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CRIMINOLOGIA 02

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DELEGADO POLICIA CIVIL 	 	 
	Criminologia 	 
	Rogerio Sanches 	 
 
 
	DELEGADO POLICIA CIVIL 	 	 
	Criminologia 	 
	Rogerio Sanches 	 
 
 
	DELEGADO POLICIA CIVIL 	 	 
	Criminologia 	 
	Rogerio Sanches 	 
 
 
CRIMINOLOGIA
Conceito 
Ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime – contemplado este como problema individual e como problema social – , assim como sobre os programas de prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito. 
Finalidade da Criminologia 
Os autores modernos, de forma copiosa, escrevem que função linear da criminologia é informar a sociedade e os poderes públicos sobre o crime, o criminoso, a vítima e o controle social, reunindo um núcleo de conhecimentos seguros que permita compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem criminoso. 
ATENÇÃO: A função da criminologia é indicar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o crime. Não se preocupa apenas com o crime, mas também com a vítima, com o delinquente e com a sociedade.
				#SABER #VAICAIR
A criminologia não é casualista com leis universais exatas.
A criminologia não é mera fonte de dados ou estáticas.
A criminologia é uma ciência prática, preocupada com problemas e conflitos concretos. (Luta contra a criminalidade, o controle, e prevenção do delito.)
Método da Criminologia 
O método é o instrumento por meio do qual o raciocínio procura entender um fato relativo ao homem, a sociedade e a natureza. 
O método necessita estar calcado em estudos, científicos de experiências comparadas e repetidas para se encontra r com criminalidade. (Adota o método científico empírico).
 O 	que 	significa 	afirmar que 	a criminologia utiliza-se do método científico, ou seja, empírico? 
R: É o método baseado na observação do fato para estudar o delito, baseia-se na análise da realidade dos fatos, da pratica, para a compreensão do fenômeno criminal. Trata-se de ciência pertencente ao mundo do SER.
OBS: A observação substitui a mera especulação.
ATENÇÃO: como vimos, uma das divergências entre as Escolas Clássica e Positivista se deu justamente em torno do método utilizado para compreensão do fenômeno criminal. 
Os clássicos eram partidários do método abstrato, formal, dedutivo (parte geral e genérica para uma situação particular).
Os positivistas concedem o método empírico e indutivo. (Após considerar um número suficiente de casos particulares, concluem uma verdade geral).
CRIMINOLOGIA x OUTRAS DISCIPLINAS 	
A 	criminologia (ciência empírica e interdisciplinar) 	relaciona-se 	com diversas áreas do conhecimento, como o direito penal, sociologia, biologia, psicologia, psiquiatria, etc. 
Frenologia criminal: Procura identificar o caráter do homem pelo estudo dos seus traços fisionômicos, além do formato do crânio e cabeça.
Biologia criminal: Estuda o crime como um fenômeno individual, observando suas condições naturais (aspectos físicos, fisiológico e psicológicos).
Sociologia criminal: Preocupa-se com a motivação e a permanência do crime na sociedade. (Falou em sociologia lembra de Enrico Ferri)
Psicologia criminal: Dirige seus estudos para as condições psicológicas do indivíduo para a prática do crime. (Estuda a intensidade o dolo, culpa, periculosidade do agente.) 
Psiquiatria criminal: Examina a capacidade de entendimento e determinação do delinquente frente ao delito, visando lhe submeter ao tratamento adequado.
Endocrinologia criminal: Ciência que tem como objeto o estudo das glândulas endócrinas (tiroide, suprarrenal, etc.) e uma possível relação entre eventuais anomalias dessas glândulas e o comportamento delitivo.
Criminologia: Objeto 
Na atualidade, o estudo da criminologia apoia-se em quatro elementos essenciais: 
CRIME;
CRIMINOSO;
VÍTIMA;
CONTROLE SOCIAL;
DELITO 
A criminologia estuda o comportamento anti-social, e suas causas. 
O crime é um fenômeno presente nas sociedades (fenômeno social) e revela múltiplas facetas, sendo antes de tudo, um problema social.
O crime deve, sob a ótica da criminologia, 	preencher 	os 	seguintes elementos constitutivos: 
a) Reiteração do fato criminoso junto à sociedade; (o fato isolado não se atribui a condição de crime)
b) Produção de sofrimento à vítima e ao corpo social; (relevância social)
c) Persistência 	espaço-temporal 	do 	fato criminoso; (distribuição pelo território durante um tempo juridicamente relevante)
d) Consenso acerca de sua etiologia (causa), e das técnicas de intervenção para seu enfrentamento eficaz; 
DELINQUENTE 
Embora o foco da criminologia tenha se deslocado para o delito e controle social, o estudo do delinquente já foi o ponto central dessa ciência e, revela-se, mesmo nos dias atuais, muito importante. 
Lembrando: 
Escola Clássica: o delinquente é visto como o indivíduo que pecou, pois utilizou seu livre arbítrio para o mal. Poderia e deveria ter escolhido o bem, mas decidiu optar por outro caminho. 
Positivismo 	antropológico: 	o delinquente passa a ser visto como um ser atávico, que muito das vezes já nascia criminoso. (Determinismo)
Interessante destacar, ainda, a visão de 	delinquente 	fornecida 	pela 	Escola 
Correcionalista: 
O correcionalismo visto como o direito protetor dos criminosos tinha como principal defensor Pedro Garcia Dorado Monteiro, cujas bases se assentam na ideia de que a pena possui uma função terapêutica, isenta de cunho retribucionista, e o delinquente era visto como alguém que necessitava de ajuda. 
VÍTIMA 
 
