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DIREITO PROCESSO PENAL I 
Plano de Aula 05
João e José são indiciados em IP pela prática d o crime de peculato. Concluído o IP e remetidos ao MP, este vem oferecer denúncia em face de João, silenciando quanto à José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi pro posta. Pergunta -se: Trata-se a hipótese de arquivamento implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF?
1ªC aplica-se o verbete 524 do STF, é hipótese de arquivamento implícito subjetivo. (Afrânio Silva Jardim, Paulo Rangel) logo, p/ aditar precisa de novas provas. No mo mento em que a denúncia foi oferecida em face apenas de João e o juiz não exerceu a fiscalização do princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, nos termos do art. 28 do CPP, deu-se o arquivamento implícito do IP, logo p ara que haja o aditamento somente com o surgimento de novas provas.
2ªC Não existe arquivamento implícito no ordenamento jurídico brasileiro. P ara que haja arquivamento é necessário requerimento expresso do M P fundamentando o seu pedido no art. 395 do CPP, e a manifestação do juiz acerca desse pedido, aplicando o art 28 do C PP. O art. 28 CP P diz que o juiz n o caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa dos autos ao Procurador Geral, então p/ haver arquivamento é preciso que o MP invoque razões, o que não ocorreu no caso em questão. Sendo assim, aquele corréu não denunciado não haverá arquivamento implícito, não cabendo invocar o verbete 524 do ST F. O M P poderá aditar a denúncia a qualquer momento. (Polastri, Mirabete)
Jurisprudência: ST J O silêncio do MP em relação a acusados cujos nomes só aparecem depois em aditamento à denúncia, não implica arquivamento quanto a eles. Só se considera arquivado o processo com o despacho da autoridade judiciária. (RT 691/360). STF, HC 92663/G O TJ/RJ, 3ª Cam Crim. Arquivamento implícito. Inexiste no Direito Brasileiro.
O arquivamento deve ser requerido ao juiz, para que haja controle da utilização d os princípios da obrigatoriedade, oportunidade e utilidade da propositura da ação penal; sem requerimento expresso e fundamentado pelo Promotor e decisão a respeito, não há arquivamento no Direito brasileiro.
Resposta: Sim, Tal arquivamento não possui previsão legal e ocorre quando o M P (titular da Ação Penal Pública deixa de incluir na denúncia algum fato (aspecto objetivo) investigado ou algum do s indiciados ( aspecto subjetivo), sem manifestar -se expressamente sobre a omissão e sem qualquer tipo de justificação de seu procedimento e, concomitante, caso o juiz não se pronuncie acerca da omissão ministerial, ocorrerá o arquivamento.Portanto somente ocorrerá o arquivamento implícito quando a omissão for dupla, v ale dizer do membro do MP e do magistrado, o que ocorreu no caso pois recebeu o juiz da mesma forma pela qual foi proposta. Com isso ocorrendo o arquivamento implícito, deve obrigatoriamente existir n ovas provas que sejam o suficiente para que ocorra o desarquivamento ,STF Súmula nº 524 - Arquivamento do Inquérito Policial - Ação Pena l Reiniciada - Novas Provas - Admissibilidade - Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser inicia da, sem novas provas.
