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MIGUEL Trabalho Hipótese de legalização de drogas no Brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Artigo
Legalização das drogas: 
Qual o limiar de equilíbrio entre a liberdade social e a intervenção estatal?
Jorge Miguel Bitencourt Rodrigues
Pelotas, 2016
14
Legalização das drogas: 
Qual o limiar de equilíbrio entre a liberdade social e a intervenção estatal?
Jorge Miguel Bitencourt Rodrigues*[1: * Acadêmico do 2º semestre da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas.]
Evandro Barbosa**[2: ** Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Pelotas; Graduado em Filosofia pela Universidade Regional Integrada do Rio Grande do Sul – Campus Erechim; Mestre e Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.]
Resumo
A legalização das drogas é uma questão que emerge de diversos grupos com interesses e reivindicações distintas, tanto daqueles que querem a legalização como a proibição, porém carece de fatos científicos diretamente relacionados ao tema e em grande parte se fundamenta em ideologias e relatos históricos que ocorreram em realidades sociais, legais e políticas bem distintas das atuais. O presente trabalho oferece informações sobre diversas drogas e enfoques sociais, todavia enfatiza mais a situação do Brasil como espaço dos debates e a maconha como principal droga citada, já que as reivindicações sobre uma possível legalização recaem mais sobre essa determinada substância. Serão apresentados os principais argumentos das correntes que reivindicam por um processo de legalização, como também da correntes que reivindicam pela continuação da proibição, também serão apresentados argumentos de caráter médico e jurídico e através dessa reflexão a tentativa de esclarecer a complexidade desse processo e uma possível proposta de intervenção a respeito do tema.
Palavras-chave: ilícito; risco; álcool; fronteira; legalização; proibição; violência; direito.
Abstract
The legalization of drugs is an issue that emerges from various interest groups and different claims, both those who want to legalize such a ban, but lacks scientific facts directly related to the subject and is largely based on ideology and historical accounts that occurred in social, legal and current distinct policies. This paper provides information about various drugs and social approaches, but more emphasized Brazil's status as a space for debate and marijuana as the primary drug cited, since the claims about a possible legalization fall more on this substance. the main arguments of the currents that claim for a legalization process will be presented, as well as the continuation of the ban, will also be presented medical and juridical arguments and through this reflection to attempt to clarify the complexity of this process and a possible intervention proposal issue of respect.
Key words: illicit; risk; alcohol; border; legalization; prohibition; violence; right.
1 INTRODUÇÃO
1.1 Legalização das drogas um conflito de movimentos coletivos por liberdade individual.
A utilização de substâncias capazes de influenciar o comportamento humano acompanha o próprio surgimento do homem, porém as definições dadas a essas substâncias, bem como suas devidas formas e situações de utilização são criações do homem, sendo assim sofrem influências das instituições, paradigmas e interesses daqueles que as definem. O presente artigo tem como finalidade expor os argumentos das correntes a favor e contra a legalização, também propor uma reflexão sobre as responsabilidades de cidadãos e estado acerca da legalização das drogas, para isso é necessário categorizar as drogas ilícitas, pois é obvio que como substâncias diferentes, com diferentes atuações sobre o organismo humano, desencadeiam diferentes efeitos e, sendo assim, não podem ser tratadas da mesma forma. 
1.2 Definição de droga
1. Nome genérico de todos os ingredientes que têm aplicação em várias indústrias bem como na farmácia.
2. Substância que pode modificar o estado de consciência, ESTUPEFACIENTES. "droga", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013.
1.3 Tipos de drogas
Naturais: Maconha, Ópio, Psilocibina encontrada em cogumelos, DMT – Dimetiltriptamina, Cogumelos Alucinógenos, Nicotina e Cafeína.
Sintéticas: Anfetaminas, Barbitúricos, Ecstasy, LSD, Metanfetaminas.
Semi-sintéticas: Heroína, Cocaína, Crack, Morfina, Merla e Oxi.
Há cerca de 5 mil anos, uma tribo de pigmeus do centro da África saiu para caçar. Alguns deles notaram o estranho comportamento de javalis que comiam uma certa planta. Os animais ficavam mansos ou andavam desorientados. Um pigmeu, então, resolveu provar aquele arbusto. Comeu e gostou. Recomendou para outros na tribo, que também adoraram a sensação de entorpecimento. Logo, um curandeiro avisou: havia uma ‘‘divindade’’ dentro da planta. E os nativos passaram a venerar o arbusto. Começaram a fazer rituais que se espalharam por outras tribos. E são feitos até hoje. A árvore Tabernanthe iboga, conhecida por iboga, é usada para fins lisérgicos em cerimônias com adeptos no Gabão, Angola, Guiné e Camarões (REVISTA SUPERINTERESSANTE, 2006).