Importante diferenciar vítima de vítima penal. 
Vítima representa um conceito muito mais amplo do que vítima penal. 
Essa discussão repercuti na possibilidade ou não na existência de crime sem vítima.
A vitimologia trabalha com “vítima”. As vítimas estudadas pela Vitimologia vão além das previstas e estudadas pelo Direito Penal. 
O conceito de vítima sempre foi o de mero sujeito que sofre as consequências de uma infração, visto como objeto, e não como parte na relação processual. 
Para a vitimologia, vítima é toda pessoa física ou jurídica e ente coletivo prejudicado pela conduta humana que constitua infração penal ou não, desde que esse ato seja uma agressão a um direito fundamental.
Para Benjamin Mendelsohn, considerado por muitos o Pai da Vitimologia Moderna, vítima: “é a personalidade do indivíduo ou da coletividade na medida em que está afetada pelas consequências sociais de seu sofrimento, determinado por fatores de origem muito diversificada: físico, psíquico, econômico, político ou social, assim como do ambiente natural ou técnico”. 
A vitimóloga Ana Isabel Garita Vilchez define vítima como “a pessoa que sofreu alguma perda, dano ou lesão, seja em sua pessoa propriamente dita, sua propriedade ou seus direitos humanos, como resultado de uma conduta que: a) constitua uma violação da legislação penal nacional; b) constitua um delito em virtude do Direito Internacional; c) constitua uma violação dos princípios sobre direitos humanos reconhecidos internacionalmente ou d) que de alguma forma implique um abuso de poder por parte das pessoas que ocupem posições de autoridade política ou econômica”. 
Para Paul Z. Separovic, vítima é “qualquer pessoa física ou moral, que sofre com o resultado de um desapiedado desígnio, incidental ou acidentalmente”. 
Por fim, Luis Rodríguez Manzanera ensina que “vítima é o indivíduo ou grupo que sofre um dano, por ação ou por omissão, própria ou alheia, ou por caso fortuito”. 
Lembra a doutrina que a vítima, desde meados dos anos 50 do século XX, vem convertendo-se em pilar básico do sistema penal. Contudo, na análise de sua historiografia,contata-se que ela passou por um longo período de esquecimento, sendo totalmente estranha ao sistema penal. 
 
