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Triedro de Frenet Serret : curvatura e torção de uma curva . Luiany Santos de Assunção (Luianylu01@gmail.com) Rafael Gomes da Silva (rafa.gomessilva30@gmail.com) Cálculo IV – Professor Dr. Manoel Silvino Resumo Em Geometria Diferencial, o triedro de Frenet Serret, é caracterizado por uma curva qual utiliza um referencial móvel, com base ortonormal que é obtida em cada ponto de uma curva regular. O referencial é dado por um sistema de coordenadas que pode ser tridimensional e a partir do triedro é possível determinar curvatura e torção que são capazes de determinar a forma de uma curva. Palavras-chave: Triedro de Frenet. Curvatura. Torção. Introdução O presente trabalho aborda o conjunto de tres importantes vetores mediante uma curva no R3, no qual apresenta entre eles os planos osculador, retificante e normal, que definem geometricamente o Triedro de Frenet. O triedro que foi uma homenagem a Jean-Fréderic Frenet, possibilita a criação de desenhos n-dimensionais, auxiliando a compreensão de gráficos e superfícies no Cálculo Diferencial, o que justifica sua ampla utilização no ensino superior, seja para diagonalização de matrizes e verificação de autovalores e autovetores, como também para determinação de máximos e mínimos em conjuntos compactos, através do método de Lagrange. 1 Formatação geral Curva parametrizada Vamos denotar por R3 o conjunto ordenado dos ternos (x, y, z) de números reais. Caracterizaremos certos subconjuntos de R3 (chamados de curvas) que são unidimensionais e que podem sofrer aplicação dos métodos do cálculo diferencial. Podemos definir esses subconjuntos, de maneira natural, através de funções diferenciáveis. Mas, o que seria uma função diferenciável? Uma função de uma variável real é dita diferenciável quando possui, em todos os seus pontos, derivadas de todas as ordens, obviamente contínuas. Vamos agora definir o que seria uma curva. Definição: Segundo Manfredo, “uma curva diferenciável parametrizada é uma aplicação diferenciável α : I → R3 de um intervalo aberto I = (a,b) da reta real R em R3”. Quando dizemos que a função é diferenciável nessa definição acima, significa que α é uma correspondência que leva cada t ∈ I em um ponto α(t) = (x(t), y(t), z(t)) que pertence ao R3, onde as funções reais x(t), y(t) e z(t) são diferenciáveis. Assim, temos que a variável t é o parâmetro da curva. Quando também falamos a palavra intervalo consideramos o seu sentido amplo, sem excluir os casos de a = - ∞ e b = +∞. Denotaremos x’(t), y’(t) e z’(t) a primeira derivada das funções x, y e z, respectivamente, assim o vetor (x’(t), y’(t), z’(t)) = α’(t) ∈ R3 é o vetor tangente da curva α(t) em t. A imagem α(I) ⊂ R3 é o traço da curva α. Exemplo 1. Observemos a curva diferenciável parametrizada dada por ɣ (t) = (a cost, b sent, bt), t ∈ R, percebemos que o traço dessa curva é uma hélice de passo 2πb sobre o cilindro x2 + y2 = a2. Assim, o eixo Ox faz com a reta que liga a origem O à projeção do ponto ɣ(t) sobre o plano xy. Observe a figura: Exemplo 2. Seja a curva parametrizada α(t) = (2 cost, 2 sent, t), t ∈ R. Vamos fazer um esboço da trajetória percorrida por essa partícula. Vamos identificar a curva. Pelas equações paramétricas da curva, obtemos o seguinte: x2(t) + y2(t) = (2 cost)2 + (2 sent)2 = 4 cos2t + 4 sen2t = 4(cos2t + 4 sen2t) , pela identidade trigonometrica, temos que : cos2 (t)+ sen2 (t) = 1, então x2(t) + y2(t) = 4 z(t) = t Como x2(t) + y2(t) = constante, então essa é uma helicoidal cilíndrica. Como z’(t) = 1 > 0, Portanto, a curva “sobe” de acordo com o aumento do parâmetro t. Como t ∈ R, ele possui variação de - ∞ a + ∞, fazendo t = 0, temos: α(0) = (2, 0, 0) Agora vamos esboçar a curva: Comprimento de arco Seja uma curva regular definida num intervalo I = ] a,b [, a < b.Vamos considerar qu o intervalo é percorrido no sentido crescente. 