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Medicação Pré Anestésica (MPA) - Veterinária

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Prévia do material em texto

�11/03/2015
�1
Medicação Pré-Anestésica
Introdução
“Medicação pré-anestésica é todo agente que é 
administrado antes da indução anestésica com a 
finalidade de facilitar o manuseio do animal, 
reduzir reações indesejáveis causadas pelos 
anestésicos aumentando, assim, a segurança do 
ato anestésico”
�Primeira etapa de uma anestesia
�Pode apresentar grande repercussão nas demais etapas
Objetivos
• Acalmar o paciente
• Reduzir a ansiedade
• Facilitar o manuseio e preparo do animal para 
cirurgia
▫ Realização de tricotomia
▫ Acesso venoso
• Proporcionar analgesia pré, trans e pós-operatória
• Permitir a realização de técnicas de anestesia local
Objetivos
• Prevenir o vômito durante a indução e manutenção 
da anestesia
• Induzir o vômito antes de submeter o animal à 
indução anestésica
• Reduzir salivação e secreções nas vias aéreas
• Potencializar a ação e diminuir as doses dos 
anestésicos injetáveis e inalatórios
• Promover indução e recuperação suaves
Grupos Farmacológicos
• Fenotiazínicos
• Agonistas alfa-2 adrenérgicos
• Benzodiazepínicos
• Opioides 
• Anticolinérgicos
�Nenhum grupo isoladamente proporciona todos os 
objetivos da MPA
�Utilização de associações
Fenotiazínicos
• Um dos grupos farmacológicos mais empregados 
como MPA em cães e gatos
• No passado, denominados “tranquilizantes 
maiores”
• Atualmente classificados como tranquilizantes ou 
sedativos 
�11/03/2015
�2
Fenotiazínicos
Efeitos desejáveis
• Sedação leve à moderada
▫ Mais evidente em cães do que em gatos
• Reduzem em aproximadamente 30-40% a dose dos 
anestésicos injetáveis e inalatórios
• Ação anti-emética
• Efeito antiarritmogênico
Fenotiazínicos: sedação em cães x gatos
(Fonte: Monteiro et al., 2008)
Fenotiazínicos
Desvantagens / efeitos adversos
Cardiovasculares
• Vasodilatação e diminuição da pressão 
arterial (antagonismo α1)
• Geralmente hipotensão não acontece em 
animais hígidos conscientes
• Pode potencializar o efeito de outros 
anestésicos vasodilatadores 
• Efeitos indiretos sobre a frequência cardíaca
Fenotiazínicos
Desvantagens / efeitos adversos
Respiratórios
• Redução na frequência respiratória
• Sem alteração nos gases sanguíneos
Outros
• Não são analgésicos
• Efeito muito acentuado em raças braquicefálicas
• Redução do limiar convulsivo (contestável)
Fenotiazínicos
Uso clínico
Isoladamente
• Tranquilização em animais hígidos sem dor
▫ Transporte
▫ Exames semiológicos / diagnósticos
Associados a um opioide
• MPA em animais hígidos com dor ou que serão 
submetidos a cirurgias
Fenotiazínicos
Contra-indicações
Absolutas
• Situações associadas à redução na pressão arterial 
▫ Desidratação 
▫ Hemorragia moderada à intensa
▫ Choque 
Relativas
• Braquicefálicos (dose reduzida)
�11/03/2015
�3
Fenotiazínicos
Fármacos
Acepromazina 0,2%
• Dose: 0,02-0,1 mg/kg IV, IM, SC 
• Duração : 4 a 8 horas
Menos usados:
Clorpromazina: 0,5-1,0 mg/kg IV, IM (0,5%)
Levomepromazina: 0,5-1,0 mg/kg IV, IM (0,5%)
• Duração: até 4 horas
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
• Grupo farmacológico que causa sedação de grau 
mais acentuado em cães, gatos, equinos e 
ruminantes
• Historicamente denominados “sedativos”
• Muito utilizados na América do Norte e Europa
• Menos empregados no Brasil como MPA (em cães e 
gatos)
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Efeitos desejáveis
• Sedação muito pronunciada (dose-dependente)