No mundo diversos países já possuem uma abordagem mais flexível sobre o uso de substâncias que anteriormente eram consideradas ilícitas, em todos a principal substância é a maconha ou canabis sativa, como é cientificamente definida, os principais são: Holanda, Espanha, Uruguai e Estados Unidos (em alguns estados). Outras drogas mais agressivas como crack, heroína, oxi, LSD, haxixe, ecstasy, ópio, ghb e krokodil não possuem um cenário de tendência a serem legalizadas, devido suas influências sobre a saúde física e mental dos usuários. Porém entre todas as drogas, licitas e ilícitas, a mais difundida é o álcool que como todos sabem faz mal a saúde, não só do usuário, mas de todo seu circulo social próximo, é responsável por diversas doenças físicas e mentais, está diretamente ligado à acidentes de trânsito que ocasionam a morte de inocentes e deterioração de famílias muitas vezes sem histórico de alcoolismo e que são vitimas de condutores alcoolizados e outras ações violentas relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, segundo a OMS o uso nocivo do álcool é um dos fatores de risco de maior impacto para a morbidade, mortalidade e incapacidades em todo o mundo e está relacionado a 3,3 bilhões de mortes a cada ano. Desta forma quase 6,6% de todas as mortes no mundo são atribuídas total ou parcialmente ao álcool. As principais doenças e prejuízos relacionados ao álcool são: violência interpessoal, câncer de esôfago, pancreatite, cirrose hepática e síndrome alcoólica fetal, nem por isso uma pessoa viciada em álcool é tratada como marginal, pelo contrario existe uma bilionária indústria por trás do consumo de álcool que utiliza de todos os meios de comunicação para transferir uma imagem de status social elevado, cercada de celebridades, alegria e bem estar, não é difícil perceber isso, basta manter a TV ligada por 30 minutos no máximo e se verá algum comercial de cerveja vendendo essa imagem social do consumidor desse produto, sem contar os danos do primeiro colocado no ranking de causador de doenças, o cigarro, os dois considerados drogas lícitas, essas informações parecem induzir ao questionamento de quais os critérios estão relacionados à legalização ou proibição das drogas e demais produtos comercializados, a questão do nível de toxicidade de uma substância não parece ser o principal critério levado em conta ao se estabelecer a legalização ou proibição de um determinado produto, parece haver outros interesses econômicos ou culturais que possuem maior credibilidade no tocante ao assunto. 
O historiador grego Heródoto relatou, em 450 a.C., que a Cannabis sativa, planta da maconha, era queimada em saunas como técnica terapêutica. No fim do século 19, muitas dessas plantas viraram, em laboratórios, drogas sintetizadas. Foram estudadas por cientistas e médicos, como SigmundFreud (LIPORACI, 2015).[3: LIPORACI, Bruno de Paula C. A legalização do uso de drogas uma visão jurídica e social. 2015. Disponível em: <http://www.artigonal.com/legislacao-artigos/a-legalizacao-do-uso-de-drogas-uma-visao-juridica-e-social-7245900.html>.]
Entre 2006 e 2010, segundo números do Sistema Único de Saúde, 40.692 pessoas morreram no Brasil em consequência do uso de substâncias psicoativas. Destas, 84,9% faleceram por conta do álcool, 11,3% por doenças relacionadas ao fumo e 0,8% por causa da cocaína. Nenhum óbito diretamente relacionado à Cannabis sativa – como, aliás, ocorre com toda a literatura médica mundial (ELIAS, 2014).[4: ELIAS, Rodrigo. Brasil de todas as drogas. 2014. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/carta-do-editor/brasil-de-todas-as-drogas>.]
