Buscar

AnTrib Administra+º+úo RBaldacci Aulas01 PPereira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Analista dos Tribunais e MP - Área Judiciária 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Administração 
 Professor: Roberto Baldacci 
Aulas: 01 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO 
1. Modelo ou Teoria Patrimonialista 
 
 
Twitter: @BaldacciRoberto 
 
Administração Geral é uma matéria que inclui a administração voltada para o Estado, a partir dos preceitos 
aplicados para a Administração privada. 
 
Nosso papel nesta matéria é fixar bem os conceitos, ferramentas e saber distinguir quando estamos tratando de 
Administração privada e pública. 
 
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
(Alguns editais falam da evolução das teorias da Administração – é a mesma coisa) 
Para entender este tema, precisamos entender, antes de mais nada, a linha do tempo da evolução da sociedade. 
Tivemos um período medieval, passamos para um período monarquista/absolutista, evoluímos para um modelo 
social e entramos no modelo democrático ou moderno. 
 
Quando formos trabalhar as teorias da Administração, precisamos entender a estrutura da administração, para 
quem ela é voltada, qual é a sua função... Na linha do tempo, analisaremos 3 grandes períodos da administração: 
 
 
 
•Absolutismo - Rei
•Europa Medieval
•Estado era patrimonio do rei
•L'etat c'est moi
•Estado não era responsabilizado
•Séc. XVIII
Patrimonialismo
•Estado surge substituindo o rei
•Fortalecimento das instituições 
Estatais
•Sec. XIX e XX
Burocrático
•Estado passa a atender o povo
•Redirecionamento do Estado -
Povo justifica a existência do 
Estado
•1978 em diante
Gerencialismo
 
 
 
 Página 2 de 03 
 
1º Modelo ou teoria Patrimonialista 
No modelo Patrimonialista, o rei, soberano, personificava o Estado. Este período é marcado pela frase “l’etat c’est 
moi” = “O Estado sou eu”. 
Dentro deste modelo, a coisa pública se confundia com aquilo que era privado do soberano. As instituições, 
cargos, imóveis do Estado eram tidas como de propriedade do soberano. 
O conceito de soberania estava intimamente ligado com o conceito do poder absoluto. Disso, decorriam duas 
consequências: 
a) Neste período não era possível responsabilizar o Estado pelos danos que este causava. 
Há 2 frases que marcam este período: 
- “The King can do no wrong” o rei não erra! 
- “Le roi ne peut mal fairé” 
b) Toda estrutura administrativa de poder é voltada aos interesses do soberano. 
Este é um modelo sem compromisso nem com o Estado, nem com o povo. 
Também não tem compromisso nem com o resultado, nem com a eficiência (não se falava em 
qualidade, segurança...) 
Há 4 práticas de Administração que caracterizam o patrimonialismo: 
1. Gerontocracia 
Este modelo era bem embasado no modelo de dominação tradicional, que é aquele onde quem exerce o 
poder, está no poder porque sempre esteve no poder. Por tradição aquele sujeito ou família exercem o 
poder. Neste tipo de administração não há eleição nem critérios legais para o exercício do poder. Isso faz 
com que o soberano se perpetue no poder, lavando a criação das dinastias. 
2. Nepotismo 
Por tradição, o poder pertence ao soberano e à sua família. Desta forma, os cargos e funções públicas não 
estão sujeitas a concurso ou a plano de carreira. 
Cargos e funções públicas são preenchidos por nomeação direta pelo soberano e não são acessíveis a 
qualquer um. Os cargos e funções são direcionados a familiares e parentes do soberano. 
***Poder ilimitado (não é um 3º item, pois a doutrina aponta isso como uma conseqüência/uma 
característica e não como uma prática)  o soberano tem a liberdade de fazer ou deixar de fazer o que 
bem entende com a coisa publica e a sociedade, não havendo qualquer organismo ou critérios que 
imponham limites ou controle sobre o poder do soberano. Essa ilimitação do poder decorre 
principalmente da gerontocracia e do nepotismo. 
3. Fisiologismo 
O poder público só vai contratar quem melhor atender aos interesses do soberano. 
Será contratado aquele que trouxer a melhor vantagem pessoal para o soberano, independente se esta é 
ou não a melhor opção para o Estado. 
4. Clientelismo 
Os contratos com o Estado não são acessíveis a qualquer um. Os contratos com o Estado serão restritos a 
um pequeno grupo do relacionamento do soberano. 
 
(nas provas, são descritas as práticas e depois lhe perguntam qual momento elas representam) 
No mundo: se estendeu até o final do séc. XVIII 
No Brasil: Ocorreu o patrimonialismo no Brasil? Vamos quebrar o Brasil em algumas fases e analisá-las 
 
I______Império_____I_______Rep. Velha______I_____Nova República_____I______Período Moderno_____I 
 
 Patrimonialismo Pol. Café com leite (SP/MG) Súmula Vinculante 13 
 
 
 
 Página 3 de 03 
 
(vamos simplificar bastante apenas para ventilarmos algumas ideias: muitos autores dizem que houve o 
patrimonialismo durante o Brasil Império, pois é uma característica típica de império. Ocorre que as constituições 
que tivemos na fase de império aqui no Brasil, eram constituições um pouco diferentes, elaboradas por grandes 
estadistas – ex. Dom Pedro II- que formularam constituições com uma natureza menos patrimonialista e mais 
estadista. Já na Republica velha, em que pese termos uma lei com critérios de restrição de poder, nesta fase 
tínhamos 2 grandes oligarquias que conduziam o país na política do café com leite – nesta fase tinha eleição e 
mandato, porém numa sistemática arranjada. Apesar de termos, nesta fase, leis e normas que afastariam o 
patrimonialismo, o governo ainda mantinha práticas típicas desta fase. Já em relação ao nepotismo, ainda não há 
qualquer lei que impeça esta prática, tendo o impedimento surgido apenas com a Súmula Vinculante 13. 
 
Súmula Vinculante 13 - STF 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer 
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, 
viola a Constituição Federal. 
 
Dito tudo isso, como definir quando houve o patrimonialismo no Brasil? Professor resume abaixo:) 
 
Para uma primeira corrente, somente no período do Brasil Império houve traços típicos de patrimonialismo no 
Brasil. (porém, para a outra parte da doutrina, as constituições do Império eram modernas para a época, com 
diversas previsões e normas que descaracterizavam o patrimonialismo. 
Para uma segunda corrente, nunca houve no Brasil regime patrimonialista propriamente dito, apesar de suas 
práticas ocorrerem no Brasil até os dias atuais. 
Para uma terceira corrente, que é dominante, o período da república velha teve uma presente prática 
patrimonialista, principalmente pela política do café com leite, exercidas pelas oligarquias de SP-MG, apesar de 
leis dizerem o contrário.

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes