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CISTOS ODONTOGÊNICOS
Os cistos odontogênicos se dividem em dois tipos: Odontogênicos de desenvolvimento e os odontogênicos inflamatórios. Começaremos pelos de desenvolvimento.
CISTO DETÍGERO 
É o cisto odontogênico de desenvolvimento mais comum. É o segundo cisto mais comum entre todos. O mais comum é o periapical, vindo em segundo lugar o dentígero. 
Esse cisto surge durante o desenvolvimento do dente, quando ocorre uma união do epitélio interno com o epitélio externo do órgão dentário. Quando esse epitélio se une ao redor da coroa do dente, ele forma um folículo dentário. Se houver um acúmulo de líquido entre a coroa do dente e o epitélio dentário, esse espaço vai aumentar de tamanho. Esse aumento de tamanho vai originar uma formação cística, que chamamos de cisto dentígero.
Então ele se origina do acúmulo de líquido no epitélio reduzido do órgão dentário e a coroa do dente que está incluso. 
Aproximadamente 20% dos cistos de desenvolvimento são cistos dentígeros. E sua prevalência é maior na região posterior de mandíbula, onde temos mais dentes inclusos (3º molar). Podem surgir também em caninos inclusos. 
Mais comum no sexo masculino. Podem ser sintomáticos, gerando tumefação e dor. Geralmente eles são sintomáticos quando eles estão inflamados. 
Apresenta 3 variantes clínico-radiográficas: Variante central, variante lateral e variante circunferencial. 
A variante central: Estará no centro da coroa do dente.
A variante lateral: Estará posicionada lateralmente a coroa do dente. 
A circunferencial: Ela de certa forma, chega a envolver o dente.
 
Na imagem radiográfica observamos um cisto dentígero de variante central. Na figura ao lado, observamos uma ilustração em que o 1- corresponde a variante central, 2- variante lateral e 3-variante circunferencial. 
Para descrever o cisto, dizemos que vemos uma Lesão cística revestido por epitélio estratificado pavimentoso. Pode apresentar de 3 a 5 camadas de epitélio. Não apresenta inserções na interface epitelio-conjunto, apresentando assim uma interface plana.
Alguns casos pode haver presença de células epiteliais mucosas. A cápsula é formada por tecido conjuntivo fibro-vascular com leve inflitrado inflamatório, contendo células mononucleares, típicas de inflamação crônica. 
Tratamento: 
Consiste na enucleação cirúrgica da lesão e o prognóstico é excelente após remoção do cisto. 
O diagnóstico diferencial pode ser o tumor odontogênico ceratocístico com os ameloblastomas uniloculares e outros tumores odontogênicos ou não odontogênicos. 
CISTO DE ERUPÇÃO
Recebe esse nome porque ser formado durante a erupção. Também é chamado de hematoma de erupção. O seu processo de formação é muito parecido com o do cisto dentígero, so que nesse caso, o dente está erupcionando e ocorre um acúmulo de líquido entre o folículo dentário e o dente que esta erupcionando.
É um cisto de tecidos moles. Ocorre mais nas primeiras décadas de vida quando os permanentes estão erupcionando. É uma tumefação de consistencia amolecida, podendo ser solitários ou únicos. 
O aspecto arroxeado da lesão pode ser sugestivo de hemorragia, trauma do elemento, trauma da própria mastigação ou uma pancada pode dar origem a este cisto. A coloração não é obrigatória, mas há na maioria.
Histologia: Lesão cística revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado com projeções arciformes, presença de exocitose – células inflamatórias saindo do conjuntivo para o epitélio. Capsula de tecido conjuntivo fibrovascular. 
Tratamento: Abertura da lesão para erupção do elemento acometido, incisão local – na região de incisal/oclusal e tem prognostico ótimo.
Cisto periodontal Lateral 
Incomum, correspondendo a menos de 2% dos cistos, situado na região lateral periodontal, com maior prevalência em caninos, 1ºs pré-molares e incivos, é assintomático e surge mais a partir da quinta década de vida. 80 – 75% dos casos acontecem na arcada inferior nos dentes antes ditos. Os dentes não precisam estar desvitalizados para que este cisto ocorra, sua origem é derivada de remanescentes epiteliais que proliferaram.
