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Material de aula Linhas Evolutivas do Processo Instrumentalidade do Processo

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A INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO: UMA VISÃO EVOLUTIVA
	
	O presente trabalho, é composto a partir de trechos da monografia de final de curso elaborada e apresentada pela graduanda Gislaine Magalhães Trindade, com modificações e adaptações realizadas por este orientador, no propósito de adequar o tema pesquisado à realidade e metodologia para aqueles que estão trilhando os primeiros passos no direito processual.
	No estudo das linhas evolutivas do direito processual estaremos dando maior ênfase às fases ou períodos em que se estabeleceu a independência do direito processual frente ao direito material, considerando para chegar a tal porto, outras divisões da evolução do direito processo, como aquelas calcadas na história e na evolução da doutrina do direito processual, sem que com isso estarmos tomando-as como premissa maior de nosso estudo, mesmo porque Niceto Alcalá-Zamora y Castilho, à luz do que aponta JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (1999)�, não menciona na fase instrumentalista do processo: 1) Período primitivo; 2) Escola judicialista; 3) Tendência dos práticos (praxismo); 4) Procedimentalismo; 5) Processualismo científico ou moderno.
 
	Portanto, estaremos analisando as linhas evolutivas do direito processual, não a partir de sua evolução história, mas a partir da evolução do direito processual enquanto ciência autônoma frente ao direito material, a saber: a) Período de sincretismo ou fase sincretista; 2) Período autonomista ou fase conceitual e por fim; c) Fase instrumental ou período instrumentalista, bem como a evolução deste pela instrumentalidade formal e posteriormente substancial.
	Notadamente a evolução histórica do direito processual está inserida no estudo das linhas evolutivas do próprio direito processual, que avança em relação àquela, ao apresentar a fase instrumentalista. Razão porque tomaremos a evolução histórica do direito do direito processual apenas como pano de fundo, para exaltar e prestigiar as linhas evolutivas do direito processual, respeitadas as opiniões em contrário.
- LINHAS EVOLUTIVAS DO PROCESSO
	As idéias do direito processual como ciência chegou-se mediante um iter de desligamento das matrizes conceituais e funcionais antes situada no direito material, pois durante muitos séculos o processo civil foi visto como simples apêndice do direito civil. 
	 O direito processual deve ter existido antes do direito material, porque não podemos admitir a existência de sociedade, por mais primitiva que seja, sem direito e, muito menos sem a figura daquele encarregado de fazer justiça. 
	Assim, para muitos processualistas, o juiz precedeu o legislador. Ou seja: antes da existência do direito escrito, já se praticava regularmente a justiça. Inicialmente confundiam-se, na pessoa do chefe, as figuras do juiz, do executor das sentenças. Cabiam unicamente ao dirigente máximo todos os encargos indispensáveis à aplicação da justiça. Ou melhor: o julgador era o rei, o pontífice, o chefe todo poderoso, o vitorioso na guerra, o dominador da tribo, enfim aquele que detinha o poder de comando em suas mãos, seja outorgado pela vontade do povo, seja pela força.
	Nesse passo, as normas de direito material se impuseram logo que começaram a existir, sobrepondo-se às de direito processual, embora estas surgissem primeiro. Desse convívio entre o direito material frente o direito processual, desde outrora, projeta para o presente a compreensão de suas linhas evolutivas, as quais são também do processo, a saber:
Sincretista;
Autonomista, e
Instrumentalista.
	Notadamente, tais ciclos evolutivos da concepção do processo, que foram estabelecidos acima, à luz da doutrina, para possibilitar o desenvolvimento lógico do tema proposto, face a história de ciência processual, não possuírem datas exatas de vigência de começo e fim de cada fase, eis que em muito das vezes, o começo de uma fase, ocorria concomitante com o fim de outra.
	Cientes da alerta acima, investiguemos cada fase das linhas evolutivas do processo, e conforme já dito, tendo como pano de fundo, a história do direito processual e da doutrina do direito processual, a saber: 
 