OBS: O modelo de direito penal retribucionista, tem por característica a MARGINALIZAÇÃO da vítima.
Três são as fases nas quais a vítima é envolvida (ou não) no cenário do crime: 
1 - Idade do ouro; 
2 - Neutralização da vítima; 
3 - Vitimologia e o redescobrimento da vítima. 
A primeira, conhecida como “a idade de ouro”, a vítima é protagonista, comandando o sistema de vingança privada. A vítima (ou sua família) ditava a punição do agressor. 
OBS: A vítima era muito valorizada na pacificação social dos conflitos.
Na fase da neutralização, temos a marginalização da vítima do conflito delitivo. 
OBS: Com o monopólio do estado na aplicação da lei (e da pena), assumiu um papel de neutralização da vítima.
Na 	terceira 	fase, 	temos 	o redescobrimento 	da 	figura 	da 	vítima integrando a interação com o delinquente e sendo objeto de preocupação do sistema penal. 
OBS: na segunda metade do séc. XX, a vítima é novamente descoberta sob um prisma humanista.
A vítima acabava sendo vitimizada novamente, sendo esquecida. O direito penal pensando apenas em punir e deixando a vítima no esquecimento.
DETALHE IMPORTANTE: O movimento vitimológico surgiu no período do pós-guerra e tinha como norte a defesa dos mais fracos, excluídos, das minorias, ou melhor, dos vulneráveis que necessitavam de proteção especial, e se fortaleceu ainda mais nos anos 70 e 80 quando houve um progresso da psicologia social por meio de estudos científicos que forneceram referenciais teóricos com base empírica. 
A importância foi de tal ordem que ganhou status de ciência. 
VITIMOLOGIA: 
Estudo da vítima no que se refere a sua personalidade, quer do ponto de vista biológico, psicológico e social, quer o de sua proteção social e jurídica, bem como dos meios de vitimização e aspectos interdisciplinares e comparativos.
São objetos da Vitimologia: 
Estudo da personalidade da vítima, tanto vítima de delinquente, ou vítima de outros fatores, como consequência de suas inclinações subconscientes. 
Descobrimento dos elementos psíquicos do "complexo criminógeno" existente na "dupla penal", que determina a aproximação entre a vítima e o criminoso (quer dizer: "o potencial de receptividade vitimal”). 
A relação existente entre a vítima e infrator, passou a ser chamada pela doutrina de “dupla penal”.
Importante consignar que, na maioria dos casos, a dupla penal é caracterizada pela contraposição delinquente x vítima, ou seja, as circunstâncias relacionadas ao crime deixam bastante claro que a vítima impôs resistência, não colaborando com o resultado delituoso. 
Em outras hipóteses, entretanto, o que se verifica é que a dupla penal não é tão contraposta 	assim, 	isto é, a vítima desempenha um papel coadjuvante (às vezes até inconsciente) no desfecho do delito. 
Nesse caso a Dupla penal a vontade do agressor e vontade da vítima são convergentes.
ATENÇÃO: a análise do papel desempenhado pela vítima no contexto criminoso é de fundamental importância.
Verificando se sua participação inconsciente no delito ou sua culpa, o crime pode se tornar irrelevante ou mesmo deixar de existir. 
Nesse tanto, a doutrina lembra de duas correntes da vitimologia: a CLÁSSICA e a SOLIDARISTA OU HUMANITÁRIA 
A 	vitimologia 	clássica (ou convencional) transfere para a vítima a responsabilidade pela origem da infração. 	
OBS: Tem como característica mais marcante concentrar suas investigações nos crimes comuns e uma tendência em considerar a vítima como responsável.
No modelo solidarista ou humanitário, promove-se um giro de compreensão à medida que reparte com a vítima o trauma do crime. 
OBS: O modelo solidarista ou humanitário reafirma todos os direitos e garantias fundamentais da vítima.
São objetos da Vitimologia: 
Análise da personalidade das vítimas sem intervenção de um terceiro (estudo que tem mais alcance do que o feito pela criminologia, pois abrange assuntos tão diferentes como os suicídios e os acidentes de trabalho). 
Estudo dos meios de identificação dos indivíduos com tendência a se tornarem vítimas. 
 
Busca dos meios de tratamento curativo, a fim de prevenir a recidiva da vítima. (Deixar de ser vítima)
 
Além da análise do comportamento da vítima (em especial antes e durante o evento criminoso), outro aspecto que merece atenção é aquele relacionado à palavra da vítima como prova judiciária.
No processo penal a palavra da vítima é valorada como qualquer outra prova, não vale mais, nem menos, não deve ser encarada como prova absoluta, ou imprestável. O juiz sem ignorar o tipo de crime e sua forma de execução, deve averiguar se a palavra da vítima é convincente, somente assim ele irá proferir uma decisão justa.
 
Para Benjamin Mendelsohn, as vítimas podem ser classificadas da seguinte forma: 
Vítima completamente inocente ou vítima ideal: “é aquela que não tem nenhuma participação no evento criminoso”. 
O delinquente é o único culpado pela produção do resultado.
Ex: Sequestro, Roubo, vítima de bala perdida.
Vítima menos culpada do que o delinquente ou vítima por ignorância: é aquela que “contribui, de alguma forma, para o resultado danoso. 
Ora frequentando lugares reconhecidamente perigosos, ora expondo objetos de valor em cidades grandes e criminosas.
Vítima tão culpada quanto o delinquente: é aquela cuja participação ativa é imprescindível para a caracterização do crime. 
Ex: estelionato onde a vítima também age com má fé, torpeza bilateral. Bilhete premiado.
Vítima mais culpada que o delinquente ou vítima provocadora: 
Ex: Homicídio privilegiado, agindo o agente dominado por violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima.
Pai que mata estuprador da filha.
Vítima como única culpada, cujos exemplos apontados pela doutrina são os seguintes: “indivíduo embriagado que atravessa avenida movimentada vindo a falecer atropelado, ou aquele que toma medicamento sem atender o prescrito na bula, as vítimas de roleta-russa, de suicídio, etc.”. 
OBS: A culpa da vítima não isenta o autor, salvo quando a única culpada. Poderá interferir na fixação da pena.
Para o professor alemão Hans Von Hentig, as vítimas podem ser classificadas como: 
Vítima resistente: cujo principal exemplo mencionado pela doutrina é aquele que, agindo em legítima defesa, repele uma injusta agressão atual ou iminente. 
Vítima coadjuvante e cooperadora: é aquela que concorre para a produção do resultado, seja devido à sua imprudência, negligência ou imperícia, seja por ter agido com má-fé. (abrange a vítima com pouca culpa, com a mesma culpa, com mais culpa que o autor)
 
