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Trabalho Unopr 5º período UNOPAR

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. INTRODUÇÃO
À educação das relações étnico-raciais é uma temática que vem ganhando cada vez mais espaço, sobretudo após a promulgação da Lei nº 10.639/03, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), e institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica. Resultado de pressões do Movimento Negro e de diversos debates, a lei como uma política da ação afirmativa, tem como objetivo a valorização da cultura africana e afro-brasileira e o desenvolvimento do respeito e da tolerância à diversidade cultural de nosso país. A escola é um espaço em que convivem alunos de diferentes origens, com costumes e religiosidades diferentes, é onde aprendemos as regras do convívio democrático com as diferenças e são apresentados conhecimentos sistematizados sobre o Brasil e o mundo, fornecendo assim subsídios para o debate de questões sociais. Nesse contexto, é imprescindível o papel desempenhado pelo professor, de despertar o senso crítico em relação a questões como o preconceito, a desigualdade e a discriminação racial, e a consciência e valorização da pluralidade cultural. Porém, nem sempre encontramos professores preparados para lidar com os desafios que a discriminação racial impõe em sala de aula: “[...] essa falta de preparo, que devemos considerar como reflexo do nosso mito de democracia racial compromete, sem dúvida, o objetivo fundamental da nossa missão no processo de formação dos futuros cidadãos responsável de amanhã” (MUNANGA, 2005, p.15). Uma leitura crítica pode fornecer subsídios para o debate acerca das relações étnico raciais, principalmente no que tange à cultura africana e afro-brasileira, como forma de conscientização e respeito à diversidade.
O presente trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas e documentais, além de informações buscadas em internet, para a obtenção de mais resultados mediantes a Lei nº 10.639/2003; A importância de trabalhar a lei referida nas diferentes áreas do conhecimento; a contribuição do preconceito racial na sociedade e retratar a importância interdisciplinar para contemplar os pressupostos da lei. 
. DESENVOLVIMENTO
A Lei Federal 10.639/2003 visa à aplicação e implementação de ações afirmativas, resultantes de ações do movimento negro. Vem alterar a Lei nª 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade de temática ‘’ História e Cultura Afro-brasileira’’.
A Lei 10.639/2003 inclui o estado da História da África e dos Africanos, bem como a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, com o intuito de resgatar a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à História do Brasil.
Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira, como objeto de conhecimento no cotidiano escolar, deverão ser inseridos em todas as disciplinas escolares de maneira contextualizada e significativa, promovendo a interdisciplinaridade, a integração de saberes e articulação entre os componentes curriculares. 
O racismo, conforme o Artigo 5° da Constituição Brasileira é crime inafiançável, e isso se aplica a todos os cidadãos e instituições, inclusive a escola. Assim, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais do Conselho Nacional de Educação, CNE (2004):
A escola, enquanto instituição social responsável por assegurar o direito da educação a todo e qualquer cidadão, deverá se posicionar politicamente contra toda a qualquer forma de discriminação. A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa de todo e qualquer educador, independentemente do seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política (CNE, 2004, p.9). De acordo com Rocha (2009), a pedagogia da diferença, que se acredita se possível de ser construída pelo Sistema Educacional Brasileiro, é aquela em que se faz da escola um projeto aberto, uma cultura escolar que abra espaço para o diálogo e comunicação entre os diversos grupos sociais; que propicie a identificação e expressão de singularidade de cada estudante. Revista de Educação Dom Alberto, n. 7, v. 1, jan./ju. 2015.
O diálogo cultural entre realidades distintas baseia-se desde os primórdios da humanidade na troca de experiências. O que, consequentemente, gera conflitos, parte indispensável para o entendimento a aceitação de culturas heterogêneas. Porém, para que este processo se fundamente e este conflito tenha valor prático é necessária à confrontação de ideias, ou seja, as peculiaridades de cada grupo devem ser levadas ao topo da discussão para que se possa possam chegar a um ponto de convergência entre ambas as situações, de outra forma significa dizer que entre as diferenças deve instalar-se um elo no intuito de aproximar os extremos a partir dos pontos que mais os identificam e/ou aproximam.