 1 - Fase Sincretista
	Para CINTRA, GRINOVER e DINAMARCO (1999)�, a fase ou período do sincretismo seguiu desde Roma até meados do século XIX, sendo o processo “simples meio de exercício dos direitos (daí, “direito adjetivo”, expressão incompatível com a hoje reconhecida independência do direito processual”.
	Nesse período ou fase, o processo era considerado como meio de exercício dos direitos, chamado de direito adjetivo por não ser um instituto independente, era tido como um contrato entre os litigantes, que se firmava com o comparecimento espontâneo das partes em juízo para a solução do conflito. Vê-se facilmente que esta fase correspondia com as lições dos iluministas do século XVIII, que procuravam transformar o processo num acordo de vontades visando um determinado fim.
	O Contrato Social de Rosseau exerceu marcada influência sobre esta fase, para a defesa da teoria contratualista do processo, desenvolvida especialmente na França, onde Pothier invocava as idéias romanas do processo para apresentar a litiscontestatio como uma sujeição voluntária das partes, um pacto para a solução do litígio.
	Nota-se que esta fase guarda semelhança com o Direito Romano, da fase formulista ou formular, porque o processo, no enfoque de seus defensores, se constituía pela contratual aceitação prévia dos contendores em acatar a decisão do juiz, assim estavam as pessoas obrigadas a comparecer ao juiz mas, se a juízo fossem, comprometiam-se, por força da litiscontestatio, a cumprir a decisão expedida pelo juiz. A litiscontestatio era o ato testemunhal das partes da transformação do conflito extrajudicial em lide.
	Nesta época, tinha-se a remansosa tranqüilidade de uma visão plana do ordenamento jurídico, onde a ação era definida como o direito subjetivo lesado, a jurisdição como sistema de tutela aos direitos, o processo como mera sucessão de atos (procedimentos); incluíam a ação no sistema de exercício dos direitos e o processo era tido como conjunto de formas para esse exercício, sob a condução pouco participativa do Juiz. O campo era mais aberto à prevalência do princípio dispositivo e ao da plena disponibilidade das situações jurídico-processuais.
	Com efeito, é nesse período ou fase sincretista, que se constata o movimento primitivo, da escola judicialista, tendência dos práticos (praxismo) e o procedimentalismo, à luz da doutrina do mestre Alcalá-Zamora, conforme se colhe da lição constante da obra JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (1999)�.
	Nesse diapasão, tem-se que o período primitivo perde-se “na noite dos tempos e alcança, pelo outro extremo, o século XI da nossa Era. Não havia propriamente autênticas exposições processuais, mas obras de diferente data, nacionalidade e natureza, nas quais se encontram dados e idéias acerca da justiça e seu funcionamento”�.
	A escola judicialista, ainda na fase sincretista, foi um movimento que nasceu em Bolonha com a criação da primeira Universidade (ano 1088), sendo importíssima referência para o direito processual, pois o jurisconsultos da escola de bolonhesa produzem, “...principalmente entre os séculos XII e XIII, obras de grande envergadura para a época...”.
	Os judicialista elaboravam seus trabalhos sobre o direito comum, de fundo romano-canônico, e também medieval italiano e ítalo-conônico, do qual se estabeleceu o direito continental europeu, e seus estudos foram aceitos e acolhidos pelas principais nações da Europa, através dos séculos XIII a XV, mormente que os estudantes de várias partes da Europa, recorriam à Bolonha, e quando retornavam aos países de origem (como advogados e juízes) colocavam em prática os ensinamentos amealhados.
	Em seguida, ainda no período sincretista, surge da tendência dos práticos ou praxismos, do começo do século XVI ao começo do séculoXIX.
	Para JOSÉ EDUARDO CARREIRA ALVIM (1998)�, “praxismo”, vem de práxis, que significa: “”aquilo que se pratica habitualmente, rotina, uso, prática”. Contrapõe-se à teoria, que vem de theoria, significando “ação de contemplar, examinar”. A teoria é uma reflexão, um pensamento; a praxe, ao contrário, é dinâmica.”
	Com efeito, os estudos sobre o processo nessa época se limitavam a fazê-lo enquanto ordem prática era estudos sobre “o conjunto de recomendações práticas sobre o modo de proceder em juízo. Preocupavam”, os praxistas, “com a forma de realizar o processo, sem grandes preocupações com estudos teóricos a seu respeito. Os estudos dessa época eram impregnados de nítida preocupação forense; apenas questões de ordem prática”.�
	O crepúsculo desse movimento será marcado pela facilidade de difusão do pensamento, em razão da invenção da imprensa, que deu guarida ao aparecimento de livros, e como isso a conseqüente troca de informações entre os países envolvidos no movimento, e mormente a troca de novas idéias, a partir do movimento em que os “os alemães começaram a especular a natureza jurídica da ação no tempo moderno e a cerca da própria natureza jurídica do processo”�.
	Ainda na fase sincretista ou do sincretismo, surge o movimento Procedimentalista, Procedimental ou do Procedimentalismo, em substituição os praxismo ou praxistas, porque a corrente procedimental abandonando a compreensão da prática para o estudo do processo, volta-se ao estudo da lei como base para estabelecer o procedimento, cujos parâmetros políticos foram dados pela Revolução Francesa (1789), onde se tira o poder do poder absolutista e da prática o estabelecimento do processo, para estabelecer o procedimento do processo com fulcro e conforme previsão legal (a partir do estabelecimento da vontade popular e democrática). Esse fato de análise do processo proporcionou o fato jurídico que também deu impulso ao movimento procedimentalista, que é a “ ... codificação napoleônica, que, ao separar a legislação processual civil (1806) da legislação processual penal (1808), e estas dos respectivos corpos legais substantivos, marca um roteiro que é logo seguido pelas demais nações, fazendo brotar cátedras e livros independentes consagrados ao seu estudo.
 Na própria Franca, as Ordenações de Luís XIV deslindam e agrupam as normas processuais em separado dos preceitos substantivos (em 1667, sobre procedimento civil, e, em 1670, sobre procedimento criminal), mas o intento não logrou a ressonância e o êxito dos corpos legais processuais promulgados por Napoleão.
 As obras de caráter procedimentalista realizam uma análise exegética dos textos legais e uma descrição dos fenômenos processuais, com base na regulamentação legal.”
 