De acordo com o professor Luis Jimenez de Asúa, as vítimas podem ser classificadas da seguinte maneira: 
Vítima indiferente: é aquela que se pode chamar de vítima comum.
Desconhecida pelos criminosos
Vítima indefinida ou indeterminada: “é a chamada vítima da sociedade moderna, do desenvolvimento e do progresso científico.
(Terrorismo, o crime atinge a coletividade geral e o indivíduo em particular) 
Vítima determinada: “é aquela conhecida do agente.
Ex: Extorsão mediante sequestro, homicídio com vingança.
Para Guglielmo Gulotta, advogado, psicólogo e professor de Psicologia Forense da Universidade de Turim, as vítimas se classificam em: 
Vítima falsa: simulada ou imaginária. 
Vítima falsa simulada: É aquele que atua conscientemente ao provocar o movimento da máquina judiciaria com o desejo de gerar um erro judiciário.
Vítima falsa imaginária: É aquela que erroneamente crê por razoes psicopatológicas ou por imaturidade psíquica haver sido objeto de crime.
Vítimas reais: fungíveis ou não fungíveis. 
Vítimas reais 	fungíveis: 	também chamadas de inteiramente inocentes ou vítimas ideais, o fato delitivo não se desencadeia com base em sua intervenção, consciente ou inconsciente. 
Acidentais: são colocadas por azar no caminho dos delinquentes. 
Indiscriminadas:não apresentam qualquer vínculo com o infrator. Ex: Vítima de atentado terrorista.
Vítimas 	reais 	não 	fungíveis: desempenha certo papel na gênese do delito. Daí serem consideradas insubstituíveis na dinâmica criminal. 
Imprudente: Omitem precauções elementares, facilitando a ocorrência do delito. Ex: Vidro aberto no semáforo, braço pra fora com Rolex.
Alternativa: Deliberadamente se colocam em posição de vítima. Ex: pessoas que combinam duelo.
Provocadora: fazem surgir o delito, precisamente como represália ou vingança pela prévia intervenção da vítima.
Voluntária: o delito é resultado de instigação da própria vítima. Ex: eutanásia.
Por fim, de acordo com o professor de Vitimologia Elias Neuman, as vítimas podem ser classificadas em: 
Vítimas 	individuais: 	são 	as 	vítimas clássicas, ou seja, aquelas resultantes das primeiras 	investigações vitimológicas baseadas na chamada dupla penal. 
São todas as pessoas físicas que figuram no polo passivo de um crime.
Vítimas familiares: são aquelas decorrentes de maus-tratos e de agressões sexuais produzidas no âmbito familiar ou doméstico, as quais recaem, geralmente, nos seus membros mais frágeis, como as mulheres e as crianças. 
Lei Maria da Penha.
Vítimas coletivas: certos delitos lesionam ou põem em perigo bens jurídicos cujo titular não é a pessoa física. 
Obs: Destaca-se a despersonalização, a coletivização e o anonimato entre o delinquente e a vítima, que pode ser uma pessoa jurídica, a comunidade ou o próprio estado.
Vítimas da sociedade e do sistema social: essa modalidade vem se tornando cada vez mais corriqueira. 
Ex: Mistanásia, mortes diárias nos corredores dos hospitais públicos, devido à falta de leitos.
Homicídios por milícia.
 	Relevante mencionar os aspectos que circundam 	a 	vítima, 	denominados 	de vitimização primária, secundária e terciária. 
Vitimização primária: Decorre do delito;
Vitimização secundária: Decorre do escândalo do processo, “strepitus judici”.
Vitimização terciária: A estigmatização e o abandono que certos delitos trazem a sua vítima.
Ex: Menina de 8 anos é estuprada, (vitimização primária), vai ter que contar, narrar, tudo que aconteceu numa sala para o juiz, promotor, (vitimização secundária), está num abrigo porque o pai e a mãe estão preso (vitimização terciária).
 	
CONTROLE SOCIAL 
Na próxima aula vamos trabalhar as vertentes sociológicas da criminologia, explicações criminológicas a partir das relações e interação do indivíduo com a sociedade. 
 
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