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ANA NERY

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Historia da enfermagem 
Aluna: Natalia Sabrine RA: 201801178399 1º semestre 
Ana Nery 
Ana Justina Ferreira Nery nasceu em 13 de dezembro de 1814, na Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, município situado às margens do rio Paraguaçu, no estado da Bahia, distante 120 quilômetros de Salvador, de uma família de "patriotas legítimos": José Ferreira de Souza e Luiza Maria das Virgens. Irmã de quatro homens, dois tenentes-coronéis do exército, um médico e um conceituado corretor em Cachoeira. 
Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-tenente da marinha, com a idade de 38 anos. Do casamento vieram três filhos: Justiniano, Isidoro Antônio e Pedro Antônio. Em 05 de julho de 1844, Isidoro Antônio Neri faleceu, aos 43 anos, mas não há registros sobre sua súbita doença. Viúva aos 29 anos, com três filhos pequenos, o mais novo com cinco anos, ela ganhou uma vida autônoma, independente e coroada por responsabilidades. Após a morte do marido e, supostamente, após os filhos terminarem a instrução secundária, ela mudou-se para Salvador, onde permaneceu até o início da Guerra do Paraguai. Todos os seus filhos seguiram o serviço militar, a exemplo do pai, sendo que dois deles tornaram-se médicos. 
Devido a entrada do Brasil na Tríplice Aliança em 1865, ela viu, aos 51 anos, seus filhos partirem para a guerra contra o Paraguai. Diante deste fato que a consternou, escreveu uma carta ao Presidente da Província da Bahia, Manuel Pinto de Souza Dantas, datada de 08 de agosto de 1865, oferecendo-se para ir ao front de batalha servir aos feridos de guerra. A resposta do Presidente da Província foi breve, ordenando ao Conselheiro Comandante das Armas para que Ana Nery fosse contratada como primeira enfermeira. Diante deste fato deduz-se que ela possuía algum treinamento e que possuía uma imagem respeitada na sociedade baiana da época. Em 13 de agosto de 1865 ela embarcou para os campos de batalha, onde sua atuação parece ter sido primorosa.
Em sua passagem no Rio Grande do Sul, ela teria recebido treinamento junto as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, enfrentou a dor e a morte dos feridos que atendiam, ela teve que enfrentar a morte do filho mais velho, Justiniano e a do sobrinho, Arthur Rodrigues Ferreira. As doenças mais presentes na época era cólera, a varíola, a febre tifoide e a malária. Ela atuou em hospitais na Argentina e no Paraguai, além de hospitais de campo, na frente de operações militares. Adquiriu seus conhecimentos junto com o trabalho com médicos e outros profissionais. Ela conseguiu transformar a realidade sanitária local, colocando condições mínimas de higiene evitando a transmissão de doenças e o tratamento das feridas. Com as difíceis condições ela organizou os hospitais de campanha e a primeira enfermaria foi montada em sua própria casa, em Assunção. Chama atenção para o fato dela atender feridos dos dois exércitos, acolhendo-os nos momentos de necessidade. Esse fato gerou críticas por parte do Comando do Exército Brasileiro, mas isso não a impediu de continuar seu trabalho. 
Com o fim da guerra em 1870 ela retornou ao Brasil, trazendo consigo seis órfãs. Desembarcou no Rio de Janeiro em 06 de maio de 1870, sendo recebida por senhoras baianas ali residentes, as quais a aclamaram. O Governo Imperial concedeu-lhe ainda a Medalha de 2º Classe, a medalha de Campanha e a pensão anual de um conto e duzentos mil reis. Ela então rumou para Salvador onde foi recebida pelas senhoras das mais ilustres famílias baianas, além da filarmônica Minerva e da música do Corpo da Polícia.
Após alguns anos ela mudou-se para o Rio de Janeiro, onde o filho Pedro Antônio Nery, Capitão do Exército, foi enviado para prestar serviços. Ela viveu seus últimos dias no Rio de Janeiro. Adoeceu gravemente no início de 1880, falecendo as 16h30 do dia 20 de maio, aos 65 anos de idade. Ela foi sepultada no cemitério São Francisco Xavier no Rio de Janeiro, sendo exaltada a beira do túmulo que, na lápide, continua a seguinte inscrição: "Aqui descansam os restos mortais de Da. Ana Neri, denominada Mãe dos Brasileiros, pelo Exército, na campanha do Paraguai". Seu corpo foi exumado em 1979 e os despojos foram transportados à Bahia, para cidade de Cachoeira, levada para a sacristia da igreja da matriz.

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