RESPOSTA: SIM, A doutrina majoritária é radicalmente contra o arquivamento implícito com um arquivamento razoável e, não há previsão legal para este. Pois, o art. 28 cpp, exige que o pedido de arquivamento de inquérito policial seja expresso e fundamentado. Porém, alguns autores entendem que se deve buscar um mecanismo para estabilizar a situação do indiciado, ou seja,enquanto não existe denúncia não há a culpabilidade; Razão pela qual esboçam três espécies de arquivamento implícito: SUBJETIVO - quando duas pessoas são indiciadas, uma delas é denunciada e o MP se omite com relação a outra; o juiz recebe a denúncia e também se omite com relação a outra; OBJETIVO - quando alguém é indiciado por dois crimes; o MP oferece a denúncia com relação a um dos crimes e se omite com relação ao outro; o juiz recebe a denúncia com relação a um dos crimes e também se omite com relação ao outro; DERIVADO - quando alguém é indiciado por um tipoderivado de crime; por exemplo, homicídio qualificado e o MP oferece a denúncia com relação ao tipo simples (homicídio simples), omitindo-se com relação à qualificadora; o juiz recebe a denúncia e também se omite quanto à qualificadora. Conclui-se que para haver o arquivamento implícito, deve obrigatoriamente existir novas provas que sejam o suficiente para que ocorra o desarquivamento. SIM já que depois do IP arquivado somente com provas novas pode haver o desarquivamento: STF Súmula nº 524 - Arquivamento do Inquérito Policial - Ação Penal Reiniciada - Novas Provas - Admissibilidade - Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
CASO 4 De s c riç ão 
Caso concr eto :
CASO 4 De s c riç ão 
Caso concr eto :
Civil V 
	Trata-se	CASO 4
Le o nardo e A na ap ós p assare m p o r to do o p roce s so d e ha b ilitaç ão p ara o c asame nto e de 
p osse do ce rtific ad o d e hab ilitaç ão , age nd am, p e rante o o fi ci al d o re g is tro , d i a, ho ra e lo c al p ara 
a c e leb ração do c asame nto . No d ia, ho ra e local ind i cad os , os nub e ntes , as te s te munhas e a 
auto rid ad e c e leb rante c o mpe te nte co mp are ce m pe sso alme nte . Inici ad a a c e rimô nia, a 
auto rid ad e ce leb rante o uv e os nub e ntes q ue exp re ss ame nte d eclaram s ua v o ntad e de 
c o ntraíre m o matrimô nio p o r liv re e e spo ntâne a v o ntad e. Apó s a mani fe s ta ç ão do s nub e nte s, 
ine sp e rad ame nte a auto rid ad e ce leb rante s o f re um mal s úb ito q ue lhe re tira a v id a 
imed iatame nte . Diante d o exp os to , re spo nd a, de fo r m a j us tific ad a, o q ue se pe de a se g uir:
A)R: Sim, ressaltando que até mesmo poderia se dar o seguimento da celebração por pessoa sem competência exigida por lei, em consonância ao disposto no artigo 1.554 do cc. Nesse sentido:
Art. 1554
Plano de Aula 16
CASO 1 Os arts. 5º, II, 18, 26, 156, I, 2 41, 311 do C PP, art. 7º da lei 1.521/51, art. 3º capu t e p . 2º da lei 9034/95, art. 3º da l ei 929 6/96, retratam a atuação de ofício pelo juiz ainda na fase investigativa. Diga se esses dispositi vo s são compatíveis com o atual sistema vigente na CRFB/88, estabelec endo as principais diferenças entr e o sistema acusatório e o inquisitivo.
R: Resposta sugerida: (Rangel, Paulo. Direito Processual Penal, 15ª ed, pág. 56 -63. R io de Janeiro, Lumen Juris, 200 8). A atuação do 
juiz nos dispositivos citados afronta o sistema acusatório, pilar de um Estado Democrático de Direito, onde a figura do juiz deve estar 
distante e separada das partes, resguardando ao máximo, a sua imparcialidade. A imparcialidade é um elemento integrante e 
indispensável da estrutura d o sistema acusatório, pois o juiz não deve imiscuir -se na atividade de colheita do material p robatório 
antes de ter provocada sua jurisdição. 
Características próprias d o sistema inquisitivo: 
 a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade; 
 
 
a) as três funções (acusar,
defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade
b) o processo é reg ido pelo sigilo, de forma sec reta; 
c) não há con traditório nem ampla defesa; 
d) o sistema de p rovas é o da tarifada, e c onsequentemente a co nfissão é a rainha das p rovas. 
Características do sistema acusatório: 
a) há separação entre as funções de ac usar, julgar e defender; 
b) o processo é reg ido pelo princípio da publicida de dos atos processuais; 
c) os princípios do contraditório e da ampla d efesa informam todo o processo; 
d) o sistema de p rovas é o do livre convenc imento; 
e) imparcialidade d o órgão julgador.
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade; 
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade; 
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade; 
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade;
a) as três funções (acusar, defender, julgar) concentram -se nas mãos de uma só pe ssoa, iniciando o juiz, ex officio, a acusação, 
quebrando assim, su a imparcialidade; 
b) o processo é reg ido pelo sigilo, de forma sec reta; 
c) não há con traditório nem ampla defesa; 
d) o sistema de p rovas é o da tarifada, e c onsequentemente a co nfissão é a rainha das p rovas. 
CASO 2 A instrução contra ditória é inerente ao próprio direito de def esa, pois não se concebe u m proc esso legal, buscando a verdade processual dos fatos, sem que se dê ao acusado a oportu nidade de desdiz er as afir mações feitas pelo Min istério Público em sua peça exordial? (Almeida, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios Fundamentais do Processo Penal. São Paulo: RT). Analise os princípio s informados acima e respon da se eles são aplicados n a fase pré -processual, fundamentando sua r esposta. 
