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*
Prof Flavia costa Nunes
*
CONSIDERAÇÕES
	As doenças cardiovasculares, dentre elas o IAM , são as principais causas de morte no Brasil, quase metade de todas as mortes nos EUA e em outros países desenvolvidos.
	Segundo dados do DATASUS, cerca de 66.000 pessoas morrem todos os anos devido ao infarto em nosso país.
	Cerca de 60% dos óbitos por IAM acontecem na primeira hora após o início dos sintomas.
	
*
FISIOPATOLOGIA
		O suprimento de sangue para o coração é feito através das artérias coronárias, que surgem da artéria aorta. São duas as principais artérias coronárias: direita e esquerda que bifurca em artéria descendente anterior e circunflexa.
	A interrupção do suprimento ou fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco é causado pela obstrução de uma artéria coronária ou de um de seus ramos.
*
*
CONCEITO
	*É conhecido como ataque cardíaco, obstrução coronariana.
	*É um dano do músculo do coração, causado por uma redução ou falta no suprimento de sangue em uma determinada área do coração.
	*É a morte da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de O2 ao músculo cardíaco.
*
CAUSAS
		O IAM ocorre quando há uma ruptura de uma placa de colesterol, levando à formação de um trombo no local, que leva à obstrução da artéria.
		Outra causa relacionada ao IAM é a ocorrência de uma severo espasmo coronariano.
*
*
Artéria coronária cortada transversalmente, mostrando luz normal (esquerda) e luz obstruida por placa aterosclerótica (direita). 
*
SINTOMAS
Dor no peito prolongada - precordial, subesternal, epigástrica, abdominal alta.
Não limitada a uma área localizada, mas espalhada.
Irradiada para braço e mão esquerda, ombros, mandíbula,pescoço.
Pode ser assintomático
*
	Às vezes a dor piora ao deitar-se. Pode associar-se com falta de ar, náuseas, vômitos, palpitações, fadiga, suor frio pelo corpo.
	Outros sintomas observados são: palidez da pele, inquietação, tonturas, confusão mental e desmaios.
*
DIAGNÓSTICO
	Para OMS o infarto agudo do miocárdio será diagnosticado se o paciente apresentar duas das alterações abaixo:
História típica de dor precordial
Alterações eletrocardiográficas
Elevação enzimática
*
CARACTERÍSTICAS ELETROCARDIOGRÁFICAS
Elevação do segmento ST
Onda Q
Onda T invertida
ECG normal
Elevação de ST
Inversão de onda T
Onda Q importante
*
Estas alterações são observadas em derivações diferentes de acordo com o sítio do infarto.
Parede anterior: V1 a V4
*Artéria descendente anterior
Parede lateral: D1 e aVL, V5 e V6
*Artéria circunflexa 
Parede posterior: V1 e V2 ( V7 e V8)
*Artéria coronária direita ou artéria circunflexa
Parede inferior: D2, D3 e aVF
*Artéria coronária direita
*
As enzimas mais pesquizadas são a Troponina, CKTotal, CKMB, TGO e LDH.
*
A – CKMB –isoenzima do músculo cardíaco; marcador padrão para o diagnóstico do IAM. Normalidade de 10 a 25.
	Eleva entre 3 a 6 horas após o início dos sintomas.
	Pico entre 16 a 24 horas.
	Normaliza entre 48 a 72 horas.
	É feita 4 dosagens seriadas com intervalo de 3 horas cada, a partir da admissão.
*
B – Troponina – proteína cardíaca, sensível e específica para lesão de células miocárdicas.
	Normal: < 1,0
	Eleva entre 3 a 8 horas.
	Pico entre 36 a 72 horas.
	Normaliza entre 5 a 14 dias.
*
C – LDH – não é mais recomendada devido ao surgimento de outros marcadores bioquímicos de lesão miocárdica mais específicos.
	Atinge nível alterado após 10 horas de IAM.
	Pico entre 24 a 48 horas.
	Permanece elevada por cerca de 6 a 8 dias.
*
FASES DO I.A.M.
Aguda – elevação do ST, T positiva (aumentada).
Sub aguda – T invertida, ST retorna a linha de base, aparecimento da Q.
