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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA 
CÍVEL DA COMARCA DO ESTADO...
Processo nº: ... 
ANTÔNIO AUGUSTO, qualificação completa, por seu 
advogado devidamente constituído, conforme instrumento de mandato em 
anexo, com endereço profissional à..., nos autos da AÇÃO 
INDENIZATÓRIA, movida em face de MAX TV S.A., qualificação 
completa, e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA., qualificação 
completa, inconformado com a respeitável sentença de fls.__, vem, 
perante este juízo, interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, apresentando as 
razões em anexo, assim como o comprovante de recolhimento das custas 
relativas ao preparo da presente peça recursal.
Diante do exposto, requer ainda seja o presente recurso recebido no duplo 
efeito, com fulcro no artigo 1012, caput do CPC, remetendo os autos à 
Superior Instância.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local, data.
ADVOGADO 
OAB/UF
RAZÕES DA APELAÇÃO
APELANTE: ANTÔNIO AUGUSTO
APELADAS: MAX TV S.A. e LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS 
LTDA.
AÇÃO: INDENIZATÓRIA
PROCESSO Nº: ...
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
Merece reforma a respeitável sentença proferida pelo juiz de 
primeiro grau, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DA TEMPESTIVIDADE
 
Esclarece o Apelante que a interposição do presente recurso 
encontra-se em absoluta conformidade com os artigos 219, 224 e 1003, 
§5º do Código de Processo Civil, quanto à contagem e prazo, tendo sido 
interposto no prazo de 15 dias. 
DOS FATOS
O apelante, ao se mudar para seu novo apartamento, recém-
comprado, adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última 
geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso 
à Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais). 
Ocorre que, depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a 
TV apresentou superaquecimento, o que levou à explosão da fonte de 
energia do equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os 
aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor. 
Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 
25/11/2015, tanto o fabricante (MAX TV S.A.) quanto o comerciante de 
quem o produto fora adquirido (LOJAS DE ELETRODOMÉSTICOS 
LTDA.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer solução. 
Diante disso, em 10/03/2016, o apelante propôs ação perante 
Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o 
adquiriu, requerendo: A) a substituição do televisor por outro do mesmo 
modelo ou superior, em perfeito estado; B) indenização de 
aproximadamente trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos 
demais aparelhos danificados; e C) indenização por danos morais, em 
virtude de a situação não ter sido solucionada em tempo razoável, motivo 
pelo qual a família ficou, durante algum tempo, sem usar a TV. 
Entretanto, o juiz acolheu preliminar de ilegitimidade passiva 
arguida, em contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, 
excluindo-a do polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do 
Código de Defesa do Consumidor. 
Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, 
alegada em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no 
Art. 26, inciso II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa 
dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação.
DOS FUNDAMENTOS
A) DA LEGITIMIDADE PASSIVA
Inicialmente, cabe salientar a existência de solidariedade entre o 
varejista, que efetuou a venda do produto, e o fabricante, admitindo-se a 
propositura da ação em face de ambos, na qualidade de litisconsortes 
passivos, conforme art. 13 do CDC. A responsabilidade do comerciante, 
ao menos quanto ao primeiro pedido deduzido da petição inicial referente 
à substituição do produto, encontra fundamento no Art. 18 do CDC.
B) DO AFASTAMENTO DA DECADÊNCIA
Quanto ao segundo aspecto, há a necessidade do afastamento da 
decadência. No que concerne ao primeiro pedido, referente à substituição 
do produto, há a existência de reclamação oportuna do consumidor, o que 
obsta a decadência, na forma do art. 26, § 2º, inciso I, do CDC.
No tocante aos pedidos de indenização pelos danos moral e 
material, o caso em tela se trata de responsabilidade civil por fato do 
produto, não por vício, haja vista os danos sofridos pelo autor da ação, a 
atrair a incidência dos artigos 12 e 27 do CDC, de modo que a pretensão 
autoral não se submete à decadência, mas ao prazo prescricional de cinco 
anos, estipulado no último dos dispositivos ora mencionados.
Dessa forma, requer a reforma da sentença para que o pedido 
seja desde logo apreciado, na hipótese de a causa encontrar-se madura 
para o julgamento, segundo o art. 515, §3º do CPC, ou, alternativamente, 
a sua reforma, mediante o reconhecimento da legitimidade passiva do 
comerciante, e o afastamento da decadência, determinando-se o retorno 
dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento do feito.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a este Egrégio Tribunal:
1) Conheça o recurso ora interposto e lhe dê provimento para 
reformar a sentença recorrida no sentido de afastar a 
decadência do apelante e incluir o comerciante no polo 
passivo, acolhendo o pedido formulado na inicial;
2) A intimação das Apeladas para, querendo, oferecer suas 
contrarrazões;
3) A condenação das Apeladas ao ônus da sucumbência.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADO
OAB/UF

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