 R: Devido processo lega l, contrad itório e ampla de fesa e verdade real. Os Estado, s endo o titular do ius pun iendi, tem, na reali dade, o poder-dever de punir, m as deve, também, preser var a liberdade do indivíduo através ins trumento d e tutela de ambos o s intere sses: o processo penal. Não há verdade processual sem que, para qu e se possa descobri -la, respe item-se os procedimentos delineados em lei. Não há como se respeitar o con traditório, es tabelecendo a igualdade das partes na relação jurídico -processual, sem o cumprimento dos dispositivos legais. Sem o devido processo legal, não pode haver contraditório. O devido processo legal é o princípio reitor de todo arcabouço jurídico process ual
CASO 3 Catarin a, no dia 10/03/08, p raticou o crime de homicídio doloso. Em agosto de 2008 entrou em vigor a l ei 11.689/0 8, que revogou o art. 607 do CPP, e xtinguindo assim com o protesto por novo júri, um recu rso exclusivo da defesa que era cabível par a o s condenados à uma pena igual ou superior a vinte an os de reclusão. E m deze mbro de 2008 o magistrado proferiu a sentença condenando Cat arina à 21 anos de reclusão. E ssa lei processual nova se apli ca à Catarina? 
R: LIMA, Marcellus Polast ri. Manual de Processo Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 4ª ed., p. 61 -65. A lei process ual pen al entrando em vigor após promulgação , publicação e eventual vacatio legis, terá efeito imediato . Não se cogita na lei processual penal a retroatividade da lei mais benéfica ou a irretroati vidade da lei mais gravosa como no Direito Pen al. Os atos process uais praticados sob a égide da lei ante rior revoga da, continuam válidos, e manterão sua eficácia, inclusive no qu e diz respeito a os prazos qu e já começaram a correr. Contu do nada impede que o legislador, qu erendo, estabeleça, express amente, a retroatividad e ou irretroatividade da lei nova. Em havendo normas p rocessuais mistas, com caráter processual e penal, não se aplica quanto ao s efeitos penais o pr incípio tempus regit actum (aplicação imediata), mas sim os princípios co nstitucionais que regem a aplicaç ão da lei penal: a ultratividade e a retroatividade da lei mais benigna
CASO 4 Deter minado inquérito policial foi instaurado para apurar a prática do crime de tráfico de drogas, figuran do como indiciado Regiclécio da S ilva, mais co nhecido como Águia. Du rante as investigaçõ es, seu adv ogado, devidamente con stituído, requereu à autoridade policial a vista dos autos do respectivo inquérito. Argumentou para tanto que, não obstante em tramitação sob regi me d e sigilo, considerada a essencialida de do direito de defesa, prerrogativa indisponível assegurada p ela Constituição da República, que o indiciado é sujeito de direitos e dispõe de garantias legais e constitucionais, cuja inobservância, pelos agente s do Estado, além de eventualmente induzir-lhes à responsabilidade penal por abuso de poder, pode gerar a absoluta desvalia das provas ilicitam ente obtidas no curso d a investigação policial. A au toridade policial não permitiu o acesso aos autos do inquérito policial, uma v ez tratar-se de procedim ento sigiloso e que ta l solicitação poderia comprometer o sucesso das in vestigações. Diga a quem assiste razão, fundamentando a sua resposta na do utrina e jurisprudência. 
R: O STF já concedeu habeas corpu s para permitir q ue os pacientes, através d e seus adv ogados, tenha aces so aos elemento s coligidos no inquérito policial, que lhes digam respeito diretamente. Asseverou -se que a oponibilidade do sigilo ao defensor constituído tornaria sem efe ito a garant ia abrigada no art. 5º, LXIII d a CRFB, no qual assegura ao indiciado a ass istência técnica de advo gado. No entanto, de ve-se observar a súmula vinculante nº 14 do STF, para afirmar que ta l acesso aos auto s do inquérito policial s omete ocorrerá após todos os elem entos informativos estarem devidamente documentados.
CASO 5 O Pro motor de Ju stiça com atribuição requ ereu o arquivamento do inquérito poli cial, em razão da atipicidad e, com fundamento no artigo 395,II do CPP. O juiz concordou com a s razõ es i nvocadas e d eterminou o arq uivamento do IP. Um mês depois, o próprio promotor d e justiça to mou conhecimento de prova subst ancialmente nova, indicativa de que o fato realmente praticado era típ ic o. Poderá ser instaurada ação penal? A decisão de arqu ivamento do IP faz coisa julgada material? 
