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Apostila de areas degradadas

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Apostila 
Recuperação de 
Áreas Degradadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1) Área degradada: 
 
• Aquela que, após o distúrbio, teve eliminado, juntamente com a vegetação, os 
seus meios de regeneração bióticos, como o banco de sementes, banco de 
plântulas, chuvas de sementes e rebrota, apresentando baixa capacidade de voltar 
ao seu estado anterior. 
• Áreas estragadas ou desgastadas, ou seja, áreas que perderam boa parte ou toda 
sua capacidade produtiva. 
• Redução da quantidade e qualidade da capacidade atual e futura do solo para 
produção vegetal. 
• Aqueles cujas ações do homem modificaram o ecossistema de tal maneira que 
os mecanismos naturais são perdidos e, por isso, há necessidade de nova 
intervenção humana para reversão da situação presente. 
 
 
 
Degradada – sofreu distúrbios intensos por isso NÃO POSSUI meios de 
regeneração natural. 
Perturbada - sofreu distúrbios de menor intensidade por isso POSSUI meios 
de regeneração natural 
 
 
 
A degradação pode ser fruto de: 
• Mineração; 
• Uso intensivo do solo para fins agropecuários ( herbicidas, salinização 
do solo, superpastejo, etc); 
• Queimadas consecutivas; 
• Desmatamento. 
 
 
Área degradada: 
• menor diversidade de espécies 
• ausência de estrutura vegetal 
• ausência de solo 
• baixíssima ou ausente capacidade de regeneração natural 
 
Área conservada 
• maior diversidade de espécies 
• maior estrutura vegetal e animal 
• presença de solo 
• alta capacidade de recuperação natural 
 
 A recuperação de áreas degradadas tem por objetivo fornecer ao ambiente 
degradado, condições favoráveis a reestruturação da vida num ambiente que não tem 
condições físicas, químicas e/ou biológicas de se regenerar por si só. Através de obras 
no terreno como a construção de terraços, banquetas, etc., ou ainda, da implantação de 
espécies vegetais, podemos conduzir a recuperação de uma área degradada. 
 
 
 
