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O QUE SÃO NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS

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ESTÁCIO/RS
O QUE SÃO NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
O código de processo civil, em seu art. 190, diz:
“Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único.  De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.”
Esta inovação presente no novo CPC, através dos artigos 190 e 191 , tem sido chamada de negócio jurídico processual, e é a flexibilização do processo civil através de acordo entre as partes.
Conforme disposto no artigo 190, se o processo tratar de direitos que permitam a autocomposição, poderão as partes, estipular mudanças no procedimento, para melhor ajustar o andamento do processo no sentido de demanda sobre direitos materiais. Diante desta nova situação as partes poderão convencionar, dentre outros temas, a respeito de ônus da prova, inversão cronológica de atos processuais, poderes, faculdades e deveres. Poderão pactuar sobre essas matérias antes mesmo do processo, o que significa inserir em contrato, estas disposições, assim como já ocorre com a cláusula de eleição de foro permitida desde antes. Se, no curso ou depois de extinta a relação jurídica, houver necessidade de ir a juízo, os contratantes, agora partes, irão submeter-se a procedimento, que deverá ser processado na forma e nos moldes ali pactuados.
Acreditam os doutrinadores que esta mudança foi inspirada no processo arbitral, que tem como característica a liberdade das partes de pactuarem, sobre o procedimento que será submetido à arbitragem. 
Alguns doutrinadores sustentam que essa liberdade de pactuar a respeito de procedimento pode vir a acarretar nulidade processual. O interessante é que o artigo 190, através de seu § único determina formas de o juiz agir em casos de cláusulas abusivas ou vulnerabilidade de uma das partes.

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