Isso não quer dizer que o álcool deve ser proibido ou as drogas consideradas atualmente ilícitas liberadas. A total liberação ou proibição tendem a ser igualmente danosas. O Brasil vive um cenário atual de reivindicações para que a maconha seja legalizada, em vista disso essa droga será o foco central no debate em relação à legalização. No caso da maconha o principal problema está relacionado ao tráfico que movimenta bilhões de reais por ano e indiretamente está associado a ações criminosas como roubos, assassinatos, sequestros e diversas outras modalidades criminosas praticadas pela disputa de poder e domínio territorial desse sistema econômico paralelo, que provoca o terror na sociedade, acarreta bilhões dos cofres públicos na tentativa de combate e protagoniza o aparente cenário de fragmentação da capacidade do estado em garantir os direitos básicos dos cidadãos e um nível aceitável de tranquilidade. A legalização das drogas é uma questão que se encontra entre o direito individual de cada pessoa fazer o uso de seu próprio corpo com autonomia e o direito do estado de interferir na vida de seus tutelados, ou seja: O direito moral e social que cada um possui de afirmar sua própria liberdade frente a um grupo, sociedade ou estado entra em choque com a prerrogativa intervencionista do estado em zelar por um “bem maior” e pela incolumidade publica e pessoal de todos. 
2 QUAIS OS ARGUMENTOS DAQUELES QUE QUEREM LIBERAR OU PROIBIR?
2.1 Aqueles que desejam a Legalização
Para o publico a favor da legalização das drogas o fato de as políticas proibícionistas existirem é mais político que moral, segundo a maioria dos defensores dessa corrente a proibição serve como uma manobra política para desviar o foco dos verdadeiros motivos sociais e econômicos que levam as pessoas a usarem drogas. Segundo eles a raiz do problema em usuários criminosos e violentos está na maioria das vezes vinculada a pobreza e os prejuízos que ela acarreta, sendo o uso de drogas uma expressão de desespero socioeconômico, e é somente agindo sobre esse problema que se terá uma real mudança no cenário de violência com relação ao usuário.
Há pessoas que estão estudando ou trabalhando e que querem fugir, é o fazem através de psicofármacos em uma discoteca. Mas a fuga mais profunda é a amnésia, o começar do zero. As outras fugas são como sair e entrar na prisão. Sim, você sai no fim de semana, mas voltará segunda-feira ao trabalho e às responsabilidades (ESCOHOTADO, 2008).
Se por sociedade se refere ao Estado, quer dizer, este ente impessoal que mais ou menos limita os egoísmos de cada indivíduo, então creio que não corresponde ao Estado entreter as pessoas. O que acontece a estes jovens, como dizia Aristóteles, é que como não sabem fazer nada bem se aborrecem continuamente (ESCOHOTADO, 2008).
Há pessoas que estão estudando ou trabalhando e que querem fugir, é o fazem através de psicofármacos em uma discoteca. Mas a fuga mais profunda é a amnésia, o começar do zero. As outras fugas são como sair e entrar na prisão. Sim, você sai no fim de semana, mas voltará segunda-feira ao trabalho e às responsabilidades (ESCOHOTADO, 2008).
Também o tráfico de drogas só existe, pois a demanda desse mercado já está socialmente instalada e persistindo na criminalização do uso e venda se cria uma lacuna que é preenchida por criminosos que ilegalmente e sem qualquer tipo de prestação de contas com impostos faturam bilhões.
A “guerra contra as drogas”, nascida do ventre da Lei Seca, além de servir para o enriquecimento direto das máfias, das polícias e dos bancos, serve para o controle dos cidadãos até mesmo no íntimo de seus corpos, vigiados com testes de urina (CARNEIRO, 2002).
A legalização causaria uma redução drástica de crimes, pois segundo os preconizadores da causa, a ilegalidade desse mercado permite que os grupos criminosos que lideram o tráfico regulem os preços e com o alto valor cobrado se torna mais comum a ocorrência de delitos com a finalidade de obter dinheiro para compra de estupefacientes, ao se tornar lícito o comercio e uso haveria uma grande economia com o combate do tráfico, pequenos delitos, processos judiciais e gastos penitenciários, logo o governo poderia controlar a qualidade e ao mesmo tempo regular o preço muito abaixo do que é oferecido de forma proibida, o resultado dessa mudança poderia ser análogo ao do cigarro que mesmo possuindo um alto nível de dependência não é considerado um criminalizador do publico que faz uso dessas substâncias. 
O mercado negro tem sobre tudo uma falta de transparência na composição que impede a arte de tomar drogas, que é a arte de dosificar. Já diziam os antigos “sola dosis facit venenum”, só a dose faz algum veneno, mas como não sabemos a composição então tendemos a infra-dosificarmos, mas às vezes nos sobre-dosificamos (ESCOHOTADO, 2008).
