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RESENHA do livro História & Ensino de História

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Resenha capítulo II - História do ensino de História no Brasil: Tendências 
Thais Nivia de Lima e Fonseca, História & Ensino de História, Belo Horizonte, Autêntica, 2003, 120 p.
Dividido em quatro capítulos centrados na questão do ensino de história, em sua dimensão histórica, seus conteúdos possibilitam verificar as formas como a autora privilegia o percurso pelo qual passou a educação no Brasil até os dias atuais, levantando questionamentos importantes. No segundo capítulo do livro, a obra analisa a coerência entre as tendências apresentadas anteriormente e as pesquisas atuais sobre o ensino de História, concluindo que elas vêm privilegiando um curto recuo temporal. A maior parte dos estudos em teses, livros e capítulos, se volta para currículos e programas atuais ou recuados no máximo ao período Vargas, e os confronta com a produção historiográfica, estabelecendo um valor relativo para este ensino, desvela o desinteresse na produção de material historiográfico que trata de questões sobre história do ensino de História no Brasil. 
Fonseca aponta o percentual de 18% das produções acadêmicas voltadas para essa problemática em relação aos 82% relacionadas às outras questões, o que justifica sua crítica face ao descaso dos profissionais a essa área tão importante quanto essencial à educação como um todo. Sob esse prisma a presente obra traduz a relevância do interesse de sua autora na produção de conhecimento acerca da própria história das práticas históricas no país. 
A autora avalia que um enfoque histórico sobre o ensino de História é minoritário nos estudos e nas pesquisas e que muitos deles se sustentam fragilmente nas referências teórico-metodológicas contemporâneas, articulando estas referências de maneira vaga ou contraditória, embora se verifique citações de outros autores nem sempre estão claras a utilização dos pressupostos teórico-metodológicos destes autores no desenvolvimento dos currículos escolares. Percebe-se, a produção acadêmica dos saberes disciplinares e curriculares. Esses procedimentos subordinam-se aos interesses de certas elites que dominam o cenário político, ela declara, devem ser repensados à luz da ética, daí a importância de se pesquisar seriamente a própria história da História da educação, para buscar nessa fonte as respostas que satisfaçam a demanda da educação no Brasil.
Resenha capítulo III - Exaltar a pátria ou formar o cidadão
A autora Thais Nívia de Lima e Fonseca, analisa o ensino de História no Brasil e as diversas formas de apropriação do conhecimento histórico dentro e fora da escola, este capítulo está dividido em dois subitens: a História como disciplina escolar no Brasil e Política, cultura e o ensino de História. 
Para a autora Fonseca, o surgimento do ensino de História no Brasil, já no período colonial, aconteceu através da Companhia de Jesus, introduzido em 1549 pelo padre Manuel da Nóbrega, antes do século XIX, não se pode indicar com precisão os traços do ensino de História no Brasil. 
Esse tipo de educação voltava-se para a conversão dos indígenas e também para a preparação de uma seleta elite da aristocracia colonial para seu ingresso nas universidades portuguesas de Évora e Coimbra. Nesse período histórico o estado ficou à margem do sistema educacional, deixando para os Jesuítas a responsabilidade pela educação no país, de acordo com as determinações tridentinas. Porém as convergências terminam aí devido à crescente, e incômoda, ascensão política e financeira desta ordem religiosa levando à sua total extinção no Brasil em 1759, segundo ordens do Marquês de Pombal, obrigando por decreto a expulsão desses religiosos de todo Império. 
 A política implantada pelo Marquês, procurava silenciar o ensino jesuíta através da reforma educacional influenciado pelo iluminismo, o qual buscava uma educação na idéia de progresso e de uma civilização crente nas leis e na justiça. O estado então deveria assumir o controle e definir as diretrizes para que esse ideal de educação pudesse assumir o lugar central. Esse controle foi estabelecido pela implantação de uma burocracia estatal. O governo pombalino buscou retirar o predomínio da inquisição sobre a vida intelectual, através da padronização de livros e manuais escolares. 
De acordo com a autora, a educação nessa época ainda era restrita ás elites, mais não houve um avanço no Brasil, pois faltavam recursos de professores e de material. Daí o surgimento das instituições privadas, pois as famílias mais ricas passaram a contratar professores particulares. 
Para Fonseca, a constituição da História como disciplina escolar no Brasil, ocorreu após a Independência, pois até então toda a discussão em torno do que deveria ser ensinado nas escolas, envolvia os enfrentamentos sociais e políticos.
Questões - Capítulo II e III do livro História e ensino de História 
01 - Uma arraigada tradição na historiografia da educação entende a reflexão histórica de que forma? 
02 – O que é o Ratio Studiorum? E quais eram os eixos de estudos para o ensino jesuítico?

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