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AULA 12 - Eletroterapia: Eletroestimulação Funcional: F.E.S. Prof. Frederico Meirelles Conceito • Foi descrita como sendo a estimulação de músculos, tanto lisos quanto estriados, que foram privados do controle nervoso, com o objetivo de proporcionar contração muscular que produza um movimento funcionalmente útil. • As contrações são obtidas a partir de vários pulsos elétricos de pequena duração, aplicados sob frequência controlada. • Esses trens de pulso ou envelopes de pulsos elétricos diferem das formas clássicas de eletroestimulação, em que são empregados pulsos únicos com tempo de duração variável. 2015 2Copyright Prof. Frederico Meirelles Bases da excitabilidade • Para que se consiga uma contração próxima à fisiológica e que possa gerar movimentos, são necessárias algumas condições para os parâmetros específicos de estimulação: o Repouso: o Ataque / Descida: o Intensidade: o Frequência: o Duração do pulso: o Sustentação: 2015 3Copyright Prof. Frederico Meirelles Repouso • Período entre dois trens de pulso e deve ser realizado para evitar a fadiga muscular na fase de recondicionamento muscular ou para permitir o controle das contrações musculares e se obter movimentos úteis à locomoção; 2015 4Copyright Prof. Frederico Meirelles Ataque / Descida • É o tempo que a corrente leva para se estabelecer (ataque) e para cessar (descida) que deve ser de, aproximadamente, dois a três segundos para apresentar características fisiológicas. 2015 5Copyright Prof. Frederico Meirelles Intensidade • Dentro de certos limites, o aumento da intensidade de corrente corresponde a uma contração muscular mais efetiva, por promover estimulação de fibras nervosas, com limiar de excitação mais alto ou mais distante da estimulação dos eletrodos; • A partir de certos valores variáveis de músculo para músculo, se terá uma resposta constante, independentemente do aumento de intensidade. 2015 6Copyright Prof. Frederico Meirelles Frequência • Dependendo da frequência deste pulso, observa -se, inicialmente, períodos de repouso entre abalos musculares de mesma intensidade. Esta deve ser de, aproximadamente, 60 Hz. • Frequências de pulsos elevadas acarretam fadiga muscular e frequências muito baixas não permitem que a contração muscular produza trabalho funcional eficiente. 2015 7Copyright Prof. Frederico Meirelles Duração do Pulso • Provê uma qualidade maior ou menor aos estímulos, pois em virtude da musculatura denervada sofrer aumento da cronaxia, quanto maior for a duração do pulso, maior será a qualidade do estímulo, entretanto pode causar fadiga precoce. • Deve ser igual ou maior que 300 ms. 2015 8Copyright Prof. Frederico Meirelles Sustentação • É o tempo de contração efetiva. • Se a sustentação for muito grande, pode levar à fadiga precoce. 2015 9Copyright Prof. Frederico Meirelles Aparelho • Portáteis ou clínicos • Devem possuir controles de ajustes de intensidade, ataque/descida, frequência de pulsos, duração do pulso, sustentação e repouso. 2015 10Copyright Prof. Frederico Meirelles Bases Funcionais • Para a maior eficácia da utilização da eletroestimulação funcional, é necessária a utilização das bases funcionais, a saber: o Inibição funcional: os reflexos flexores e extensores não podem ser evocados simultaneamente; o Estimulação aferente: estimulação dos nervos sensitivos; o Estimulação eferente: estimulação dos nervos motores; o Princípio da substituição: substituição ortótica. 2015 11Copyright Prof. Frederico Meirelles Bases Funcionais • Todas essas bases funcionais têm por objetivo o controle da espasticidade, auxiliar na reorganização da atividade motora, acelerar a recuperação do controle voluntário, restituir, por controle elétrico, movimentos simples e complexos, substituição ortótica e fortalecer a musculatura. 2015 12Copyright Prof. Frederico Meirelles Critério de avaliação dos pacientes • Para uma eficácia da técnica, é necessário avaliar a elegibilidade do paciente para a realização da técnica. E para tal, é necessário: • Avaliação da capacidade de resposta à corrente: • Graduação da espasticidade: • Avaliação das articulações 2015 13Copyright Prof. Frederico Meirelles Avaliação da capacidade de resposta à corrente • Estímulo da ordem de décimos de milissegundos são dados para verificação da contração muscular através do estímulo do nervo periférico. • Doenças que acometem o neurônio motor inferior não são elegíveis à técnica FES. 2015 14Copyright Prof. Frederico Meirelles Graduação da espasticidade • Por ter objetivos funcionais, para a técnica FES utiliza -se a graduação de espasticidade sobre a função a ser realizada, através da escala de Ashworth modificada: • 0 - nenhum aumento no tônus muscular; • 1 - leve aumento do tônus muscular, manifestado por uma tensão momentânea ou por resistência mínima, no final da amplitude e movimento articular (ADM), quando a região é movida em flexão ou extensão; • 1+ leve aumento do tônus muscular, manifestado por tensão abrupta, seguida de resistência mínima em menos da metade da ADM restante; • 2 - aumento mais marcante do tônus muscular, durante a maior parte da ADM, mas a região é movida facilmente; • 3 - considerável aumento do tônus muscular, o movimento passivo é difícil; • 4 - parte afetada rígida em flexão ou extensão. 