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Lolita - CRÍTICA SOBRE A PEDOFILIA E O DESENVOLVIMENTO

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Centro Universitário Estácio de Sá de Juiz de Fora
Pedofilia: a destruição da inocência 
Psicologia 2º período
Matéria: Desenvolvimento da infância e da adolescência
Professora: Renata
Alunos: Gabriel Alves
	 Geane Sequeto
	 Hyago Bitencourt
	 Jessica Schneider
	 Jheynison Pereira
	 Yago Ferraz
Introdução
Neste trabalho, abordaremos um tema polêmico e triste, com grande incidência no Brasil, a pedofilia. Nosso foco é estudar as crianças e os adolescentes, e é claro que todos sabemos que os pedófilos são os adultos e que as crianças nada tem culpa disso, porém, até onde vai o consentimento infantil? O que leva uma criança a aceitar o convite de um estranho e cometer atos sexuais em troca de regalias ou presentes materiais? Seria falta de informação? Falta de consequência? Desestrutura familiar? A família, neste caso, tem alguma parcela de culpa quando seu filho, em sua inocência e inconsequência, marca um encontro com um desconhecido que teria idade para ser seu pai/mãe, ou em alguns casos, avô/avó? (Muitas vezes se passando por jovens da mesma idade da vítima). São questões como essas que nos mobilizaram para falar sobre o assunto e tentar responder a maioria delas com base em estudos sobre o desenvolvimento infanto-juvenil.
Em 2002 o deputado Luiz Eduardo Greenalgh (PT) apresentou à embaixada norte-americana em Brasília um levantamento de que 76% dos pedófilos do mundo estão no Brasil. Claro que isso se dá parte pela diferença de política e leis no mundo todo, em que alguns países seja comum casar um menor com um adulto, e em outros, o medo e a repressão é tão grande que a denúncia e a repercussão acerca do assunto, praticamente não se dá e o ato de pedofilia é ocultado perante sociedade.
Mesmo assim os números assustam. Casos de pedofilia são comuns nos noticiários do país em que vivemos e vemos diversos tipos, desde pornografia na internet, até estupros em que algumas vezes são finalizados em morte. Independente do tipo de pedofilia e da idade da vítima, todos os casos são graves e devem ser evitados, para que se evite também, grandes transtornos na vida e no futuro daquele menor, algumas vezes físicos, mas em todos os casos, psicológicos e sociais.
Como os adultos podem evitar o aumento destes casos?
Escolhemos como exemplo um romance que aconteceu a mais de meio século, mas que trata de um adulto com um relacionamento com uma criança/adolescente (considerada pré-adolescente no início do acontecimento), de 12 anos.
Desenvolvimento
Temática: Sexualidade (pedofilia)
Exemplo escolhido: filme e livro – Lolita
Resumo da obra – principais características
Lolita é um romance muito polêmico que se inicia aproximadamente no ano de 1947. Publicado como fatos reais e escrito por um homem de pseudônimo Humbert Humbert, de dentro da cadeia após ser preso por assassinato. A primeira publicação do livro em inglês foi no ano de 1955, na cidade de Paris e foi adaptado ao cinema em 1962 e em 1997.
Humbert era professor de literatura, de 37 para 38 anos, e sofreu com a morte de seu primeiro amor quando era criança. Ele usa esse fato para justificar sua fixação por meninas novas (de 9 a 12 anos), e conta como as ficava observando e como procurava meninas mais novas para se relacionar (prostitutas menores de idade).
Após ter problemas com a polícia resolveu se mudar de cidade e alugou um quarto em uma casa que vivia uma viúva e sua filha de 12 anos, Dolores Haze (Lolita).
Humbert se apaixonou por Lolita e percebia que ela retribuía seus olhares. Para se manter perto de Lolita casou-se com sua mãe, que foi morta atropelada por um carro, após descobrir as verdadeiras intenções de Humbert.
Ele levou Lolita para um hotel e lá eles tiveram relação sexual depois dela explicar que já havia feito aquilo com um garoto no acampamento da turma. Após isso, os dois mantiveram um relacionamento, passando tempos em hotéis diferentes e viajando, para que não levantassem suspeitas de que aquilo era mais do que uma relação de padrasto e filha. Humbert era muito ciumento e queria privar Lolita de tudo, até mesmo de estudar, e ameaçava a mesma de retirar comida e bens materiais caso ela não mantivesse relações sexuais com ele. Após um bom tempo juntos, Lolita fugiu e depois de 2 anos mandou uma carta para Humbert, dizendo que precisava de dinheiro. Ela estava casada e grávida, e contou a Humbert que fugiu com um cara que ela já conhecia e que parecia que iria ajuda-la, mas na verdade ele só queria a fazer estrela de filme pornô. Ela recusou e se casou com um homem (o mesmo com quem estava casada e era o pai do filho que estava esperando).
Humbert foi atrás do homem que ajudou Lolita a fugir e atirou diversas vezes nele, o matando. Lolita morreu aos 17 anos quando deu a luz a seu filho.
Discussão sobre pedofilia – sexualidade
No início do romance Dolores ainda é uma pré-adolescente, e por mais que no livro e no filme ela demonstre e conte que já havia iniciado sua vida sexual, como já não era mais “inocente” em relação a esses assuntos e sua reciprocidade aos “charmes” de Humbert, seria ela, com 12 anos, capaz de ter consciência plena para assumir um relacionamento sexual com um adulto, ou até mesmo com alguém de sua idade?
