a qualificação da vida humana em sociedade.
Direito Penal – ramo do direito público, trata do direito material (conteúdo).
Somente a LEI pode regular a matéria penal, lei em sentido estrito, elaborada pelo Poder Legislativo. 
Matéria Penal não pode ser tratada por Medida Provisória, pois esta apenas tem força de lei, mas é ato do Poder Executivo.
A E.C. 32/01, veda veementemente que o direito penal seja regulado, tratado por qualquer outro ato normativo. 
Assim, SÓ A LEI CRIA, DEFINE, DESCREVE DELITOS E SUAS SANÇÕES.
FONTES DO DIREITO PENAL
1. Conceito
Fonte do Direito Penal: De onde provém, de onde se origina a lei penal.
-Materiais (substanciais ou de produção): informam a gênese, a substância, a matéria de que é feito o Direito Penal, como é produzido, elaborado.
-Formais (de conhecimento, de cognição): referem-se ao modo pelo qual se exterioriza o direito, pelo qual se dá ele a conhecer.
2. Fontes Materiais
A única fonte de produção do Direito Penal é o Estado.
Art. 22, I, da CF – compete privativamente à União legislar sobre “direito penal”.
OBS: Parágrafo único do art. 22 prevê a possibilidade de lei complementar autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no art. 22.
3. Fontes Formais
Diretas (imediatas): Lei; 
Indiretas (mediatas, subsidiárias): Costumes; Princípios Gerais do Direito (LICC, art. 4º);
Costume: Regra de conduta praticada de modo geral, constante e uniforme, com a consciência de sua obrigatoriedade.
Influência na interpretação e na elaboração da lei penal;
Princípios gerais do Direito: premissas éticas extraídas da legislação, do ordenamento jurídico.
Formas de interpretação da norma:
Equidade: correspondência jurídica e ética perfeita da norma às circunstâncias do caso concreto a que é aplicada;
Jurisprudência: conjunto de manifestações judiciais sobre determinado assunto legal, exaradas num sentido razoavelmente constante;
Doutrina: entendimento dado aos dispositivos legais pelos escritores ou comentadores do Direito (communis opinio doctorum);
Tratados e convenções internacionais: só passam a viger no país após referendum do Congresso, tornando-se, assim, lei e fonte direta do Direito Penal.
4. Analogia
Forma de auto-integração da lei.
Na lacuna da lei, aplica-se ao fato não regulado expressamente pela norma jurídica um dispositivo que disciplina hipótese semelhante.
Diante do princípio da reserva legal, é inadmissível para criar ilícitos penais ou estabelecer sanções criminais;
Somente podem ser supridas as lacunas legais involuntárias;
Não há possibilidade de sua aplicação contra legem;
Somente pode ser aplicada às normas não incriminadoras quando se vise favorecer a situação do réu por um princípio de equidade (analogia in bonam partem).
Para que serve o Direito Penal?
Eugenio Raúl Zaffaroni — A função do Direito Penal, hoje e sempre, é conter o poder punitivo. 
O poder punitivo não é seletivo do poder jurídico, e sim um fato político, exercido pelas agências do poder punitivo, especialmente a polícia. Não estou falando da Polícia Federal ou da que está na rua e sim de todas as agências policiais, campanhas de inteligência, arquivos secretos, polícia financeira, enfim, agências executivas. Essas agências têm uma contenção jurídica que é o Direito Penal.
O Direito Penal adota 3 premissas básicas:
valorativo: somente tutela bens jurídicos relevantes para a sociedade, como a vida, o patrimônio, a honra, etc;
finalista: o Direito Penal só atua quando os demais ramos do direito não puderem atuar;
sancionador: são as consequências para aquele que não observa as normas da sociedade, praticando o ilícito.
ESCOLAS PENAIS (ou escolas criminais): significa um conjunto de princípios e teorias que procuravam explicar o objeto do Direito Penal, a finalidade da pena e compreender o autor da infração penal. 
Originou-se no início do século XVIII, com a fase humanitária e científica do Direito Penal.
Primeira Escola (Clássica, Idealista): 
surgiu na Itália e se espalhou para o mundo todo, principalmente Alemanha e França. 
Seu início ocorreu em 1.764 com o lançamento da obra de Marquês de Beccaria, “Dos Delitos e das Penas”, considerado o fundador da ciência moderna penal, conhecido como período teórico-filosófico. 
Outro período da Primeira Escola era chamado de período prático ou ético-jurídico com Francesco Carrara e Enrico Pessina.
Características: 
método de trabalho dedutivo, onde a análise do jurista deveria partir do direito positivo vigente e somente após, seguir para as questões jurídico-penais. 
Porém, como na época só surgimento desta Escola, haviam leis draconianas, excessivamente rigorosas, com penas desproporcionais, tipos penais vagos e pairava sempre uma situação de violência, opressão, iniquidade, decorrentes da origem bárbara vivida na Europa, o Estado agia de forma arbitrária e autoritária. 
Por isso, com os “clássicos”, era impossível a análise das questões penais somente após o direito positivo vigente.
