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DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA NEROMUSCULAR E NO SNC Curso de Enfermagem (5º Período) Santarém 2016 Objetivos da aula • Revisar suscintamente o funcionamento do SNC e motor (SOMÁTICO); • Discorrer sobre as classes das principais drogas para terapêutica de doenças neuromusculares, neurológicas e psicogênicas (psiquiátricas); • Apresentar a farmacocinética e farmacodinâmica destas drogas. Introdução •O sistema nervoso central, incluindo os nervos periféricos, constitui o “equipamento” do organismo para a rápida coordenação de muitas das suas atividades. •Estas atividades frequentemente devem estar interligadas e atendem às necessidades do organismo em uma fração de segundo. • Um exemplo é o fechamento extremamente rápido dos olhos que ocorre quando são tocados inadvertidamente, por exemplo, por um grão de poeira. • Nós nos movemos segundo a nossa vontade porque enviamos sinais elétricos do sistema nervoso central para nossos músculos esqueléticos. Introdução Introdução • Século XX: Avanços na farmacoterapia dos transtornos mentais. • A maioria dos fármacos que afetam o SNC atua alterando alguma etapa do processo de neurotransmissão. Os fármacos que afetam o SNC podem atuar pré-sinapticamente influenciando a produção, o armazenamento, a liberação ou o término da ação dos neurotransmissores. Outros fármacos podem ativar ou bloquear os receptores pós-sinápticos. Introdução • SNC: conectado ao resto do corpo por meio de fibras nervosas. Estas fibras se conectam aos receptores sensoriais, a órgãos internos e músculos. Todas essas fibras nervosas que irradiam do encéfalo e da medula espinal são denominadas Sistema Nervoso Periférico. SISTEMA NERVOSO NEUROTRANSMISSORES Aminoácidos -Acido-gama-amino-butirico (GABA) -Glutamato (Glu) -Glicina (Gly) -Aspartato (Asp) Aminas - Acetilcolina (Ach) - Adrenalina - Noradrenalina - Dopamina (DA) - Serotonina (5-HT) - Histamina Purinas - Adenosina - Trifosfato de adenosina (ATP) SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO Curare: em 1856 Bernard demonstrou que o curare causava paralisia devido ao bloqueio da transmissão neuromuscular. Em 1932 West utiliza pela primeira vez em um paciente com tétano. Curare é uma mistura de alcalóides de ocorrência natural da America do Sul. Componente mais importante é a tubocurarina. Atualmente, a tubocurarina é muito pouco utilizada na medicina devido a substitutos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO Os relaxantes musculares esqueléticos aliviam dores ou espasmos. Há duas classes principais de relaxantes = de ação central e de ação direta. RELAXANTES DA MUSCULATURA ESQUELÉTICA Classificação: - Relaxante de ação central: Seletivo no SNC - Relaxante de ação direta: Musculatura - Bloqueadores neuromusculares: Atuam na junção neuromuscular RELAXANTES DA MUSCULATURA ESQUELÉTICA RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO CENTRAL • Medicamentos utilizados para aliviar a espasticidade da musculatura esquelética, reduzindo o tônus muscular excessivo, cujo mecanismo de ação não depende de uma ação periférica, mas de um efeito no SNC. RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO CENTRAL • Benefícios: - Alivio dos espasmos musculares dolorosos ou espasticidade - Reduzem o tônus muscular sem afetar seriamente a contração voluntária. RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO CENTRAL • Drogas ou agentes de ação central (AAC): são usados para tratar espasmos musculares agudos por condições de ansiedade, inflamação, dor (fibromialgia), traumas. • Exemplos de drogas: - Carisoprodol; - Ciclobenzaprina (Musculare); - Metaxalona; - Orfenadrina; - Tizanidina. • Drogas usadas para espasmos intermitentes e crônicos: - Baclofeno; - Diazepan; - Tizanidina. RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO CENTRAL • Espasmos musculares: Anti-histamínicos: Orfenadrina Benzodiazepínicos: Diazepam Ésteres de Carbamato: Carisoprodol Derivado Tricíclico: Ciclobenzaprina Espasmos musculares locais agudos Causados por traumatismo ou distensão locais. Em associações: • Carisoprodol (Mioflex A®, Tandrilax®, Torsilax®, Tandene®, Beserol®) • Ciclobenzaprina (Dolamin Flex®) - Isolado: Miosan®, Mirtax® RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO CENTRAL • Farmacocinética: Parcialmente conhecida. Geralmente absorvidas no TGI e distribuídas amplamente pelo corpo, metabolizadas pelo fígado e excretadas pelos rins. • Farmacodinâmica: Mecanismo parcialmente conhecido. Não relaxam diretamente os músculos esqueléticos, nem deprimem a condução neuronal, e a excitabilidade muscular. São reconhecidas como depressoras do SNC. Os efeitos relaxantes podem ser devido ao seus efeitos sedativos. • Interações medicamentosas: devem ser evitado a ADM junto com (álcool, opióides, barbitúricos, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos e drogas ansiolíticas), pois causam = aumento da sedação, alteração da função motora e depressão respiratória. • Reações adversas: uso prolongado = dependência física, psicológica e fraqueza. Cessação abrupta = abstinência. RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO DIRETA • Dantrolene sódico: é um relaxante muscular esquelético de ação direta, embora tenha os mesmos efeitos das drogas de ação central, age por mecanismos diferentes. É mais eficaz no espasmo de origem central. Como a droga produz fraqueza muscular seu uso é questionável. • Farmacocinética: Embora a concentração plasmática ocorra dentro de 5 h após ingestão, os benefícios são percebidos depois de uma semana ou mais. É absorvida lentamente pelo TGI e se liga muito as proteínas plasmáticas, portanto pequena parte da droga fica disponível para seu efeito terapêutico. Metabolismo: fígado e excretado na urina. • Farmacodinâmica: Exerce seus efeitos através de ações diretas sobre a musculatura esquelética, interferindo na liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático e enfraquecendo a contração do músculo. RELAXANTES MUSCULARES DE AÇÃO DIRETA • Farmacoterapêutica (indicação): - Paralisia cerebral; - Lesões medulares espinhais; - AVE (acidentes vasculares encefálicos); - Antídoto para anestesia (tratamento e prevenção de hipertermia maligna, complicação durante a anestesia, caracterizada por rigidez muscular e febre alta. OUTROS RELAXANTES MUSCULARES • Drogas usadas para espasmos intermitentes e crônicos: - Baclofeno; - Diazepan (ansiolítico-benzodiazepínico): parece agir na inibição dos neurotransmissores ácido gama-aminobutírico sobre a contração muscular. - Bacoflen (não se sabe a ação, provavelmente na medula espinhal, diminuindo os impulsos nervosos para os músculos esqueléticos. -Indicações: esclerose múltipla e lesões na medula espinhal Fármacos bloqueadores musculares Bloqueadores musculares São drogas que relaxam o músculo esquelético através da interrupção da transmissão dos impulsos nervosos na placa motora terminal. 23 1 Pós-sinápticos ou musculares Pré-sinápticos ou neuronaisExtra-juncionais Fármacos bloqueadores da transmissão neuromuscular agem na região pré- sináptica (inibindo a síntese ou liberação de ACh) ou na região pós-sináptica. Bloqueadores musculares Os fármacos que interferem com a ação pós-sináptica da ACh são divididos em duas categorias: - Bloqueadores não-despolarizantes bloqueiam os receptores de ACh (ex. tubocurarina) - Bloqueadores despolarizantes agonistas dos receptores de ACh (ex.succinilcolina – suxametônio) ativa o receptor e então bloqueia. Bloqueadores musculares -Indicação terapêutica: • Relaxar a musculatura esquelética durante a cirurgia; • Reduziros espasmos ou convulsões; • Controlar pacientes que estão inquietos com o ventilador usado na respiração. -Principais drogas bloqueadoras: • Atracúrio; • Doxacúrio; • Pancurônio; • Tubocuramina; • Vecurônio. - Bloqueadores não-despolarizantes Uso terapêutico dos bloqueadores musculares Bloqueadores musculares -Farmacocinética: Não são administrados pelo TGI por serem mal absorvidos. A via IV é a preferida. Distribuem-se rapidamente pelo corpo, alguns são metabolizados pelo fígado. Excretados pelo fígado e fezes. -Farmacodinâmica: Os não despolarizantes competem com a Ach pelos receptores colinérgicos do músculo esquelético, bloqueando a ação da Ach, impedindo a contração muscular. O paciente perde o tônus muscular (paralisia flácida). OBS: Como estas drogas não atravessam a barreira hematoencefálica, o paciente permanece consciente e capaz de sentir dor, provocando ansiedade no mesmo. -Indicação: Facilitar passagem do tubo endotraqueal, diminuir a quantidade de anestésicos durante a cirurgia, impedir lesões durante convulsões, etc. - Bloqueadores não-despolarizantes CUIDADOS ESPECIAIS Bloqueadores musculares -Reações adversas: • Apneia; • Hipotensão; • Reações cutâneas; • Broncoespasmo; • Hipersecreções brônquicas e salivares - Bloqueadores não-despolarizantes Bloqueadores musculares • O suxametônio (Succinilcolina): é a única droga bloqueadora despolarizante terapêutica, embora tem semelhança ao não-despolarizantes em seu efeito terapêutico seu mecanismo de ação é diferente. Age como a Ach, mas não é inativada pela AChE. Droga de escolha para relaxamento muscular por curto período. - Bloqueadores despolarizantes Paralisia prolongada: ocorre quando algum fator altera a atividade da colinesterase plasmática que hidrolisa o fármaco. Exemplo: variantes genéticas, anticolinesterásicos, recém-nascidos e pacientes com doenças hepáticas. Efeitos adversos e situações de risco do uso de fármacos despolarizantes Hipertermia maligna: condição hereditária rara onde há mutação do canal de Ca+2 