É fato que Humbert Humbert era um pedófilo. A definição atual de pedofilia é um transtorno sexual em que o adulto sente atração por crianças, do mesmo sexo ou de sexo diferente, que na maioria das vezes não atingiram a puberdade, e/ou praticam ato sexual com esses menores, desde carícias até o sexo com penetração. No Brasil é crime praticar ou demonstrar atos sexuais ou de desejos sexuais com menores de 14 anos de idade, ou até mesmo possuir pornografias e materiais de nudez de crianças/adolescentes. Pedofilia nem sempre é estupro, geralmente os pedófilos conquistam a confiança do menor e oferecem gratificações pela sua “amizade” e “companhia”, até que, aproveitando de sua inocência, cometem o ato sexual com o mesmo. Porém, mesmo com consentimento, é nítido que uma criança de 12 anos não tem capacidade de decidir o que irá fazer e medir consequências de tal ato. A inocência e imaturidade a impede de pensar nos malefícios físicos e sociais, fazendo-a analisar apenas o superficial (gratificações materiais, gentileza do pedófilo, promessas, etc).
As consequências destes atos (inconsequentes) são imensas, desde traumas psicológicos e morais, como vergonha, até mudanças no modo de vida dessas pessoas (crianças que sofrem pedofilia podem achar neste caminho uma maneira fácil de conseguir bens materiais, além de se acharem sem valor nenhum para a sociedade, e seguir o caminho da prostituição).
Relações com as teorias do desenvolvimento humano
Desenvolvimento físico: Lolita, com seus 12 anos, já estava bem desenvolvida para sua idade, no filme ela é uma jovem magra, alta e muito bonita. Porém, nesta idade, a mulher na maioria das vezes ainda não entrou na puberdade e não tem hormônios e órgãos internos completamente formados como de um adulto. O que complicaria muito caso a mesma engravidasse nesta idade. Como a história se passa em décadas passadas, a medicina não era tão avançada como hoje em dia e não era fácil uma adolescente ter um parto saudável, foi então que Lolita faleceu aos 17 anos, por complicações. Não se sabe ao certo se foi pela sua idade, ou simplesmente por má gestação.
Desenvolvimento cognitivo: Lolita teve um bom desenvolvimento cognitivo. Mesmo criada apenas pela mãe após o falecimento de seu pai, a menina sempre frequentou a escola, fazia aulas de piano, teatro, lia e estudava muito. Na leitura do livro e assistindo o filme, é capaz de ver que a mesma conseguia se comunicar muito bem com seus 12 anos (já como uma adolescente), e trabalhava muito sua linguagem e criatividade.
Desenvolvimento emocional: Lolita era uma menina muito segura de si e com ar de “adulta”. Isso pode ter se dado com o falecimento de seu pai e a ideia de ter que ser criada apenas pela mãe e a ajudar em casa, nas tarefas domésticas, já que sua mãe precisavasustentar a casa financeiramente sozinha. Além disso, uma menina muito sedutora, que queria chamar a atenção pela sua aparência e seu charme, principalmente pelos meninos, mas também pelas meninas. Em sua pré-adolescência, queria ser “aceita” e se importava com isso.
Desenvolvimento social: Sua relação com sua mãe não é das melhores nesta fase da vida, elas brigavam bastante e as vezes, parecia que Lolita queria competir como mulher com sua mãe, deixando de lado a relação mãe e filha. Em seu ciclo de amizade, ela era muito popular e comunicativa, em uma escola somente de meninas tinha muitas amigas, mas quando aparecia um menino em seu meio social (vizinhança, filho da professora, primo, etc), conquistava pelo seu charme. Conseguia atrair olhares para sua beleza e seu jeito de “menina”. Após a morte de sua mãe, viveu bons anos apenas com o convívio de Humbert, isolada da escola e de amigos e sem residência fixa. Quando resolveram morar em uma nova cidade, voltou a estudar e se relacionar com pessoas de sua idade, o que a fez querer fugir e romper a relação com Humbert.
Conclusão
Por mais que a obra seja um romance, traz consigo um assunto muito importante e delicado que devemos ter atenção hoje em dia. É fundamental a ação dos adultos para diminuir os casos de pedofilia no nosso país. A informação e a conversa aberta com a criança/adolescente deve acontecer para que a mesma saiba quão perigoso é, acreditar em um estranho e passar informações pessoais a ele.
Crianças e adolescentes são inconsequentes e não conseguem medir os riscos e malefícios de certas atitudes para seu futuro e sua vida. A vontade de se aventurar e de ganhar gratificações materiais é tão grande, que é fundamental a supervisão de um adulto e o diálogo entre pais/responsáveis e seus menores.
Claro que nem sempre a pedofilia ocorre por meio de consentimento da criança. Certas vezes há sequestros, estupros, e pode ocorrer até mesmo dentro de casa, por pessoas da família ou agregadas, mas cabe aos adultos e responsáveis pelo menor, a supervisão para que esses casos diminuam e as estatísticas que são tão tristes em nosso país, mudem e tragam números menos assustadores sobre o tema.
Passar informações para a criança/adolescente, ter um diálogo sempre aberto e ficar atento a seu ciclo de convivência e os lugares em que frequenta, são atitudes para prevenção de não se tornarem vítimas destes crimes.
Concluímos então que o adulto tem papel importante neste assunto, e que a vítima de pedofilia pode ter traumas em toda sua vida. Por isso a importância de evitar casos como estes.
Criança deve ser criança, viver como criança e ter a inocência de criança, e nenhum adulto tem o direito de tirar isso dela.
Referências e bibliografia
BEE, H. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.
PAPALIA, Diane; OLDS, Sally. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
Filme: Lolita – 1997 dirigido por Adrian Lyne
Livro: Lolita – 1955 escrito por Vladimir Nabokov
http://www.turminha.mpf.mp.br/direitos-das-criancas/18-de-maio/o-que-e-pedofilia
http://www.ac24horas.com/2012/06/30/brasil-e-o-campeao-em-numero-de-pedofilos/
http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/pedofilia

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