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PDTA – NP1 Epistemologia É a parte da filosofia que estuda o conhecimento. Os epistemólogos buscaram responder, desde a Grécia Antiga até os tempos atuais, as seguintes questões: como o homem chega ao conhecimento? Como você explica a origem do conhecimento? Depende de fatores internos ou somente de fatores externos? Diferentes abordagens epistemológicas respondem a essas perguntas de maneira distinta: Inatismo ⇒ a origem do conhecimento é endógena (interna); a ênfase está no desenvolvimento, no sujeito (S→O). Também chamada de Apriorista. O sujeito já nasce sabendo, sendo o professor um facilitador no processo de aprendizagem, questionando-o para despertar as ideias. Conhecimento já programado, vindo de uma herança genética. Construtivismo. Empirismo ⇒ a origem do conhecimento é exógena (externa); a ênfase está na aprendizagem, no objeto (S←O). – O objeto transfere as informações ao sujeito, este que aprenderá através das experiências. Sujeito considerado uma tábula rasa. A aprendizagem vem do meio físico/social. Tradicional. Interacionismo ⇒ a origem do conhecimento é endógeno e exógeno; a ênfase está no desenvolvimento e na aprendizagem — sujeito e objeto (S↔O). Humanista. Essas abordagens epistemológicas influenciaram procedimentos pedagógicos a partir de suas concepções filosóficas. Pedagogia não diretiva: o aluno é o centro de todo o processo pedagógico (A→P). – O aluno aprende por si mesmo e o professor auxilia neste processo de construção do conhecimento. Pedagogia diretiva: o professor é o centro de todo o processo pedagógico (A←P). – O aluno só aprende se o professor ensina. Pedagogia relacional: não existe uma relação polarizada; tanto o aluno quanto o professor têm importância durante o processo pedagógico, estabelecem uma relação de troca (A ↔ P). Filogenética: História da espécie Ontogenética: História individual Cultura: Meio Teorias Psicológicas: Abordagem tradicional A abordagem tradicional de ensino é uma prática educativa realizada ao decorrer dos anos, sendo transmitido o conteúdo ao indivíduo durante este tempo. Segundo Mizukami (1986), o ensino é centrado no professor, onde o aluno apenas escuta as prescrições que lhe são fornecidas por autoridades exteriores. Nesta concepção, o adulto é considerado um homem acabado e o aluno um “adulto em miniatura”. O homem é considerado um tipo de tabula rasa, a qual será preenchida com imagens e informações transmitidas principalmente pelo professor durante o processo de educação formal. O objetivo educacional desta abordagem está relacionado aos valores culturais da sociedade na qual o indivíduo está inserido. Trata-se da transmissão de ideias selecionadas e organizadas logicamente, sendo o professor o mediador entre os alunos e os modelos culturais. Esses níveis culturais devem ser adquiridos ao longo da trajetória da educação formal, sendo a escola o lugar por excelência onde se realiza a transmissão das informações dos professores aos alunos em sala de aula. A avaliação do aluno é realizada através de provas, exames, entre outros, visando a reprodução do conteúdo adquirido em sala de aula. A reprovação do aluno ocorre quando o mínimo cultural para aquela faixa etária não foi atingido. Segundo Simoka (2013), algumas das críticas realizadas a abordagem tradicional referem-se a forma de intervenção onde somente o professor detém o poder decisório, limitando-se a fornecer receituários. Abordagem comportamentalista A abordagem comportamentalista é caracterizada pelo Empirismo, a origem do conhecimento é externa e a ênfase está no desenvolvimento do objeto. O conhecimento é uma “descoberta” e é nova para o indivíduo que a faz. Ou seja, o que foi descoberto já se encontrava na realidade exterior. Os comportamentalistas consideram a experiência ou a experimentação planejadas como a base do conhecimento, sendo este um resultado direto. A realidade para Skinner é um fenômeno objetivo, sendo o mundo