 
2)Poluição e degradação ambiental. 
No meio urbano, o simples fato da maior parte das áreas serem desflorestadas já 
constitui um sério problema ambiental. No entanto, as cidades acumulam inúmeros 
outros problemas ambientais. Os veículos movidos a combustíveis fósseis lançam no ar 
toneladas de partículas poluentes, que prejudicam o funcionamento de todos os 
ambientes próximos, além de serem a causa de diversos problemas de saúde 
para o ser humano. Outro conseqüência do uso de combustíveis fósseis é a formação de 
ácidos, a partir dos óxidos de carbono e enxofre, que resultam nas chuvas ácidas. Esse 
fenômeno altera de forma negativa os ecossistemas aquáticos, prejudicando a 
agricultura e as florestas. Especialistas na matéria há tempo têm advertido o poder 
público e a sociedade sobre a necessidade imediata de um re-planejamento do destino 
de todos os resíduos sólidos. O modo de vida nas cidades tem gerado sérios problemas 
em decorrência do excesso de produção de lixo, que inutilizam e poluem grandes 
áreas. A questão dos lixões e o esgotamento dos Aterros Sanitários é um sério problema 
para todos os municípios. A preocupação com o destino desses resíduos vem crescendo: 
ao invés de causar prejuízos sociais e ambientais o lixo pode gerar lucro. A criação de 
cooperativas de “catadores de lixo”, é um exemplo de solução que associa o sustento 
econômico de muitas famílias à preservação ambiental. Outro sério problema nos 
centros urbanos é o lançamento de esgotos domésticos e industriais considerados 
a principal forma de poluição das águas. A advertência dos ecólogos sobre a 
necessidade de tratamento adequado também não é recente. Porém, mesmo nos países 
ricos, a recuperação de rios começou a acontecer nos últimos anos, sendo que ainda há 
muito que se fazer. As indústrias lançam nas águas, diariamente, toneladas de 
substâncias que não podem ser decompostas por processos naturais, e que 
conseqüentemente acumulam-se nos seres vivos. Os chamados metais pesados. Os 
resíduos industriais podem ainda se acumular no solo, tornando extensas áreas 
impróprias para a maior parte das atividades humanas. 
 Segundo pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Amazônia 
perdeu cerca de 17% de cobertura florestal, principalmente nos últimos 50 anos. 
Originalmente haviam 4,9 milhões de km² e, no final de 2003 eram 4 milhões de km² 
quadrados. Juntos, os biomas Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado e a formação florestal 
Araucária perderam 3,6 milhões de km². Estes dados colocarão o Brasil no livro dos 
recordes, o Guiness Book edição 2005, como o país com o maior índice de 
desmatamento do planeta. 
 Há muito tem se discutido os impactos negativos das atividades agrícolas resultantes 
da chamada Revolução Verde. Nesse modelo agrícola, o uso de adubos industriais, 
herbicidas e inseticidas tem poluído o ambiente, além de contaminar os alimentos com 
substâncias tóxicas. A monocultura, adotada nesse modelo, além de ser dependente de 
constantes intervenções geradoras de poluição e erosão do solo, provoca a redução da 
biodiversidade local e em muitos casos comprometem o patrimônio genético da 
agricultura. Para se ter uma noção da influência da expansão das fronteiras agrícolas na 
degradação ambiental, segundo informações do Ministério do Meio Ambiente, 33% da 
vegetação do cerrado das nascentes do Rio Xingu e de seus afluentes já foram 
destruídas. A bacia do Rio Xingu atravessa dois importantes biomas brasileiros, o 
Cerrado e a Floresta Amazônica, com um território de 2,6 mil hectares e o principal 
vetor deste ritmo de degradação é o modelo de atividade agropecuária, implantado a 
partir da década de 60. 
 Existem diversas formas ecológicas de trabalharmos a questão da poluição dos 
ambientes, uma delas é que os interesses das políticas publicas sejam direcionados para 
a questão da poluição ambiental. Muito mais importante que isso, é que a sociedade 
reconstrua seu laço de harmonia com a natureza conseguindo viver uma vida de 
equilíbrio e respeito com ela. 
 
 
 
3)Erosão 
O fenômeno de degradação e decomposição das rochas, ou as modificações sofridas 
pelo solo devido a variações de temperatura, a ação da água e do vento, é chamado de 
erosão. 
 Erosão Laminar: 
 Arraste de uma camada muito fina e uniforme do solo, - a forma mais perigosa de 
erosão. Uma vez não percebida logo no início, é notada somente quando atinge um grau 
elevado, ou seja, após descobrir as raízes das plantas 
Erosão Em sulcos: 
 Erosão que forma valas ou sulcos no terreno, sendo facilmente percebida. Em 
estágios mais avançados, favorece o aparecimento de voçorocas. 
Problemas causados pela erosão: 
• Perda de solo pelo arraste de partículas; 
• Assoreamento de nascentes, córregos e rios; 
• Contaminação das águas por agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes 
químicos) que são arrastados com partículas do solo; 
• Desmoronamento de encostas e taludes. 
 
 
Voçoroca: 
A voçoroca, boçoroca ou ravina é um fenômeno geológico que consiste na formação de 
grandes buracos de erosão, causados pela chuva e intempéries, em solos onde a 
vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de 
carregamento por enxurradas. Pobre, seco, e quimicamente morto, nada fecunda. A 
voçoroca pode ser prevenida com a plantação de árvores na beira dos buracos, que agem 
como guarda-chuva do solo contra a chuva e vento, além de evitar que o fluxo da água 
leve consigo terra e sedimentos, que são retidos por suas raízes. É um fenômeno 
prejudicial, pois destrói terras cultiváveis e colabora para o assoreamento de rios e 
entupimento de redes de esgoto, que ficam entulhadas por detritos do solo, facilitando o 
processo das enchentes urbanas. 
Controle da voçoroca: 
Sugerem-se aconstrução de terraços e bacias de retenção para o ordenamento e 
armazenamento da enxurrada formada na parte superior da voçoroca, e barreiras 
para reter sedimentos dentro das voçorocas, e algumas no entorno desta, com 
paliçadas de bambu e pneus usados. 
A importância da mata ciliar 
 