 R: STF, Inp 1538/PR Pet 3927 / SP - SÃO PAULO PETIÇÃO Relator(a): Min. GILMAR MENDES EMENTA: Petição. 1. Investigação instaurada para apurar a supo sta prática do crime de corrupção eleitora l ativa por D eputado Federal (C ó digo E leitoral, a rt. 299). 2. Arquivamento requerido pelo Ministério Público Federal (MPF) sob o argumento de que a condu ta investigada é atípica. 3. Na hipótese de existênc ia de pro nunciamento do Chefe do MPF pelo arqu ivamento do inq uérito, tem -se, em prin cípio, um juízo negat ivo acerca da necess
idade de apuração da prática delitiva ex ercida pelo órgão que, de modo legítimo e exclusivo, de tém a opinio d elicti a partir da qual é po ssível, ou não, instrumenta lizar a persecução criminal. Prece dentes do STF. 4. Apenas nas hipóteses de atipicidade da condu ta e extin ção da punibilidade po derá o Tribunal ana lisar o mérito das alegações trazidas pelo Procurador -Geral da República. 5 . Ausên cia de elementar do fato típico imputado : prom essa de doação a eleitores. 6. Arquivamento deferido. Decisão O Tribunal, por un animidade, delibe rou pelo arqu ivamento da ação, nos termos do voto do relator, Ministr o Gilmar Mende s (Presidente). Ausentes, justificada mente, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, a Senho ra Ministra Ellen Gracie. Plenário, 12.06.2008. Indexa ção - VIDE EMENTA E INDE XAÇÃO PARCIAL: JURISPRUDÊNCIA , STF, IMPOSSIBILIDADE, APRECIA ÇÃO, MÉRITO, S OLICITAÇÃO, PRO CURADOR -GERAL D A RE PÚBLICA, ARQUIVAMENT O, INQUÉRIT O POLI CIAL. EXC EÇÃO, ARQUIVAMENTO , INQUÉRITO, FUN DAMENTO, EXTINÇÃO D A PUNIBILIDADE , PRESCRIÇÃO, PR ETENSÃO PUNITIVA, C ONDUTA ATÍPICA, POSSIBILIDADE, PRODUÇÃO, EFEITO, COISA JULGADA MATERIAL. Pet 3943 / MG - MINAS GERAIS PETIÇÃO Relator(a): Min. C EZAR PELUSO Ementa EMENTA: INQUÉR ITO P OLICIAL. Arqu ivamento. R equerimento do Procurador -Geral da República. Pedido fundado n a alegação de atipicidade dos fatos. Formação de coisa julgada materia l. Não aten dimento compulsório. Necessidade de apre ciação e decisão p elo órgão jurisdicional com petente. Inquérito arquivado. Prec edentes. O pedido de arquivamen to de inquérito policial, quando não se baseie em falta de elem entos suficientes para oferecimen to de de núncia, mas na alegação de atipicidade do fato, ou de extinçã o da punibilidade, não é de atendimento compu lsório, senão que deve ser objeto de decisão do órgão judicial competente, dada a possibilidade de formação de coisa julgada m aterial. 
 CASO 6 Paula, com 16 a nos de idade é inju riada e difamada por Estevão. Diante do expo sto, pergunta -se: a) De quem é a legiti midade ad ca usam e ad processum par a a propositura d a queixa? 
 R: Paula tem capacidade de ser parte ( legitimatio ad causam) uma vez que foi vítima do crime, entretanto não possu i capacidade para estar em juízo prat icando atos proces suais válidos ( legitimatio ad proces sum). Assim sua incapacidade terá que ser supr ida através da represen tação. 
 b) Caso Pau la fosse casad a, es taria dispensada a representa ção por parte do cônju ge ou do seu ascendente? E m caso p ositivo por quê? Em caso negativo quem seria seu representante legal ? 
 R: Para alguns Paula, sendo emancipada, não teria mais represen tante legal, podend o, assim, p ropor a queixa. S egunda a melhor doutrina ainda que emancipada Paula é inimputável, já que a emancipaçõ só gera efeitos civis, e caso fizesse falsas afirmaçõe s não estaria su jeita as sanções pela prática do injusto penal de Denunciação Caluniosa. Assim nec essária a intervenção do representa nte legal e não possuindo Pa ula representante legal, seria viável a nomea ção de curador especial ( artigo 33 do CPP)
c) Se na data da ocorrência do fato Paula possuísse 18 anos a legitimidade para a propositu ra da ação seria concorrente ou exclusiva? 