	Assim, com o movimento procedimentalista se tem o fechamento da fase sincretista, pela publicação da avançada obra para o seu tempo “Teoria das Exceções Processuais e os Pressupostos Processuais”, de autoria de Oscar Von Bülow (1856), encerra-se um longo período desde os Romanos, iniciando daí a fase AUTÔNOMA ou CONCEITUAL DO PROCESSO, pelo estabelecimento da idéia de processo como ciência, provocando o desligamento das matrizes conceituais e funcionais antes situadas no direito material, como resultado das especulações dos alemães sobre a natureza jurídica da ação no tempo moderno e acerca da própria natureza jurídica do processo. 
	Portanto, 
2 - Fase Autonomista
	A segunda fase autonomista, ou conceitual, é marcada pelas grandes construções científicas do direito processual, pois é nesse período da modernidade, a partir de meados do século XIX, que teve lugar as grandes teorias do direito processual, durando praticamente um século, época que se buscou “... a afirmação da autonomia científica do direito processual”, “... período, em que as grandes estruturas do sistema foram traçadas e os conceitos largamente discutidos e amadurecidos”. �
	Essa fase científica do processo, questionou-se o tradicional conceito de ação e afirmou sua grande diferença, seja no plano conceitual ou funcional, tendo em vista que, a actio romana que não é instituto de direito material, mas processual, não se dirige ao adversário, mas ao juiz, não tem por objeto o bem litigioso, mas a prestação jurisdicional. 	Assim, tal revolução provocada por essas afirmações acabou gerando reações em cadeia, que chegaram até a plena consciência da autonomia não só da ação, mas também dos demais institutos processuais.
	O ano de 1868 é apontado tradicionalmente como o marco mais importante da evolução teórica e conceitual do processo, pois foi neste ano que Oskar Von Büllow lançou seu livro "A Teoria das Exceções Dilatórias e dos Pressupostos Processuais", onde o autor afirma que o processo é uma relação que se prepara por meio de atos particulares e só aperfeiçoa com a litiscontestatio, ou seja, um contrato de direito público pelo qual de um lado, o tribunal assume concreta obrigação de decidir e realizar o direito deduzido em juízo e, de outro, as partes ficam obrigadas a prestar sua colaboração indispensável e submeter-se aos resultados dessa atividade comum. Verifica-se que Büllow não conseguiu afastar-se da idéia de litiscontestatio como centro do processo, mas deu-lhe novo contorno publicístico (embora sempre contratual). Mesmo assim, o grande mérito do estudioso está na separação de duas ordens de relações: uma material, que se discute, no âmbito do processo e que forma seu objeto; outra, processual, entre autor, réu e juiz (isto é Estado) e tem como objeto a prestação jurisdicional, sujeita a pressupostos especiais ( os pressupostos processuais).
 