 A quantidade de água em contato com o solo é um dos fatores determinantes no 
processo de erosão; as margens dos rios são, portanto, extremamente vulneráveis a ela, 
o que pode causar danos gravíssimos, como assoreamento e perdas de solo para 
agricultura. Na natureza, ao longo dos anos, a instalação de uma vegetação nas margens 
dos rios foi fundamental para a estabilização e existência dos leitos: as Matas Ciliares, 
assim denominadas pela similaridade da ação exercida pelos cílios na proteção do olho. 
Os cursos d’água que apresentam sua mata ciliar íntegra são menos impactados por 
agentes externos. Formam longos corredores de vegetação ao longo dos rios 
contribuindo para a manutenção da biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas. 
 
 
 
4) Observações necessárias para se iniciar um projeto de recuperação 
de áreas degradadas 
 
 
• Estudo dos remanescentes florestais dos locais a serem reflorestados (espécies 
nativas); 
 
• Levantamento das condições ambientais e as possíveis causas da degradação 
(uso de defensivos agrícolas, queimadas, passagem de gado etc); 
 
 
• Escolha do modelo de recuperação, de acordo com os objetivos e características 
locais: plantio em linhas, alternado, sistemas agroflorestais; 
 
• Escolha das espécies a serem plantadas, tendo como base as características da 
vegetação original, no modelo de reflorestamento escolhido e nas características 
locais do ambiente (se é mata ciliar ou não, se a área é sujeita a alagamentos 
etc). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escolha das espécies 
 Num primeiro momento as espécies devem possuir resistência ao ambiente 
degradado, além de serem adaptadas ao clima da região. 
 -Devem ser de fácil propagação. 
 -Facilidade de se obter sementes. 
 -Facilidade de se propagar a semente 
 -Deve possuir crescimento rápido e fornecer cobertura ao solo 
 -Deve ser uma boa fornecedora de matéria orgânica para o solo 
 Essas espécies podem ser plantadas através de mudas ou plantadas por sementes 
diretamente no campo. (Podemos preparar o terreno e fazer o semeio a lanço, ou na 
ponta do facão.) É interessante que tenhamos um viveiro onde possam ser produzidas as 
mudas das espécies secundárias e clímax, já que o ambiente degradado pode trazer 
dificuldades no estabelecimento das sementes. 
 
 
 
