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Toxicologia-Intoxicações exógenas

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Noções Básicas 
de 
Toxicologia
PROFESSORA MSC. TELMA LÉLIA GONÇALVES SCHULTZ DE CARVALHO
Santarém
2016
Objetivos
 Descrever os principais conceitos em Toxicologia;
 Citar quais são o processos mais comuns na intoxicação 
medicamentosa;
 Citar os principais antídotos para as intoxicações mais comuns.
INTRODUÇÃO: Conceito
Intoxicação exógena pode ser definida como a
consequência clínica e/ou bioquímicas da exposição a
substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas.
Como exemplo, dessas substâncias intoxicantes
ambientais, podemos citar o ar, água, alimentos, plantas,
animais peçonhentos ou venenosos. Por sua vez, os principais
representantes de substâncias isoladas são os pesticidas, os
medicamentos, produtos químicos industriais ou de uso
domiciliar.
Como a intoxicação é um processo patológico
causado por substâncias endógenas ou exógenas,
caracterizado por desequilíbrio fisiológico, é importante
entender o conceito de intoxicação exógena para diferenciá-la
da intoxicação endógena, que ocorre por meio de substâncias
produzidas no próprio organismo, seja pelas toxinas de
microrganismos infecciosos ou por perturbação metabólica /
glandular (autointoxicação).
Introdução
“...todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que 
não seja. A dose correta diferencia um remédio de um 
veneno”. Paracelso 1443-1541 
Introdução
 Sem dados nacionais confiáveis...
 Nos Estados Unidos (2004)
 2-3 milhões de intoxicações agudas por ano
 5-10% dos atendimentos de emergência
 Mais de 5% das internações em UTI (adultos)
 Aproximadamente 5% dos casos com internação hospitalar
Introdução
 Algumas estatísticas
 95% dos episódios cursam com pequenas consequências ou 
nenhuma.
 92% dos casos são por ingestão aguda, e não crônica.
 92% dos casos ocorrem por substância única.
 85% dos casos ocorrem de modo não intencional.
 59% dos casos ocorrem em indivíduos de 20 a 49 anos.
 52% dos casos ocorrem em crianças menores de 6 anos.
 47% dos casos envolvem farmacêuticos.
Toxicologia
Conceito
É a ciência que estuda os efeitos nocivos causados pelas substâncias químicas ao interagirem
com organismos vivos, com a finalidade principal de prevenir o aparecimento deste efeito, ou
seja, estabelecer o uso seguro destas substâncias químicas.
Agente tóxico Organismo vivo
Efeito nocivo
Toxicologia
• AGENTE TÓXICO ou TOXICANTE: Substância química, de estrutura química
definida, capaz de produzir um efeito nocivo (efeito tóxico) através de sua
interação com um organismo vivo.
• TOXICIDADE: Capacidade inerente de a substância química produzir efeito
nocivo após interação com organismo.
• INTOXICAÇÃO: Conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito
nocivo produzido pela interação entre agente químico e organismo.
• RISCO: É a probabilidade da substância produzir dano sob determinadas
condições.
• SEGURANÇA: É a probabilidade da substância não produzir dano sob
determinadas condições.
TERMINOLOGIA BÁSICA
Toxicologia
TERMINOLOGIA BÁSICA
 Xenobiótico
 Substância estranha, capaz de induzir efeitos deletérios sobre os organismos.
 Tóxico
 Xenobiótico causador de efeitos deletérios.
 Veneno
 Tóxico causador de graves efeitos, por vezes mortais.
 Toxina
 Substância natural (biotoxina) que provoca efeitos tóxicos.
 Periculosidade
 É um fator intrínseco ao xenobiótico que mede a sua capacidade de induzir efeitos adversos nos 
sistemas biológicos.
Toxicologia
OBJETIVO: diagnóstico, tratamento e prevenção de Intoxicações
• avaliar as lesões causadas e investigar os mecanismos envolvidos;
• avaliação de risco;
• identificar e quantificar substâncias tóxicas em fluídos biológicos
e no ambiente;
• determinar níveis toleráveis;
• estabelecer condições seguras para uso de substâncias.