▫ Evidente em cães, gatos, equinos e 
ruminantes
• Analgesia dose-dependente (modulação) 
• Miorrelaxamento
• Diminuem acentuadamente as doses dos 
anestésicos injetáveis e inalatórios (até 90%)
• Possuem antagonista: ioimbina e atipamezole
Agonistas alfa-2 adrenérgicos : sedação em 
cães x gatos
(Fonte: Monteiro et al., 2008)
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Desvantagens / efeitos adversos
Cardiovasculares
• Hipertensão transitória
▫ Primeiros 5-10 minutos
▫ Mais comum após administração IV
• Normo ou hipotensão após fase inicial
• Bradicardia sinusal
▫ Redução acentuada do débito cardíaco
• Bloqueio atrioventricular de 1o e 2o graus
Efeito 
periférico
Efeito central 
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Desvantagens / efeitos adversos
Respiratórios
• Redução da frequência respiratória sem alteração 
nos gases sanguíneos
Outros
• Vômito
• Diurese (hiperglicemia e redução na vasopressina)
�11/03/2015
�4
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Uso clínico
• Contenção química de animais agressivos
• Como MPA em animais hígidos submetidos a 
procedimentos cirúrgicos
▫ Isoladamente
▫ Associados a um opioide
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Contra-indicações absolutas
• Desidratação 
• Hemorragia 
• Choque 
• Histórico ou sinais clínicos de cardiopatias
• Pacientes de alto risco / debilitados
• Situações em que o vômito é contra-indicado
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Fármacos
Xilazina 2%
• Seletividade α2/α1: 160/1
• Dose em cães/gatos/equinos: 
▫ Isoladamente: 0,5-1,0 mg/kg IV, IM
▫ Associada a opioide: 0,2 a 0,5 mg/kg IV, IM
• Duração: 30-60 minutos
�Efeito analgésico tem metade da duração do efeito 
sedativo 
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Fármacos
Medetomidina 1 mg/mL
• Seletividade α2/α1: 1620/1
• Dose isoladamente:
▫ Cães: 10-20 µg/kg IM
▫ Gatos: 20-40 µg/kg IM
• Associada a opioide
▫ Cães: 5-10 µg/kg IM
▫ Gatos: 10-20 µg/kg IM
• Duração: 1 a 2 horas 
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Fármacos
Dexmedetomidina 0,1 ou 0,5 mg/mL
• Características similares à medetomidina
• Dose em cães e gatos: metade da medetomidina
• Disponível no Brasil apenas para uso médico 
Agonistas Alfa-2 adrenérgicos
Fármacos
Outros
• Detomidina e romifidina
▫ Uso pouco frequente em cães e gatos
▫ Dose de detomidina em equinos
� 10 a 20 µg/kg IV 
�11/03/2015
�5
Antagonistas Alfa-2 adrenérgicos
Fármacos
Atipamezole 5 mg/mL
• Indicado como antagonista da medetomidina ou 
dexmedetomidina
• Dose (IM):
▫ Cães: 4 a 6 vezes a dose de medetomidina
▫ Gatos: 2 a 4 vezes a dose de medetomidina
Ioimbina
• Indicada como antagonista da xilazina
• Dose (IV, IM):
▫ Cães: 1/10 da dose de xilazina
▫ Gatos: ½ da dose de xilazina
Antagonismo após atipamezole
(Fonte: Arquivo pessoal)
Benzodiazepínicos
• Historicamente denominados “tranquilizantes 
menores”
• Efeito sedativo muito discreto em cães e gatos
• Utilizados quando os fenotiazínicos e agonistas 
alfa-2 adrenérgicos são contra-indicados
Benzodiazepínicos
Efeitos desejáveis
• Tranquilizacão leve 
• Relaxamento muscular
• Potencialização de agentes anestésicos injetáveis e 
inalatórios (similar a dos fenotiazínicos)
• Efeito anticonvulsivante
• Possuem antagonista: flumazenil
• Podem ser administrados em animais de alto risco
Benzodiazepínicos
Desvantagens / efeitos adversos
• Em animais hígidos, podem causar agitação 
(isoladamente ou associados a um opioide)
• Não são analgésicos
Benzodiazepínicos 
Uso clínico
• Tranquilização / MPA de animais debilitados 