	Portanto, a primeira dessas repercussões foi a tomada de consciência para a autonomia da relação jurídica processual, que se distingue daquela de direito substancial pelos seus sujeitos, seus pressupostos e seu objeto, tendo como grande responsável por tais estudos, conforme acima demonstrado, BÜLOW, para quem, também conforme acima demonstrado, o processo é uma relação jurídica pública “(vincula o Estado) que avança gradualmente e se desenvolve passo a passo. Essa relação jurídica (processual) não se identifica com as relações jurídicas privadas que constituem a matéria do debate judicial porque estas se apresentam totalmente concluídas enquanto aquela se encontra apenas no embrião”.�
	Contudo, a posição de Büllow é criticada especialmente quando centraliza toda a sua teoria num suposto contrato de direito público que geraria a relação jurídica processual e a obrigação de colaboração das partes e do juiz. Por outro lado, as obrigações do juiz - que teriam suporte contratual - não estariam sujeitas à sanção. Por fim critica-se também a desnecessidade da presença de todos os pressupostos processuais (que seriam pressupostos da relação jurídica processual) para que se iniciasse o processo e se aperfeiçoasse a prestação jurisdicional pelo Estado: assim havia atividade processual sem que houvesse - na visão de outro autor - relação jurídica processual. Mais tarde tal questão seria resolvida com precisão ao verificar-se que os pressupostos de Büllow referiam-se às condições essenciais para que se julgasse o mérito da questão.
	Nessa fase, importante também foi Adolph Wach, que em 1885, publica a obra Manual de Direito Processul Civil Alemão (Handbuch des Deutschen Zivilprozessrechts), “que entre outros méritos, pôs em relevo a autonomia do direito de ação, provocando uma polêmica que até hoje não se pode dizer completamente encerrada”.�
	Certo é que nessa fase autônoma, sem desprezo dos demais grandes autores, destaca-se Bülow e Wach. O primeiro “... demonstrou a natureza jurídica do processo como algo autônomo das relações jurídicas privadas e, além disso, relação jurídica pública, desvinculando, assim, o processo das concepções privatistas”. O segundo, por sua vez, “... convoca a doutrina para uma reflexão sobre a natureza jurídica da ação, concebendo-a como um direito autônomo, também de natureza pública, que não pressupõe necessariamente o direitosubjetivo material”.�
	Todavia, essa segunda fase, peca pela ausência de uma visão ou postura crítica, eis que ao estudar o processo totalmente independente do direito material, apenas visto a partir da singela alegação como “instrumento técnico predisposto à realização da ordem jurídica material, sem o reconhecimento” de sua função maior que é trazer o direito e a justiça nas pacificações de conflito, fez surgir na Europa movimentos tanto na própria área jurídica como sociais (trabalhadores, movimentos humanistas etc.), na busca de resgatar a aplicação do direito e da justiça nas soluções de conflito.
	Em avanço do direito processual, surge o período ou fase da Instrumentalidade do processo, sem negar a fase autonomista, impõe o deslocamento do ponto de visto introspectivo (aspectos internos do processo, ação e jurisdição), para analisar o processo pelo aspecto externo, pelo seu resultado e efetividade, ou seja, analisa o processo a partir da efetivação deste perante à população destinatária.
3 - Fase Instrumentalista
	Como exposto nos itens anteriores, vimos que pouco a pouco o processo foi ganhando espaço, ou seja, se desentranhou do direito substancial, foi intitulado como ciência, definido o seu objeto, estabelecidas as suas grandes premissas metodológicas e traçada a sua estrutura sistemática.
	Para esta fase, a instrumentalidade é o núcleo e a síntese dos movimentos pelo aprimoramento do sistema processual, sendo consciente e inconscientemente tomada com premissa pelos que defendem o alargamento da via de acesso ao Judiciário e eliminação das diferenças de oportunidades em função da situação econômica dos sujeitos nos estudos e propostas pela garantia da ampla defesa ou pela igualdade em qualquer processo, no aumento da participação do juiz na instrução da causa e da sua liberdade na apreciação do resultado da instituição.
	Esta nova perspectiva constitui abertura do sistema processual aos pensamentos da Política e da Sociologia do Direito. Propõem-se a desmistificação das regras do processo e de suas formas e a correspondente otimização do sistema, para a busca da efetividade do processo.
Senão, vejamos:
3.1 - INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO
3.1.1 - Instrumentalidade pela Instrumentalidade
	A obra "Instrumentalidade do Processo" de Cândido Rangel Dinamarco, representa um dos marcos, no Brasil, da nova perspectiva do processo moderno, visto como instrumento da concretização da Justiça. Através da relação entre o processo e o direito e os valores sociais e políticos, e sustentado pelo método teleológico de interpretação das normas processuais, o Autor enfatiza, de modo especial, o ideal de efetividade do processo e de sua instrumentalidade para a realização da Justiça como a própria expressão do direito. Examinando temas atualíssimos, como o acesso à Justiça e, em conseqüência, do processo como instrumento de execução de uma ordem jurídica justa, considera as perspectivas abertas com experiências já vitoriosas, v.g. os Juizados Informais de Conciliação , a Lei das Pequenas Causas, o Código de Defesa do Consumidor e a Tutela Jurisdicional do meio-ambiente, os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, concluindo pela necessidade de conscientização, por parte dos profissionais e estudiosos do processo, dessa nova ordem, livre de formalismos e dotada de elevado grau de fidelidade aos objetivos que a legitimam perante a sociedade, conforme se vê na lição referida:
	"A força das tendências metodológica do direto processual civil na atualidade dirige-se com grande intensidade para a efetividade do processo, a qual constitui expressão resumida da idéia de que o processo deve ser apto a cumprir integralmente toda a sua função sócio-político-jurídica, atingindo em toda a plenitude todos os seu escopos institucionais. Essa constitui a dimensão moderna de uma preocupação que não é nova e que já veio expressa nas palavras muito autorizadas de antigo doutrinador: "na medida do que for praticamente possível, processo deve proporcionar a quem tem um direito tudo aquilo e precisamente aquilo que ele tem o direito de obter"."(...) Pois a efetividade do processo, entendida como se propõe, significa a sua almejada aptidão a eliminar insatisfações, com justiça e fazendo cumprir o direito, além de valer com meio de educação geral para o exercício e respeito aos direitos e canal de participação dos indivíduos nos destinos da sociedade e assegurar-lhes a liberdade. Sempre, como se vê, é a visão dos objetivos que vem a iluminar os conceitos e oferecer condições para o aperfeiçoamento do sistema."�
	
