Buscar

resenha critica sicko

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Resenha Crítica- SiCKO
SiCKO (em português, SiCKO - SOS Saúde) é um documentário que apresenta o sistema de Saúde dos Estados Unidos. Escrito, dirigido e protagonizado por Michael Francis Moore, produzido pela companhia Dog Eat Dog Films, sendo distribuído por Lionsgate e The Weinstein Company. Teve seu lançamento no dia 19 de maio de 2007, no Festival de Cannes do mesmo ano. Michael Moore é um documentarista reconhecido por seu humor ácido ao tratar de temas políticos e sociais, perscrutador crítico de políticos e grandes organizações. É também vencedor de diversas premiações por suas obras, entre os quais: Oscar de Melhor Documentário, por "Tiros em Columbine" (2002); Cesar de Melhor Filme Estrangeiro, por "Tiros em Columbine" (2002); e Palma de Ouro do Festival de Cannes, por "Fahrenheit 9/11" (2004); entre outros. Nesta produção, Moore nos desvela como é tratada a Saúde nos Estados Unidos, apresentando as consequências nocivas da atual estrutura, e também o compara aos sistemas de Saúde de outros países.
O documentário estrutura-se no relato de pessoas que foram altamente prejudicadas pelos Convênios de Saúde. Nos Estados Unidos não há um sistema público universal que distribua atendimento de saúde gratuitamente, sendo, portanto, necessário recorrer as iniciativas privadas. Mas o único objetivo dessas iniciativas é obtenção de mais lucro, então dificulta-se o acesso a cirurgias, remédios e exames. Também é realizado um estudo meticuloso do histórico de saúde do indivíduo, tanto para ter a possibilidade de um convênio, como para ter acesso aos serviços disponibilizados. O documentário expõe claramente um sistema ardiloso onde as pessoas são ludibriadas pelas burocracias dos contratos. Também apresenta a participação do governo americano em tramas fraudulentas; onde há a compra de senadores e um lobby político em conluio com empresas de convênios médicos e empresas farmacêuticas.
Compara-se o sistema de saúde vigente nos Estados Unidos com o de outros países, como o Canadá, Reino Unido, França, Cuba. Nestes países, a Saúde é responsabilidade do Estado, que oferece subsídios para os sistemas públicos de atendimento médico. Moore visita diversos centros de atendimento para averiguar como se dá essas estruturas, e mostra-se admirado pela gratuidade, qualidade de profissionais e serviços. 
O autor propõe a reflexão sobre esses sistemas de saúde socializados, ressaltando os aspectos positivos de tal sistema. Para isto, questiona a ideia difundida para população americana, de que distribuir igualitariamente o tratamento de saúde seria “um primeiro passo para o socialismo”, apontando que a gratuidade de outros serviços americanos que não resultaram nesta mudança política.
O documentário possui clareza de ideias e informações, facilitando o diálogo com qualquer tipo de público, viabilizando reflexões profundas sobre o tema. O formato de humor crítico cativa a atenção da audiência, retirando os aspectos monótonos que por vezes, assolam os documentários. As histórias e os relatos também conferem um aspecto dramático, demonstrando a realidade de muitos americanos que lidam com doenças, dores e sofrimento. 
Todavia, não há informações mais aprofundadas sobre os sistemas de saúde dos outros países, criando uma ilusão de que não há problemas ou dificuldades. Isto não minimiza a importância de defender a saúde como um direito humano, mas é um aspecto que poderia ser melhor trabalhado posteriormente, para maior esclarecimento e fundamentação argumentativa. Outro tópico que demonstrou incoerência nas concepções de saúde universal e gratuita proposta pelo autor, é o sensacionalismo referente aos prisioneiros de Guantánamo, pois há uma forte contradição quando se refere sarcasticamente aos cuidados médicos por eles recebidos.
Contudo, o documentário é acurado e perspicaz ao abordar um tema envolto em muitos devaneios ideológicos, que mantém um impacto contundente no modo de vida dos americanos e em sua saúde especificamente. Contribui introdutoriamente para o conhecimento acerca da saúde em diversos países e contextos socioculturais, possibilitando inclusive, ponderar sobre o próprio sistema brasileiro de saúde. Estimula a reflexão, discernimento e, em certo nível, a indignação, diante da mercantilização da vida e da saúde.
Referências
SICKO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=SiCKO&oldid=51177087>. Acesso em: 02 fev. 2018.

Outros materiais