Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRÁTICA III - PEÇA AULA 03 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CURITIBA/PR. Processo nº _____________. Autor: Ministério Público. Denunciado: JORGE DE TAL. JORGE DE TAL, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, através de seus procuradores ao final subscritos, vem respeitosamente à presença de V. Exa., apresentar ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS Nos termos do art. 403, §3º do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de Direito a seguir expostas. I - FATOS Segundo denúncia do Ministério Público, NARRATIVA DOS FATOS. Em síntese, são os fatos: Jorge, com 21 anos de idade, conheceu Analisa em um bar, após alguns flertes, estes foram para um local mais reservado e tiveram relações sexuais de forma consentida e espontânea. No dia posterior, após receber a denúncia do Ministério Público, o mesmo tomou conhecimento, de que a menina a qual havia conhecido na noite anterior e que este imaginava ser uma mulher adulta, era na verdade uma garota de apenas 13 anos. Ele por ser réu primário, com bons antecedentes e residência fixa respondeu ao processo em liberdade. A menor contou que costumava fugir de casa e ir a bares de adultos e as testemunhas de acusação e defesa reiteraram a conduta de Analisa e inclusive disseram que ela vestia-se como adulta. As testemunhas de defesa, disseram ainda, que Jorge não estava embriagado, quando conheceu Analisa. O réu informou que aquele era um local que somente maiores poderiam freqüentar, de forma que não necessitava perguntar a idade de Analisa. O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge. II – DO MÉRITO Entende-se que o autor foi induzido a erro, uma vez que a menor estava em local impróprio para sua idade, sendo a principal atividade do local a venda de bebidas alcoólicas, desta forma, observa-se que o réu não tinha a obrigação de saber a idade de Analisa, portanto foi induzido ao erro de tipo, conforme artigo 20 do CP, o que exclui o dolo. Ainda, conforme expôs o Ministério Público, não existem provas de embriagues do réu, e não há concurso de crimes, já que o tipo penal do Art. 217-A, trata-se de apenas um crime, o que exclui a hipótese de concurso. III- DO PEDIDO Ante o exposto, requer Vossa Excelência digne-se de: Requer o afastamento do concurso material, uma vez que não foram configurados dois crimes, e exclusão da embriagues. Requer a absolvição do réu, nos termos do artigo 386, III do CPP, por não configurar infração penal. Caso o pedido anterior não seja procedente, que seja aplicada a pena mínima considerando que o réu é primário e possui bons antecedentes. Nestes termos Pede Deferimento LOCAL E DATA ADVOGADO OAB
Compartilhar