	Assim, o objetivo desta corrente é a integração da ciência processual no quadro das instituições sociais, do poder e do Estado, com a preocupação de definir funções e medir a operatividade do sistema em face da missão que lhe é reservada, qual seja de pacificação social. 
	
	Outra obra de igual importância é aquela subscrita por Ada Pellegrini Grinover, Antônio Carlos de Araújo Cintra e Cândido R. Dinamarco, Teoria Geral do Processo, que também aderiu à esta corrente, que dispõe:
	"Falar em instrumentalidade do processo, pois, não é falar somente nas suas ligações com a lei material. O Estado é responsável pelo bem estar da sociedade e dos indivíduos que a compõem: e, estando o bem-estar social turbado pela existência de conflitos entre pessoas, ele se vale do sistema processual para, eliminando os conflitos, devolver à sociedade a paz desejada. O processo é uma realidade desse mundo social, legitimada por três ordens de objetivos que através dele e mediante o exercício da jurisdição o Estado persegue: sociais, políticos e jurídicos. A consciência dos escopos da jurisdição e sobretudo do seu escopo social magno da pacificação social constitui fator importante para a compreensão da instrumentalidade do processo, em sua conceituação e endereçamento social e político."�
	Ao que se vê, para esta corrente, a função Jurisdicional do Estado é fator de eliminação dos conflitos que afligem as pessoas e lhes trazem angústia; e advertem aos encarregados do sistema, quanto à necessidade de fazer do processo um meio efetivo para a realização da justiça. Para tanto, o processo é a materialização do Poder Jurisdicional, que tendo em vista as idéias do Estado Social que o reconhece como função fundamental de promover a plena realização dos valores humanos.
	Nota-se, hoje que a concepção de instrumentalidade encontra-se em plena evolução, pois se abandonou o marco formal, para atingir a instrumentalidade substancial, vista a partir do processo pela oportunidade das partes apresentarem suas razões e não mais como resultados de existência e justificativa para a sentença do juiz.
	Para tanto, no decorrer deste capítulo será demonstradas as várias fases da evolução do processo, na concepção de diferentes autores. 
3.1.2 - A Instrumentalidade Constitucionalizada (pelo prisma da proteção constitucional).
	Aroldo Plínio Gonçalves inspirado nas lições de Élio Fazzalari, traz em sua obra Técnica Processual e Teoria do Processo a retomada de conceitos de alguns institutos processuais face a importância crescente que estes adquiriram na época contemporânea, mas que ainda não atingiram o ápice de seu movimento ascendente. Pois ainda existem problemas que retardam a marcha processual causando fracasso no progresso do processo quanto as formas de solução dos conflitos.
	Assim, previamente, vamos nos ater a esta nova conceituação dada por Fallazari, tendo em vista que apesar de muitas vezes designados com o mesmo nome dos conceitos tradicionais, não possuem a mesma conotação e conseqüentemente referem-se a realidades jurídicas diferentes. Vejamos:	
	"Norma jurídica: é contemplada não apenas como "cânone de valoração de uma conduta", isto é, como regra vinculante e exclusiva que expressa os valores da sociedade, mas também em relação à conduta por ela descrita. Sendo o ato sinônimo de conduta (que tem no comportamento o seu conteúdo), dessa valoração resulta a qualificaçãodo ato jurídico como lícito ( o uso do próprio bem), ou como devido. 
	Procedimento: não é atividade que se esgota no cumprimento de um único ato, mas requer toda uma série de atos e uma série de normas que os disciplinam, em conexão entre elas, regendo a seqüência de seu desenvolvimento.
	Provimento: implica na conclusão de um procedimento, pois a lei não reconhece sua validade, se não é precedido das atividades preparatórias que ela estabelece. Mas o provimento pode ser visto como ato final do procedimento não apenas porque este se esgota na preparação de seu advento. Pode ser concebido como parte do procedimento, como seu ato final, como último ato de sua estrutura. É na possibilidade de se "enuclearem" os provimentos em conjunto, segundo esta ótica, pela qual eles são o próprio ao final do procedimento, que Fallazari encontra a perspectiva própria para o estudo do Processo.
	 Processo: é "espécie " de procedimento realizado através do contraditório entre os interessados, que no processo jurisdicional, são as partes."�
	"Contraditório: é a garantia de participação em simétrica paridade, das partes, daqueles a quem se destinam os efeitos da sentença, daqueles que são os "interessados", ou seja, aqueles sujeitos do processo que suportarão os efeitos do provimento e da medida jurisdicional que ele vier impor ."�
	
