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UMA INTRODUÇÃO À 
FARMACOLOGIA 
DEFINIÇÃO DE FARMACOLOGIA: 
Estudo dos efeitos das substâncias químicas 
sobre a função dos sistemas biológicos. 
Histórico do uso de Plantas medicinais 
 
 
A utilização de produtos naturais, particularmente da flora, com fins medicinais, 
nasceu com a humanidade. 
 
Indícios do uso de planta medicinais e tóxicas foram encontrados nas civilizações 
mais antigas. 
 
 Manuscrito Egípicio: “Ebers Papirus”, de 1.500 a. C. 
 
 
Informações sobre 811 prescrições e 700 drogas. 
E algumas dessas plantas ainda são utilizadas, como: 
 
Ginseng (Panax spp.), 
Ephedra spp., 
• No início: limitava-se a compreensão dos efeitos das substâncias naturais 
1.500 a. C. 
século 
XIX 
... 
Até o século XIX os 
recursos 
terapêuticos eram 
constituídos 
predominantemente 
por plantas e 
extratos vegetais. 
Final do 
século XIX e 
início XX, 
inicia-se a 
tendência 
de se isolar 
os 
princípios 
ativos. 
século 
XX 
século 
XXI 
Metade do 
Sec. XX: 
Indústria dos 
sintéticos!!! 
UM POUCO DA HISTÓRIA: 
Um pouco da história 
 
- Filósofo grego Sócrates: “Que me tragam se está moído, senão que 
o moam”. 
Cicuta maculata 
 (Apiaceae) 
 A coniina 
Lema: "Conhece-te a ti mesmo” 
- Em 1805 – Sertürner relata o principium somniferum. 
- Em 1923 – Robinson e Gulland identificam a estrutura da morfina. 
 O ópio 
Papaver sominiferum 
- Papoula 
- Planta fornecedora do ópio 
- O ópio é um produto usado medicinalmente há 
séculos no oriente. 
- O ópio contém vários alcalóides. 
- Alcalóides importantes do ópio: Morfina, papaverina e 
codeína. 
 
Morfina Papaverina Codeína 
Um pouco da história 
A morfina: 
 -É o agente do ópio responsável pela atividade anestésica e 
 hipnótica. 
 -Tem um grande inconveniente: provoca dependência física. 
 -Atualmente, seu uso só é admitido em casos terminais de câncer
 
Na tentativa de se obter um produto que aliviasse a dor, sem inconveniente de 
dependência, o químico inglês Alder Wright sintetizou em 1874 a diacetilmorfina. 
O laboratório Bayer registrou o produto com o nome Heroína para comercialização como 
produto substituto da morfina e não indutor de dependência. 
Posteriormente, verificou-se que a heroína é mais prejudicial que a própria morfina. 
Em 1914, proibiu-se o seu uso. 
Hoje, é um dos graves problemas de drogas de uso abusivo. 
A codeína: 
 -É muito usada em xaropes e outras formas farmacêuticas contra a tosse, 
 inclusive para o tratamento de crianças. 
 -Como efeito colateral, ela provoca sonolência. 
 
