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caso 1 civil

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DIREITO CIVIL I - CCJ0006 
Título 
SEMANA 1 
Descrição 
Caso concreto 
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do 
instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo 
monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a 
legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses 
da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da 
cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo 
com que ela perdesse a visão para o monte. 
Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o 
órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar 
atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implica r, 
mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou 
até infligir danos ao contratante. 
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda: 
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de 
a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de 
maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva. 
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em 
consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique. 
 
Questão objetiva 
 
(MP/GO – 2005) O atual Código Civil optou “muitas vezes, por normas genéricas ou 
cláusulas gerais, sem a preocupação de excessivo rigorismo conceitual, a fim de possibilita r 
a criação de modelos jurídicos hermenêuticos, quer pelos advogados quer pelos juízes para 
a contínua atualização dos preceitos legais” (trecho extraído do livro História do novo 
Código Civil, de Miguel Reale e Judith Martins-Costa). Considerando o texto, é correto 
afirmar que: 
 
a) Cláusulas gerais são normas orientadoras sob a forma de diretrizes, dirigidas 
precipuamente ao juiz, vinculando-o ao mesmo tempo em que lhe dão liberdade para 
decidir, sendo que tais cláusulas restringem-se à Parte Geral do Código Civil. 
 
b) Aplicando a mesma cláusula geral, o juiz não poderá dar uma solução em um 
determinado caso, e solução diferente em outro. 
 
c) São exemplos de cláusulas gerais: a função social do contrato como limite à 
autonomiaprivada e que no contrato devem as partes observam a boa-fé objetiva e a 
probidade. 
 
d) As cláusulas gerais afrontam o princípio da eticidade, que é um dos regramentos 
básicos que sustentam a codificação privada 
 
Desenvolvimento 
 
CASO CONCRETO 
 
a) Sim. Porque traduz –se como verdadeira janela deixada pelo legislador civil em 
razão do dinamismo da vida, como técnica legislativa que conforma o meio hábil 
para permitir o ingresso no ordenamento codificado, de princípios valorativos ainda 
não expressos legislativamente, como standards de comportamento, de deveres de 
conduta não previsto legislativamente. 
b) Princípio da Eticidade que deve sempre orientar o magistrado na interpretação das 
cláusulas gerais.

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