do reticulo sarcoplasmático que produz espasmos muscular intenso e elevação da temperatura quando certos fármacos são administrados. Fármaco Veloc. de início Duração Efeitos colaterais Observações Tubocurarina Lenta (<5min) Longa (1- 2h) Hipotensão (bloqueio ganglionar + liberação de histamina) Broncoconstrição (liberação de histamina) Uso cínico raro Pancurônio Intermediária (2-3min) Longa Taquicardia modesta Sem hipotensão Amplamente utilizado (pipercurônio é similar) Vecurônio Intermediária Intermediá ria (30- 40min) Poucos efeitos colaterais Amplamente utilizado. Eventualmente causa paralisia prolongada Atracúrio Intermediária Intermediá ria (<30min) Hipotensão transitória (liberação de histamina) Amplamente utilizado Características dos fármacos bloqueadores neuromusculares Fármaco Vel. de início Duração Efeitos colaterais Observações Mivacúrio Rápida (~2min) Curta (~15min) Hipotensão transitória (liberação de histamina) Fármaco novo semelhante ao atracúrio Suxametônio Rápida Curta (~10min) Bradicardia (efeito agonista muscarínico), arritmias cardíacas (aumento de K+), aumento da pressão intra-ocular, dor muscular no pós- operatório Utilizado em procedimentos curtos Características dos fármacos bloqueadores neuromusculares INTRODUÇÃO • Os impulsos nervosos: reações físicoquímicas verificadas nas superfícies dos neurônios e seus processos, consiste em: envio de informações, sua integração e resposta. Reações semelhantes ocorrem em muitos outros tipos de células. • O neurônio é constituído por corpo celular, dendrito, axônio e telodendro. SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) SINAPSE NERVOSA MECANISMO DA NEUROTRANSMISSÃO QUÍMICA 1. Chegada do impulso nervoso ao terminal 2. Abertura de Canais de Ca Voltagem dependentes 3. Influxo de Ca (2o mensageiro) 4. Exocitose dos NT 5. Interação NT- receptor pós- sinaptico causando abertura de canais iônicos NT dependentes 6. Os NT são degradados por enzimas (6) http://www.blackwellpublishing.com/matthews/nmj.html http://www.blackwellpublishing.com/matthews/neurotrans.html Chegada do Impulso nervoso no terminal do neurônio 1 Geração de impulso nervoso no neurônio 2Neurotransmissâo NEUROTRANSMISSORES Aminoácidos -Acido-gama-amino-butirico (GABA) -Glutamato (Glu) -Glicina (Gly) -Aspartato (Asp) Aminas - Acetilcolina (Ach) - Adrenalina - Noradrenalina - Dopamina (DA) - Serotonina (5-HT) - Histamina Purinas - Adenosina - Trifosfato de adenosina (ATP) Excitatórios: disparam o potencial de ação da célula seguinte Inibitórios: inibem a possibilidade de descarga Acetil CoA Transportador de colina AChE Colina + Acetato Colina ACh Transportador de ACh Etapas da biossíntese e degradação enzimática do NT Liberação do NT Sítios receptores pré e pós-sinápticos Onde as drogas podem agir? Receptor pós-sinaptico Princípios de Neurofarmacologia Muitas substancias exógenas afetam a neurotransmissão: Modos de ação AGONISTAS: mimetizam (imitam) o efeito do NT ANTAGONISTAS: inibem a ação do NT Neurotransmissor Receptores Agonistas Antagonistas Acetilcolina Muscarínico Nicotínico Muscarina Nicotina Atropina Curare Receptor Nicotínico Fibras musculares esqueléticas Abertura de canais de Na (despolarização) Receptor Muscarínico Fibras musculares cardíacas - abertura de canais de K (hiperpolarizaçâo) Fibras musculares lisas Dopamina Receptor dopaminérgico Bomba de Recaptaçâo O que a cocaína faz? Impede a recaptaçâo da dopamina e prolonga a sua ação pós-sináptica Drogas que atuam em doenças neurodegenerativas ANTIPARKINSONIANOS • Doença de Parkinson: É caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Pode ocorrer devido ao uso de drogas, encefalites, neurotoxinas, traumatismos, arteriosclerose e fatores ambientais. • Prevalência: Primeiro mundo 1:1000. No Brasil desconhecida. • Faixa Etária: Quinta e sexta décadas. Infrequente antes dos 30 anos. • Sintomas clássicos: – TREMOR DE REPOUSO – RIGIDEZ – INSTABILIDADE POSTURAL – ACINESIA (PERDA DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS). PARKINSONISMO: – PRIMÁRIO: Sem causa conhecida. DOENÇA DE PARKINSON. – SECUNDÁRIO: • Infeccioso ou pós infeccioso (encefalites, HIV) • Toxinas (manganês, Thinner, mercúrio) • Medicamentos: antagonistas dos receptores dopamínicos ou que levam à destruição dos neurônios dopaminérgicos. Cinarizina, flunarizina, Lítio, hidantoína, captopril, metoclopramida, alfa-metildopa, antipsicóticos (fenotiazinas). • Tumores cerebrais • Trauma físico • Metabólico (hipoparatireoidismo, hipotireoidismo) Drogas Antiparkinsonianas Farmacoterapia: proporcionar alívio dos sintomas e manter a independência e a mobilidade do paciente, corrigindo o desequilíbrio dos neurotransmissores de várias maneiras: • Inibição dos efeitos colinérgicos (através de drogas anticolinérgicas); • Estimulação dos efeitos da Dopamina (através de drogas dopaminérgicas); • Inibição da catecol o-metiltransferase (COMT) por drogas inibidoras da COMT. Classificação das drogas Antiparkinsonianas Grupos Representantes ANTICOLINÉRGICOS Triexifenidil, biperideno LIBERADORESDE DOPAMINA Amantadina PRECURSOR DOPAMINÉRGICO Levodopa INIBIDORES PERIFÉRICOS DA DOPA-DESCARBOXILASE Carbidopa, benserazida AGONISTAS DOPAMINÉRGICOS Bromocriptina, pergolida. INIBIDORES DA MAO-B Selegilina, cabergolida INIBIDORES DA COMT Tolcapone e entacapone Drogas Antiparkinsonianas • Farmacocinética: bem absorvidas pelo TGI, atravessam a parede hematoencefálica até seu local de ação no cérebro. A maioria metabolizada no fígado e excretadas pelos rins. • Farmacodinâmica: Elevados níveis de Ach podem causar tremores, os pacientes então tomam drogas anticolinérgicas para inibir a ação da Ach nos SNC e SNA reduzindo os tremores. Fármacos Efeitos Adversos Anticolinérgicos Boca seca, confusão mental, delírio, sonolência, alucinações, constipação e retenção urinária. Amantadina Alucinações, confusão, pesadelos, insônia, tontura, letargia, boca seca, náuseas, vômitos, anorexia, constipação, irritabilidade, depressão, exacerbação da insuficiência cardíaca. Levodopa + carbidopa ou benserazida Hipotensão postual, arritmias, taquicardia, anorexia, náuseas, vômitos, movimentos involuntários, flutuações clínicas, distúrbios psiquiátricos, exacerbação de úlcera péptica, coloração avermelhada ou escura da urina. Drogas Antiparkinsonianas Interações Antiparkinsonianas • LEVODOPA: – Administração feita com pequenas refeições para prevenir náuseas e vômitos, embora alimentos reduzam sua absorção. – Consumo alto de proteínas diminui a eficácia do fármaco. – Evitar medicamento/alimentos ricos em vit B6 (fígado, leveduras ou levedo de cerveja, carnes, vegetais, peixes, grãos integrais) – aumentam o metabolismo extra-cerebral. • ANTICOLINÉRGICOS: – Antagonistas do sistema dopaminérgico – bloqueio colinérgico leva a aumento do efeito dopaminérgico: boca seca, constipação e retenção urinária. DROGAS USADAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER • A demência tipo Alzheimer tem três aspectos distintos: 1 ) Acúmulo de placas senis (acúmulo amiloide); 2) Formação de numerosos entrelaçados neurofibrilares; 3) Perda de neurônios corticais, particularmente colinérgicos. Os tratamentos atuais visam a melhorar a transmissão colinérgica no SNC ou evitar as ações excitotóxicas resultantes da superestimulação dos receptores de glutamato em certas áreas do cérebro. DROGAS USADAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER • Classes de drogas a) Inibidores de acetilcolinesterase: Postula-se que a inibição da acetilcolinesterase (AChE) no SNC melhora a transmissão colinérgica, pelo menos nos neurônios que continuam funcionando. Ex: inibidores reversíveis de AChE: Donezepil, Galantamina, Rivastigmina e Tacrina. DROGAS USADAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER • Classes de drogas b) Antagonistas do receptor de glutamina: A estimulação de receptores de glutamato no SNC parece ser crítica para a formação de certas memórias; contudo a superestimulação dos receptores glutamato, resulta em efeitos excitotóxicos nos neurônios e parece ser um mecanismo dos processos neurodegenerativos ou apoptóticos (morte celular programada). Ex: Amantadina (neuroprotetores, evitam a perda de neurônios após lesões isquêmicas e outras). DROGAS USADAS NA DOENÇA DE ALZHEIMER ANTICOVULSIVANTES E ANTIEPILÉPTICOS • 1% da população mundial tem epilepsia; • 2° distúrbio neurológico mais comum, depois do AVC; Distúrbio crônico caracterizado por crises convulsivas recorrentes. • Terapia padrão controla a crise convulsiva em 80% dos pacientes. Convulsão: episódios limitados de disfunção cerebral, decorrentes de descarga anormal dos neurônios cerebrais. Definição Convulsão • É uma contração espasmódica da musculatura do corpo, acompanhada de abalos mais ou menos fortes. • As contrações são bruscas e involuntárias, ora demoradas e com tendências a deixar as regiões afetadas em uma posição fixa, denominando-se então convulsões tônicas; ora rápidas e sucessivas, dando assim lugar a movimentos intermitentes e sendo, neste caso, conhecidas por convulsões clônicas. CRISE CONVULSIVA • Caracteriza-se pela perda repentina da consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. • • A vítima cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, a vítima apresenta sialorreia e perda de esfincteres. • As contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. • Pode ficar inconsciente ou com movimentos lentos e/ou confusão mental por vários minutos após a crise, o que representa o estado pós-convulsivo (pós-ictal). CRISE CONVULSIVA CRISE CONVULSIVA Causas de convulsões: • A crise convulsiva pode acontecer em consequência de: • Febre muito alta • Acidentes de carro, quedas e outros traumas na cabeça • Meningite • Desidratação grave • Intoxicações • Overdose de drogas • Abstinência alcóolica • Hipertensão na gravidez (eclâmpsia) • Hipoxemia perinatal (falta de oxigênio aos recém nascidos em partos complicados) • Hipoglicemia (baixa glicose no sangue) • Epilepsias (crises convulsivas repetitivas não relacionadas à febre nem a outras causas acima relacionadas; têm forte herança familiar) Definição epilepsia • Epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral paroxística) • Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente • Para alguém ser considerado epiléptico, é necessário haver mais de uma crise Causas prováveis: infarto cerebral tumor infecção trauma doença degenerativa Epilepsia Classificação das crises epilépticas CRISES PARCIAIS Crises simples (consciência não afetada) Crises parciais complexas (com comprometimento da consciência) Crises generalizadas (Pequeno ou grande mal) Liga Internacional contra Epilepsia (1981) Classificação das crises epilépticas CRISES GENERALIZADAS (convulsivas ou não convulsivas) Ausência (pequeno mal) Crises Mioclônicas Crises Clônicas Crises Tônicas CrisesTônico-clônicas (grande mal) Crises Atônicas Formas combinadas Liga Internacional contra Epilepsia (1981) 70 a 75% das crises são tratáveis farmacologicamente Alguns tipos podem ser cirúrgicos Epilepsia Mecanismo de Ação das Drogas Antiepilépticas aumento da atividade sináptica inibitória diminuição da atividade sináptica excitatória controle da excitabilidade da membrana neuronal e da permeabilidade iônica. O tratamento deve começar uma única droga, aumentando-se a dose até as convulsões serem controladas. A escolha da medicação depende do tipo de convulsão. • Divididos em várias classes: • Hidantoínas (Mais prescrita: Fenitoína – • mais antiga droga antiepiléptica não-sedativa); • Iminostilbenes (Carbamazepina: mais usado); • Barbitúricos (fenobarbital, mefobarbital, metarbital e primidona); • Monossacarideos sulfato-substituídos (Topiramato); • Benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, clonazepam); • Derivados de ácidos carboxílicos (Valproato de Sódio ou Ác. Valproico; divalproex). DROGAS ANTIEPILÉPTICAS Efeitos Adversos dos Antiepilépticos Fármaco Efeitos Adversos Fenitoína Hiperplasia gengival, hirsutismo, sonolência, náuseas, vômitos, hipocalcemia, osteomalácia, agranulocitose, dermatites, lupus eritematoso sistêmico, hepatite Fenobarbital Sedação, irritabilidade, nistagmo, ataxia, erupçãocutânea, anemia megaloblástica e agitação em crianças e idosos. Carbamazepina Sedação, desconforto gastrointestinal, reação cutânea, anemia aplásica(rara), leucopenia, vertigem, nistagmo, ataxia. Ácido Valpróico Náuseas e vômitos, sedação, hepatotoxicidade, alopécia, tendência hemorrágica, pancreatite aguda, aumento de peso. Benzodiazepíni cos Sedação, incoordenação, ataxia, tontura, salivação, alterações de comportamento Ataxia Diplopia Hiperplasia Gengival DROGAS SEDATIVO-HIPNÓTICAS • Um dos grupos mais prescritos em todo o mundo. • Principal uso: - Produzir sedação (com alívio da ansiedade); - Incentivar o sono. Atravessam a barreira placentária durante a gravidez e são detectáveis no leite materno. HIPNÓTICOS E ANSIOLÍTICOS Fármacos utilizados para o tratamento dos distúrbios do sono e da ansiedade • Fármaco hipnótico: fármaco que induz um sono similar ao natural (sonífero) • Fármaco ansiolítico: fármaco com efeito de reduzir os sintomas da ansiedade (tranquilizante) FARMACOLOGIA • Ligam-se ao receptor GABAA presente nas membranas neuronais do SNC. Esse receptor é ativado pelo neurotransmissor inibitório GABA (principal neurotr. inib. do SNC). • Potencializam a inibição GABAérgica. BENZODIAZEPÍNICOS BARBITÚRICOS USOS CLÍNICOS • Alívio da ansiedade; • Insônia; • Sedação e amnésia antes de procedimentos médicos e cirúrgicos (endoscopia e broncoscopia); • Tratamento de epilepsia e estados convulsivos; • Componente de anestesia balanceada; • Controle de estados de abstinência de etanol e outros sedativo- hipnóticos (diazepam, fenobarbital); • Relaxamento muscular em distúrbios neuromusculares específicos; • Como auxiliares diagnósticos ou para tratamento em psiquiatria (mania, controle de estados de hiperexcitabilidade induzidos por drogas, distúrbios depressivos maiores). REAÇÕES ADVERSAS • Sonolência; • Diminuição da capacidade motora; • Comprometimento do discernimento; • Amnésia (compromete a capacidade de aprender novas informações); • Desinibição comportamental. Gestante: Só usar se o benefício potencial justificar o risco potencial. INTERAÇÕES • Bebidas alcoólicas; • Analgésicos opioides; • Anticonvulsivantes; • Anti-histamínicos; • Anti-hipertensivos; • Anti-depressivos tricíclicos. ANTIDEPRESSIVOS • A depressão é após a hipertensão, a condição médica crônica mais comum na população. • Pelo menos 1 em cada 10 pacientes apresentam depressão maior, mas a maioria não é diagnosticada ou é inapropriadamente tratada. HIPÓTESE DAS MONOAMINAS É a principal teoria bioquímica da depressão Proposta por Schildkraut em 1965 Sugere que a depressão é causada por uma deficiência funcional da transmissão monoaminérgica no SNC DEPRESSÃO MAIOR • Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda de interesse em praticamente todas as atividades por pelo menos duas semanas, acompanhado de pelo menos três ou quatro dos seguintes sintomas (cerca de 25% das depressões): – Insônia ou hipersonia – Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa; – Fadiga ou falta de energia; – Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se; – Alteração significativa no apetite ou peso; – Retardo ou agitação psicomotora; – Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. OUTRAS INDICAÇÕES • Distúrbio do pânico • Distúrbio obsessivo-compulsivo • Bulimia • Déficit de atenção Bloqueiam as bombas de recaptação da noradrenalina e serotonina. MECANISMO DE AÇÃO FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS DEPRESSÕES: ESPECÍFICOS 1. Antidepressivos tricíclicos: imipramina (Tofranil), clomipramina (Anafranil), amitriptilina (Tryptanol), nortriptilina (Pamelor). 2. Antidepressivos heterocíclicos: trazodona (Donaren), bupropriona. 3. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS): fluoxetina (Prozac, Daforin, Verotina), fluvoxamina (Fluvox), citalopram, sertralina (Zoloft), paroxetina (Aropax, Pondera). • 4. Inibidores da MAO: fenelzina, isocarboxazida, tranilcipromida, moclobemida (Aurorix). Efeitos Adversos dos Antidepressivos Fármaco Efeitos Adversos Antidepressivos tricíclicos: Sonolência, tremor, insônia, constipação, arritmias, sínd. de abstinência, convulsões, ganho de peso, distúrbios sexuais. Antidepressivos heterocíclicos Sonolência, tonteira, náusea, agitação, boca seca, sudorese, tremor, potencial de crise convulsivas com doses elevadas (Bupropriona). ISRS Insônia, tremor, sintomas gastrintestinais, diminuição da libido, disfunção sexual, ansiedade. Inibidores da MAO Distúrbio do sono, ganho de peso, distúrbios sexuais. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES A. Metilxantinas: incluem a teofilina, que é encontrada no chá, a teobromina, encontrada no cacau, e a cafeína, que é o estimulante mais consumido em todo o mundo, encontrada em alta concentração no café, mas também presente no chá, em bebidas de cola, no chocolate, no cacau e guaraná. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • A. Metilxantinas: • Ação: Ex: A cafeína presente em uma a duas xícaras de café (100 a 200 mg) causa diminuição da fadiga e aumenta o alerta mental como resultado da estimulação do córtex e outras áreas do cérebro. O consumo de 1 ,5 g de cafeína (12 a 15 xícaras de café) produz ansiedade e tremores. A medula espinal só é estimulada por doses muito elevadas (2 a 5 g) de cafeína. Pode-se desenvolver tolerância rapidamente às propriedades estimulantes da cafeína; a abstinência consiste em sensação de fadiga e sedação. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • A. Metilxantinas: • Usos terapêuticos: Cafeína e derivados relaxam o músculo liso dos bronquíolos. (Nota: a teofilina, que antigamente era a base do tratamento da asma, foi substituída por outros fármacos). • Farmacocinética: São bem absorvidas por via oral. Distribuem- se por todo o organismo, incluindo o cérebro. Atravessam a placenta e são secretadas no leite materno. Todas são biotransformadas no fígado, e excretados na urina. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • A. Metilxantinas: • Efeitos adversos: agitação, insônia, ansiedade, fadiga muscular, aumento da diurese, angina pesctoris, aumento das secreções gástricas (gastrite), aumento da temperatura corpórea. Doses altas podem causar toxicidade (êmese e convulsões). Dose letal: 10 g de cafeína (100 xícaras de café), que induz arritmias cardíacas. Letargia, irritabilidade e cefaleia no consumo de 600 mg de cafeína por dia (6 xícaras/dia). DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • B. Nicotina: é o componente ativo do tabaco. Segue a cafeína como estimulante do SNC mais usado. Em combinação com o alcatrão e o monóxido de carbono, a nicotina representa um grave fator de risco para doenças pulmonares e cardiovasculares, vários cânceres e outras patologias. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • B. Nicotina: • Mecanismo de ação: Existem receptores de nicotina em numerosos locais no SNC, os quais participam dos efeitos estimulantes. • Ações: é muito lipossolúvel e facilmente atravessa a barreira hematencefálica. Eleva o grau de euforia e estimulação, bem como relaxamento. A nicotina melhora a atenção, o aprendizado, a resolução de problemas e o tempo de reação. Doses elevadas de nicotina resultam em paralisia respiratória central e grave hipotensão A nicotina também é um supressor de apetite. • Efeitos adversos: irritabilidade e tremores. Também pode causar cólicas intestinais, diarreia e aumento da frequênciacardíaca e da pressão arterial. Aumenta a velocidade de biotransformação de inúmeros fármacos. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • B. Nicotina: • Efeitos adversos: irritabilidade e tremores. Também pode causar cólicas intestinais, diarreia e aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Aumenta a velocidade de biotransformação de inúmeros fármacos. • Síndrome de abstinência: é uma substância viciante. Abstinência: irritabilidade, ansiedade, intranquilidade, dificuldade de concentração, cefaleia e insônia. O apetite é afetado, e dor gastrintestinal. • Programas para parar de fumar: associam tratamento farmacológico e comportamental. Uso dos adesivos transdérmicos, as gomas de mascar contendo nicotina, e a bupropiona, um antidepressivo. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • C. Cocaína: droga facilmente acessível e muito viciante que é usado por mais de três milhões de pessoas nos Estados Unidos diariamente. • Mecanismo de ação: bloqueio da captação de monoaminas (norepinefrina, serotonina e dopamina) nos terminais pré-sinápticos dos quais esses neurotransmissores são liberados. • Efeitos do prolongamento da dopamina no SNC-límbico causa prazer e intensa euforia. O consumo crônico esgota a dopamina. Essa depleção desencadeia o círculo vicioso por cocaína. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC 1. ESTIMULANTES PSICOMOTORES • C) Cocaína: • Usos terapêuticos: Ação anestésica local que atualmente representa o único uso terapêutico racional. Exemplo: anestésico local em cirurgias de olhos, orelhas, nariz e garganta. É o único anestésico local que causa vasoconstrição. • Necrose do septo nasal. DROGAS ESTIMULANTES DO SNC C) Cocaína - Efeitos adversos: • Hipertermia: é a única, entre as drogas ilícitas, que pode causar morte não só pela dose, mas também devido à propensão de causar hipertermia, pois bloqueiam a eliminação de suor e a vasodilatação periférica (Nota: as taxas de mortalidade por dosagem excessiva de cocaína aumentam em dias quentes.) DROGAS ESTIMULANTES DO SNC • D) Anfetamina: é uma amina simpática que apresenta efeitos neurológicos e clínicos similares aos da cocaína. A dextroanfetamina e a metanfetamina são as principais dessa classe. • Ações: resultam da liberação de dopamina e de norepinefrina, aumentando o estado de alerta, diminui a fadiga e o apetite e causa insônia. Esses efeitos justificam seu uso no tratamento de crianças hiperativas, para a narcolepsia e o controle do apetite. Em doses elevadas, a anfetamina pode causar psicoses e convulsões. • Usos terapêuticos: Transtorno de hiperatividade com déficit de atenção (TDHA), Narcolepsia. • Drogas: Metilfenidato (Ritalina), Modafinil. • Efeitos colaterais: vertigem, hipertensão, insônia, confusão mental, abuso de outras drogas, náusea, diarreias. DROGAS ANTIENXAQUECA Enxaqueca: é um dos transtornos cefaleicos mais comuns, afetando aproximadamente 24 milhões de pessoas nos EUA. Descrita como dor de cabeça unilateral em pontadas, pulsátil ou latejante. Outros sintomas associados: sensibilidade à luz e som, náuseas, vômitos e constipação intestinal ou diarreia. • Sintomas: Acróstico: PAIN • Pain (dor); • Aura; • Irritado pela luz; • Náusea. DROGAS ANTIENXAQUECA • São usados 4 classes de medicamentos: Antidepressivos: Tricíclicos e tetracíclicos, Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina, da Recaptação de Dopamina e Noradrenalina • Anticonvulsivante: Topiramato, Ácido Valpróico, Lamotrigina (OBS: PIORA com: Carbamazepina, Fenitoína e Fenobarbitol). • Antagonista dos Canais de Cálcio: Flunarizina; Verapramil; Cinarizina. • Betabloqueadores: Propranolol, Atenolol, Metoprolol, Pindolol. DROGAS ANTIENXAQUECA Tratamento nas crises • Crises leves a moderadas: AINEs + analgésicos • Crises moderadas a severas: Triptanos ou ergotamínicos • Crises severas e prolongadas: Corticóides + sedativos e acompanhados com anti-eméticos quando há vômitos associados. Analgésicos • ACETOMINOFENO ou PARACETAMOL (Tylenol); DIPIRONA (Doril, Anador, Cibalena). • Antiinflamatórios Inibe a enzima ciclooxigenase (COX), diminuindo a substância chamada prostaglandina, e consequentemente a inflamação. Ex: DICLOFENACO, INDOMETACINA, NAPROXENO,ASPIRINA. Apresentam efeitos colaterais indesejáveis na mucosa do estomago e rins. Triptanos Agem nos receptores de serotonina, melhorando a crise de enxaqueca mais rapidamente, com menos efeitos colaterais que as ergotaminas. Ex: SUMATRIPTANO (primeiro) Recentemente, o RIZATRIPTAN, ZOLMITRIPTAN e NARATRIPTAN Apesar de eficazes, o preço dos triptanos é considerado ainda alto. Ergotaminas • Exemplos: Cefalium, Cefaliv, Ormigrein, Migrane, Parcel, Tonopan e Dihydergot. • Apresenta efeitos colaterais indesejáveis como vasoconstrição arterial e náusea. • Algumas ergotaminas apresentam preparações com cafeína. São medicações com grande potencial de causar cefaléia rebote. ANALGÉSICOS E ANTAGONISTAS OPIOIDES • Codeína (associações analgésicas e antitussígenos) • Fentanil • Metadona • Tramadol • Dextrometorfano (antitussígeno) Mecanismo de ação: Ligação a receptores específicos, que se localizam princ. no cérebro e em regiões da medula espinhal envolvidas na transmissão e modulação da dor. Fármaco Indicação Codeína Dor (leve a moderada); tosse (não produtiva) Fentanil Dor crônica Metadona Dor grave; síndrome de abstinência de opioide Tramadol Dor moderada a grave Dextrometorfano Tosse não produtiva; tosse seca FARMACOLOGIA EFEITOS ADVERSOS • Comportamento agitado; • Tremor; • Depressão respiratória; • Náusea e vômitos; • Constipação; • Retenção urinária. ANESTÉSICOS GERAIS INTRAVENOSOS Agem inibindo o impulso nervoso. Mecanismo ainda não é bem conhecido. Anestésicos gerais: Efeitos: analgesia, amnésia, perda da consciência, inibição dos reflexos sensoriais e autônomos, relaxamento da musculatura esquelética. • Tiopental (Thiopentax®): anestésico potente, mas um analgésico fraco. • Propofol (Diprivan®): sedativo/hipnótico IV utilizado na indução ou • manutenção da anestesia. Anestésico de primeira escolha para indução anestésica e sedação por produzir um sentimento de euforia no paciente e não causar náuseas e êmese no período pós-anestésico. • Midazolam: muito empregado em exames diagnósticos. • Cetamina (Ketamin®): anestésico de ação curta, que induz um estado dissociativo, no qual o paciente fica inconsciente (mas pode parecer acordado) e não sente dor. REAÇÕES ADVERSAS • Hipertensão/ Hipotensão; • Depressão miocárdica; • Delírio, Alucinações; • Depressão respiratória. Anestésicos locais (derivados da cocaína) • Bloqueiam as sensações, e em concentrações mais elevadas, a atividade motora de uma área limitada do organismo. Eles são aplicados ou injetados para bloquear (canais de sódio) a condução nervosa de impulsos sensoriais desde a periferia até o SNC. A Analgesia temporária, porém completa, de partes bem definidas do corpo. • Lidocaína (Xylocaína®) • Os AL podem ser associados a vasoconstritores (adrenalina); • Tóxicos e viciantes Anestésicos locais • Ação: Atua bloqueando os canais iônicos de sódio impedindo o potencial de ação. • Técnicas de administração: aplicação tópica, infiltração, bloqueios em anéis, bloqueios de nervos periféricos e neuroaxiais (espinais, epidural ou caudal). • Drogas: bupivacaína, lidocaína, mepivacaína, procaína e tetracaína, sendo a lidocaína a mais comumente empregada. A bupivacaína se destaca por sua cardiotoxicidade. A mepivacaína não deve ser usada na anestesia de gestantes devido à sua toxicidadeaos recém-nascidos. Anestésicos locais Cuidados na ADM em crianças e Idosos: a uma criança, deve ser calculada a dose máxima com base na massa corporal da criança para evitar o risco de dosagem excessiva. Idosos: é prudente doses baixas de AL + epinefrina em pacientes idosos que hipertensão. Anestésico local + vasoconstritor: não aplicar em nádegas, feridas, em pessoas com hipertensão, diabetes, locais de inlfamação. Anestésico local + Bicarbonato: utilizado em locais com processos inflamatórios aumentando o pH local. Cuidado: Ao atingirem a circulação sistêmica (taquicardia, aumento da FC e broncoconstrição severa). ABUSO DE DROGAS ÁLCOOL: • Depressor SNC - ↑ concentrações sanguíneas provoca coma, depressão respiratória e morte. • Sedação, alívio da ansiedade; fala arrastada, ataxia, comprometimento do discernimento e comportamento desinibido (embriaguez). O consumo crônico afeta profundamente a função de vários órgãos vitais, sobretudo o fígado e os sistemas nervoso, gastrintestinal e cardiovascular. O etanol possui toxicidade direta! O uso crônico aumenta o risco de câncer da boca, faringe, laringe, esôfago e fígado. Tolerância, dependência física e psicológica. BIBLIOGRAFIA 1- CRAIG, Charles R.; STITZEL, Robert E: Farmacologia moderna com aplicações clinicas, 6 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2005. 2- KATZUNG, Bertran G., Farmacologia básica e clinica, 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 3- RANG, H. P; DALE, M. M; RITTER, J. M., Farmacologia, 4 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000. 4- SILVA, Penildon, Farmacologia , 5.ed., Rio de Janeiro, Guanabara, 1998. 5- FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006. “A qualidade nunca se obtém por acaso: ela é sempre o resultado do esforço inteligente” (John Ruskin)
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