2015 15Copyright Prof. Frederico Meirelles Avaliação das articulações • Através da movimentação passiva e quantificada pela goniometria manual. 2015 16Copyright Prof. Frederico Meirelles Indicações • Facilitação neuromuscular; • Substituição ortótica; • Controle da espasticidade; • Escoliose (adolescentes com escoliose idiopática vêm sendo tratados pela aplicação noturna de FES na convexidade da curva); • Hipotrofia por desuso; • Plegias e paresias; • Órtese para pés dorsiflexores. 2015 17Copyright Prof. Frederico Meirelles Contraindicações • Eixo do marcapasso cardíaco; • Sobre o seio carotídeo; • Sobre área cardíaca; • Espasticidade grave; • Lesão nervosa periférica. 2015 18Copyright Prof. Frederico Meirelles F.E.S. em hemiplegia • Tem como objetivos o recondicionamento muscular, controle da espasticidade e reorganização do padrão motor. 2015 19Copyright Prof. Frederico Meirelles Recondicionamento muscular • Estimulação dos MMSS; • Estimulação dos MMII; • O FES ainda pode ser utilizado como uso ortésico na hemiplegia (FES de palmilha) 2015 20Copyright Prof. Frederico Meirelles Estimulação dos MMSS • Estimular o deltóide (na fase inicial da hemiplegia, visando à prevenção do ombro doloroso, secundário à subluxação paralítica glenoumeral), • Tríceps braquial (com o objetivo de controlar a espasticidade flexora do cotovelo e a consequente instalação de uma deformidade com este padrão), • Extensores de punho e dedos (estes movimentos de forma sinérgica permitem melhor adequação funcional da mão, e também a inibição funcional em flexores de punho e dedos). 2015 21Copyright Prof. Frederico Meirelles Estimulação dos MMII • Estimular de forma a recondicionar três grupos musculares: o Quadríceps (estimulação do quadríceps, na fase inicial da instalação de hemiplegia, permite reduzir o componente parético da lesão. A espasticidade extensora poderá ser benéfica ao paciente, pois este poderá utilizá -la com objetivos funcionais de ortostatismo e deambulação); o Dorsiflexores (podem ser evocados por contração evocada rítmica ou contração evocada por disparador); o Isquiotibiais (com o objetivo de funcionalizar a espasticidade em quadríceps, através da inibição funcionale evitar a hiperextensão de joelho). 2015 22Copyright Prof. Frederico Meirelles Ortésico na hemiplegia (FES de palmilha) • É restrito ao controle da articulação do tornozelo. 2015 23Copyright Prof. Frederico Meirelles F.E.S. em lesão medular • Pode ser dividido, didaticamente, em fases: o Fase de recondicionamento muscular; o Fase de transferência da posição sentado para de pé; o Treinamento da postura sentada; o Treinamento da deambulação. 2015 24Copyright Prof. Frederico Meirelles Fase de Recondicionamento Muscular • Quadríceps (mais importante a ser recondicionado para a função de estabilizar o joelho na posição de extensão para o ortostatismo e para o trabalho de marcha), • Dorsiflexores (estimulados para evitar o pé equino e funcionalizar a espasticidade dos gastrocnêmios), • Glúteo máximo (estimulados para prevenção das contraturas e deformidades em flexão do quadril) • Isquiotibiais (estimulados para funcionalizar a espasticidade em quadríceps e reduzir o posicionamento flexor do joelho). 2015 25Copyright Prof. Frederico Meirelles Fase de transferência da posição sentado para de pé • O paciente tem de conseguir permanecer em pé apoiado nos MMSS, em pelo menos 15 segundos. • Os eletrodos são posicionados no quadríceps; ajusta-se a intensidade de corrente necessária para obter-se uma extensão de joelho eficiente, associada ao impulso dos MMSS. 2015 26Copyright Prof. Frederico Meirelles Treinamento da postura sentada • Após a fase anterior, o paciente é mantido em pé através da emissão de pulsos elétricos contínuos e simultâneos aos dois músculos quadríceps, por períodos progressivos. • O objetivo será atingido quando o paciente se apresenta nesta postura por 10 minutos ou mais. 2015 27Copyright Prof. Frederico Meirelles Treinamento da deambulação • Estimulado o quadríceps para estabilizar os joelhos, com auxílio de estabilização do tornozelo e pé, através de calçados com cano alto. 2015 28Copyright Prof. Frederico Meirelles
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