▫ Associados a um opioide
• Na indução anestésica, associados a anestésicos 
injetáveis (principalmente dissociativos)
• Como anticonvulsivantes
Contra-Indicações
• Não devem ser administrados isoladamente em 
animais hígidos
�11/03/2015
�6
Benzodiazepínicos 
Fármacos
Diazepam 0,5%
• Dose: 0,1-0,5 mg/kg IV, IM 
• Por via IM: irritante e absorção variável
• Duração: 1 a 2 horas
Midazolam 0,1% e 0,5%
• Dose: 0,1-0,5 mg/kg IV, IM
• Duração: 1 a 2 horas
Agitação em cão após midazolam + 
morfina
(Fonte: Arquivo pessoal)
Antagonista dos benzodiazepínicos 
Flumazenil 0,1 mg/mL
• Intoxicação / sobredose de benzodiazepínicos
• Recuperação prolongada após anestesia com 
benzodiazepínicos como parte da técnica anestésica
• Reversão de efeitos comportamentais indesejados 
(agitação)
• Dose:
▫ 1/26 da dose de diazepam IV
▫ 1/13 da dose de midazolam IV
Analgésicos opioides
• Fármacos quimicamente relacionados aos 
alcaloides naturais do ópio (opiáceos: morfina e 
codeína)
• Efeito predominantemente analgésico
• Fármacos mais eficientes no tratamentos da dor
▫ Trauma agudo
▫ Procedimentos cirúrgicos
Analgésicos opioides
Receptores opioides emecanismo de ação
• Receptores específicos (opioides endógenos)
▫ mu (µ): principal responsável pelo efeito 
analgésico e efeitos adversos
▫ Kappa (κ)
▫ Delta (δ)
• Causam analgesia espinhal e supraespinhal
Analgésicos opioides
Classificação quanto à ação
• Agonistas totais / puros: eficácia máxima
• Agonistas parciais: eficácia máxima não atingida
• Antagonistas: sem atividade intrínseca 
• Agonistas-antagonistas
�11/03/2015
�7
Analgésicos opioides: classificação quanto à ação
Dose
R
e
s
p
o
s
ta
 M
á
x
im
a
%
0
100
Agonista total 
(morfina)
Agonista parcial 
(buprenorfina)
E
fic
á
c
ia
 m
á
x
im
a
E
fic
á
c
ia
 re
d
u
z
id
a
Analgésicos opioides: classificação quanto à ação
Agonista total 
(morfina)
Agonista parcial 
(buprenorfina)
Dose
R
e
s
p
o
s
ta
 M
á
x
im
a
%
0
100
Agonista total (morfina) + 
antagonista (naloxona)
Analgésicos opioides
Classificação quanto à duração do efeito
• Ultra-curta duração: até 20-30 minutos
• Curta duração: 1-2 horas
• Duração intermediária: 2-4 horas
• Duração longa: > 4 horas
Analgésicos opioides
Classificação quanto à duração do efeito
Ultra-curta Curta Intermediária Longa
Fentanil Meperidina Morfina Tramadol
Remifentanil Metadona Buprenorfina
Alfentanil Butorfanol
Sufentanil
Analgésicos opioides
Efeitos desejáveis
• Analgesia 
• Sedação (cães) 
• Reduzem as doses de anestésicos injetáveis e 
inalatórios
• Podem ser administrados em pacientes de alto risco 
/ debilitados
Analgésicos opioides
Desvantagens / efeitos adversos
Sistema Nervoso Central
• Excitação em gatos e equinos
▫ Mais frequente quando usados isoladamente
▫ Menos provável
� Associados a tranquilizantes / sedativos
� Presença de dor
� Animais debilitados
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�8
Analgésicos opioides
Desvantagens / efeitos adversos
Cardiovasculares
• Diminuição na FC
▫ Intensidade depende da dose e fármacos 
associados
• Liberação de histamina
▫ Diminuição da pressão arterial
▫ Morfina e meperidina IV
Analgésicos opioides
Desvantagens / efeitos adversos
Respiratórios
• Depressão respiratória dose-dependente
▫ Mais comum quando associados a 
anestésicos gerais
▫ Improvável na presença de dor
• Cães podem apresentar taquipneia
▫ Mais frequente quando administrados 
isoladamente 
Analgésicos opioides
Desvantagens / efeitos adversos
Trato digestório
• Vômito
▫ Mais frequente com a morfina em cães
▫ Menos provável na presença de dor
