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Caso Concreto 3 - Civil III com Jurisprudência (TOP)

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CASO CONCRETO 3 
a) Qual é o tipo de obrigação (utilize pelo menos duas classificações) assumida por Lúcia em 
face da Comissão de formatura e que espécie contratual pode ser identificada? 
Resp: Promessa de fato de terceiro 
b) Lúcia poderá ser de alguma forma responsabilizada, mesmo tendo empreendido todos os 
seus esforços para que a tia cumprisse promessa por ela feita? 
Resp: Sim, ao prometer fato a terceiro responderá por perdas e danos 
c) Suponha que por intermédio de Lúcia, a representante da cantora entrou em contato com o 
Presidente da Comissão e, anuindo com a indicação do promitente, combina que a cantora 
cantará na festa no dia e horários marcados. No entanto, no dia do evento a cantora é 
convidada a receber um prêmio e não comparece ao evento. Quem responderá pelos prejuízos 
causados por essa ausência? Fundamente sua resposta. 
Resp: A representante da cantora responderá pelos prejuízos causados, pois se 
comprometeu a cumprir com o evento combinado - telefone instantâneo entre presentes 
e conforme Art. 440 CC. 
Questões Objetivas: 
1 – Letra “b” 
2 – Letra “a” 
 
0004600-38.2005.8.19.0211 - APELAÇÃO 
 
Des(a). HELENO RIBEIRO PEREIRA NUNES - Julgamento: 17/04/2018 - QUINTA CÂMARA CÍVEL 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO. CONTRATO DE 
EMPRÉSTIMO. COOPERATIVA DE CRÉDITO. JUROS REMUNERATÓRIOS. 
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. ANATOCISMO. TARIFA DE ANÁLISE DE 
CRÉDITO. COTA-COOPERATIVA. 1 - A Lei nº 4.595/64, ao dispor sobre a política e 
as instituições monetárias, bancárias e creditícias, determina, em seus arts. 17 e 18, §1º, 
a subordinação das cooperativas de crédito à mesma disciplina conferida às instituições 
financeiras. 2 - O E. STJ, no julgamento do REsp. 1.058.114-RS, nos moldes do art. 
543-C do CPC de 1973, definiu que a comissão de permanência possui natureza tríplice, 
ou seja, compõe-se de índice de remuneração de capital (juros remuneratórios), de 
encargos que penalizam o financiado inadimplente (juros de mora e multa) e de índice 
de correção da moeda (correção monetária). 3 - Estabeleceu ainda o mencionado 
julgado do STJ que a cobrança da comissão de permanência no período da 
inadimplência deve ser limitada à soma dos encargos moratórios e remuneratórios 
previstos no contrato. 4 - Os contratos de empréstimo com débito em conta corrente 
firmados pela parte autora, os quais remontam aos idos de 2001 e 2002, dispõem que, 
em caso de atraso ou inadimplemento, os valores devidos são acrescidos de: a) juros de 
mora de 1% ao mês; b) comissão de permanência de 5,2550% ao mês; e c) multa 
moratória de 2% sobre o total do débito. 5 - A comissão de permanência, prevista 
nos contratosobjeto da presente ação no percentual de 5,2550% ao mês, nada mais 
configura do que juros remuneratórios, cuja cobrança encontra-se na média 
praticada pelo Sistema Financeiro Nacional, na modalidade crédito pessoal, conforme 
laudo pericial produzido durante a instrução. 6 - Segundo orientação consolidada na 
jurisprudência, no que refere à taxa de juros(remuneratórios), as instituições financeiras, 
às quais se comparam as cooperativas de crédito, não estão sujeitas às disposições da 
Lei de Usura, motivo pelo qual devem ser aplicadas as taxas pactuadas pelas 
partes.(Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 24). 7 - Assim, os 
encargos contratuais cobrados pela ré - 1% a.m. de juros de mora; 5,2550% a. m. de 
taxa de permanência(leia-se, juros remuneratórios); e 2% de multa - encontram-se em 
consonância com as limitações definidas pelo precedente do Superior Tribunal de 
Justiça acerca do tema. 8 - De acordo com a tese firmada em julgamento sob o rito do 
art. 543-C do CPC, sumulada no verbete nº 539: "É permitida a capitalização de juros 
com periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados após 31.3.2000, data da 
publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001), 
desde que expressamente pactuada", hipótese em que se inserem os contratosfirmados 
pela autora. 9 - Nos contratos de mútuo celebrados até 30/04/2008 (fim da vigência 
da Resolução CMN 2.303/96) era válida a pactuação das Tarifas de Abertura de Crédito 
(TAC) e de Emissão de Carnê (TEC), ou outra denominação para o mesmo fato gerador, 
ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto."(Tema 618). 10 - Portanto, 
impõe-se a supressão da condenação imposta ao réu na sentença no sentido da 
devolução em dobro do valor referente à tarifa de análise de crédito, vez que não se tem 
por configurada a prova da abusividade de sua cobrança. 11 - O regime jurídico das 
cooperativas de crédito é disciplinado na Lei Federal nº 5.764/71, cujo art. 3º prevê que 
os cooperados se caracterizam como grupo de pessoas que se obrigam a contribuir com 
bens e serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem 
objetivo de lucro, participando, assim, de sua gestão e usufruindo de seus produtos e 
serviços. 12 - Desse modo, assim como ocorre com partilha das sobras, o cooperado 
está sujeito a participar do rateio de eventuais perdas e a contribuir para o Fundo 
Garantidor do Cooperativismo de Crédito(FGCOOP) através de cobranças de cotas e 
contribuições para o capital social da Cooperativa. 13 - Não há que se cogitar de 
indenização por dano moral na espécie, vez que não se verifica nos autos qualquer 
ofensa a direitos personalíssimos da demandante. 14 - Primeiro recurso ao qual se nega 
provimento. Provimento da segunda apelação.

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