 
A papaverina: 
 - Possui atividade vasodilatadora na insuficiência circulatória cerebral e 
 relaxante muscular da musculatura lisa. 
A partir de Produtos Naturais 
OHO OH
H
N
H3C
Morfina 
Papaver somniferum 
Friedrich Sertürner (1806) 
(1) 
Morfina 
(2) 
Codeína 
 Precursor biogenético da morfina; 
Preparada, em 1832, a partir da morfina; 
 Antitussígeno. 
(3) 
Heroína 
 Preparada, em 1874, a partir da morfina 
 (Hoffman); 
 Comercializada pela Bayer (1898) como 
 antitussígeno. 
 10  mais potente do que morfina. 
(4) R = CH3 – Oximorfona 
Chem. Commun., 2002, 1159–1168; Quimica Nova, 29, 326-337, (2006); Quimica Nova, 32, 679-688, (2009); 
http://pubs.acs.org/cen/coverstory/83/8325/8325morphine.html 
OAcO OAc
H
N
H3C
OHO O
H
N
R
OH
 Antagonista da morfina. 
(5) R = CH2CHCH2 – Naloxona 
OH3CO OH
H
N
H3C
N
HN
CH3
N
CH3
CH3
Cl
Quinina 
(6) 
Quinina 
 Fábrica de extração em Paris (1840); 
 Primeira síntese em 1944; 
 Por 300 anos foi o único medicamento 
ativo contra a malária. 
Pelletier & Caventou (1820) 
(7) 
Cloroquina 
(9) 
Mefloquina 
Cinchona succirubra 
Angew. Chem. Int. Ed., 44, 854-885 (2005); Quimica Nova, 29, 326-337, (2006); Quimica Nova, 32, 679-688, 
(2009); http://pubs.acs.org/cen/coverstory/83/8325/8325quinine.html 
(8) 
Primaquina 
N
CF3
CF3
HO
N
H
N
H3CO
N
H
H
HO
N
H3CO
HN
CH3
NH2
Ácido acetilsalicílico 
(12) 
Ác. Acetilsalicílico 
Johann A. Buchner (1828) 
Salix Alba 
OH
O
glicose
(10) 
Salicilina 
(11) 
Ácido salicílico 
 Preparado a partir do fenol em 1860 (Kolbe); 
 Antipirético; 
 1ª fábrica para produção de salicilatos. 
 Sintetizado em 1898 (Hoffman); 
Comercializado pela Bayer com o 
 nome de Aspirina® (1897). 
 Analgésica e antipirética. 
Quimica Nova, 29, 326-337, (2006); Quimica Nova, 32, 679-688, (2009); 
http://pubs.acs.org/cen/coverstory/83/8325/8325quinine.html 
OH
OH
O
OH
O
O
CH3
O
H3C
O OH
CH3
O
H
OAcOBz
AcO
CH3
CH3
O
ON
H
O
OH HO
Taxol 
Taxus brevifolia 
(1967) 
Wall e Wani 
(13) 
Taxol® 
 Estrutura descoberta em 1971; 
Atividade anticâncer; 
 Escassez de fonte natural; 
 Alta complexidade química. 
Outros taxanos naturais mais abundantes 
 Permitiu semi-síntese do taxol; 
 Estimulou novas sínteses; 
 1993: taxol é obtido em escala industrial (BMS); 
 Venda em 2000: $ 1,6 bilhões. 
Quimica Nova, 29, 326-337, (2006); Quimica Nova, 32, 679-688, (2009); 
http://pubs.acs.org/cen/coverstory/83/8325/8325taxol.html 
(R = H: 10-desacetil-bacatina, 10-DAB) 
H3C
O OH
CH3
O
H
OAcOBz
RO
CH3
CH3
HO
HO
Descobertas ao Acaso 
Penicilina 
Alexander Fleming (1928) Cultura de Staphylococcus contaminada 
com Penicillium chrysogenum 
Antibióticos -lactâmicos 
(29) 
Penicilina G (1932) 
Quimica Nova, 29, 326-337, (2006); Quimica Nova, 32, 679-688, (2009) 
N
S
H
N
O
O
CO2H
CH3
CH3
H H
N
S
H
N
O
R
O
CO2H
CH3
CH3
H H
N
O
N
Cl
Benzodiazepínicos 
(33) (34) 
1955 
(Roche) 
(33) (34) 
 Sem atividade ansiolítica 
D. S. Fries, in Principles of Medicinal Chemistry (1995), 4th Ed., pp. 247–269; Chem. Commun., 2002, 
 1159–1168 
N
O
N
NR2
N
N+
O-
Cl
N
N+
O-
NR2
Cl
N
N+
O-
N
CH3
H
Benzodiazepínicos 
(35) 
1957 
 Propriedade: sedativa, relaxante muscular, 
 ansiolítica e anticonvulsivante; 
 Baixa toxidade. 
(35) 
Clordiazepóxido 
Librium® 
(1960) 
(36) 
Diazepam 
Valium® 
(1963) 
Walter Sneader, in Drug Discovery: A History (2005), pp. 410–425 
Cl N
+
N
N
H
CH3
O-
Cl N
N
O
H3C
HN
N N
N
H
N
O
O
(39) 
Sildenafil 
Viagra® 
(Pfizer – 1998) 
Sildenafil 
Clinical Science, 99, 255–260 (2000); http://pubs.acs.org/cen/coverstory/83/8325/8325viagra.html 
HN
N N
N
O
H2N
O
O
P
O
OH
O
O
GMPc (37) 
Zaprinast 
(IC50  2,0 M) 
HN
N
N
N
O
O
Me
Me
 