Toxicologia
Áreas da 
Toxicologia 
Toxicologia
de alimentos
Toxicologia
ambiental
Toxicologia
de medicamentos
Toxicologia
ocupacional
Toxicologia
social
Aspectos
Clínico
Analítico Legislação
Pesquisa
Toxicologia
forense
Trata-se de uma Ciência multidisciplinar. 
Conhecimentos inter-relacionados. 
Especialistas com diferentes formações 
profissionais.
Toxicologia
ÁREAS DE APLICAÇÃO DA TOXICOLOGIA
1- Ambiental 
Estuda os efeitos nocivos causados pelas substância químicas presentes no meio ambiente.
Toxicologia
ÁREAS DE APLICAÇÃO DA TOXICOLOGIA
2. Ocupacional 
Estuda os efeitos nocivos causados pelos xenobióticos presentes no
macro ambiente dos seres vivos.
Toxicologia
ÁREAS DE APLICAÇÃO DA TOXICOLOGIA
3. Alimentar
Estuda os efeitos adversos produzidos por agentes químicos presentes nos
alimentos, sejam estes de origem biogênica ou antropogênica.
Toxicologia
ÁREAS DE APLICAÇÃO DA TOXICOLOGIA
4. Medicamentosa
Estuda os efeitos adversos decorrentes do uso inadequado de
medicamentos, da interação medicamentosa ou da susceptibilidade
individual.
Toxicologia
ÁREAS DE APLICAÇÃO DA TOXICOLOGIA
5. Social 
Estuda os efeitos adversos causados pelo uso de drogas decorrente da vida em sociedade. O 
veículo de propagação é a sociedade.
Anfetaminas
Esteróides anabólicos
Extasy
Cocaina
Heroína
Maconha
Inalantes
Tabaco
Álcool
Toxicologia
AGENTE TÓXICO
 Qualquer substância química que, interagindo com um organismo vivo, é capaz de 
produzir um efeito tóxico, seja este uma alteração funcional ou a morte. 
 Toda a substância química é potencialmente tóxica, este potencial pode se 
transformar em risco com base em 3 fatores:
 Dose recebida
 Sensibilidade do receptor à concentração recebida
 Via de contato
Toxicologia
AGENTES TÓXICOS
Classificação dos Agentes Tóxicos
Os AT podem ser classificados de diversas maneiras 
dependendo dos critérios utilizados:
Quanto à natureza:
Naturais (mineral, vegetal, animal)
Sintéticos
Quanto ao órgão ou sistema onde 
atuam
• Nefrotóxico
• Neurotóxicos
• Hepatotóxicos
• Genotóxicos entre outros
Toxicologia
3. Uso 
Solventes
Praguicidas
Aditivos de alimentos
4. Efeito 
Carcinogênico - As
Mutagênico – Cloreto de vinila
Teratogênico – Cádmio
5. Estado físico 
Sólido 
Líquido
Gasoso 
Poeiras
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS
Toxicologia
FATORES QUE INFLUENCIAM OS EFEITOS TÓXICOS
• Dosagem
• Fatores relacionados com o agente tóxico
Características químicas e físicas
Presença de outros químicos
• Fatores relacionados com a exposição
Via de administração
Duração e freqüência
• Farmacocinética
Absorção
Distribuição
Metabolismo
Excreção
• Fatores relacionados com a 
susceptibilidade do sistema 
biológico
Diferenças entre espécies 
Sexo
Idade
Toxicologia
CARACTERÍSTICAS DA EXPOSIÇÃO
Via e local da exposição
• Trato gastrointestinal (ingestão)
• Pulmões (inalação)
• Pele (tópica, percutânea, ou dérmica)
• Outras vias parentais (que não envolvem o intestino)
Intravenosa
Inalação
Intraperitoneal
Subcutânea
Intramuscular
Intradérmica
Oral
Dérmica
Possibilidade
de evento tóxico 
Toxicologia
EXPOSIÇÃO CARACTERÍSTICAS
Aguda Menos de 24 horas ou 
única
Sub Aguda Menos de um mês
Sub crônica 1 – 3 meses
Crônica Superior a 3 meses
DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
Toxicologia
Principais medicamentos responsáveis por intoxicação
-Analgésicos: dipirona (10% dos casos no Brasil);
-AAS: entre crianças de 1 a 4 anos;
-Psicotrópicos: tentativas de suicídio em adultos (maior ocorrência nas mulheres)
A- Paracetamol;
B-AAS;
C-Dipirona;
D- Antidepressivos;
E- Antipsicóticos;
F- Cardiotônicos;
G- Estimulantes adrenégicos.
Toxicologia A Síndrome de Reye é uma doença rara e grave, muitas vezes fatal, que causa
inflamação do cérebro e rápido acúmulo de gordura no fígado. Geralmente, a
doença manifesta-se por náuseas, vômitos, confusão ou delírio.
 As causas da Síndrome de Reye estão relacionadas com certos vírus, como vírus
da gripe ou catapora, e o uso de aspirina ou medicamentos derivados dos
salicilatos para tratar febre em crianças com essas infecções. O uso exagerado de
paracetamol também pode desencadear aparecimento da Síndrome de Reye.
 A Síndrome de Reye afeta principalmente crianças com idades entre 4 e 12 anos e
é mais comum no inverno, onde o número de doenças virais aumenta. Os adultos
também podem ter Síndrome de Reye e o risco aumenta se existirem casos desta
doença na família.
 A Síndrome de Reye tem cura se diagnosticada cedo e o seu tratamento consiste
na diminuição dos sintomas da doença e controle da inflamação do cérebro e
fígado.
Toxicologia
Sintomas da Síndrome de Reye
Os sintomas da Síndrome de Reye podem ser:
•Dor de cabeça;
•Vômitos;
•Sonolência;
•Irritabilidade;
•Mudança de personalidade;
•Desorientação;
•Delírio;
•Visão dupla;
•Convulsões;
•Falência hepática.
Intoxicações
O tratamento de intoxicação exógena, via de regra
segue o procedimento, de afastamento do paciente ao
agente intoxicante, observação clínica para verificar a
involução ou não dos sintomas, e terapia de suporte. Para
intoxicações por ingestão, acrescenta-se a lavagem
gástrica, somente se realizado em até uma hora após a
ingestão, e a administração de carvão ativado. Provocar
vômito é totalmente contraindicado em qualquer caso.
Abordagem Incial
 Exames complementares
• Maioria: não necessita!
• Hemograma
• Glicemia
• Eletrólitos
• Gasometria arterial
• Urina
• Screening toxicológico
 Qualitativo
 Quantitativo
 Anamnese dirigida
 Sinais vitais
 Nível de consciência
 Tamanho da pupila
 Oximetria de pulso
 Monitorização cardíaca contínua
 Eletrocardiograma
 Acesso periférico calibroso
 Glicemia capilar
 Suporte de oxigênio
Casos
 Drogas simpaticomiméticas: São substâncias que imitam os efeitos do hormônio
epinefrina (adrenalina) e do hormônio/neurotransmissor norepinefrina
(noradrenalina). Estas drogas aumentam a pressão sanguínea e são bases fracas.
Diversas substâncias podem causar estimulação do sistema nervoso central (SNC),
como a cafeína e a estricnina. Na prática clínica, as drogas usadas para se obter tal
efeito são as chamadas aminas simpaticomiméticas, que são definidas como as
catecolaminas endógenas e drogas que reproduzem seus efeitos.
 Agentes simpatomiméticos
 Anfetaminas
 Efedrina
 Cocaína e análogos (crack...)
 Hormônio tireoidiano
 Inibidores da MAO
 Derivados da ergotamina
Tratamento
 Tratamento
 Boa hidratação e suporte cardiovascular
 Não usar anti-hipertensivos de longa ação!
 Não usar beta-bloqueadores (piora da vasoconstrição)
 Benzodiazepínicos
Ansiedade e agitação
Convulsões
SCA e emergências hipertensivas
 Nitroglicerina/nitroprussiato
Casos
Drogas Anticolinérgicas: São substâncias antagonistas da ação de fibras nervosas parassimpáticas
que liberam acetilcolina. Ou seja, que inibem a produção da acetilcolina. Absorvido em quantidades maiores
do que a dose terapêutica, o produto provoca alterações mentais como alucinações e delírios, com duração de
48 horas. Consumido junto com outras drogas, como inalantes e maconha, o efeito pode durar mais tempo
ainda, iniciando pela sensação de "barato" na cabeça ou no corpo todo, seguida de alterações na percepção de
cores/sons, terminando com sensações de estranheza, medo, confusão mental, ideias de perseguição,
dificuldades de memória - síndrome que adota a forma de um surto psicótico agudo. O potencial de
dependência parece elevado, com alta toxicidade, evoluindo para alterações crônicas.
Possíveis tóxicos
• Anti-histamínicos H1
• Atropina, hioscina, escopolamina e ipratrópio.
• Antiparkinsonianos: biperideno e benztropina.
• Relaxantes musculares: orfenadrina, ciclobenzaprina e
isomepteno
• Neurolépticos: clozapina, olanzapina e fenotiazinas.
• Antidepressivos tricíclicos.
Casos 
Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos: Em população com alta chance de suicídio.
• Tricíclicos: amitriptilina, imipramina, clomipramina e nortriptilina.
• Tetracíclicos: bupropiona, maprotilina e mirtazapina.
• Picos séricos após 2-6 horas e altíssima ligação protéica (>95%)
• Complicações graves: hipotensão e arritmias
• Óbito tardio: complicações pulmonares e de múltiplos órgãos.
Neurolépticos: Quadro clínico específico
• Distonia, acatisia e parkinsonismo.
• Depressão respiratória e do SNC.
• Efeitos anticolinérgicos.
• Síndrome neuroléptica maligna.
• Diazepam, bromocriptina, L-DOPA...
Tratamento
 Tratamento
 Lavagem gástrica na primeira hora da ingestão
 Carvão ativado após a lavagem
 Benzodiazepínicos (agitação)
 Antídoto
Fisostigmina: 1-2 mg EV durante 2-5 minutos (a 
dose pode ser repetida).
Alcalinizar com Bicarbonato de Sódio
Não deve ser usada para convulsões ou coma.
Contraindicada se distúrbios de condução 
cardíaca.
Casos
Inseticidas organofosforados: 
• Inibição irreversível da acetilcolinesterase
• Extensa distribuição no organismo e lento 
metabolismo hepático
• Efeitos podem durar semanas a meses
Inseticidas carbamatos:
• Inibição reversível da acetilcolinesterase
• Veneno para rato
• Metabolização pelo fígado e soro em 12-24 
horas
• Ação mais curta que a dos organofosforados
(raramente ultrapassam 48 horas)
Toxicologia
Tratamento
 Tratamento
 Retirar as roupas do paciente e exaustiva lavagem
 Intoxicação oral: lavagem gástrica na primeira hora seguida de 
carvão ativado
 Tratamento de suporte
 Antídotos
 Atropina: 2 mg-EV para casos leves a moderados e 2-5 mg-EV para os 
casos mais graves. Repetir a cada 5-15 minutos.
 Pralidoxima
 Regenera a acetilcolinesterase
 Dose: 1-2 g em 250 mL de SF em infusão lenta (30 minutos). Pode ser 
mantida a cada 6 horas ou em BIC (500 mg/hora).
Casos
Quanto à duração:
• Longa: dizepam, flurazepam e clonazepam.
• Curta: lorazepam, flunitrazepam e alprazolam.
• Ultracurta: midazolam.
Quadro clínico:
• Depressão respiratória
• Hipotensão
• Hipotermia
• Coma
• Danger: associação de depressores do SNC
• Álcool, antidepressivos, barbitúricos e opioides.
Tratameto
 Tratamento
 Suporte clínico
 Lavagem gástrica na primeira hora seguida de carvão ativado
 Atenção: intuba primeiro se necessário!
 Antídoto: flumazenil
 Dose: 0,1 mg em 1 minuto com diversas repetições até o efeito 
desejado.
 Dose máxima: 3 mg.
 Efeito esperado: adequado reflexo de deglutição (não é deixar o 
paciente acordado).
 Pode causar síndrome de abstinência e convulsões (“crônicos”)
 Biperideno (Akineton 1-2mg/dose EV ou IM).