Portanto, os legalizadores concluem que a renda bilionária e ilegal do tráfico de drogas é utilizada muitas vezes para corromper governos e facilitar as atividades criminosas, bem como alegam que se for feito um balanço entre benefícios e prejuízos gerados pelo atual sistema de politicas relacionadas às drogas, se tornará nítida a necessidade de uma política mais pragmática e próxima da situação real que circunda entre a sociedade e o uso de drogas.
2.2 Aqueles que desejam a continuidade da proibição
Segundo esse grupo a legalização das drogas tem um caráter totalmente prejudicial à saúde e segurança de toda sociedade e alegam que a melhor associação a ser feita é entre as drogas ilícitas psicoativas e o álcool que é psicoativo, porém lícito. Isso implica que a liberação de drogas ilícitas, em especial a maconha, pois é a que possui maior ênfase pelos legalizadores, causaria um aumento catastrófico no número de novos usuários. 
Um dos motivos que dificulta a ação da sociedade é o excesso de retórica sobre o problema: cada droga produz sua própria retórica. Por exemplo, no caso recente da maconha, no Brasil tem sido comum utilizar-se uma retórica na qual o uso da substância estaria relacionado com a liberdade e os direitos do cidadão. Já o cigarro inspira outro tipo de retórica, que busca estimular uma ação estatal para controlar o abuso das companhias produtoras. A retórica pode mudar de país para país, de acordo com o momento histórico (LARANJEIRA, 2010).
Outro argumento é que a legalização causaria o aumento de pessoas com problemas de controle emocional, bem como a fragmentação de inúmeras famílias que se desgastam com a tentativa de tirarem seus familiares desse circulo vicioso que estimula e direciona ao uso de drogas mais agressivas até transforar o usuário em um total dependente químico que dificilmente consegue reestabelecer seu papel social nos diferentes círculos.
Para algumas questões, a ciência tem respostas claras e válidas. Na farmacologia, sabemos muito bem os mecanismos de ação da maioria das drogas. Para cada droga, podemos prever a ação imediata e de uso crônico. Os epidemiologistas já são capazes de mostrar o impacto do uso, do abuso, da dependência e o custo social de cada uma das drogas (LARANJEIRA, 2010).
Para os opositores à legalização, a ideia que legalizar as drogas vai reduzir o índice de violênciaé uma ideia simplista e ingênua que acarreta como o único problema o tráfico e despreza os fatores fisiológicos, familiares e sociais. Defendem a ideia de que as drogas são como um vírus social e que como nos vírus biológicos a principal medida para reduzir o contagio é reduzir a circulação do vírus, em vista disso na politica de drogas a primeira meta deve ser desenvolver políticas efetivas que sejam capazes de reduzir a circulação de estupefacientes nas ruas. Também afirmam que existem dois fatos irrecusáveis com a atual situação, o primeiro é a enorme dificuldade de se desenvolver políticas efetivas com relação à prevenção e tratamento, o segundo afirma a existência de uma pressão exercida pelos grupos que defendem a legalização e que essa pressão esta mascarada com o argumento de que a melhor solução para acabar com a violência é a legalização. A legalização da maconha não acabaria com o consumo de álcool e cigarro, pelo contrario, geraria mais um item de uso para as industrias que criariam a mesma relação de status social ligada a maconha como já fazem com a cerveja e outros produtos, que por final resultaria no aumento exponencial no numero de novos usuários.
3 O REAL PROBLEMA CIRCUNDA O USO OU COMÉRCIO DAS DROGAS? 
3.1 Visão jurídica quanto a legalização
Partindo do princípio legal e excluindo a forma de aquisição de drogas o uso dentro do limiar de autocontrole seria legitimo e qualquer forma de proibição nesse caso seria legalmente ilegítima, pois se o problema fosse a característica de fazer mal a saúde apenas, o álcool, cigarro e a autolesão seriam ilegais e no campo jurídico isso não ocorre, a autolesão só é considerada crime quando é utilizada para obter vantagens, como por exemplo no caso de seguros, portanto a fundamentação de uma proibição baseada no prejuízo da saúde parece no mínimo confusa ou carregada de convicções pessoais. O verdadeiro problema nesse âmbito circunda as formas de venda, controle de qualidade e não geração de impostos, bem como a incolumidade pública, devido a falta de legitimidade dos produtos, pois não podem ser precisamente previstos seus efeitos sobre o corpo humano, devido sua origem ilícita. Sem controle de qualidade supostamente esses investimentos financiam outras modalidades de crimes, parece ser esses os principais motivos da intervenção do poder executivo quanto a questão legal.