(38) 
(IC50 0,3 M) 
HN
N
N
N
O
O
Me
S
N
N
Me
O
O(IC50 3,5 nM) 
(40) 
Vardenafil 
Levitra® (Bayer) 
(41) 
Tadalafil 
Cialis® 
(Lilly) 
N
N
N
H
O
O
CH3
O
O
2003 
HN
N
N
N
O
OEt
CH3
S
N
O
O
N
A grande descoberta: O brilhante efeito secundário 
 
Inicialmente indicado para o tratamento da hipertensão pulmonar e da angina de peito, o Sildenafil começou 
a ser estudado pela farmacêutica Pfizer no final da década de 80. O que a Pfizer não poderia prever é que 
nos ensaios clínicos viria a verificar-se que o medicamento tinha um brilhante efeito secundário: induzir a 
ereção. 
 
O ingrediente ativo do Viagra tem propriedades vasodilatadoras e de relaxamento dos músculos lisos, motivo 
pelo qual pensava-se que era eficaz para o tratamento de doenças coronárias e pulmonares. Na fasede 
ensaios clínicos in vivo – em humanos – um grupo de pessoas foi submetida ao tratamento monitorizado com 
Sildenafil para angina de peito e hipertensão pulmonar. Surpreendentemente os pacientes do sexo masculino 
começaram a reportar como efeito secundário no estudo a indução da ereção. 
 
Na verdade, nessa altura o Sildenafil revelou-se mesmo menos eficaz no tratamento da angina de peito. Esta 
descoberta inesperada foi aproveitada pela Pfizer para iniciar estudos e testes para lançar e patentear o 
VIAGRA cujo potencial de vendas e facturação não era de desprezar. 
 
Durante os ensaios clínicos do Sildenafil para o tratamento da Disfunção Erétil verificaram-se melhorias 
consideráveis nesta condição na maior parte dos homens. 
No final de março de 1998 o VIAGRA era aprovado para comercialização nos Estados Unidos da América e 
na Europa. 
 
Fonte: https://www.121doc.com/br/disfuncao-erectil/viagra/historia-medica-do-viagra 
Planejamento Racional 
Captopril 
Sérgio H. Ferreira (1968) 
Bothrops Jararaca 
 Veneno  peptídeos que inibem a ECA (fatores potencializadores da bradicinina, FPB)  
 atividade hipotensora; 
Annu. Rev. Biochem., 51, 283–308 (1982); FASEB J., 17, 788–789 (2003); Nature Rev. drug Discov., 2, 
891-902 (2003) 
Estudava os efeitos de peptídeos 
do veneno da jararaca na severa 
necrose tissular e profunda 
hipotermia provocada pela 
picada da serpente. 
(42) 
IC50 = 330 M 
(43) 
IC50 = 22 M 
Carboxipeptidase A 
Zn+2 
+ 
H 
(45) 
IC50 = 0,023 M 
Captopril 
Capoten® (1981) 
(44) 
IC50 = 0,2 M 
Captopril 
Modelo 
Annu. Rev. Biochem., 51, 283–308 (1982); FASEB J., 17, 788–789 (2003); Nature Rev. drug Discov., 2, 
891-902 (2003) 
HO2C N
O CO2H
HS N
O CO2H
HO2C N
O CO2H
CH3
HS N
O CO2H
CH3
O
R1
N
H
O
O
O
R2
O
N
H
N
O CO2H
CH3
O
O
(46) 
IC50 = 2,4 M 
N
H
N
O CO2H
CH3
HO
O
N
H
N
O CO2H
CH3
HO
O
CH3
(47) 
IC50 = 0,09 M 
(48) 
IC50 = 0,0012 M 
Enalaprilat 
(49) 
IC50 = 1,2 M 
Enalapril 
Vasotec® (Biovail, 1988) 
J. Med. Chem., 45, 5609–5616 (2002) 
N
H
N
O CO2H
CH3
HO
O
Cocaína: 
 