	Agora, diante desta nova visão de Fallazari o processo passa a ser o procedimento realizado em contraditório. Assim, o processo caracteriza-se por ser uma atividade em contraditório cuja estrutura normativa (organizada por uma forma especial de conexão das normas e dos atos por ela disciplinados) exige que, na fase que precede o provimento, o ato final de caráter imperativo, seja garantida a participação daqueles que são os destinatários de seus efeitos, em contraditório, ou seja, em simétrica igualdade de oportunidade, e pelo dizer e contradizer, que resulta da controvérsia sobre os atos, seja-lhe assegurado o exercício do mesmo controle sobre a atividade processual.
	O processo, como procedimento realizado em contraditório entre as partes, cumprirá sua finalidade garantindo a emanação de uma sentença participada. Os seus destinatários já não precisão recear pelas preferências ideológicas dos juízes, porque, participando do iter da formação do ato final, terão sua dignidade e sua liberdade reconhecidas e poderão compreender que um direito é assegurado, uma condenação é imposta, ou um pretenso direito é negado não em nome da quaisquer nomes , mas apenas em nome do Direito, construído pela própria sociedade ou que tenha sua existência por ela consentida. 
 
3.2 - A Instrumentalidade Constitucionalizada pela Concretização na Prática de sua Idealização.
	A Constituição Federal, especialmente em uma sociedade que se propõe a edificar um Estado Democrático de Direito, é a referência maior das garantias individuais e coletivas e estabelece o grau de segurança jurídica da cidadania. Assim explicita o ilustre Constitucionalista,
 
	" Nossa Constituição é rígida. Em consequência, é a lei fundamental e suprema do Estado Brasileiro. Toda autoridade só nela se encontra fundamento e só ela confere poderes e competências governamentais. Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os dos Municípios ou do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa ou implicitamente, pelas normas positivas daquela norma fundamental. Exercem suas atribuições nos termos nela estabelecidos. Por outro lado, todas as normas que integram a ordenação jurídica nacional só serão válidas se se conformarem com as normas da Constituição Federal. � 
	Assim se baseia a obra Teoria Geral do Processo - Primeiros Estudos, de Rosemiro Pereira Leal, defendendo o processo como ato de legitimação constitucional da atividade de administração de justiça pública . O autor parte do pressuposto de que:
	 (...) "A legitimidade fundante e a validade das instituições jurídicas emergem da estrutura normativa constitucional, quando é esta garantidora da atuação permanente da cidadania na transformação de preservação do Estado e das demais instituições. A Constituição não é mais instrumento estatal magno, político-normativo de asseguração de equilíbrio entre poderes imanentes ao Estado e a serviço do voluntarismo deste ou de mera distribuição de funções, competências e atribuições administrativas, judiciária, jurisdicionais e legislativas para fins de bem-estar e paz social não devidamente equacionadas em parâmetros institucionais inequívocos e eficazes. Atualmente é a Constituição, quando oriunda livremente do povo em paradigmas universais de dignidade e liberdade humanas, a única fonte de poder legítimo jurídico-institucional, e não mais o Estado ou outras esferas funcionais que só se legitimam em razão de nela terem origem ."�
	Assim, o Estado está em situação isonômica com as outras instituições e já não é mais o ordenamento em pessoa. O Processo, como instituição jurídica deste ordenamento é construído pelos referentes princípios normativos da estrutura institucional constitucionalizada, e não um ato ou meio ritualístico sentencial e solitário do Estado/Juiz.
	Neste contexto, o processo não é somente técnica. É na verdade, o resultado de séculos de lutas, guerras que objetivaram dar transparência ao ato de julgar. Logo, deve ser reconhecida a importância dos princípios constitucionais que o norteiam sob pena de considerá-lo um mero conjunto de atos processuais, confundindo-o com o rito (procedimento), desvinculado de origem e natureza não só pública, como constitucional, a serviço da jurisdição.
	Para tanto, o princípio fundamental do processo, elevado à categoria de dogma constitucional é o princípio do due process of law, sob o qual todos os demais se sustentam. Este princípio tem sido construído ao longo da evolução das sociedades civilizadas. Conforme a história, o primeiro texto jurídico que, em tese, teria feito menção a tal preceito foi a Magna Carta de João Sem Terra, no ano de 1215. 
Tal princípio encontra-se expressamente consagrado na Constituição Federal/88, insculpido no artigo 5º, inciso LIV, com a seguinte redação: 
	"Art.5º omissis
	LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. "
	Ao que se vê o aludido princípio garante a tutela à vida, à liberdade e à propriedade, genericamente. Nada mais é que a possibilidade efetiva de se assegurar a parte amplo acesso à justiça, salvaguardando-se outros preceitos que assegurem o equilíbrio entre partes e juiz durante a tramitação processual (direito a um processo "justo"). Verifica-se, facilmente, que se o "devido processo legal" é uma das grandes garantias de uma efetiva cidadania, nada mais acertada que sua previsão no texto constitucional, informando todos os demais princípios correlatos, como o contraditório, da ampla defesa, da isonomia.
	Para salientar esta realidade, necessário se faz a menção das palavras de Cintra, Grinover e Dinamarco, acerca do princípio do devido processo legal:
	
