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* LESÃO DE PLEXO BRAQUIAL Sandra W de F Chaves * Lesão do plexo braquial Parto difícil (tração sobre a cabeça durante o desprendimento do ombro) RN de elevado peso de nascimento Apresentação pélvica Chamada também de Paralisia Obstétrica do MS * Lesão do plexo braquial Paralisia de Erb (C5 e C6) Paralisia de Paralisia de Klumpke (C7, C8, T1). Paralisia da mão Paralisia de Erb-Klumpke (C5, C6, C7, C8 e T1). Braço completamente flácido. * Lesão do plexo braquial (ERB) * ETIOLOGIA As paralisias de plexo devem-se ao fato de suas fibras, com raízes firmemente fixadas à coluna vertebral e a medula espinhal, sofrerem tração com a distenção ou mesmo ruptura. Postura assimétrica (braço flácido ao invés de apresentar a postura normal do RN onde predomina a flexão) * ANATOMIA PATOLÓGICA A distenção vigorosa das raízes nervosas ou do tronco do plexo provoca lesões: Edema das bainhas nervosas, bloqueando a condução nervosa Hemorragia e à formação de cicatrizes Ruptura completa dos axônios. * ANATOMIA PLEXO BRAQUIAL * CLASSIFICAÇÃO Paralisia de ERB: comprometendo rombóides, elevador da escápula, serrátil anterior, deltóide, supra espinhoso, infra-espinhoso, bíceps braquial, braquiorradial, supinador e extensores longos do carpo e dos dedos e do polegar. O membro superior acometido do lactente apresenta a postura característica em "gorjeta do garçom". Antebraço pronado, flexão do carpo e dedos da mão. Alteração da sensibilidade * CLASSIFICAÇÃO Paralisia de ERB: Postura assimétrica Braço afetado flácido ao invés de apresentar a postura normal do RN de flexão * Lesão do plexo braquial (ERB) * CLASSIFICAÇÃO Paralisia DE KLUMPKE: afetando os músculos extensores do carpo e dedos, e intrínsecos da mão. * QUADRO CLÍNICO A fraqueza ou paralisia dos músculos leva à substituição por músculos intactos, o que resulta em: desempenho motor de caráter compensatório contratura de tecidos moles (subescapular, redondo menor e grande dorsal) possível desuso adquirido através do aprendizado * QUADRO CLÍNICO Dificuldades em equilibrar-se na posição sentada, atividades bimanuais e atos com o braço afetado Perda da sensibilidade da face externa do braço * PROGNÓSTICO Depende da gravidade da lesão com a recuperação variando entre 1 e 18 meses Neuropraxia: recuperação espontânea após reabsorção do edema e da hemorragia (1mês) Axonotmese: recuperação lenta e diária após lesões com destruição do cilindro-eixo mas com preservação das fibras nervosas Neurotmese: regeneração pouco provável limitados aos casos de ruptura completa dos axônios * PROGNÓSTICO Axonotmese: 4 a 5 meses: lesão da porção superior do plexo e 7 a 9 meses: lesão da porção inferior do plexo Neurotmese: déficit de crescimento do membro afetado, fica visivelmente menor. Na paralisia completa: braço insensível e flácido e na lesão superior: a criança se adapta fazendo uso de musculatura compensatória. Pode ser realizada cirurgia * AVALIAÇÃO Encaminhamento para fisioterapia logo após diagnóstico Para examinar a motricidade observa-se os movimentos espontâneos em várias posturas (DD, DV, ao ser carregada, acariciada) Avaliar o comportamento motor durante o exame dos reflexos e das reações (MORO, reação de colocação, GALANT, reflexo de preensão palmar, RTCA). * AVALIAÇÃO Fornece indícios sobre a atividade muscular, a qual pode ser classificada em: 0 – ausente 1 – presente, mas com amplitude inferior à normal 2 – presente na amplitude disponível * AVALIAÇÃO Reflexo de Moro: assimétrico na paralisia de Erb Reflexo de preensão palmar: ausente na paralisia de Klumpke, presente na de Erb * AVALIAÇÃO EMG: para determinar a extensão e gravidade da lesão e possibilidades de recuperação (aumento da unidades motoras e diminuição do potencial de denervação) A avaliação da amplitude de movimentos é examinada em toda a sua amplitude em cada articulação separadamente (abdução, elevação, flexão, extensão e rotação) * TRATAMENTO Objetivos: Prevenção de contraturas de tecidos moles e deformidades Prevenir o comportamento motor adaptativo e o desuso do membro Realizar o treinamento motor para promover a recuperação funcional * TRATAMENTO Imobilização por 1 a 2 semanas para reabsorção do edema e hemorragia Movimentação passiva para prevenir contraturas de tecidos moles (aderências escapuloumerais) – cuidado para não distender exageradamente os tecidos moles, não deslocar o ombro * TRATAMENTO Aplicação de talas (abdução e rotação externa) é controversa pois pode levar a luxações e contraturas e retardar a cura Treinamento da motricidade devem ser precoces e específicos à idade da criança: estender o braço para tocar, apanhar e manusear objetos diferentes, estimular a posição supina * TRATAMENTO Abdutores, flexores e rotadores externos do ombro, supinadores do antebraço, extensores do carpo e abdutor do polegar. Treinar de forma sinérgica. Escolher tarefas que promova o ato desejado Lúdico: procurar objetos enterrados na areia, localizar com o auxílio do tato e identificar e designar objetos comuns de olhos vendados ( crianças de mais idade) * TRATAMENTO Criança em decúbito lateral realize delicadamente movimentos passivos * TRATAMENTO Incentivar movimentos de prono e supino utilizando um bastão. Estimulada a estender o braço * TRATAMENTO Treino da apreensão e mobilização ativo assistido do braço afetado. Obs:Incorporar perío dos de contenção do MS sadio durante o período de treinamento da motricidade * TRATAMENTO Utilização de objetos com texturas diferentes estimulando a supinação e preensão. * TRATAMENTO Estimulação de atividades bimanuais. * TRATAMENTO Uso de talas: manter o polegar em um certo grau de abdução e para o punho mantendo a extensão do carpo mas que permita a preensão O tratamento deve prosseguir enquanto durar o processo de recuperação (EMG) Obs:Incorporar períodos de contenção do MS sadio durante o período de treinamento da motricidade
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