Casos 
Representantes:
 Morfina
 Codeína
 Meperidina
 Fentanil
 Alfentanil
 Sufentanil
 Heroína
- Destilação da morfina
- 2-5x a potência analgésica
- Overdose: edema pulmonar 
em até 67% dos casos.
Tratamento
 Tratamento
 Suporte clínico
 Lavagem gástrica na primeira hora seguida de carvão ativado
 O carvão pode ser usado mais tardiamente
 Aquecimento ativo ou passivo
 Reposição volêmica
 Danger: EAP!
 RNC + hipoventilação + bradipneia (tríado do mal)
 Antídoto: NALOXONE!
 Dose: 1-4 mg EV, IM ou intratraqueal. 
 Repetições a cada 20-60 minutos. 
Casos
Cumarínicos: São substâncias de cunho sintético, ou natural, que estão relacionadas à cumarina (delta-lactona do
ácido cumarínico). Tem ação anti-coagulante, farmacêutica,anti-neoplásica etc. Pode ser encontrados em raticidas e
em alguns fármacos.
Na maioria dos casos, são pessoas saudáveis, que desenvolvem sintomas e sinais decorrentes do contato 
com substâncias exter- nas e dos efeitos sistêmicos delas. As substâncias podem ser de uso industrial, doméstico, 
agrícola, auto- motivo, etc. Outras, são de uso humano, médico, na maioria, resultando em efeitos tóxicos pelo mau 
uso ou pelo abuso.
Tratamento
 RNI < 5.0 e ausência de sangramento (ou
leve)
 Reduzir a dose de varfarina ou
 “Pular” 1 dose e reiniciar a varfarina em dose
menor quando o RNI estive rna faixa terapêutica
ou
 Não reduzir a dose da varfarina se o RNI estiver
levemente alterado.
 RNI entre 5.0 e 9.0 sem sangramento (ou 
leve)
 “Pular” 1 ou 2 doses, monitorizar o RNI de 6/6
horas e reiniciar a varfarina em dose menor
quando o RNI atingir a faixa terapêutica ou
 “Pular” 1 dose e administrar 1-2,5 mg de 
vitamina K1 oral.
 RNI > 9.0 sem sangramento (ou leve)
 Suspender a varfarina e administrar 2,5-5 mg
de vitamina K1 oral.
 Solicitar RNI de 6/6 horas.
 Administrar mais vitamina K1 se necessário.
 Reduzir a dose da varfarina quando o RNI
atingir a faixa terapêutica.
 Qualquer RNI com sangramento importante
 Suspender a varfarina
 Administrar vitamina K1 10 mg-EV em infusão
lenta
 Administrar plasma fresco congelado ou
concentrado de complexo protrombínico
 Solicitar RNI de 6/6 horas
 Repetir as doses se necessário
RNI: medida laboratorial, para avaliar a via extrínseca 
da coagulação.
Casos
Depressão do SNC e cardiovascular, coma. SNC:
sonolência, letargia, confusão, delírio, dificuldade de
fala, diminuição ou perda dos reflexos, ataxia,
nistagmo, hipotermia, depressão respiratória. SCV:
hipotensão, taquicardia, choque. Gastrointestinal:
diminuição do tônus e motilidade, pode compactar
comprimidos. Óbito por insuficiência cardiorespiratória
ou secundária a depressão de centros medulares vitais.
Tratamento
 Tratamento
 Carvão ativado (pode ser usado em múltiplas doses)
 Medidas de suporte
 Convulsões: interrupção do agente e emprego de 
benzodiazepínicos
 Apesar de serem ANTI convulsivantes, se usados em doses extremas 
podem induzir convulsões.
 Diálise! 
 Fenobarbital, ácido valproico e carbamazepina.
Casos
A intoxicação pelo lítio é um problema grave e se
não se reconhece/diagnostica e não se trata, pode ter
graves consequências que podem ir até ao coma, lesão
cerebral e mesmo morte. Por causa da gravidade potencial
da intoxicação pelo lítio, o Médico deve ser avisado
imediatamente se sintomas, como os mencionados atrás,
ocorrerem. Se os doentes e os seus familiares estiverem a
par destes sintomas e os reconhecerem logo, situações
potencialmente graves podem ser resolvidas com
segurança e rapidamente.