• Defecação seguida de constipação
Analgésicos opioides
Desvantagens / efeitos adversos
Outros
• Miose em cães
• Midríase em gatos
• Oligúria (metadona, remifentanil)
Analgésicos opioides
Uso clínico
Isoladamente
• MPA de animais debilitados / risco aumentado
Associados a um tranquilizante / sedativo
• MPA em animais hígidos que necessitam sedação 
e analgesia
�Como regra geral, as doses de opioides em gatos e equinos
são menores do que em cães
Analgésicos opioides
Uso clínico
Escolha do fármaco deve ser baseada em:
• Severidade da dor
▫ Dor intensa: agonistas totais µ
▫ Dor leve / moderada: agonistas totais ou 
parcias µ, agonistas κ
• Duração do efeito analgésico
• Intensidade do efeito sedativo
�11/03/2015
�9
Analgésicos opioides
Contra-indicações relativas
• Situações em que o vômito é contra-indicado 
(morfina)
• Procedimentos oftálmicos que requerem midríase
Opioides agonistas totais µ
Morfina 1%
• Duração intermediária
• Analgesia pré, trans e pós-operatória
• Vômito em aproximadamente 75% dos cães
• Liberação de histamina (IV)
• Dose
▫ Cão: 0,1-0,5 mg/kg (IV); 0,3-1,0 mg/kg (IM, SC)
▫ Gato: 0,05-0,2 mg/kg (IM, SC)
Opioides agonistas totais µ
Metadona 1%
• Duração intermediária
• Analgesia pré, trans e pós-operatória
• Baixo potencial para vômito e liberação de histamina
• Efeito sedativo acentuado quando associada a um 
tranquilizante / sedativo
• Antagonista de receptores NMDA
• Dose
▫ Cão: 0,1-0,5 mg/kg (IM, SC)
▫ Gato: 0,1-0,3 mg/kg (IM, SC)
Opioides agonistas totais µ
Meperidina 5% (petidina)
• Duração curta
• Analgesia pré-operatória
• Baixo potencial para vômito
• Alto potencial para liberação de histamina
• Ação anti-muscarínica discreta
• Dose
▫ Cão/gato: 3-5 mg/kg (IM, SC)
Opioides agonistas totais µ
Fentanil 0,05 mg/mL
• Duração ultra-curta
• Único entre os opioides de ultra-curta duração com 
alguma aplicabilidade na MPA
• Baixo potencial para vômito e liberação de histamina
• Duração: 15-30 minutos
• Dose:
▫ Cão: 2-10 µg/kg (IV)
▫ Gato: 1-5 µg/kg (IV) 
Opioides agonistas totais κ
Butorfanol 1%
• Duração intermediária
• Agonista κ / antagonista µ
• Menor intensidade de efeitos cardiovasculares e 
respiratórios
• Analgesia pré, trans e pós-operatória (inferior aos 
agonistas totais µ)
• Baixo potencial para vômito e liberação de histamina
• Efeito sedativo semelhante à morfina e meperidina
• Dose
▫ Cão/gato: 0,1-0,4 mg/kg (IV, IM, SC)
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Opioides de ação mista
Tramadol 50 mg/mL
• Agonista com fraca afinidade µ
• Inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina
• Analgesia inferior aos agonistas totais µ
• Fraca sedação
• Baixa incidência de efeitos adversos
• Longa duração: 6-8 horas (usado com maior 
frequência para analgesia pós-operatória)
• Dose (cão/gato): 
▫ 2-5 mg/kg IV, IM, SC, Oral
Neuroleptoanalgesia
• Associação de um tranquilizante / sedativo a um 
analgésico opioide
▫ Fenotiazínico + opioide
▫ Agonista alfa-2 + opioide
▫ Benzodiazepínico + opioide
• Vantagens
▫ Efeitos sedativo e analgésico intensificados
▫ Utilização de doses menores
▫ Efeitos adversos são similares aos de cada 
classe isoladamente
Fenotiazínicos + opioides em cães
Basal 5 15 30 45 60 75 90
0
1
2
3
Acepromazina 0,1 mg/kg
Acepromazina 0,05 mg/kg + Metadona 0,5 mg/kg
Tempo (min)
S
e
d
a
ç
ã
o
Sedação Moderada
Sedação Leve
(Fonte: Monteiro et al., 2008)
Fenotiazínicos + opioides em cães
(Fonte: Arquivo pessoal)
Fenotiazínicos + opioides em cães
(Fonte: Arquivo pessoal)
Fenotiazínicos + opioides em cães
(Fonte: Arquivo pessoal)
�11/03/2015
�11