- Encontrada na folha de Erythroxylum coca e E. 
novogranatense (Morris) Hieron. var. truxillense 
- Eytroxilaceae 
- Representa 90% dos alcalóides totais da planta 
- Normalmente sob forma de cloridrato, apresenta-se como pó cristalino 
branco ou sem cor, inodoro, de sabor amargo seguido de ação anestésica 
sobre a língua; 
 
cocaína Erythroxylum coca 
Mais alguns! 
Atropina, Hiosciamina e Escopolamina: 
 
 
- Extraídas das folhas e sumidades florais de Atropa belladonna, Datura 
stramonium, Hyoscyamus niger, Brugmansia suaveolens. 
- Solanaceae 
escopolamina 
atropina hiosciamina 
A atropina é uma mistura 
racêmica de (R,S)-
hiosciamina 
Alcaloides do Ergot: 
 
 
- Extraídos de Claviceps purpurea (fungo que parasita cereais, conhecido como 
ergô) 
 
- O “esporão-do-centeio” 
 
ergometrina ergotamina 
- Aplicações: encontrados isoladamente ou associados em medicamentos 
contra enxaqueca. 
 
• A medicina moderna tem os FÁRMACOS como principal instrumento de terapia. 
ATUALMENTE: 
“Substância principal da formulação do medicamento, 
responsável pelo efeito terapêutico. 
Composto químico obtido por extração, purificação, 
síntese ou semi-síntese.” 
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/profissionais/conceitos.htm 
Logo: 
 
- Fármaco possui uma estrutura química definida 
- O fármaco no sistema biológico pode provocar modificações nas funções fisiológicas 
DEFINIÇÃO DE FÁRMACO: 
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES: 
DROGA 
PRINCÍPIO ATIVO 
FORMA FARMACÊUTICA 
POSOLOGIA 
APRESENTAÇÕES 
REMÉDIO 
DOSE 
ÁREAS DA FARMACOLOGIA: 
Mecanismo pelo qual o 
fármaco exerce sua função. 
Estuda o movimento da 
droga no organismo. 
-Farmacocinética 
- Farmacodinâmica 
- Farmacognosia 
- Toxicologia 
Dose 
•Absorção 
•Distribuição 
•Metabolismo 
•Excreção 
Fase II 
(Farmacocinética) 
•Desintegração 
•Dissolução 
Fase I 
(Biofarmacêutica) 
Fase III 
(Farmacodinâmica) 
Interação 
fármaco-receptor 
Efeito 
ÁREAS DA FARMACOLOGIA: 
FARMACOCINÉTICA: 
- Estuda o caminho percorrido pelo fármaco no nosso organismo: 
- Envolve 4 etapas: 
ABSORÇÃO 
DISTRIBUIÇÃO 
METABOLISMO 
ELIMINAÇÃO 
 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
 
 As Bases Farmacológicas da Terapêutica -12ª Ed. Goodman e Gilman 
 Farmacologia , 5ª edição,H P Rang; MM Dale; JM Ritter e PK Moore 
 Eliezer - J-Barreiro - Quimica - Medicinal - As - Bases - Moleculares 
 
 
POR HOJE É SÓ! 
DÚVIDAS ?

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