1) Temos que T’(t) representa o vetor tangente à curva no ponto t e também o vetor velocidade. 2) A norma de T’(t), || T’(t) || nos dá o comprimento do vetor . 3) O produto || T’(t) || Δt é um comprimento infinitesimal na direção do vetor tangente. 4) A somatória de todos esses comprimentos infinitesimais quando Δt → 0 no intervalo ] a, b [ corresponde a integral definida da função tangente nesse intervalo. Definição : Chamamos de comprimento de arco de uma curva c, dada por T’(t) = ( T1 (t), ... , Tn (t)) de t1 a t2 , ou a partir de t1 à integral . Curva parametrizada pelo comprimento de arco Definição: Uma curva r: I ⊂ R → R3 é dita parametrizada pelo comprimento de arco, se para cada t0, t ∈ I, onde t0 ≤ t o comprimento do arco da curva r de t0 a t é igual a t – t0. Isto é: . Que resulta em: Proposição: Uma curva r: I ⊂ R → R3 está parametrizada pelo comprimento de arco se, e somente se, ∀t ∈ I, |r’(t)| = 1. Exemplo 3: A curva representada por r(t) = (−sint, cost) é uma curva parametrizada por comprimento de arco. De fato, verificamos dt = dt = = t – t0 Considerando a proposição acima, temos: = = 1. Triedro de Frenet Definição: Os vetores T(t) = tangente, N(t) = normal, B(t) = binormal juntos formam um triedro ortogonal ou um sistema de referência em cada ponto s da curva chamado de triedro de frenet. Se denominarmos de T(t) o vetor unitário da tangente, N(t) o vetor da normal e B(t) o vetor unitário da binormal, teremos um triedro ortonormal.Se a curva está contida em R3, para cada ponto S0 da curva teremos um sistema de referência ou uma base ortonormal do espaço vetorial determinado por S0. Figura : Os vetores do Triedro de Frenet Fonte: http://calculoremedial2014r.blogspot.com.br/p/segunda-semana-r.html Em cada ponto temos determinados, além do espaço tangente ao ponto, três planos ortogonais formados chamados de osculador, Retificante e Normal. Figura : Planos do Triedro de Frenet Fonte : http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122- 34612015000100003 Vetor Tangente (T) Seja C uma curva representada por r (t) = x(t)i , y(t)j , r’(t) é um vetor tangente a curva C em um ponto P. O vetor tangente T(t) é um vetor com a mesma direção do vetor tangenre r(t) e de módulo 1. Vetor Normal (N) Este vetor será definido a partir da condição de ortogonalidade entre T e N, ou seja T(t) . N(t) = 0 . Como o vetor T(t) é um vetor de módulo constante e igual a 1, então T(t) . T’(t) = 0 e portanto T’(t) é ortogonal a T(t) . Então o vetor normal é Obs : O vetor normal unitario possui a mesma direção de T’(t) e aponta para o interior da curva, ou seja , para o lado côncavo de C. Vetor Binormal (B) Seja C uma curva parametrzada pelo comprimento de arco T(s). Sabemos que T’(t) é o vetor tangente e unitario, que T’’(t) é o vetor normal e que estes são ortogonais. Se calcularmos o produto vetorial dos dois, obtemos um vetor ortogonal aos dois. Definição : Chamamos o vetor binormal à curva C o vetorPlano Osculador O plano determinado pelos vetores T’(t) (tangente) e T’’(t) (normal), num ponto S0 é chamado de plano osculador à curva no ponto S0. Em R3, se T(t) = ( x(t), y(t), z(t)), então o plano osculador é dado pela equação : Exemplo: Seja a curva C, dada por . Determine o plano osculador da curva no ponto . Solução: Temos que r(0) = (1, 0, 0) Logo, a equação do plano osculador é: = 0 Resulta que é a equação do plano osculador da curva no ponto s0 = 0. O que é uma curva curva? A curvatura mede quanto é que a curva se afasta de estar contida numa reta (portanto, linhas retas tem curvatura zero), e a torsão mede quanto é que a curva se afasta de estar contida num plano (portanto, curvas planas tem torsão zero). Acontece que a curvatura e a torsão determinam completamente a forma da curva, como veremos. Curvatura A medida que uma particula se move ao longo de uma