Integrar culturas é seguir por um caminho ‘’pedregoso’’, porém não intransponível. O propósito neste caso é tornar visível socialmente à importância da cultura africana no decorrer da formação étnica brasileira. É fixar na sociedade a reflexão histórica a respeito da significância da influencia africana na formação dos 
pilares étnico-sociais do país. Este exercício social passou a ser defendido tardiamente no Brasil, devido não somente a grande extensão territorial, mas principalmente pela indiferença intencional oferecida a esta questão.
A respeito desta situação, Pereira apresenta a posição do Ministério da Educação, que caracterizou tal situação como emergencial, acerca do que consta o tópico 8 dos PCNs, Urgência social: Esse critério indica a preocupação de eleger como Tema Transversal questões graves, que se apresentam como obstáculos para a concretização da plenitude de cidadania, afrontando a dignidade das pessoas e deteriorando sua qualidade de vida. (PEREIRA; 2007, p.56). Esta preocupação associada à educação se explica pelo fato desta ser única capaz de construir este novo comportamento social, defendido na citação acima, ou seja, somente através de um sistema educacional integrado com a realidade social é possível se chegar às causas que levam esta deturpação social.
A preocupação com a situação do negro no Brasil assume uma importância ainda maior se comparada a outras nações, pois aqui esta herança da África está mais presente, porém menos valorizada. Essa desvalorização é uma característica facilmente constatada, pois basta olhar a sociedade através de lentes críticas que as discrepâncias sociais saltam aos olhos, sendo que os mais necessitados no Brasil, muitas vezes, descendem da herança africana, sendo estes também os mais vulneráveis aos ataques racistas de várias naturezas, como por exemplo, a situação financeira, profissional, familiar e tantas outras.
Desta forma, a Educação exerce um papel determinante para o agravamento e superação deste quadro, como aponta Pereira ‘’ Nesse cenário, a Escola se torna, inevitavelmente, um lugar privilegiado que reflete, através de diferentes perspectivas, o rico e desafiador enredo das relações sócias’’ (PEREIRA, 2007; p.15). 
A escola neste ponto é compreendida como o berço dos conflitos, dessa conversação que proporciona a troca de experiência e é, nesta fase que entra a discussão da cultura afro, já integrada ao currículo escolar. Esta situação, a partir de 2003, passou a ser obrigatória, pois estudar o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira é uma questão amparada pela lei 10.639, porém jamais poder ser vista como mera obrigação ou carga de conteúdo. A influência que este assunto e lei causam em sala de aula é ponto chave para estimular docentes e discentes na discussão do assunto, pois gera no professor a segurança para discutir o problema, já que háuma lei que o auxilia neste processo. 
Contudo, é importante encontrar uma maneira correta de abordar determinada questão, para não cair na redundância ou comodismo de trabalhar assuntos rotineiros de ‘’caráter escravagista, despertando a falsa impressão de que não foi deixado um legado cultural, com apenas sua força de trabalho se fazendo presente. 
Esta característica dos povos africanos que vieram para o Brasil é extremamente valiosa, sendo que aprofunda ainda mais o foco de ação do professor em sala de aula e instiga o aluno a buscar mais informações, porém ao mesmo tempo, também acende um sinal de alerta aos docentes, pois estes podem cair na equivocada generalização causando impacto negativo no conhecimento e entendimento da variada cultura das regiões marcadas pela presença negra no país. 
É evidente que a implementação da lei 10639/03 trouxe muitos benefícios no que diz respeito ao tratamento dados as questões étnicas, onde principalmente os negros eram tratados como ‘’seres inferiores’’ e passíveis de dominação, justificando assim o sistema escravista que por séculos sustentou a economia do Brasil. Também é notória a importância que o estudo e as discussões em sala de aula a respeito da História Africana possuem nos dias atuais.