algo já construído e o homem um produto do meio. O meio pode ser influenciado, sendo que o comportamento, por sua vez pode ser mudado alterando-se os elementos ambientais. O meio seleciona. Os modelos de ensino são desenvolvidos a partir da análise dos processos por meio dos quais o comportamento humano é modelado e reforçado. Qualquer ambiente, físico ou social, deve ser avaliado por suas consequências sobre a natureza humana. A cultura é representada pelos usos e costumes dominantes, pelos comportamentos que se mantém através dos tempos. O homem é uma consequência das interferências ou forças existentes no ambiente, um produto de um processo evolutivo. O conteúdo transmitido aos alunos visa objetivos e habilidades que levam a competência. O aluno é visto como um recipiente de informações e reflexões. A educação está ligada a transmissão cultural. Esse sistema educacional tem como objetivo básico promover alterações nos indivíduos, que implicam tanto em obtenção de novos comportamentos quanto a remodelação de comportamentos já existentes. A escola desta abordagem deverá se adaptar de acordo com os comportamentos que se deseja manter, sendo seu objetivo manter, conservar e em parte alterar os padrões de comportamento aceito como úteis e desejáveis para uma sociedade, considerando-se em determinado contexto cultural. Os comportamentos nos alunos serão estabelecidos e mantidos por condicionantes e reforçadores, tais como: reconhecimentos do mestre e dos colegas, elogios, notas, prêmios, entre outros. Na abordagem comportamentalista o professor tem a responsabilidade de preparar e desenvolver o sistema ensino-aprendizagem, de tal forma que o desempenho do aluno seja maximizado. A metodologia comportamentalista envolve tanto a aplicação da tecnologia educacional e estratégias de ensino, quanto formas de reforço no relacionamento aluno- professor. A avaliação consiste em identificar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos quanto o programa foi orientado até o final de forma adequada. A abordagem comportamentalista foi desenvolvida através do Behavorismo, estudo o qual analisa o comportamento na relação que este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Este estudo utiliza como base dois tipos de condicionamentos: Respondente: Comportamento reflexo, não voluntário, Segundo Myers (2010) são ações que consistem em respostas automáticas a um estímulo. Operante: Comportamento voluntário, Conforme Myers (2010), é a interação sujeito-ambiente, organismos associam suas próprias ações as consequências. Ações seguidas de um reforçador aumentam; já as seguidas de punição diminuem. Abordagem humanista A abordagem humanista da ênfase nas relações interpessoais, no desenvolvimento da personalidade e conduta, sendo o ensino centrado no aluno e o professor um facilitador deste processo de ensino, que busca desenvolver no indivíduo a consciência de sua cidadania, ética, equilíbrio, criatividade e solidariedade. De acordo com essa teoria, o indivíduo tem potencial para saber a plenitude de seu comportamento e suas percepções da realidade. Também, é capaz de definir quais comportamentos lhe são mais apropriados. Segundo SIMONINI (2014), esta abordagem sugere o autoconhecimento. Carl Ransom Rogers, o maior representante da psicologia humanista, acreditava que o humano é essencialmente bom e curioso, necessitando apenas de um auxílio para evoluir (MENDES, 2015). Segundo os Humanistas, as pessoas são definidas por suas experiências, sendo estas subjetivas pois cada acontecimento é determinado pela percepção de cada um e nãopelo senso comum. Cada percepção é, na verdade, uma hipótese relativa à necessidade do indivíduo. O mundo, para os humanistas, é algo construído pelo homem partindo da sua percepção, recebendo estímulos e experiências e atribuindo-lhes significados. Por isso, o homem vive em um constate processo de formação e transformação a medida que as situações mudam. Resumo: “Pinóquio às avessas” O