curva, T = dr/ds vira à medida que a curva dobra. Como T é um vetor unitario, seu comprimento permanece constante e apenas sua direção muda à medida que a particula se move ao longo da curva. A taxa na qual T vira por unidade de comprimento ao longo da curva é chamada curvatura. Definição : Se T é o vetor unitario de uma curva lisa, a funçaõ curvatura da curva é Formula para calcular curvatura , onde T é um vetor Torção O vetor binormal de uma curva no espaço é B= T x N, um vetor unitario ortogonal tanto quanto a N. Juntos, T, N e B definem um referencial positivo móvel que tem papel significativo no cáçculo de trajetorias de particulas movendo- se no espaço. Ele é chamado triedro de Frenet. Sejam B = T x N. A função torção de uma curva lisa é Um artigo deve conter partes pré-textuais (título, autoria, resumo, palavras-chaves), partes textuais (introdução, desenvolvimento desdobrado em subitens, e considerações finais apresentando a conclusão do estudo) e as partes pós-textuais, que neste formato restringe-se às referências bibliográficas (de obras citadas durante o texto) e à bibliografia consultada (obras lidas, mas não citadas). Na seqüência este modelo apresenta cada uma dessas partes. Na introdução, deve-se apresentar o tema do artigo e a problemática em que se insere. Também se deve apresentar como a pesquisa foi realizada para discussão do tema-problema. No desenvolvimento e em seus subitens, discorre-se sobre a questão envolvida no tema, recorrendo às referências teóricas levantadas durante a pesquisa. As considerações finais tratam do fechamento do tema, ainda que reconhecendo os limites do próprio artigo para apontar soluções, podendo-se pontuar a necessidade de novas investigações. Quanto à formatação do corpo do texto: deve-se iniciar o texto imediatamente abaixo do título das seções. O corpo de texto utiliza fonte tipo Times New Roman, tamanho 12, justificado na direita e esquerda, com espaçamento entre linhas simples. 3 Citações Segundo as normas da ABNT “o recurso das citações contribui para explicitação das referências teóricas adotadas na construção do trabalho, as quais introduzem os autores com que o texto manterá seu diálogo. A chamada de autores deverá ser feita pelo sistema AUTOR- data”. Reparem que a citação de autores ao longo do texto é feita em letras minúsculas, enquanto que a citação de autores entre parênteses, ao final do parágrafo, deve ser feita em letra maiúscula, conforme indicado no próximo parágrafo. Deve-se recorrer às Normas da ABNT para esclarecer demais detalhes sobre a apresentação e formatação. Na verdade, citar trechos de trabalhos de outros autores, sem referenciar adequadamente, pode ser enquadrado como plágio (CEZAR, 2007) No caso de citações com mais de 4 linhas, estas devem vir destacadas do texto do artigo, com recuo de 4cm da margem esquerda, com texto justificado e em corpo menor (neste caso fonte 11). Considerações Finais Para as referências, deve-se utilizar texto com fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento simples, e para organização das informações que devem constar nas referências deve-se consultar o Manual de Normas da ABNT. As referências devem aparecer em ordem alfabética e não devem ser numeradas. Todas as referências citadas no texto, e apenas estas, devem ser incluídas ao final, na seção Referências. No caso de obras consultadas, porém não referenciadas deve-se indicar na Bibliografia Consultada. Seguem os exemplos logo abaixo. Bibliografia Consultada De Maio, Waldemar. Geometria : Geometria diferencial/ Waldemar De Maio- Rio de Janeiro: Ltc, 2007. Carmo, Manfredo Perdigão do. Geometria diferencial de curvas e superficies/ Manfredo Perdigão do Carmo. -5. Ed. – Rio de Janeiro: SBM, 2012. Thomas,G.: Cálculo – vol.2, 10 ª edição. Editora Addilson Wesley, 2003;
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