3.2 Visão Médica
Do ponto de vista médico, as substancias definidas como psicotrópicas quando não receitadas por um profissional especializado, baseada em exames e conseguidas de formas lícitas, cadastradas dentro de um sistema de controle de qualidade, oferecem sim diversos riscos aqueles que utilizam, bem como aqueles que sofrem interação destes, pois alteram o estado de humor, percepção da realidade e juízo de valor reflexivo. Nesse âmbito existem fundamentações cientificas dos prejuízos físicos gerados pelo uso deliberado dessas substâncias.
Um estudo publicado em abril no Journal of Neuroscience, conduzido por pesquisadores do Massachusetts General Hospital/Harvard Medical School e da Feinberg School of Medicine, da Universidade Northwestern, mostrou como fumar maconha, mesmo que ocasionalmente, altera fisicamente a estrutura do cérebro dos jovens usuários. "Os resultados desse estudo indicam que, nos jovens usuários recreativos de maconha, anormalidades estruturais na densidade da massa cinzenta, volume e formato do núcleo acumbente e da amídala podem ser observadas", Anne Blood, professora de psiquiatria da Harvard Medical School e uma das autoras-sênior do estudo, oferece contexto sobre a região do cérebro onde ocorreram essas anormalidades. "São estruturas centrais, fundamentais do cérebro", disse ela. "Elas formam a base que permite que você avalie os pontos positivos e negativos das coisas em seu ambiente e tome decisões a respeito delas." (HUFFINGTON, 2014). [5: HUFFINGTON, Arianna. Vamos acabar com a guerra contra as drogas com o mínimo de baixas, seguindo a ciência. 2014. Disponível em: <http://www.brasilpost.com.br/arianna-huffington/cerebro-sob-maconha_b_5635319.html>.]
3.3 Redução de danos
A chamada politica de "redução de danos" apresenta de uma forma geral uma ideia de que não é possível eliminar as drogas e por isso devem ser reduzidos os danos, esse tipo de diretriz defende uma proposta prática, o que com a legalização não diferenciaria, pois a modificação na legislação referente as drogas não garante que investimentos seriam feitos na área prática voltada a redução de danos, além disso a legalização voltada para a redução de danos deixa uma lacuna difícil de ser respondida: Com a legalização seria diminuída a quantidade de delitos, porém existe a probabilidade do aumento no numero de usuários, se abrangendo, usuário, famílias e sociedade em geral isso seria benéfico? Inegavelmente tanto as politicas de proibição, legalização e redução de danos alegam ter seu foco na diminuição de danos dentro de uma determinada zona de atuação, nesse caso entra em choque as perspectivas nacionais e globais, o quanto uma legalização ou proibição no Brasil, por exemplo, poderia influenciar no restante do mundo? E o quanto essas políticas em outros países influenciam os resultados no Brasil e no resto do mundo? Existem estudos que afirmam que para uma politica de redução de danos deve ser avaliada em dois níveis: Macro e Micro, e essas formula é expressa no artigo publicado por Ronaldo Laranjeira, médico psiquiatra brasileiro, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e PhD em Dependência Química na Inglaterra. Autor de diversos livros como: Dependência Química, Prevenção, Tratamento e Políticas Públicas. 
A chamada "redução de danos" representa uma mala eclética cheia de propostas políticas. No nível mais geral, defende a idéia de que, se não podemos eliminar as drogas, pelo menos podemos diminuir os danos. A reforma legal, portanto, não seria prioridade, mas sim a prática concreta.
É preciso tornar muito claro que o objetivo geral de uma política de redução de danos deveria ser a redução total do uso de drogas. Para isso, precisamos distinguir entre os planos micro e macro. De forma esquemática, temos a equação: dano total das drogas = média de dano por usuário x uso total. Em relação ao uso total, temos o numero de usuários e a quantidade que cada um usa. A média de dano por usuário tem dois vetores, o dano causado a si próprio e o dano causado a outros (LARANJEIRA, 2010).[6: LARANJEIRA, Ronaldo. Legalização das drogas e a saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 3, Rio de Janeiro, mai. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000300002>.]