Sucessão ecológica: 
 O processo de instalação lento e gradual de organismos em um determinado local é 
chamado de sucessão ecológica. No caso desse processo ocorrer em uma área até então 
desabitada, diz-se que ocorre sucessão primária; no caso de instalação de organismos 
em uma área que já se constituía como um ecossistema, como, por exemplo, uma área 
de mata desmatada ou queimada, dizemos que ocorre sucessão secundária. A sucessão 
primária pode ocorrer em rochas inabitadas, em áreas cobertas por lava vulcânica 
resfriada ou ainda em telhados antigos. A ausência de nutrientes orgânicos não permite 
a sobrevivência de organismos heterótrofos (que não produzem o próprio alimento), e a 
escassez de nutrientes inorgânicos dificulta a sobrevivência de autótrofos (que 
produzem o seu alimento) de grande porte. Devido à capacidade de síntese de matéria 
orgânica e ao pequeno porte os primeiros organismos a se desenvolverem nessas 
condições são os liquens, as cianobactérias e os musgos, que são chamados de 
organismos pioneiros e constituem, juntamente com os consumidores e decompositores 
desses seres, as comunidades pioneiras. Com o passar do tempo, a decomposição de 
fezes, tecidos e organismos mortos produz nutrientes inorgânicos, como os nitratos e o 
fosfatos, permitindo a sobrevivência de gramíneas, herbáceas, e animais invertebrados e 
vertebrados de pequeno porte. Esses organismos constituem as chamadas comunidades 
intermediárias ou seres. As comunidades intermediárias ou seres, propiciam o 
desenvolvimento das árvores da vegetação “adulta” 
(geralmente de ciclo de vida longo), que formam as comunidades clímax. Já o processo 
de sucessão secundária ocorre em locais anteriormente povoados, cujas comunidades 
saíram do estágio de clímax por modificações climáticas, pela intervenção humana 
(como em um terreno desmatado ou queimado), ou pela queda de uma árvore na mata 
abrindo uma clareira na floresta. Nesses casos, a sucessão se dá a partir das 
comunidades intermediárias (seres), e na ausência de perturbações ambientais – como 
por exemplo, queimadas, poluição do ar e do solo, agrotóxicos e novos desmatamentos 
– a comunidade pode se desenvolver até atingir o clímax, como descrito para a sucessão 
primária. No entanto, quase sempre os fatores de perturbação ambiental ocorrem, 
dificultando e, às vezes, até impedindo 
o processo de sucessão natural. O tempo para esse processo acontecer é muito longo, 
podendo ultrapassar 60 anos, para alguns tipos de ambientes, mesmo na ausência total 
de problemas ambientais. O estudo dos detalhes do processo de sucessão ecológica é, 
portanto, fundamental para que possamos auxiliar, de maneira positiva, o processo de 
dinâmica do desenvolvimento da vegetação, seja aumentando a velocidade da 
recomposição da vegetação ou contornando as perturbações ambientais. Um fator 
importante que deve ser sempre levado em consideração é que as espécies arbóreas têm 
diferentes 
necessidades e resistências com relação à luz solar. Algumas espécies só se 
desenvolvem com radiação solar direta, durante todo o ciclo de vida – são as árvores 
pioneiras. Essas plantas são interessantes para iniciar o processo de recuperação, 
gerando sombra para aquelas árvores que necessitam de menos luz. As árvores 
predominantes na vegetação adulta (clímax) – chamadas de climácicas – têm 
pouquíssima tolerância à luz durante seu desenvolvimento. Um terceiro grupo – o das 
secundárias – que necessitam de mais luz que as climácicas, porém, não suportam tão 
bem o excesso de luz quanto as pioneiras. As árvores secundárias, em alguns casos, são 
subdivididas em grupos, de acordo com sua tolerância à luz (que pode ser maior ou 
menor). 
 
 
 
 
 
 
• Colonizadoras: Capins, algumas leguminosas herbáceas, plantas espontâneas 
diversas. 
 
• Pioneiras: Albizia, Aroeira, Café de bugre, Canafístula, Candeia, Caroba, 
Embiruçu, Goiaba, Jacatirão, Paineira, Pata de vaca, Guapuruvú, Sibipiruna, 
etc... 
 
• Secundárias: Mulungu, Cinamomo, Ipê-amarelo, Cedro-rosa, Araribá-amarelo , 
Aroeira-vermelha, Grapia , Jacarandá-vermelho, Louro-pardo, Tanheiro, etc,... 
 
 
 
• Clímax: Baguaçú, Bicuiba, Canela-preta, Imbuia, Pau-óleo ,Peroba, Sassafrás, 
etc... 
 
 
 
 
 
 
5) Tipos de plantio: 
 
Modelo I 
Modelo de simples instalação, que alterna espécies pioneiras com não pioneiras. A 
principal desvantagem é que, enquanto as pioneiras não crescem, as espécies clímax e 
secundárias recebem muita luz, ficando temporariamente em situação de estresse. 
Uma forma de minimizar o problema é retardar o plantio das climácicas. 
 