	"o devido processo legal, como princípio constitucional, significa o conjunto de garantias de ordem constitucional, que de um lado asseguram às partes o exercício de suas faculdades e poderes de natureza processual e, de outro legitimam a própria função jurisdicional."�
	
 	Na visão de Rosemiro Pereira Leal, os princípios constitucionais do processo deixam de ser meros princípios procedimentais, criados a esmo pela constituição, e passam a ser princípios e institutos do Processo Constitucionalmente construídos e unificados, assegurando o exercício pleno da cidadania. Ao defender esta visão constitucionalista do processo, diz:
	 "não basta dizer, como quer Fazzalari, que o Processo é um procedimento técnico-estrutural em contraditório entre as partes, porque o simples dizer que o processo é um procedimento em contraditório não emprestaria necessária e juridicamente ao procedimento, por garantia fundamental, o predicado principiológico,banalizador e definidor do contraditório. (...) em igual equívoco também incidem os seguidores da Teoria Instrumentalista do Processo como relação jurídica entre o juiz e as partes, em que se confere ao juiz "participação" imaginosa liberdade na construção do procedimento."� 
	Para esta teoria, o processo é na verdade através dos princípios constitucionais que o norteiam, não somente instrumento da atividade jurisdicional, mas além disso o único instituto legitimador da atividade jurisdicional.
3.3 Instrumentalidade Substancial
	Kazuo Watanabe, em sua obra Da Cognição no Processo Civil, parte do estudo da Cognição fazendo-o a partir do patamar que denominou de Instrumentalidade Substancial, com o objetivo de alcançar a efetividade da tutela do direito através processo. Assim, ao qualificar a instrumentalidade de substancial, está se referindo metaforicamente, com sendo uma substância, o conteúdo, ou seja, o a instrumentalidade não está somente ligada a forma, mas também a valoração de todo o conteúdo do processo. 
	Neste sentido, faz a seguinte conceituação de Cognição
	
	"É ela prevalentemente um ato de inteligência, consistente em considerar, analisar e valorar as alegações e as provas produzidas pelas partes, vale dizer, as questões de fato e as de direito que são deduzidas no processo e cujo resultado é o alicerce, o fundamento do judicium, do julgamento do objeto litigioso do processo."�
 
	Dentro desta concepção, o processo é um instrumento técnico-jurídico, teologicamente considerado, sendo a cognição um elemento deste, pois em si só não expressa a maneira correta de exercer a tutela jurídica. Esta referida técnica é no sentido da utilização da cognição de diferentes modos, dinamicamente, e não a cognição considerada em si, estaticamente, pois é através dela que o juiz "colhe" o material indispensável à prestação da tutela processual que a ele compete.
	
	Assim, a cognição serve, no processo, como método sistemático que a ciência oferece, para que se chegue, sistematicamente ao máximo de conformidade, que está à base do princípio de congruência entre o pedido e a sentença.
	O eminente autor acredita que deva haver uma maior aproximação o direito material e o direito processual, ou seja, devem se constituir num método de pensamento unitário, de modo que se atinja o objetivo comum, que é o de tutela efetiva de todos os direitos.
	Assim, diz que o ponto de confluência das duas correntes é alcançado pela pesquisa dos aspectos constitucionais do processo civil, fazendo a seguinte observação:
	"A importância desses estudos é ressaltada por Liebman, que observa que os diversos ramos do direito são partes constitutivas de uma unidade, encontrando-se ligados entre si por um princípio de coerência que torna essa unidade um todo indivisível, cujo centro é representado pelo direito constitucional."�
	Conclui-se que o texto constitucional, em sua essência, assegura uma tutela qualificada contra qualquer forma de denegação da justiça, abrangente tanto das situações processuais como das substanciais.
	Percebe-se que o objetivo do autor é fazer com que o processo tenha plena e total aderência à realidade sócio-jurídica a que se destina , servindo de instrumento à efetiva realização dos direitos.
4 - CONCLUSÃO
No decorrer desta monografia foi demonstrada a evolução do processo desde a fase sincretista até fase contemporânea, que é a Instrumentalidade Substancial.
Sucintamente, vimos que, após a fase autonomista, marcada pelas grandes construções científicas do direito processual, os processualistas voltam suas atenções aos resultados práticos do processo, passando a vê-lo a partir de um ângulo externo. Pois os processualistas contemporâneos se preocupam com as vertentes da efetividade do processo, como instrumento da tutela de direitos. 
	Assim, Cândido Rangel Dinamarco, Ada Pellegrini Grinover, Antônio Carlos de Araújo Cintra, dentre outros trouxeram uma nova visão processual, com a nova tendência metodológica representada pela bandeira da efetividade do processo, pelo destaque ao seu caráter instrumental e pela exaltação de sua missão perante a sociedade, qual seja, de pacificação social. 
 