Radiograficamente: Lesão simétrica, bem delimitada, ovalada, unilocular, área radiolúcida entre as raízes dos pré-molares. É uma lesão relativamente bem pequena. 
Histologia: Cavidade revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado com espessamentos nodulares – enovelamento ou formas de redemoinhos, células claras cheias de glicogênio predominantemente na camada basal, capsula de tecido conjuntivo fibrovascular. 
Imagem macroscópica: Esse cisto é uma variação do cisto periodontal lateral, Cisto multilocular ou Botrioíde – aspecto de cacho de uva. 
Histologia do botrioíde: Cavidade cística revestida por epitélio pavimentoso estratificado com capsula de tecido fibrovascular, há células claras na camada basal também, igual ao cisto periodontal lateral. Múltiplas cavidades císticas revestidas por epitélio, pode haver diversas cavidades císticas microscópicas.
Tratamento: Enucleação cirúrgica, para o botrioíde pode haver recidivas de 15-20% dos casos, por causa dos cistos microscópicos encontrados.
Diagnostico diferencial: com cisto radicular lateral ou cisto residual se a área estiver sem presença de dentes.
É mais fácil remover uma lesão unilocular ou multilocular? Unilocular. Porque a multilocular pode ter microcísticos não visíveis clinicamente, que podem ficar no local e provocar recidiva da lesão.
Então as recidivas dos cistos odontogênicos botrioides são mais comuns que do cisto periodontal lateral.
Tratamento: enucleação cirúrgica (remocção total). A recidiva varia de 15 a 20% dos casos.
Diagnóstico diferencial: cisto radicular lateral; cisto residual (se a área tiver edêntula).
CISTO GENGIVAL DO ADULTO
É uma contraparte em tecidos moles do cisto periodontal lateral (atinge tecido duro). 
É incomum. Mais incomum que o periodontal lateral. Ocorre na mesma região, só que em tecidos moles.
Área de canino e pré-molar inferior, na mucosa alveolar.
É uma lesão pequena, assintomática. O paciente vai apenas notar um pequeno aumento de volume.
Macroscopicamente: lesão nodular de base séssil, aproximadamente 0,5cm, de consistência borrachóide, elástica ou amolecida. Normocorada.
Histopatologicamente: lesão cística revestida por Ep. Pavimentoso Estratificado não ceratinizado com interface plana. A cápsula é de TC fibrovascular frouxo, com leve infiltrado inflamatório. Pode acontecer hemorragia intratecidual.
Tratamento e Prognóstico: o tratamento é a remoção cirúrgica e o prognóstico é excelente. Não apresenta recidivas.
CISTO GENGIVAL DO RECÉM-NASCIDO
É bastante comum em recém-nascidos, mas só dá para observar nos primeiros dias após o nascimento, depois ela se resolve espontaneamente.
É uma alteração pequena, superficial, ocorre na mucosa alveolar edêntula em 50% dos recém-nascidos.
Essa alteração é derivada dos processos de formação da mucosa, ficam espaços que dão origem a essas alterações que depois vão se abrir na superfície e se juntar com o epitélio de superfície, como se fosse uma marsupialização.
Regiões esbranquiçadas de tamanhos variados, mas sempre pequenos. O diagnóstico é clínico.
Histopatologicamente: lesão cística revestida por Ep. Pavimentoso Estratificado não ceratinizado, com um material no interior formado por células descamadas, acumulo de liquido do plasma...
Normalmente essa cavidade se abre na superfície e o epitélio cístico vai se transformar no epitélio de mucosa, e o conjuntivo corrige o “buraco”.
CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR
Tem esse nome porque lembra um tecido glandular, porém é odontogênico. Refletindo a pluripotencialidade do tecido odontogênico.
