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FACULDADE INTEGRADA DE PATOS – PEDRO ALEX DE ARAÚJO PEREIRA FISIOLOGIA - ELETROFISIOLOGIA O miocárdio apresenta discos intercalares, através de junções comunicantes que permitem a difusão, quase totalmente livre, de íons. Os potenciais de ação se propagam facilmente de um célula para outra através disso. Dessa forma, o miocárdio forma um sincício de células interconectadas, quando uma delas se excita, o potencial de ação se espalha para todas. O coração é na verdade composto por dois sincícios, atrial e ventricular. Os átrios são separadas dos ventrículos por tecido fibroso, normalmente os potenciais não atravessam esta barreira fibrosa. Potenciais de Ação do Músculo Cardíaco No potencial de ação, o potencial de membrana se ele de seu valor normalmente muito negativo para um valor ligeiramente positivo. Após o potencial de ponta inicial a membrana permanece despolarizada exibindo um platô, seguido de uma repolarização. No músculo cardíaco, o potencial de ação é originado pela abertura tanto de canais rápidos de sódio como de canais de cálcio lentos. Bem como a permeabilidade da membrana ao potássio diminui, evitando a repolarização rápida. O músculo cardíaco, como todos os tecidos excitáveis, é refratário a reestmulação durante o potencial de ação. Existe ainda um período refratário relatvo, durante o qual precisa de um estmulo mais intenso para causar a excitação. Acoplamento Excitação-Contração Quando o potencial de ação cursa pela membrana do miocárdio, o potencial de ação se difunde para o interior da célula, passando ao longo do túbulo transverso. O potencial nos túbulos T age nas membranas do reticulo sarcoplasmático, dispersando Ca++ dentro do miocárdio para o processo de contração muscular. Além dos íons cálcio que são liberados pelo reticulo, grande quantidade de íons cálcio adicionais também se difundem pelos túbulos T no momento do potencial. Sem esse Ca++ adicional a força de contração é reduzida. O Sistema Excitatório e Condutor Especializado do Coração O sistema especializado condutor e excitatório do coração que controla as contrações. O nodo sinusal, no qual é gerado o impulso rítmico normal, as vias internodais que conduzem o impulso do nodo sinusal ao nodo atrioventricular, o próprio nodo AV o impulso é retardado antes de passar para os ventrículos, o feixe AV que conduz o impulso dos átrios para os ventrículos, e os ramos direito e esquerdo do feixe de fibras de purkinje, que conduzem o impulso cardíaco para todas as partes dos ventrículos. O Músculo Cardíaco Se Contrai Sem Inervação A maioria das células musculares cardíacas é contrátil, mas cerca de 1% delas são especializadas em gerar potenciais de ação espontaneamente. Estas células são responsáveis por uma propriedade única do coração: sua capacidade de se contrair sem qualquer sinal externo, o sinal para a contração é miogênico. As células autexcitáveis, células marca- passo, determinam a freqüência dos batimentos cardíacos. Elas são menos e com poucas fibras contráteis. Células miocárdicas contráteis O potencial de ação das células contráteis é semelhante aos neurônios e as fibras muculares esqueléticas. *FASE 0 despolarização: quando a onda de despolarização entra na célula, o potencial de membrana torna-se mais positivo. Os canais de FACULDADE INTEGRADA DE PATOS – PEDRO ALEX DE ARAÚJO PEREIRA FACULDADE INTEGRADA DE PATOS – PEDRO ALEX DE ARAÚJO PEREIRA Na+ controlados por voltagem se abrem, permitindo que o Na+ entre na célula e rapidamente a despolarize. *FASE 1 repolarização inicial: quando os canais de Na+ se fecham, a célula começa a repolarizar à medida que o K+ deixa a célula. *FASE 2 platô: a repolarização inicial é muito breve. O potencial de ação então forma um platô, devido a diminuição da permeabilidade ao K+ e o aumento da permeabilidade ao Ca++, s canais de cálcio são lentos. *FASE 3 repolarização rápida: quando os canais de Ca++ se fecham e a permeabilidade ao K+ aumenta. *FASE 4 potencial de membrana em repouso: potencial de repouso negativo. Células Miocárdicas Auto-Excitáveis Essa capacidade resulta do seu potencial de membrana instável, o qual começa em -60mv e sobe lentamente em direção ao limiar. Este potencial é chamado de potencial marca-passo. Sempre que o potencial marca-passo despolariza até o limiar, as células auto-excitáveis disparam um potencial de ação. Essas células contêm canais que são diferentes, quando o potencial de membrana está em -60mv, os canais if são permeáveis ao K+ e ao Na+, estão abertos. O influxo de cargas positivas despolariza lentamente a célula, a medida que isso ocorre os canais if fecham e se abrem canais de Ca++. O influxo de cálcio continua despolarizando a célula até o limiar, onde canais adicionais de Ca++ se abrem, gerando o potencial de ação. Quando os canais de cálcio se fecham, canais de K+ são abertos para a repolarização da célula. Condução do Estímulo Elétrico As extremidades das fibras do nodo sinusal conectam-se diretamente ao tecido muscular atrial circundante, os potenciais de ação, originados no nodo sinusal se propagam para diante, por essas fibras musculares atriais. A despolarização que começou no nó SA se propaga por um via de fibras não contráteis auto-excitatória, uma via intranodal entre o nó SA e o nó atrioventricular. A transição lenta, nas fibras transnodais e no nó AV é devido ao número reduzido de junções comunicantes, que geram uma resistência à passagem de íons. Permitindo que os átrios terminem sua contração antes que os ventrículos comecem. Do nó AV, a despolarização vão para os ventrículos. As fibras de purkinje, transmitem sinais eletricos rapidamente a partir do fascículo atrioventricular, localizado no septo entre ventriculos. O fascículo se divide em ramos esquerdo e direito, esses ramos se deslocam até o ápice do coração, onde se dividem em ramos menores subendocárdicos (feixes de purkinje), esse ramos transmitem impulsos rapidamente, fazendo com que as fibras do ápice se contraiam ao mesmo tempo. Marca-Passo e a Freqüência Cardíaca As células do nó SA determinam o ritmo cardíaco. Outras células do sistema de condução, como as do nó AV e as fibras de purkinje, tem potenciais de repouso instáveis e podem agir como marca-passo em situações necessárias. Entretanto, devido ao fato de seus ritmos serem mais lentos do que o nó SA, elas normalmente não têm a oportunidade de determinar os batimentos. ECG Três principais ondas podem ser vistas em um ECG: Onda P - corresponde à despolarização dos átrios. Onda QRS - representa a progressiva despolarização ventricular. Onda T - representa a repolarização dos ventrículos. A repolarização atrial não é representada por estar incorporada a QRS. FACULDADE INTEGRADA DE PATOS – PEDRO ALEX DE ARAÚJO PEREIRA
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