É nesse contexto que em muitas escolas brasileiras, tanto de ensino fundamental quanto médio, a lei 106369/03 não é muitas vezes aplicada de fato, pois há um despreparo de alguns professores sobre o assunto, ou existe um falta de interesse da própria escola em levar adiante o tema, voltando-se apenas para comemorações de datas como o dia da “Consciência Negra” ou “13 de Maio”, não refletindo sobre o real significado destas datas, perdendo-se, assim, a oportunidade de instigar os alunos sobre o tema.
Uma das causas de não haver uma maior aplicação da lei é a questão da formação desses professores, pois a maioria, não teve durante a sua graduação disciplinas que lhes proporcionassem algum conhecimento sobre a História Africana, então se faz necessário, a formação continuada destes docentes e, a devida valorização dos mesmos para a aplicabilidade da lei 10639/03, pois assim estes profissionais poderão disponibilizar aos seus alunos um ensino comprometido com a ética e a valorização das diversas culturas que formam a sociedade brasileira.
. CONsiderações Finais
Com base nas pesquisas realizadas para a concretização deste trabalho, compreende-se que à escola é uma instituição responsável pelo desenvolvimento do seu aluno. Através da escola os educadores podem trazer conhecimentos positivos em relação aos negros, assim os alunos conhecem toda realidade vivida e o processo de discriminação percorrida por todos esses anos, dos quais sofreram. É importante destacar que a escola deverá problematizar a questão racial, possibilitando uma aula com qualidade, valorização e respeito, como solicita a Lei 10.639/2003.
Sem dúvida este é um tema muito polemico, mas que quase não é discutido devido a ser um assunto não muito trabalhado que está vindo à tona somente agora.
Portanto, temos por base para uma construção de um novo olhar, uma nova maneira de enxergar um país livre e democrático, sem desigualdades econômicas e sociais. Mas para isso é preciso que todos façam sua parte, e juntos construiremos um país sem discriminação e preconceitos.
REFERÊNCIAS
Revista Intersaberes. Vol.11, n.22, p. 124 – 139, Jan - abr. 2016 | 1809-7286 
https://www.uninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/929 Acesso em: 25/10/2017.
Revista da SBEnBio – nº. 7- Outubro de 2014
http://www.sbenbio.org.br/worddpress/wp-ntent/upoads/2014/11/R1019-1.pdf Acesso em: 25/10/2017
Revista Latino- Americano de História Vol. 2, nº. 6 - Agosto de 2013 - Edição Especial
BRASIL. Ministério da Educação/Secad. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. 2004.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática ―História e Cultura Afro-Brasileira‖, e dá outras providências. Brasília, 2003.
 MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: MEC- SECAD, 2005.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Pedagogia
Alessandra Teófila Damasceno Araújo
Elissandra maria Moura Costa
Kilda de Fátima Araújo Santana
Renata Claúdia Marinho Diniz
Sônia do carma da Silva
Steffani Carla Nery de Oliveira
Desafios da prática docente na aplicação da lei nº 10.639/2003.
João pessoa
2017
Alessandra Teófila Damasceno Araújo
Elissandra maria Moura Costa
Kilda de Fátima Araújo Santana
Renata Claúdia Marinho Diniz
Sônia do carma da Silva
Steffani Carla Nery de Oliveira
Desafios da prática docente na aplicação da lei nº 10.639/2003.
Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia. apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente; Ensino de Ciências Naturais e saúde Infantil; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica. Interdisciplinar: Ensinar e aprender na educação de Jovens e Adultos; Estágio Curricular obrigatório I: Educação Infantil; Seminário Interdisciplinar VI;
 Profs.: Edwylson de L. Marinheiro, Mari Clair Moro Nascimento, Maurílio Bergamo, Andréia Zômpero, Adriana Haruyoshi Biason, Tatiane Mota Santos Jardim, Vilze Vidote Costa, Renata de Souza França Bastos de Almeida e Márcia Bastos.
Tutora Presencial: Sílvia Rejane Marinho da Silva Azevedo
Tutora a distância: Suelen Bueno Carneiro
João Pessoa
2017

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