 
 
Modelo II 
Nesse modelo as linhas de plantio alternam primárias e não primárias, dificultando o 
procedimento em relação ao modelo anterior. No entanto, a distribuição do 
sombreamento tende a ser mais regular, melhorando o desenvolvimento das não-
pioneiras. 
 
 
Modelo III 
Nesse modelo é necessária a separação das pioneiras em dois subgrupos, as de copa 
mais densa e as de copa mais rala. É preciso diferenciar as secundárias mais e menos 
exigentes de luz. O plantio é pensado para que seja criado um microclima propício para 
todos os tiposde plantas. Se bem implementado, tende a ser melhor que os demais, 
porém, requer um planejamento e conhecimento das espécies bem mais elaborado. 
 
Na opinião dos administradores da disciplina recuperação de áreas degradadas, o 
melhor método de revegetação de uma área seria utilizar os sistemas agroflorestais 
(SAFs). Por ser uma tecnologia que se vale da interação e conhecimento de todos 
os elementos do sistema ecológico, quando pensamos em recuperar uma área, 
estamos pensando em restabelecer toda a diversidade de seres vivos que habitavam 
a área, só assim, cremos, ter conseguido fornecer condições propícias ao 
restabelecimento da vida. 
 
 
 
 
 
 
6) Métodos físicos para auxiliar a recuperação de áreas degradadas: 
 
 
 
 
• Terraços verdes 
São obras feitas no terreno com o objetivo de nivelar e diminuir o carregamento 
de partículas do solo pela chuva. Ao ser construído o terraço, entramos fazendo 
o reflorestamento. 
 
 
 
 
• Banquetas verdes 
São bancos de pedra colocados em curva de nível no terreno, para reduzir o 
escoamento das partículas do solo além de reter umidade nessas bancas 
formadas. Posteriormente é feito o plantio de reflorestamento sobre a banqueta. 
 
• Caneletas 
São canais abertos no terreno com o intuito de diminuir a velocidade da água da 
chuva, quando esta incidir sobre o terreno. É feita em terreno que apresenta 
declividade. 
 
 
 
 
 
Anexo 
 
 
 
Segundo a lei: 
 