Agonistas alfa-2 + opioides em gato
(Fonte: Arquivo pessoal)
Anticolinérgicos
• Não apresentam efeito sedativo nem analgésico
• São antagonistas de receptores muscarínicos 
(parassimpatolíticos)
• Empregados no tratamento ou prevenção da 
bradicardia em cães e gatos
• Historicamente administrados em associação aos 
agonistas alfa-2 na MPA
• Atualmente pouco utilizados na MPA 
Anticolinérgicos
Uso clínico
Pacientes com bradiarritmias pré-existentes
• Bloqueio atrioventricular
• Bloqueio sinoatrial
Anticolinérgicos
Uso clínico
Para prevenir a bradicardia associada a 
procedimentos cirúrgicos específicos
• Cirurgias intraoculares
• Cirurgias torácicas
• Cirurgias em região cervical
• Cirurgias abdominais com tração visceral 
acentuada
Anticolinérgicos
Uso clínico
Para prevenir a bradicardia associada aos 
agonistas alfa-2
• Atenuam a redução no débito cardíaco
• Fase hipertensiva é intensificada e prolongada
• Aumentam o trabalho cardíaco 
• Não mais recomendados com essa finalidade
• Bradicardia por agonistas alfa-2 com risco de morte 
devem ser tratadas com o antagonista
Anticolinérgicos
Uso clínico
Para prevenir a bradicardia associada aos opioides
• Atenuam a redução no débito cardíaco
• Não associados à hipertensão
• Recomendados em caso de bradicardia grave, 
especialmente associada à hipotensão arterial
• Podem ser administrados antes ou após o opioide
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�12
Anticolinérgicos
Contra-indicações relativas
• Animais portadores de cardiopatias
Outros efeitos
• Reduzem salivação
• Midríase 
Anticolinérgicos
Fármacos
Atropina
• Dose (cão/gato): 0,02-0,04 mg/kg IV, IM, SC
• Duração: 30-60 minutos
Outros
• Escopolamina: pouco usada em cães e gatos. Mais 
empregada em equinos
• Glicopirrolato: não disponível no Brasil
Considerações finais
• Nenhuma classe apresenta todas as características
de um fármaco ideal para MPA
• A associação de fármacos pode ser indicada para
proporcionar resultados mais satisfatórios
• Não existe técnica anestésicade eficácia universal.
A MPA deve ser escolhida baseado na condição
física do paciente e no procedimento a ser
realizado.
Bibliografia Complementar
Livros
• CORTOPASSI, S. R. G.; FANTONI, D. T. Medicação Pré-anestésica. In:
FANTONI, D. T.; CORTOPASSI, S. R. G. (Eds). Anestesia em Cães e Gatos.
2a ed. São Paulo: Editora Roca, 2009. p. 151-158.
• FANTONI, D. T.; MASTROCINQUE, S. Fisiopatologia e Controle da Dor.
In: FANTONI, D. T.; CORTOPASSI, S. R. G. (Eds). Anestesia em Cães e
Gatos. 2a ed. São Paulo: Editora Roca, 2009. p. 323-336.
• LEMKE, K. A. Anticholinergics and Sedatives. In: TRANQUILLI, W. J.;
THURMON, J. C.; GRIM, K. A. (Eds.). Lumb & Jone’ Veterinary
Anesthesia and Analgesia. Fourth ed. Ames: Blackwell Publishing,
2007. p. 203–239.
• LAMONT, L. A.; MATHEWS, K. A. Opioids, Nonsteroidal Anti-
inflamatories, and Analgesic Adjuvants. In: TRANQUILLI, W. J.;
THURMON, J. C.; GRIM, K. A. (Eds.). Lumb & Jone’ Veterinary
Anesthesia and Analgesia. Fourth ed. Ames: Blackwell Publishing,
2007. p. 241–272.
Bibliografia Complementar
Artigos
• MONTEIRO, E. R. et al. Effects of methadone, alone or in combination
with acepromazine or xylazine, on sedation and physiologic values in
dogs. Veterinary anaesthesia and analgesia, v. 35, n. 6, p. 519–27,
nov. 2008.
• MONTEIRO, E. et al. Efeitos sedativo e cardiorrespiratório da
administração da metadona, isoladamente ou em associação à
acepromazina ou xilazina, em gatos. Brazilian journal of veterinary
research and animal science, v. 45, n. 4, p. 289–297, 2008.

Outros materiais