A legalização de drogas no Brasil desarticularia o tráfico de drogas e outras modalidades de crimes associadas?
Um aspecto importante no caso de ocorrer a legalização de algum tipo de droga é como seria garantido o controle de qualidade, venda, e consequentemente arrecadação de impostos e desarticulação do trafico? Nesse ponto de vista o enfoque recai sobre a segurança das fronteiras. Nesse caso uma analogia pode ser feita com o cigarro, que mesmo sendo legalizado não impede a entrada de cigarros contrabandeados, sem controle de qualidade e arrecadação de impostos, fazendo com que seus danos sejam repassados aos produtores legais. No caso de uma mera autorização legal sem controle fiscal e segurança de fronteiras a legalização de drogas como a maconha, por exemplo, não impediria a continuidade de um sistema ilegal de contrabando.
O foco central deveria ser o usuário, pois este é a peça chave desse sistema, criminosos provavelmente sempre existirão enquanto o mercado for lucrativo, seja na forma de traficantes ou contrabandistas, já as políticas devem focar no tratamento de usuários já existentes e na prevenção do surgimento de novos usuários, evitando a retroalimentação das modalidades de tráfico, isso exige investimentos pesados em educação, saúde, e segurançae não em tratar um usuário de drogas como um criminoso perigoso, a única diferença desse com um alcoólatra ou hipocondríaco é a origem de seu produto de consumo que é ilegal e a punibilidade deve recair sobre o fato da aquisição ilegal em forma de penas alternativas e multa, não em marginalizar e estigmatizar o usuário. Um modelo semelhante foi utilizado na Suécia a partir dos anos 80, mais precisamente em 1988. O controle de drogas mudou o foco dos traficantes para os usuários que passaram a sofrer sanções financeiras, com isso a figura de criminoso sobre esses passou a ser de um contraventor facilitando a identificação e tratamento desses, porém em casos extremos esses poderiam ser encaminhados compulsoriamente pra tratamento através de uma comprovação com exame de urina. Em todos os casos de posse de entorpecentes a multa é aplicada, é obvio que os investimentos nesse tipo de políticas na Suécia são imensamente maiores que no Brasil e a questão geográfica do país e o controle das fronteiras dificulta a entrada de drogas. Com essas politicas de prevenção, repreensão e assistência social a Suécia se destaca por ter um dos índices mais baixos de uso de drogas da Europa.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O debate acerca da legalização das drogas está polarizado em dois extremos e ainda marcado profundamente por argumentos ideológicos. Os defensores creem que uma mudança na legislação seja a solução, porém não acarretarão as responsabilidades de um mau sucesso, isso somado à falta de justificação científica, principalmente com relação à farmacologia e psiquiatria que atualmente fundamentam a questão da proibição no que diz respeito aos efeitos sobre o organismo do usuário e os possíveis riscos que o uso deliberado da maioria das substâncias psicotrópicas podem causar. No outro extremo da questão estão aqueles que possuem uma visão mais ortodoxa acerca do tema e defendem uma solução punitiva. Um lado crê na eliminação das penas e o outro na consolidação e ampliação, nenhuma das duas é realista e humana suficiente para definir uma solução, a legalização, para qualquer que seja a finalidade. 
No tocante ao Brasil, dentro das perspectivas atuais de desenvolvimento social, legal e suporte estatal existem poucas possibilidades de sucesso em uma política de total legalização de compra, venda e uso, pelos seguintes fatos: Uma legalização dentro da precariedade dos serviços públicos não impediria formas ilegais de comércio e acabaria estimulando o consumo sem garantir a qualidade e arrecadação de impostos para investimentos nos reflexos gerados. Usuários de drogas mais agressivas normalmente não possuem empregos, sendo assim provavelmente continuariam cometendo delitos para obter drogas mesmo sendo legalizadas. No caso de uma legalização a maioria defende o acesso com receita médica, porém existe o problema da dosagem, qual seria a dose recomendada para aquele que fosse considerado dependente? Normalmente dependentes químicos possuem uma grande resistência aos compostos ativos, portanto para suprir suas necessidades fisiológicas seria necessária uma grande dosagem, e está não sendo fornecida de maneira legal, abriria novamente uma porta de entrada para o comércio. O fato de o álcool ser permitido não impede que crianças e adolescentes os consumam deliberadamente, isso é mais uma questão cultural e educacional, que legal, uma coisa é a legalização como uma boa ação em respeito aos direitos individuais, outra é transformar isso em benefício social, considerando o curto, médio e longo prazo dessas ações. Um dos maiores problemas é a falta de certeza na penalização por atividades ilegais, o que revela uma falta de eficiência nas leis e, de certa forma um incentivo à reincidência. A superlotação penitenciária e as diretrizes de ressocialização, reeducação e integração social denotam um fracasso, justificando a necessidade das penas para usuários serem abrandadas, porém garantidas a usuários e traficantes.