Resolução SMA – 47, de 26 de novembro de 2003 
Altera e amplia a Resolução SMA 21, de 21-11-2001; Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo 
de áreas degradadas e dá providências correlatas. O Secretário de Estado do Meio Ambiente, em 
cumprimento ao disposto nos artigos 23, VII, e 225, § 1º, I, da Constituição Federal, nos artigos 191 e 193 
da Constituição do Estado, nos artigos 2º e 4º da Lei federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e nos 2º, 
4º e 7º da Lei estadual nº 9.509, de 20 de março de 1997, e considerando o contido na Agenda 21 e na 
Convenção da Biodiversidade; Considerando a constatação feita pela equipe do Instituto de Botânica, 
relacionada ao projeto “Modelos de Repovoamento Vegetal para Proteção de Sistemas Hídricos em 
Áreas Degradadas dos Diversos Biomas no Estado de São Paulo” (Políticas Públicas / FAPESP) quanto à 
baixa diversidade vegetal das áreas reflorestadas com espécies nativas, nas quais têm sido utilizadas 
menos de 33 espécies arbóreas, o que se agrava, ainda mais, quando se verifica que são plantadas 
praticamente as mesmas espécies em todo o Estado, independentemente da região, sendo 2/3 (dois 
terços) delas, em geral, de estágios iniciais da sucessão, de ciclo de vida curto (15-20 anos), o que irá 
levar os reflorestamentos ao declínio em um certo espaço de tempo, como vem sendo observado na 
prática; Considerando a necessidade de revisão periódica dos termos contidos na Resolução SMA 21, de 
21-11- 2001, tendo em vista o avanço do conhecimento científico e resultados obtidos com sua aplicação 
prática; Considerando que a perda da diversidade biológica significa a redução de recursos genéticos 
disponíveis ao desenvolvimento sustentável, na forma de madeira, frutos, forragem, plantas ornamentais 
e produtos de interesse alimentar, industrial e farmacológico; Considerando que o Departamento Estadual 
de Proteção de Recursos Naturais - DEPRN, tem constatado que dentre outras formas de Recuperação 
de Áreas Degradadas, os plantios realizados têm apresentado resultados mais satisfatórios a partir dos 
critérios técnicos para a escolha e combinação das espécies, estabelecidos na Resolução SMA 21/01, 
resolve: 
Art. 1º - A recuperação de áreas degradadas exige elevada diversidade, que pode ser obtida com o 
plantio de mudas e/ou outras técnicas tais como semeadura direta, indução e/ou condução da 
regeneração natural. 
§ 1 - O caput deste artigo não se aplica para áreas de recuperação com menos de 1,0 (um) hectare, nas 
quais deverão ser utilizadas, no mínimo, 30 espécies. 
§ 2 - Respeitando-se as formações de ocorrência, recomenda-se a utilização de espécies ameaçadas de 
extinção, e/ou atrativas da fauna associada. 
§3 - As espécies escolhidas deverão contemplar os dois grupos ecológicos: pioneiras (pioneiras e 
secundárias iniciais) e não pioneiras (secundárias tardias e climácicas), considerando-se o limite mínimo 
de 40% para qualquer dos grupos. 
§4 - Com relação ao número de indivíduos por espécie, nenhuma espécie poderá ultrapassar o limite 
máximo de 20% do total do plantio. 
Art. 2º - A recuperação florestal de áreas degradadas nas formações de floresta ombrófila, floresta 
estacional semidecidual e savanas florestadas (cerradão), será efetivada mediante o plantio de mudas de, 
no mínimo, 80 (oitenta) espécies arbóreas das formações vegetais de ocorrência regional, exemplificadas 
na listagem do Anexo a esta resolução, não excluindo espécies levantadas regionalmente. 
Art. 3º - Na execução dos trabalhos de recuperação florestal, deverão ser priorizadas as seguintes áreas: 
a) as áreas consideradas de preservação permanente pela Lei Federal 4771/65, em especial aquelas 
localizadas em nascentes e olhos d’água; 
b) de interligação de fragmentos florestais remanescentes na paisagem regional (corredores ecológicos); 
c) de elevado potencial de erodibilidade; 
Art. 4º - Para formações ou situações de baixa diversidade de espécies arbóreas, tais como: florestas 
estacionais deciduais, formações paludosas e de restinga, manguezal, além das áreas rochosas, o 
númerode espécies a ser utilizado será definido por projeto técnico circunstanciado, a ser aprovado no 
âmbito da Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e de Proteção de Recursos Naturais - CPRN, 
considerando-sea maior diversidade possível. 
Art. 5º - Para projetos de recuperação mediante plantio, o solo deverá ser devidamente preparado, 
atentando para as recomendações técnicas de conservação de solo, de calagem e adubação, do controle 
inicial de competidores, além de isolar a área dos fatores de degradação. 
§ 1 - A manutenção das áreas restauradas deverá ser executada por, no mínimo, 18 meses após o 
plantio, incluindo o controle de formigas, capinas e/ou coroamentos, adubação e outros, conforme 
avaliação técnica do responsável pelo projeto. 
§ 2 - Tendo como objetivo final a recuperação da floresta, será admitida a ocupação das entrelinhas, com 
espécies para adubação verde e/ou de interesse econômico, por até dois anos, desde que o projeto utilize 
princípios agro-ecológicos. 
Art. 6º -Para recuperação de áreas com algum tipo de cobertura florestal nativa remanescente, 
recomenda-se: 
a) a proteção da área de qualquer ação de degradação; 
b) o controle de espécies exóticas ou nativas em desequilíbrio; 
c) o adensamento na borda da área, usando espécies de rápido crescimento e boa cobertura; 
d) o enriquecimento dessas áreas com espécies finais da sucessão. 
Art. 7º - Para a recuperação de áreas degradadas mediante outras técnicas, associadas ou não ao plantio 
de mudas, deverá ser apresentado um projeto específico, contendo: 
a) avaliação da paisagem; 
b) avaliação do histórico de degradação da área; 
c) retirada dos fatores de degradação; 
d) avaliação dos processos de regeneração natural; 
e) aproveitamento do potencial de auto-recuperação. 
Parágrafo único- A não presença e/ou expressão deste potencial de auto-recuperação adotar-se-ão as 
medidas previstas no artigo 2º. 
Art. 8º - A execução dos trabalhos de recuperação florestal deverá observar os seguintes aspectos: 
I - O solo deverá ser preparado em consonância com a estratégia de recuperação adotada, atentando 
para as recomendações técnicas de conservação de solo, de calagem, adubação e aplicação de matéria 
orgânica, com destaque para análise físico-química do solo; 
II - Avaliação do potencial de auto-recuperação dessas áreas no que serefere: à presença ou chegada de 
propágulos (sementes ou indivíduos remanescentes), oriundos do banco de sementes e da “chuva” de 
sementes, dependendo da área - objeto de recuperação e da vizinhança, em função da presença de 
remanescentes florestais próximos; 
III - Avaliação do histórico e uso atual da área, no que se refere às práticas culturais, como alteração da 
drenagem do solo, retirada ou revolvimento periódico do solo, uso de herbicidas e outros; 
IV - Em situações onde for observada a regeneração natural de espécies nativas, no pré e pós-plantio, 
esta deverá ser aproveitada na recuperação da área, estimulando e conduzindo os indivíduos 
regenerantes através de práticas silviculturais; 
V - A área de recuperação deverá ser isolada dos fatores de degradação; 
VI - Deverá haver controle de formigas cortadeiras e de espécies competidoras indesejáveis, 
especialmente gramíneas e cipós; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceitos importantes: 
Espécie: Conjunto de indivíduos geneticamente e fisicamente semelhantes capazes de 
cruzarem entre si, e produzirem descendentes férteis. 
Cada espécie possui seu nome popular e seu nome científico. 
� Goiabeira Psidium guajava 
� Pau-Brasil Caesalpinia echinata 
� Abacateiro Persea americana 
População: É o conjunto de indivíduos de mesma espécie. 
 
