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Caso concreto 7 Penal IV

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Plano de Aula: Lei de Drogas II. Lei n.11343/2006. Tráfico ilícito de drogas 
DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
Lei de Drogas II. Lei n.11343/2006. Tráfico ilícito de drogas 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
7 
Tema 
Lei n.11343/2006. Tráfico ilícito de drogas 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 Confrontar as medidas de Política Criminal adotadas pela Lei n. 11343/2006 e consequente 
interpretação constitucional dos tipos penais. 
 Identificar as condutas típicas de tráfico ilícito de drogas, a incidência dos institutos repressores 
previstos na Lei n.8072/1990 e seus consectários penais. 
 Solucionar, mediante a análise dos casos concretos apresentados, os conflitos de Direito 
Intertemporal face ao denominado "tráfico privilegiado". 
 Diferenciar a conduta de associação para o tráfico das demais figuras típicas de associação para 
a prática de crimes previstas no art.288, do Código Penal e no art. 8º da Lei n. 8072/90. 
Estrutura do Conteúdo 
Antes da aula, não esqueça de ler: 
 Os artigos 33 a 47 e 49, todos da Lei n. 11343/2006. 
 Verbetes de Súmula n. 145, 522 e 711, do Supremo Tribunal Federal. 
 Verbetes de Súmula n. 492, 501 e 528, do Superior Tribunal de Justiça. 
 Resolução n. 5 de 2012 do Senado Federal. 
 
Estrutura de Conteúdo 
1. Lei n. 11.343/2006. Tráfico de Drogas. 
1.1. Política Criminal. 
1.2. Normal penal do mandato em branco, Direito Intertemporal e o Enunciado 711 da Súmula do Supremo 
Tribunal Federal. 
2. Figuras Típicas e equiparadas 
 2.1.Distinção entre as condutas de uso indevido e tráfico ilícito de drogas. 
 2.2. A figura do tráfico privilegiado – questões controvertidas. 
2.2. Associação para fins de tráfico- distinção das figuras típicas previstas no art. 288, do Código Penal e no art. 8, da 
Lei n. 8072/1990. 
2.3.Financiamento ou custeamento do tráfico ilícito de drogas e as teorias adotadas acerca do concurso de pessoas - 
controvérsias. 
2.4. A figura do informante - confronto com o delito de corrupção passiva. 
 3. As causas de aumento de pena - análise de sua incidência. 
 4. Tráfico Transnacional de drogas. 
 5. Questões controvertidas: direito material e processual - entendimento dos Tribunais Superiores. 
 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. 
 Para enriquecer seus conhecimentos, como leitura complementar indica-se a leitura dos seguintes 
livros didáticos constantes na Bibliografia Básica e Complementar da disciplina Direito Penal IV. 
 Nesta semana de aula serão identificadas as medidas de política criminal adotadas pela lei 
n.11343/2006 para o tráfico de drogas e seus consectários penais. Da mesma forma que nas condutas 
de uso indevido, as figuras típicas e equiparadas de tráfico de drogas caracterizam-se como critérios de 
tipificação de condutas pela utilização de tipo misto alternativo e norma penal do mandato em branco. 
 Com a entrada em vigor da lei 11343/2006 algumas alterações relevantes ocorreram face à 
revogação expressa das leis n.3636/1976 e 10409/2002, dentre elas: 
- a figura privilegiada do §4º, do art.33, segundo a qual a pena pelo tráfico de drogas será reduzida de um 
sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização criminosa; 
- a figura do art.36, como figura autônoma em rompimento à teoria monista do concurso de pessoas para a conduta de 
financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34. 
- a figura do informante, prevista no art.37 da lei para a conduta do agente que colaborar, como 
informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos 
nos arts. 33, caput e § 1o, e 34. 
- a figura do uso compartilhado, segundo a qual o agente oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a 
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem que, embora prevista no §3º do art.33, configura-se infração 
penal de menor potencial ofensivo. 
- as vedações previstas no art.44, objeto de controle difuso de constitucionalidade. 
 
Aplicação Prática Teórica 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
 
CASO CONCRETO 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões 
formuladas: 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no 
dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da 
Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido 
pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para 
outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser exp ulso de sua 
residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a 
determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por 
policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo 
competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido 
preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em 
liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que 
somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda 
destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá 
expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX 
Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, 
responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis 
teses defensivas. 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
QUESTÃO OBJETIVA 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em 
determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para 
revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício 
toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os 
demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) 
previsto(s) no(s)artigo(s): 
 a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
 b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 
 c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. 
 d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
 e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006

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