Esse cisto pode apresentar um comportamento bastante agressivo, se assemelhando a tumores odontogênicos como o ameloblastoma, por exemplo.
A grande maioria dos casos acontece na região anterior de mandíbula, região dos incisivos.
É mais comum na 5° década, o tamanho é bastante variável (desde lesões pequenas até lesão muitograndes, que causam reabsorção óssea, radicular, deslocamento das raízes, comprimento da cortical).
Clinicamente: lesão difusa em região de gengiva inserida em mandíbula anterior, coloração azulada, endofítica.
Radiograficamente
Lesão radiolúcida mal delimitada, unilocular, reabsorção radicular, reabsorção óssea muito extensa com comprometimento da cortical. 
Histopatologicamente: essa lesão é revestida por epitélio pavimentoso estratificado ciliado (? – confirmar). Há casos que podem ser colunar ou cilíndrico. Presença de espaços dentro do epitélio revestidos por células cuboides, se assemelhando a ductos de glândulas, por isso que é chamado de Cisto Odontogênico Glandular. O que se supõe até hoje é que é de origem odontogênica.
 Tratamento
	Enucleação cirúrgica ou curetagem. Dependendo da lesão, pode-se fazer ressecção em bloco (quando retira um bloco da mandíbula, por exemplo. Não se tira apenas a lesão, é maior do que a enucleação, tem mais margem e, não acompanha o formato da lesão) por conta da agressividade da lesão. Cresce bastante, chance de recidiva (30% dos casos). 
Diagnóstico diferencial: cisto periodontal lateral; cisto dentígero; carcinoma mucoepidermoide cístico intraósseo.
CISTO PARADENTÁRIO
	É um Cisto odontogênico inflamatório, como o radicular periapical. Localiza-se lateralmente. Origina-se geralmente próximo a um dente semi erupcionado, normalmente no 3º molar. A reação inflamatória que se forma no capuz pericoronário, chamado de periocoronarite, pode dar origem a um cisto Paradentário. 
Etiologia: Ocorre a proliferação epitelial proveniente dos restos epiteliais de Malassez, surge na região disto vestibular de 3ª molares inferiores parcialmente erupcionados ou na superfície disto vestibular dos 1º e 2º molares em crianças DURANTE o processo de erupção, não ocorre em dentes inclusos como no dentígero. 
	Sendo um cisto inflamatório semelhante ao periapical, vai ter as mesmas características histopatológicas do periapical.
Radiograficamente: Lesão radiolúcida ( não é totalmente radiolúcida porque tem o resto de trabeculado ósseo fora do cisto ).
Histopatologicamente:
Lesão cística revestida por epitélio pavimentoso estratificado não ceratinizado que exibe projeções arciformes para o conjuntivo. 
Cápsula: tecido conjuntivo fibrovascular com infiltrado inflamatório (pode ser qualquer um dos três, geralmente o que é proveniente da periocoronarite é intenso). 
Presença Cristais de colesterol e calcificações (corpúsculos de Ruston) que podem estar no epitélio do cisto periapical ou paradentário – que são cistos inflamatórios.
Obs: o outro corpúsculo que é proveniente do plasmócito é chamado de Corpúsculo de Russel.
Obs 2: Essa lesão geralmente está apenas na região superficial.
Tratamento
Enucleação cirúrgica da lesão, sem precisar tirar o dente, geralmente. 
O termo cisto paradentário algumas vezes tem sido utilizado como sinônimo do cisto da bifurcação vestibular.
Essas lesões tipicamente ocorrem na região distal ou vestibular de um terceiro molar inferior parcialmente erupcionado com uma história de pericoronarite. A patogênese do assim chamado cisto paradentário é incerta.
Fig. 15-49 Cisto da bifurcação vestibular. Imagem radiolúcida unilocular bem circunscrita superposta às raízes do primeiro molar inferior permanente
Fig. 15-50 Cisto da bifurcação vestibular. Radiografia oclusal da
lesão mostrada na Fig. 15-49. Note o deslocamento lingual das raízes do primeiro molar permanente.

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