 De acordo com o disposto no art. 5ºdo Código Civil a m enoridade cessa a partir dos 18 completos. Assim não faz sen tido que no processo penal permaneça a legitimação concorrente par a os maiores de 18 e menores de 21 anos , pois os maiores de 18 an os são pessoas habilitadas para todos os atos da vida civil. Segundo a melhor dou trina o artigo 34 do CPP, ass im com o outros disposi tivos do Código de Processo Penal, pe rdeu o obje to e foram r evogados. Ver: Rangel, Paulo. Direito Pr ocessual Penal , R io de Janeiro
CASO 7 Antonio, professor co nceituado, certa noite, ao ch egar à casa, d epara-se com Alfredo, que a havia invadido com a finalidade de furtar bens mó veis. A lfredo, tão logo vê Anton io, efetua vários disparos na direção do mesmo, tendo este também sacad o d e sua arma e efetivado dois disparos em Alfredo, q ue o atinge mortalmente . An tonio, por orientação de seu advogado, prepar ava-se p ara deixar o local, de modo a que não fosse preso em fla grante. En tretanto, an tes que Anto nio saísse de casa, chegou José, que é Promotor de Justiça. O Promotor, depois de ouvir a versão acerca do s f atos, deixou de efetivar a prisão de Anto nio por entender q ue ele agiu em legítima defesa e, por isso, n ão seria justo prendê -lo em fla grante. Indaga -se: 
 a) Estaria o Promotor, d iante de tal circunstância, o brigado a efetuar a prisão e m flagrante? 
 R: O promotor de justiça e o juiz podem efetuar a prisão em flagrante, m as não estão obrigados a fazê -lo, pois o flag rante nes se caso é facultativo; analisam inc lusive a possibilidade de um a legítima defesa no caso narrad o. 
 b) Se Jos é fosse delegad o de p olícia a situação se alteraria? Caso não efetuasse a prisão por ser amigo de Antônio, poderia estar incurso em algum dispositivo do có digo penal. 
R: O delegado é obrigado a efetuar a prisão em flagrante; trata -se de flagrante obrigatório, previsto no art. 301 d o CPP; se o delegado efetuas se a prisão em flagrante es taria agindo no estrito cumprimen to do d ever legal, em deixando de efetivar a pris ão estaria cometendo o delito de prevaricação, nos m oldes do art. 319 do CP.
CASO 8 Maneco Branco estava sob su speita de traficar drogas nas imediações de uma casa noturna frequentada por jovens d a classe média da zona sul da cidade . Foi as sim que policiais da c ircunscricional lo cal postara m - se em condições de obs ervar a dinâmica d o negócio espúrio: de te mpos em tempos, M aneco entrava e saía da de uma casa próxima, p ara entregar alguma coisa a pessoas, que iam na direção da referida casa noturna. Sendo assim, os policiais, às 22h, ingressaram na c asa mediante pontapés, e lograram enc ontrar 100kg de cocaína, 1000 pape lotes d e ácid o e 5000 co mprimidos de êxta se. Maneco foi preso em flagrant e. A prisão de Maneco foi legal? 
R: Man eco estava em flagrante delito, pois tinha em depós ito a substância ento rpecente. Trata -se de crime perma nente e o ag ente está em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Art. 30 2, I e 303 do CPP. S endo assim, a CRFB, no seu art. 5º, X I, autoriza o ingresso na residência de alguém em situação flagrancial
CASO 9 Claud ão estava na porta d e uma casa noturn a, pretendendo nela ingre ssar, de qual quer maneira, mes mo não dispondo de dinheiro p ara pagar o ingresso ou de con vite distribuído a alguns frequentadores.V endo que não conseguia o seu intento, resol veu apelar para o golp e: vou entrar só p ara ver se encontro u m amigo, que mar cou aqui na porta, disse ao porteiro. Como o porteiro não foi na con versa, Claudão co meçou a insultá -lo e nele d esferiu dois socos b em colo cados, causando -lhe u m inchaço na testa e escoriaçõ es no cotovelo dir eito, feriment o esse d ecorrente da queda do agredido ao chão. Poli ciai s - militar es, chamados ao local, deram voz d e prisão ao Claudão, e o conduziram, jun tamente com
a vítima, à circunscricional, onde Claudão foi logo autuado em flagrante de lito. Indaga-se: a. foi correta a prisão de Claudão p elos policiais militares? b . O fato nar rado, po r si só, ensejava a lavratura do auto de flagrante? 