Comunidade: 
• Comunidade Biótica: Conjunto de populações diferentes 
 
• Comunidade Abiótica: ambiente físico onde habitam as populações.(clima, 
água, tipo de solo,...) 
 
Ecossistema: É o resultado da interação entre a comunidade biótica e a comunidade 
abiótica. Visualizado em por rede gigantesca de laços entre os indivíduo entre si e com 
o meio físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
• Teoria e Prática em Recuperação de Áreas Degradadas: Plantando a semente de 
um mundo melhor 
• Apostila Recuperação de Áreas Degradadas do Bioma Mata Atlântica. 
• Apostila do educador agroflorestal 
• Winkipédia enciclopédia livre- http://pt.wikipedia.org/wiki/Vo%C3%A7oroca 
• http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/sistemasdeproducao/vocoroca/implan
tacao.htm 
 
 
 Fala aí galera!!! 
 Foi muito bom ter trabalhado essas 8 semanas com a turma, espero que eu e o 
Edimar tenhamos conseguido passar algum conhecimento que possa ser útil na 
vida de vocês. Quaisquer dúvidas escrevam pra nossos e-mails. 
 Não importa o quanto de conhecimento a pessoa tem, mas sim como ela usará 
esses saberes. No fim, estamos no mesmo barco e ninguém é mais do que 
ninguém. Abraços.

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