Crônica – ondas Q e elevação de ST desaparece.
*
CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP
I – Sem sinais de ICC- sem dispnéia; sem ruídos adventícios;mortalidade de 6%.
II – ICC discreta- dispnéia e estertores pulmonares; ruídos adventícios em 50% do território pulmonar; mortalidade de 17%.
III – Edema Agudo de Pulmão – ruído adventício em mais da metade de cada campo pulmonar; mortalidade de 38%.
IV – Choque Cardiogênico – congestão pulmonar; mortalidade de 81%
*
FATORES DE RISCO PARA O I.A.M.
Fatores que podem ser controlados:
Tabagismo
Hipertensão arterial
Colesterol alto
Sobrepeso e obesidade
Sedentarismo
Diabetes Mellitus
Uso de contraceptivos orais por mulheres com mais de 40 anos
Períodos prolongados de tensão,frustações ou hostilidade.
*
Fatores que não podem ser mudados ou controlados:
Idade – a incidência aumenta depois dos 30 anos.
História familiar de DAC ou predisposição genética.
*
COMPLICAÇÕES
Arritmias cardíacas
Bloqueio atrio-ventricular
Choque cardiogênico
Tromboembolia pulmonar e sistêmica
Pericardite
Disfunções das válvulas cardíacas
Aneurisma cardíaco
*
TRATAMENTO
OBJETIVO:
	
		Diminuir a lesão miocárdica e reduzir as complicações. Envolve cuidados gerais como repouso, monitorização intensiva da evolução da doença, uso de medicações e procedimentos chamados invasivos.
*
MEDIDAS GERAIS:
Internamento em U.C. com monitorização contínua, oxigênio sob cateter, manter linha venosa de bom calibre. Repouso por completo no leito, tanto físico como mental.
*
Dieta – líquida nas primeiras 24 horas, seguida de pastosa e branda, hipossódica, hipocalórica e dividida em vários intervalos durante o dia. Pobre em colesterol e gorduras em geral (saturadas).
*
Controlar a dor – morfina (opióide) – alivia a dor, ansiedade e tem ação vasodilatadora adjuvante.
	Cuidados de enfermagem: Monitorar a frequência cardíaca, pressão arterial, padrão respiratório,atenção aos sinais de náuseas, sonolência e rebaixamento do nível de consciência.
*
Antiagregante plaquetário – AAS – previne a formação de trombos.
	Cuidados de enfermagem: mastigar e engolir.
*
Nitrato – para diminuir a dor isquêmica; dilata as artérias coronarianas. Usado sublingual (Isordil) e em 3 doses separadas por intervalo de 5 min e I.V.(Tridil).
	Cuidados de enfermagem: monitorar pressão arterial e cefaléia.
*
Trombolíticos – medicações que dissolvem o trombo ou coágulo no interior das coronárias. Indicado para pacientes nas primeiras 12 horas. Ex: Estreptoquinase
	
	Cuidados de enfermagem: monitorizar sangramento, queda de P.A., observar o aparecimento de taquicardia ou bradicardia.
*
Beta-bloqueadores – tem efeito predominante na redução do consumo de oxigênio pelo miocárdio, controlando a frequência cardíaca e a pressão arterial reduzindo a contratilidade do músculo cardíaco. Ex: Metoprolol, propanolol.
	Cuidados de enfermagem – atenção à frequência cardíaca e administração endovenosa.
*
Angioplastia - consiste em uma técnica de revascularização. Primária com balão ou implante de stent.
Cirurgia cardíaca – revascularização miocárdica.
*
MEMORIZAR
MONA – tratamento geral inicial para o IAM
Morfina – a cada 5 a 15 min.
Oxigênio – 3l/min a 100%.
Nitrato – sublingual, 3 doses a cada 5min.
Aspirina – mastigar e engolir.
*
Abordagens e Condutas Pré-hospitalares
Realizar a avaliação primária ABCD e colher informações.
Perguntar sobre outros episódios de dor; diagnósticos prévios e uso de medicações.
Todo paciente adulto com dor torácica aguda e de forte intensidade deve ser considerado como vítima de IAM, até que prove ao contrário.