A punição vai-se tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando várias conseqüências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade não à sua intensidade visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens (FOUCAULT, 1987, p. 17). 
Penas alternativas como prestação de serviços comunitários e multa tem demonstrado, nos casos de pequenos delitos uma menor índice de reincidência, essa menor reincidência é consequência da garantia da pena citada acima, é o que revela o estudo realizado por Helder José Barcelar de Cerqueira, no Centro Universitário Jorge Amado em Salvador - BA:
A Vara de Execuções Criminais do DF (VEC) e o Ministério da Justiça apresentaram o resultado preliminar de uma pesquisa sobre a eficácia das penas alternativas no DF. Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) coordenaram os trabalhos, iniciados em 1998. Foram ouvidas 90 entidades, 148 sentenciados, 19 famílias, três juízes, quatro promotores, e dez técnicos e membros dos Conselhos da Comunidade no DF. Vicente Faleiros, professor titular e pesquisador do Departamento de Serviço Social da UnB, afirma que a reincidência dos sentenciados que cumprem penas alternativas é de apenas 4,7%. O resultado mostra que elas funcionam e é a melhor forma de reinserir o preso na sociedade, destaca.(cf. Correio Braziliense de 14.07.01, p. 8). Outros dados revelados pela pesquisa: o condenado a pena alternativa é menos estigmatizado, o custo da pena recai (basicamente) sobre o próprio condenado etc. (CERQUEIRA, 2008).
A atitude mais coerente é desenvolver programas de prevenção e tratamento. O desenvolvimento dessas políticas deve ser muito bem contextualizado pelo fato de o Brasil ser um país de imensa diversidade cultural e socioeconômica. Porém a legalização de drogas para fins recreativos ou até que medicinais, baseadas puramente em ideologias não proporciona segurança e comprovações empíricas para uma mudança tão radical em nossa sociedade. Para haver um equilíbrio entre a liberdade individual e a intervenção estatal é necessário inicialmente grandes investimentos em segurança de fronteiras, pesquisas médicas, desarticulação do crime organizado, para tornar possível um levantamento de dados com contundência e a partir desses dados avaliar o real problema e a possível solução para que assim sejam determinadas as reais responsabilidades de estado e cidadãos a respeito da atual situação enfrentada com relação as drogas ilícitas. Com a atual situação e os dados disponíveis sobre essa, a melhor solução parece ser a não legalização da maconha e de outras drogas ilícitas, pois o álcool e o cigarro e seus custos sociais parecem ser bons exemplos para serem feitas analogias sobre uma possível legalização baseada em ideologias. O principal desafio é o desenvolvimento de políticas praticas em todos os âmbitos de gradativa redução de consumo e de constantes avaliações que acompanhem os processos de modificações da sociedade e garantam um tratamento psicológico, médico e social de qualidade. Tanto com drogas ilícitas, como também com o álcool que já deveria ter sofrido intervenções sobre a quantidade de pontos de vendas e principalmente sobre a propaganda e suas associações feitas. Avaliar o problema das drogas vai muito além de contabilizar usuários e traficantes, é uma questão muito mais complexa. Portanto só será alcançado o equilíbrio quando for colocado a sério, o abuso de qualquer substância que seja, o comércio ilegal e a dependência química como o foco de estudos e estratégias de melhoria social.
REFERÊNCIAS
CARNEIRO, Henrique. A fabricação do vício. 2002.
CARNEIRO, Henrique. As necessidades humanas e o proibicionismo das drogas no século XX. 2002. 
CARNEIRO, Henrique. Pequena Enciclopédia da História das Drogas e Bebidas. São Paulo: Elsevier, 2005.
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CERQUEIRA, Helder José Bacelar de. Penas Alternativas “Contribuindo para a Ressocialização de Delinquente Penal”. Salvador, 2008. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/penas-alternativas-039-contribuindo-para-a-ressocializacao-do-delinquente-penal-039/10775/>.
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