Tratamento
 Tratamento
 Lavagem gástrica na primeira hora
 Não adianta carvão ativado...
 Tratamento de suporte
 Importantíssimo: aumentar a excreção renal!
 Hemodiálise
 Hidratação venosa
 Alcalinização da urina
Antídotos
Efeitos secundários
Depósito de tetraciclina em dentes. 
Hipersensibilidade alérgica 
A síndrome de Stevens-Johnson é uma
reação alérgica extrema que pode ser
desencadeada pelo uso de Ibuprofeno.
Na imagem ao lado: Macey Marsh, inglesa
de 2 anos de idade após o uso de Nurofen.
Cuidados de Enfermagem
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
 INDEPENDENTEMENTE DO PRODUTO DE INTOXICAÇÃO, OS PRIMEIROS CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
SERÃO:
• VERIFICAR OS SINAIS VITAIS E COMUNICAR AS ALTERAÇÕES.
• INTERVIR NAS COMPLICAÇÕES IMEDIATAS, COMO CONVULSÕES. 
• MANTER O PACIENTE COM A CABEÇA LATERALIZADA CASO HAJA RISCO DE VÔMITOS.
• INSTALAR UM OXÍMETRO.
• INSTALAR CATETER NASAL OU MÁSCARA DE OXIGÊNIO, SE SAT ≤90%, OU CONFORME PROTOCOLO.
• INSTALAR MONITORAÇÃO CARDÍACA LOGO QUE POSSÍVEL.
• MANTER-SE ALERTA QUANTO AO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.
• MANTER AS GRADES LATERAIS DO LEITO ELEVADAS.
• AGUARDAR A AVALIAÇÃO E A PRESCRIÇÃO MÉDICA E REALIZAR RIGOROSAMENTE OS PROCEDIMENTOS 
PRESCRITOS.
Cuidados de Enfermagem
CUIDADOS DE ENFERMAGEM IMEDIATOS
 ALGUNS PROCEDIMENTOS SERÃO REALIZADOS APÓS A PRESCRIÇÃO MÉDICA, SENDO DETERMINADOS 
PELO TIPO DE SUBSTÂNCIA INGERIDA, TEMPO E DOSE, POR EXEMPLO:
• INDUÇÃO DE VÔMITO
• LAVAGEM GÁSTRICA
• INSTALAÇÃO DE VIA DE ACESSO VENOSO PARA OS CASOS DE USO DE MEDICAMENTOS ANTAGONISTAS
• USO DE CARVÃO ATIVADO
 NO CASO DO USO DE CARVÃO ATIVADO, A DOSE RECOMENDADA É DE 1 GT/KG DE PESO, PODENDO SER 
DILUÍDA EM ÁGUA OU REFRIGERANTES NA PROPORÇÃO DE 1:4. A DOSE PARA CRIANÇAS É 1/2 G/KG DE 
PESO.
EM CASO DE SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS OU ALCALINAS, CORROSIVOS COMO DERIVADOS DO PETRÓLEO, A 
INDUÇÃO AO VÔMITO É CONTRAINDICADA. CASO SEJA NECESSÁRIO O USO DE SNG, ESTA DEVE SER 
COLOCADA POR ENDOSCOPIA.
REFERÊNCIA X GENÉRICO X SIMILAR
- 1º a ser produzido
- Protegido por patente
- Testes de controle de qualidade
(biodisponibilidade)
- Nome fantasia
REFERÊNCIA X GENÉRICO X SIMILAR
- Cópia fiel ao referência
- Produzido após o término do período de patente
- Testes de controle de qualidade garantidos pela ANVISA
(bioequivalência e biodisponibilidade)
Nome do princípio ativo + tarja amarela com “G”
- Assegurado pela Lei dos Genéricos (1999)
REFERÊNCIA X GENÉRICO X SIMILAR
- Cópias dos referências, antes mesmo da lei 
dos genéricos
- Testes qualidade mas não de resposta 
idêntica ao referência
(desprovido de testes de bioequivalência e 
biodisponibilidade)
- Nome fantasia
Medicamento genérico
ABORDAGEM TERAPÊUTICA SEGURA

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