Manter a vítima em repouso absoluto.
Tranquilizar pacientes lúcidos.
*
6. Caso o paciente se torne inconsciente, abrir vias aéreas e assistir a respiração. 
7. Administrar oxigênio suplementar - 3l/min a 100%
8. O transporte rápido é fundamental.
9. Obter acesso venoso periférico em membro superior.
10. Reavaliar frequentemente o paciente.
11. Preparar para complicações súbitas – parada cardíaca, choque ou edema pulmonar agudo.
*
CUIDADOS GERAIS DE ENFERMAGEM
OBJETIVOS:
Prevenir a morte por arritmia, assistolia e choquecardiogênico.
Limitar o tamanho do infarto.
Favorecer a cicatrização do miocárdio.
Facilitar a reabilitação.
*
Repouso absoluto no leito (o repouso diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio)
Cabeceira elevada a 30°.
Oxigenoterapia – 3l/min.
Verificar sinais vitais de 2/2 horas.
Manter monitorização eletrocardiográfica (para detectar precocemente arritmias)
Controle hídrico rigoroso(a atenção cuidadosa para o volume hídrico evitará sobrecarga cardíaca e pulmonar).
Prestar cuidados de higiene no leito.
*
Administrar medicamentos prescritos e comunicar efeitos colaterais como: hipotensão, depressão respiratória...).
Manter ambiente tranquilo (o estresse aumenta o consumo de oxigênio pelo miocárdio).
Oferecer dieta leve, hipossódica, hipolipídica, hipocalórica.
Realizar ECG de 12 derivações na internação, 12 horas após a internação, diariamente até a alta e em caso de dor.
*
Observar e anotar função intestinal e renal.
Dosagem de enzimas, eletrólitos e estudo de coagulação.
Verificar e anotar volume urinário ( a oligúria é um sinal precoce do choque cardiogênico)
Orientar familiares.
Orientar paciente para alta.
*
Avaliar níveis de consciência, orientação no tempo e espaço, comunicar imediatamente qualquer alteração.
Verificar pulso periférico, frequência, ritmo e volume, qualquer alteração deve ser comunicada imediatamente.
Promover conforto físico ao paciente, dispensando-lhe cuidados individualizados.
O paciente infartado precisa ser continuamente observado para possíveis complicações.
*
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM E CONDUTAS
Dor torácica – relacionada ao menor fluxo sanguíneo coronariano.
	Conduta: aliviar a dor
Avaliar, documentar e relatar ao médico.
Obter ECG de 12 derivações.
Administrar medicação prescrita.
Assegurar repouso físico.
Administrar oxigênio.
*
Potencial para alteração nos padrões respiratórios – relacionado à sobrecarga hídrica.
	Conduta – reduzir/eliminar as dificuldades respiratórias.
*
Potencial para perfusão tecidual inadequada – relacionada à diminuição do débito cardíaco.
	Conduta: manter/estabelecer a perfusão tecidual adequada.
Avaliar: hipotensão; cansaço; taquicardia; arritmia; alterações mentais; redução do débito urinário; extremidades frias e cianóticas.
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Ansiedade - relacionada ao medo da morte.
	Conduta: reduzir a ansiedade.
Potencial para falta de adesão ao programa de autocuidado – relacionado a negação do diagnóstico de IAM.
	Conduta: cumprir um programa de autocuidado.
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PREVENÇÃO
CONTROLAR A PRESSÃO ARTERIAL, DIABETIS E VIDA SEDENTÁRIA.
PARAR DE FUMAR.
REDUZIR NÍVEIS DE COLESTEROL E TRIGLICÉRIDES.
PERDER PESO, EM CASO DE OBESIDADE OU SOBREPESO.
ATIVIDADE FÍSICA
*
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brunner and Suddarth; Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 7ª edição. Volume 2. Rio de Janeiro, 1994.
Cummis, Richard O.; Suporte Avançado de Vida em Cardiologia, American Heart Association, 1997 – 1999.
Curso de Enfermagem em Cardiologia – Programa de Educação Continuada a Distância – Portal Educação – 2008.
*
“ A verdadeira sabedoria consiste em se conhecer a própria ignorância”.
Sócrates
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