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Caso 2 Resolvido

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE __________.
Antonia Moreira Soares, casada, médica, portuguesa, portadora do RG nº __, inscrito no CPF sob nº____, residente e domiciliada (endereço completo) por seus advogados que esta subscrevem, com procuração anexa e endereço profissional (endereço completo) para fins do Art. 77, V, NCPC, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO COM PARTILHA DE BENS C/C PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR LIMINARMENTE em face de Pedro Soares, brasileiro, dentista, casado, portador do RG. Nº_____, CPF nº _____, com fulcro no Art. 300, CPC pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
I – DOS FATOS
As partes contraíram matrimônio sob o regime de comunhão parcial de bens e vivem há 30 anos na constância desse casamento. Dessa união, nasceram dois filhos, Joaquim e Maria das dores, ambos maiores e capazes. Também construíram um vasto patrimônio fruto do esforço comum do casal e que não se consegue mensurar nesse momento da ação.
Ocorre que a autora descobriu que o réu está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da autora em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal.
Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro.
Desta feita, é a presente para requerer o divórcio, bem como a partilha dos bens amealhados, vez que não há no presente caso, possibilidade de reconciliação e há necessidade de preservar os bens comuns do casal para que a autora tenha garantido os seus direitos ao patrimônio construído por ambos.
II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O Art. 226 da CF/88 que dispões sobre a dissolução do casamento civil é feito pelo divórcio. O Instituto da separação que era exigido pelo Código Civil antes da edição deste artigo pela EC 66/2010, foi suprimido não sendo mais requisito a separação judicial por mais de um ano, ou a separação de fato por mais de dois anos. De modo, que em conformidade com a Constituição Federal/88 em seu Artigo 226, parágrafo sexto, em vigor: “O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”.
Desta feita, perfeitamente cabível a presente ação, pois o pedido está em plena conformidade com a legislação vigente.
II.I – DOS BENS
Na constância do casamento as partes amealharam um grande patrimônio, cuja quantidade precisa não se pode comprovar na propositura desta ação, por necessitar de levantamento prévio e minucioso, sabendo precisar agora somente a existência de dois automóveis da marca Toyota de modelo SW4 e Corola e uma das contas conjuntas em nome das partes que a época da separação somava o valor de R$__, depositado.
Ao contraírem núpcias, as partes elegeram o regime de comunhão parcial de bens, conforme preceitua o art. 1.658 do Código Civil.
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Definido o regime de comunhão, o art. 1.660 do Código Civil, assim dispõe sobre os bens a serem partilhados:
Art. 1660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuge
Ocorre, Excelência, que Pedro, ao saber da decisão da autora de pedir o divórcio manifestou interesse em doar para sua irmã Isabel os dois carros Toyota, citados acima com o objetivo de dilapidar seu patrimônio, se desfazendo dos bens para que não ocorra a divisão dos mesmos mediante a realização do divórcio.
Ainda o réu vem fazendo saques de uma das contas conjuntas em nome das partes, conforme comprovantes do banco em anexo, mais uma vez demonstrando o intuito de se beneficiar e prejudicar a autora
Desta feita, é requer a dissolução da sociedade conjugal com arrolamento de bens e devida meação do patrimônio adquirido na constância do casamento.
III – DO PEDIDO LIMINAR
Cumpre aqui ratificar, que a intenção do réu é muito clara, de dilapidar o patrimônio pertencente as partes para se valer deles após a dissolução do casamento. Neste sentido pugna-se o arrolamento e a indisponibilidade imediata dos bens nos moldes do art. 659 e ss., em razão da necessidade de proteção do direito da autora sob pena de a pretensão jurisdicional não ser eficaz.
O Art. 300, § 2º do NCPC, prevê a possibilidade de concessão de medida cautelar de urgência quando houver elementos que evidencie a probabilidade do direito e o perigo do dano ou o risco ao resultado útil do processo, isto é , requisito do fumus boni iuris que, neste caso, resta verificado no direito certo a meação dos bens adquiridos por esforço comum na constância do casamento e o periculum in mora verificado pela tentativa de dilapidação pelo réu, do patrimônio pertencente conjuntamente às partes.
Nesse sentido, jurisprudência transcrita abaixo:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE ARROLAMENTO DE BENS. BLOQUEIO DE METADE DOS VALORES EXISTENTES EM CONTAS CORRENTES, APLICAÇÕES E INVESTIMENTOS. PRESENÇA DO FUNDADO RECEIO DE EXTRAVIO OU DISSIPAÇÃO DOS REFERIDOS VALORES. CONFIGURAÇÃO DO 'FUMUS BONI IURIS' E DO 'PERICULUM IN MORA'. RECURSO PROVIDO EM PARTE. O bloqueio de 50% (cinquenta por cento) dos valores existentes em contas-correntes, investimentos e aplicações do cônjuge, em ação cautelar de arrolamento e bloqueio de bens, ainda que em sede liminar, é medida que se impõe, quando se concluir pela possibilidade de que uma das partes, antes do julgamento da lide, possa extraviá-los ou dissipá-los, causando ao direito da outra lesão grave ou de difícil reparação, com a possibilidade de vir a tornar inócuo o julgamento de mérito a ser proferido na ação principal.
(TJ-MG - AI: 10188120018604001 MG, Relator: Peixoto Henriques, Data de Julgamento: 08/10/2013, Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 11/10/2013)
Desta forma, reque seja concedida liminar para o arrolamento imediato e a indisponibilidade dos bens, para o bloqueio de 50% dos valores referente a conta conjunta das partes, bem como impedimento para que o réu faça doação dos automóveis Toyota SW4 e Corola a sua irmã.
IV – PEDIDOS
Ante o exposto, requer se digne Vossa Excelência:
a) A concessão da liminar ora pleiteada, para o arrolamento imediato e a indisponibilidade dos bens, para o imediato bloqueio de 50% do valor de tudo que fora construído como patrimônio na constância da sociedade conjugal das partes;
b) citação do Requerido, para, querendo, contestar no prazo de 15 (quinze) dias;
c) tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espirito conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, a Requerente desde já, nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil, manifesta interesse em auto composição aguardando a designação de audiência de conciliação
e) a condenação do Requerido ao pagamento de custas e honorários por ter dado causa à presente demanda litigiosa.
f) a oitiva do Ministério Público.
g) ao final, seja julgada procedente a presente ação, com a decretação do divórcio do casal e, após as formalidades legais, a expedição de mandado de averbação e de formal de partilha, extinguindo o processo com resolução de mérito nos termos do art. 487, I do CPC.
Protesta por provar o alegado por meio de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial, além da juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários.
Dá-se à causa o valor de R$1.000,00
Termos em que,
pede deferimento.
Local, ___de____ de ______
____________________________
ADVOGADO
OAB/__ Nº__
Equipe nº02:
Caroline
Erica Gonçalves
Nadir Lucia
Sidiel

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