	Outro processualista citado neste trabalho, foi Aroldo Plínio Gonçalves, que inspirado nas lições de Élio Fazzalari, constrói novos conceitos para os institutos processuais, defendendo que o Processo é o procedimento realizado em contraditório.
	Discordando destas idéias supracitadas, o processualista mineiro, Rosemiro Pereira Leal acredita que o processo é na verdade através dos princípios constitucionais que o norteiam, não somente instrumento da atividade jurisdicional, mas além disso o único instituto legitimador da atividade jurisdicional.
	Kazuo Watanabe, abandonando o marco da instrumentalidade formal, para atingir a instrumentalidade substancial, com o objetivo de fazer com que o processo tenha plena e total aderência à realidade sócio-jurídica a que se destina, cumprindo sua primordial vocação que é a de servir de instrumento à efetiva realização dos direitos.
	Percebe-se que a preocupação, destes processualistas, concentra-se em relação ao mecanismo em que o Estado coloca a disposição das partes para que estas possam buscar a tutela jurisdicional que lhe é devida, qual seja o processo, não sob o aspecto teórico, mas sim sob o social.
 	Assim, pude chegar a conclusão de que embora com fundamentos diferenciados, estes estudiosos partem hoje, com uma visão mais crítica e mais ampla da utilidade deste instituto, para buscar um instrumentalismo mais efetivo do processo, dentro de uma ótica mais abrangente e mais penetrante de toda a problemática sócio-jurídica. 
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5 - BIBLIOGRAFIA
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5- COUTURE, J. Eduardo - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
 PROCESSO CIVIL, 3ª ed., Rio de Janeiro, Editora Forense, 1998.
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 10 - PRATA, Edson. História do Processo Civil e sua Projeção no Direito Moderno. 
 Ed. 1987, Rio de Janeiro: Forense, 1987.
11 - PACHECO, José da Silva. Evolução do Processo Civil Brasileiro. 2ª ed., Rio 
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� Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pelegrine Grinover, Cândido R. Dinamarco, Teoria Geral do Processo, 13ª ed. São Paulo: Malheiros Editores.1996, p. 41.
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Elementos de Teoria Geral do Processo, pág. 27
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Ob. Cit, pág. 27.
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Ob. Cit, pág. 27.
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Ob. Cit, pág. 29.
� Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pelegrine Grinover, Cândido R. Dinamarco, Teoria Geral do Processo, 13ª ed. São Paulo: Malheiros Editores. 1996 p. 41. 
� Antônio Carlos de Araújo Cintra, AdaPelegrine Grinover, Cândido R. Dinamarco, Teoria Geral do Processo, 13ª ed. São Paulo: Malheiros Editores. 1996 p. 41. 
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Ob. Cit, pág. 31.
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Ob. Cit, pág. 33.
� ALVIM, José Eduardo Carreira. Ob. Cit, pág. 33-4.
� Cândido Rangel Dinamarco, Instrumentalidade do Processo, 5ª ed. São Paulo: Malheiros Editores. 1996
� Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pelegrine Grinover, Cândido R. Dinamarco, Teoria Geral do Processo, 13ª ed. São Paulo: Malheiros Editores.1996
� Gonçalves, Aroldo Plínio. Técnica Processual e Teoria do Processo. 1ªed. Rio de Janeiro: Aide Editora, p. 106/107:1992.
� Gonçalves, Aroldo Plínio. Técnica Processual e Teoria do Processo. 1ªed. Rio de Janeiro: Aide Editora, p. 120:1992.
� Silva, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 18ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, p. 48:2000.
� Leal, Rosemiro Pereira. Teoria Geral do Processo - Primeiros Estudos. 1ª ed. Porto Alegre: Síntese , p. 48 1999.
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� Leal, Rosemiro Pereira. Teoria Geral do Processo - Primeiros Estudos. 1ª ed. Porto Alegre: Síntese , p. 51 1999.
� Watanabe, Kazuo. Da Cognição no Processo Civil. 2ª ed. Campinas: Bookseller, p.18:2000.
� Watanabe, Kazuo. Da Cognição no Processo Civil. 2ª ed. Campinas: Bookseller, p.26:2000.

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