livro “Pinóquio às avessas” de Rubens Alves conta a história de Felipe, uma criança muito curiosa, que fazia perguntas aos adultos para tentar sanar esta curiosidade. Os adultos, no caso os pais de Felipe, ao se depararem com perguntas difíceis de serem respondidas, diziam que ele teria as respostas quando fosse para a escola. Felipe sonhava com o dia em que fosse para a escola, pois acreditava ser um lugar maravilhoso. Ele era fascinado por pássaros e tinha algumas dúvidas sobre o assunto, logo, estava ansioso para começar seus dias de estudante. Seu pai lhe explicou que para tornar-se um bom adulto e com um bom emprego, era necessário passar por todo o processo escolar. Aprendendo e tirando boas notas, Felipe seria capaz de no futuro escolher uma boa profissão. Contudo, Felipe não entendia como uma pessoa poderia ser avaliada através de notas. Como números poderiam definir o quanto uma pessoa sabe? Acreditava que a diferença de um ponto na nota não tem o mesmo valor que um ano de vida. Finalmente Felipe entrou na escola. Lembrou-se que seus pais disseram que na escola ele os professores responderiam a todas as perguntas as quais ele ainda não havia obtido uma resposta. Porém, quando Felipe perguntou a sua professora de português algo sobre pássaros, a mesma disse que não era hora, nem lugar, para perguntas sobre pássaros e que os alunos deviam pensar e falar sobre o conteúdo programado para a turma. Ainda disse que na escola não aprende-se o que quer e sim o que deve ser aprendido. Felipe tinha alguns sonhos e pesadelos os quais o faziam refletir sobre a escola. Acreditava que, para os professores, o conhecimento não era algo importante por ser útil e sim porque cairia na prova. Certo dia, os professores de Felipe encaminharam ele para uma psicóloga, pois ele estava prestando atenção em um passarinho e não no conteúdo transmitido. A Psicóloga o diagnosticou com “distúrbio de atenção”, informando aos pais que ele precisaria de um tratamento. Os pais de Felipe, por sua vez, chamaram a atenção do filho lembrando-o da história do Pinóquio, a qual mostra um menino que não foi a escola e virou um burro. Disseram que se ele não tirar notas boas ao longo da vida acadêmica, não será ninguém no futuro. Felipe, desejando não ser um motivo de vergonha aos pais, decidiu não pensar mais em pássaros e seguir somente o conteúdo passado pelos professores e as lições dos livros. Passou a tirar as melhores notas da sala. Ao longo de sua vida acadêmica, teve grande destaque. Ficou em primeiro no vestibular e seus pais ficaram muito orgulhosos. Tornou-se um especialista em frangos de corte. Conquistou seu diploma, fez doutorado, tornou-se rico. Porém, mesmo com seu sucesso profissional, sentia-se infeliz. Procurou auxílio de um psicanalista. Após muitos anos, Felipe, que já não era mais tão jovem, lembrou-se dos pássaros que tanto gostava, ficou muito feliz e voltou a ser o menino que era. Vídeo: Neurociência do aprendizado - Anotações A atividade cerebral é troca de substâncias químicas/sinais entre os neurônios, chamada de Sinapses. No início da vida e na adolescência, ocorre o excesso de sinapses (matéria prima do aprendizado). Se não há sinapses, não há aprendizado. Conforme o cérebro vai sendo usado, as sinapses que não são muito utilizadas, vão sendo enfraquecidas, e as mais utilizadas reforçadas. Não é necessário ter um número excessivo de sinapses, e sim as corretas. As variações genéticas podem interferir no aprendizado. Exemplo: Dislexia, que modifica a maneira como o cérebro processa as informações. Fatores que influenciam no aprendizado: Atenção e prática Método (existe um leque de métodos para atender a forma de aprendizado de todos) Motivação Ter a oportunidade de experimentar para o cérebro descobrir se aquilo o motiva. Nossa memória tem a capacidade de trabalhar com 6 a 8 memórias por vez. A atenção registra as informações na memória de trabalho.
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