 
Desta forma, adotaram certos princípios absolutos, que invocavam o ideal de Justiça, que se sobrepunham às leis em vigor.
Beccaria, repugnando tal prática do Estado, explica que a pena não poderia ter meramente um caráter retributivo, servindo só como castigo e tortura, mas sim de forma a castigar não só o homem, mas de forma que evitasse ele a voltar a delinqüir.
Já, Francesco Carrara mencionava que “o crime era um ente jurídico, uma infração, por ato humano externo, positivo ou negativo e moralmente imputável de uma lei do Estado promulgada para proteger a segurança dos cidadãos”.
Assim, a pena devia ter um caráter retributivo pelo mal praticado, aflitivo e pessoal, onde o homem, por ser dotado do livre-arbítrio teria que sofrer as consequências pela escolha errada que fez. 
O Estado era absoluto para punir de forma arbitrária, pois a preocupação maior era com o crime e não com o sujeito que o cometeu.
Escola Positiva (ou Positivista): com a evolução das ciências humanas e biológicas, no final do século XIX, houve a decadência da Primeira Escola. 
A preocupação agora era com a crescente criminalidade e não o absolutismo do Estado. 
Nesta fase, os homens queriam proteção efetiva contra a ameaça do crime, havia um senso maior de justiça; adotou-se o método indutivo.
Para esta Escola, a preocupação era com a figura do delinquente, onde o crime era um fato social e humano (e não um ente jurídico, como dizia a Primeira Escola). 
Aqui, a pena devia ter um caráter preventivo, pela periculosidade do indivíduo e não retributivo, que a pena funcionasse como defesa social e não pela prática do mal cometido.
Nessa mesma época surge a Antropologia Criminal, ciência auxiliar do Direito Penal.
Escola Eclética (Crítica, Sociológica ou do Naturalismo Crítico): esta Escola procurou fundir as ideias das duas anteriores e criar uma terceira concepção para a ciência penal, utilizando dados da sociologia, da antropologia criminal, da figura do delinquente e do delito praticado.Conservaram a diferença entre imputáveis (pena) e inimputáveis (medida de segurança); consideravam o delito juridicamente e não apenas como fato social.
A pena passou a ter caráter finalista (retributivo, preventivo e ressocializador).
Demais Escolas: com o tempo surgiram outras Escolas, como a Escola Alemã, de grande importância, com Franz Von Liszt, entre outras a serem estudadas oportunamente. 
Assim, o estudo das Escolas Penais, constitui sem dúvida, base fundamental para compreender a função do direito penal e suas finalidades. 
Atualmente, está superado o conflito entre as “Escolas”, adotando-se o que for mais pertinente ao Direito Penal, com vista à evolução da ciência, da Sociologia, Antropologia e da relação do homem com a sociedade.
As demais Ciências Penais:
"Criminologia: A criminologia é um conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade e suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo. Etmologicamente o termo deriva do latim crimino (crime) e do grego logos (tratado ou estudo), seria portanto o "estudo do crime”.
Política criminal: A política criminal strictu sensu consiste no programa de objectivos, de métodos de procedimento e de resultados que o Ministério Público e as autoridades de polícia criminal prosseguem na prevenção e repressão da criminalidade.
Penalogia: é à parte do Direito Criminal que aborda o estabelecimento ou fixação das penas
Vitimologia: é o estudo da vítima no que se refere à sua personalidade, quer do ponto de vista biológico, psicológico e social, quer o de sua proteção social e jurídica, bem como dos meios de vitimização, sua inter-relação com o vitimizador e aspectos interdisciplinares e comparativos
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
Maria, funcionária de uma empresa de telecomunicações, uma semana após comunicar seu empregador que estava grávida com o respectivo laudo é demitida por ordem direta do dono da empresa, o Sr Ricardo. Considerando que Ricardo praticou um ilícito, violando o art. 391-A da CLT (decreto lei 5.452/43) é possível afirmar que ele praticou um crime, uma vez que será sancionado? Assim, é possível afirmar que todo ilícito configura crime? Responda de forma justificada com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal no Estado Democrático de Direito.
2) O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que num olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, analisando a função do Direito Penal, marque a opção correta:
a) O Direito Penal visa garantir todos os bens jurídicos, por isso deve ser o mais amplo possível
b) A pena é uma característica do Direito e, por isso, é definida como sanção em todos os ramos jurídicos
c) A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples
d) Em razão da gravidade da pena, o Direito Penal só deve ser aplicado nos casos de grave violação nos bens jurídicos de maior relevância
3) Segundo a aula ministrada sobre as fontes do Direito Penal, assinale a alternativa incorreta:
a)Na ausência de lei penal, o juiz pode usar os costumes para sancionar uma conduta considerada lesiva
b) Os Estados membros e municípios não podem legislar matéria criminal 
c) As medidas provisórias, atos normativos exclusivos do Presidente da República, embora com força de lei, não são lei, por isso não podem tratar matéria criminal
d) O legislador penal, em atenção ao princípio da intervenção mínima, deverá evitar a criminalização de condutas que possam ser contidas satisfatoriamente por outros meios de controle, formais ou informais, menos onerosos ao indivíduo

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