 R: a- Foi correta po is o mesmo encontrava -se em flagrante delito, haja vista ter sido encontrado agredindo o porteiro, art. 302, I do CPP b - A lesão corpo ral leve, por se tratar de in fração de menor potencial o fensivo, a teor do que dispõe o art. 61 da lei 9 099/95, a autoridade policial deveria lavrar termo circunstanciado, na forma do art. 69, p. único da citada lei, e não o auto de prisão em flagrante. 
 CASO 10: Wladimir e Otaviano, policiais civis, vão até a uma favela da região e, no intuito de incriminar Godofredo como traficante de droga, fingem ser compradores de maconh a e o induzem a lhes vender a er va. Quan do Godofredo traz a droga, os policiais efetua m a prisão em flagrante po r infringência do a rt. 33, da Lei nº 11.343/06. P ergunta -se: Essa prisão é legal ? Resposta fundamentada
R: Segu ndo a jurisprudência sumulada no STF, ?não há crime, qu ando a preparação do flagrante pela po lícia torna impossível a sua consumação (Verbete 145, STF). Todavia, o caráter permanente da infração autoriza concluir que esta va o agente em estado flagrancial, po sto que levava consigo a subs tância entorpecen te, sendo certo tratar -se de uma das modalidades do tipo múltiplo do art. 33 da Lei nº 11.343/06. Observa -se que n ão houve induzimento do policial para que o traficante portasse a droga. Ele já a portava, de forma pe rmanente. No caso de entorpecente, o estado de flagrante é permanente , infração cham ada delicta facti permanentis, nas modalidades de g uardar, ter em depósito, trazer consigo. A prisão é, portanto, legal, tanto que não restou impedida a consumação do ilícito penal, logo o IP será instaurado pelo APF.
CASO 11 Genésia, 19 anos de idad e, foi vítima do crime previsto no art. 213 caput do C P praticado por Regiclécio. Genésia, assustada, foi pra casa e comu nicou o fato a seu pai, que imediatamente noticiou o fato à delegacia local. Após algumas diligências, hor as depois do crime, a autoridade policial logrou prender Regiclécio em sua resid ênc ia. O auto de prisão em flagrante foi lavrad o nos termos d o art. 306 do CPP. Diante d o exposto, pergunta -se: 
a) A situação acima caract eriza flagrante delito? E m caso positivo, diga q ual a espécie, ind icando o dispositivo legal. 
 R: A hipótese caracteriza o flagrante pres umido, previsto no art. 302, I V do CPP.. 
 b) Agiu corretamente a a utoridade policial na condução da diligência, bem co mo na lavratura do auto de prisão em flagrante? 
 R:Não agiu corretamente a autoridade policial, haja vist a tr atar-se de crime de ação penal pública condicionada à repres entação, nos termos do art. 225 caput do CP. Dessa forma, Genésia, vít ima maior e capa z, é a ú nica legitimada a o fertar a representaçã o em sede policial necessária à lav ratura do au to de prisão em flagrante
CASO 12 Rosivaldo Loureiro foi preso e m flagrante por policiais militares pela prática do crime p revisto n o art.12 da lei 10.826/ 03. Narra o auto de prisão em fl agrante, qu e o preso guardava em sua residência 03 (três)revólver es calib re 38, em desacordo com a regulamentação legal. O APF foi comunicado ao juiz no prazo legal acompan hado d a folha de antecedentes criminais de Rosivaldo , onde não constava nenhuma anotação. À luz das características da p risões cautelares, diga se é possível que Rosiv a ldo responda ao processo em liberdade. 
R: É possível que Rosivaldo res ponda ao processo em liberdade haja vista que o crime tem pena de detenção de 1 a 3 anos, e ainda que condenado a pena máxima, caberá a substituição por pena restritiva de direitos, por se tratar de réu primário e de bons antecedentes, e não ser o crime praticado com violência o u grave ameaça. É a aplicação do princípio da homogeneidade que rege m as prisões cautelares , que nos informa que ?a medida cautelar a ser ado tada deve ser proporcional a eventual resultado favo rável ao pedido do autor, não sen do admissível que a restrição, d urante o curso do processo, seja m ais severa que a sanção a ser ap lic ada caso o pedido seja julgado procedente? (RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 15ª ed., pág. 659-660). OBSERVAR OS ARTS. 282, 313 E 319 DO CPP COM A REDAÇÃO DETERMI NADA PELA LEI 12.403 /11

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