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07917 Evolução Humana alunos

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
HOMEM E SOCIEDADE 
 Mª Profª Rosângela Bosso 
 
EVOLUÇÃO HUMANA 
 
 
 
AGRADECIMENTOS: 
 
Mª Profª Terezinha Minelli 
 
ALUNO (A) _________________________CURSO:____________________ 
 
PRINCIPAIS VISÕES SOBRE A ORIGEM HUMANA 
 
 
Como o ser humano surgiu? 
 
São perguntas que nos deparamos frequentemente e que são 
profundamente discutidas por diversas ciências, entre elas: 
Antropologia, História, Filosofia, etc.. 
As respostas encontradas são baseadas por duas teorias: Teoria 
Criacionista e Teoria Evolucionista. 
 
CRIACIONISMO 
 
É a primeira forma de compreender a origem humana, seu papel 
histórico dentro do determinismo universal. Esta teoria baseia-se na 
origem do homem através de uma criação Divina. 
Logo no início, o homem era uma criação de diversos deuses (gregos, 
romanos, egípcios), na medida em que a religião passou de politeísta 
para monoteísta, a concepção da criação do ser humano modificou, 
passando a ser obra de um único Deus (Judaísmo, Cristianismo). 
Para os criacionistas, o homem desde seu surgimento tem a mesma 
aparência física e psicológica, sendo parte de um plano superior já 
traçado rumo a um destino específico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUCIONISMO 
 
 
 
O Evolucionismo é uma teoria fundamentada em achados de 
fósseis concretos ou em experiências bio-genéticas realizadas, 
embora eventualmente questionadas em suas conclusões. 
 
 
Esta teoria teve sua origem nos estudos de Jean-Baptiste Lamarck, 
no século XVIII, e retomada por Charles Robert Darwin, no século 
XIX. 
Lamarck, em seu livro Filosofia Zoológica, explicava a origem do 
homem através do princípio evolutivo, com base em duas leis 
fundamentais: Lei do Uso e Desuso e Lei da Transmissão. 
Curiosidade: 
A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. 
Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. 
Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à 
raça humana. 
Criação de Adão, 
Michelangelo (1511) 
 
LEI DO USO E DESUSO: o uso de determinadas partes do corpo do 
organismo faz com que estas se 
desenvolvam, e o desuso faz com que se 
atrofiem. 
LEI DA TRANSMISSÃO DOS CARACTERES ADQUIRIDOS: 
alterações provocadas em determinadas 
características do organismo pela Lei do 
Uso e Desuso, são transmitidas aos 
descendentes. 
 
O erro de Lamarck foi acreditar na Lei da Transmissão de 
Características Adquiridas, pois as características só serão 
transmitidas a partir da mutação genética. 
Charles Darwin buscou em Lamarck para aprofundar seus estudos, 
estabeleceu comparações em espécies aparentadas que viviam em 
diferentes regiões, identificou semelhanças entre animais vivos e em 
extinção. 
Darwin afirmou que todas as espécies vivas resultam de uma 
EVOLUÇÃO ao longo do tempo. Isso significa, que se retornássemos 
em nosso planeta há milhões de anos atrás não encontraríamos as 
espécies conforme as vemos hoje. Cada ser vivo, para chegar até 
hoje, passou por sucessivas e pequenas transformações que 
possibilitaram sua sobrevivência; esse processo de mudanças 
orgânicas ocorre por necessidade de ADAPTAÇÃO AO MEIO. 
Consideremos que as condições do meio como clima, quantidade na 
oferta de alimentos e todas as questões relacionadas às condições 
ambientais, estão em constante mudança. Pois bem, as formas de 
vida existentes precisam acompanhar essas mudanças, estando 
sujeitas – segundo Darwin – a dois destinos: 
a) podem se adaptar e ao longo de muitas gerações apresentarem 
mudanças visíveis; 
b) não conseguem se adaptar, entrando em extinção. 
 
Quais são as espécies que conseguem se adaptar? 
São as que possuem alguns indivíduos do grupo dotados de 
características tais que o permitem sobreviver e gerar uma prole 
(conjunto de filhos/as) que dá continuidade a essas características. 
Os outros indivíduos de sua mesma espécie que não possuam tais 
características, não conseguindo “lutar” pela sobrevivência, têm mais 
chances de morrer sem deixarem descendentes. Assim, após muitas 
gerações, temos uma espécie que já não se parece com seu primeiro 
exemplar. 
A possibilidade da geração de uma prole com características que 
permitam a adaptação ao meio é, para os evolucionistas, chamada de 
“seleção natural” – sobrevivem apenas aqueles indivíduos com 
traços que os permitam a sobrevivência. Ao lado da seleção natural, 
as mutações aleatórias também são responsáveis pelas modificações 
de um organismo ao longo do tempo. 
As alterações podem ser consideradas em intervalos de tempo não 
inferiores a cem ou duzentos mil anos. Portanto, muito além de 
qualquer evento que possamos acompanhar. 
Assim entendemos que a evolução biológica de todas as espécies 
vivas não acontece sem influencia de muitos fatores, não acontece de 
forma “mágica” e independente do tipo de meio e hábitos que 
podemos observar. 
A teoria evolucionista é a explicação da biologia para a origem e 
evolução do ser humano. 
 
"O APARECIMENTO DO HOMO SAPIENS, uma espécie 
que trabalha" 
 
O homem descende do macaco. 
 
Essa foi à afirmação polêmica de Darwin na segunda metade do séc. 
XIX e que dividiu opiniões na sociedade moderna. 
Essa polêmica permanece até hoje, pois encontrou como opositor o 
ponto de vista de uma prática humana muito mais antiga que a teoria 
da evolução: a religião. Não conhecemos nenhuma crença, em 
nenhuma cultura que coincida e concorde totalmente com a 
afirmação de Darwin. 
Pois bem, para pensar como Darwin e a maior parte dos cientistas 
até hoje, esqueça suas crenças. A ciência não reconhece como 
possível a existência de seres superiores que tenham dado origem à 
vida, e muito menos entende que o ser humano é uma espécie 
“privilegiada” ou “superior”, seja pela capacidade de raciocínio, seja 
pela capacidade de criar crenças. 
Os primeiros humanos, chamados cientificamente de 
hominídeos, surgiram das transformações de algumas famílias de 
símios que fazem parte dos chimpanzés. 
 
 
 
Nossa espécie surgiu devido a mudanças biológicas e ao surgimento 
da cultura. Que mudanças biológicas são essas que nos diferenciam 
dos símios? 
 
 O aumento da caixa craniana que nos dotou de um volume 
cerebral muitas vezes maior que o de um macaco. 
 A postura ereta, que possibilita utilizarmos apenas os membros 
inferiores para nos locomover. 
 E o surgimento do polegar opositor, que possibilita a nossa 
espécie da capacidade do chamado “movimento de pinça”. 
 
É a partir dessas três características básicas que desenvolvemos 
inúmeras outras características fascinantes como a capacidade da fala 
ou ainda a de fabricar instrumentos para nossa sobrevivência. 
Mas essas características como inteligência, fala e manuseio não teria 
surgido em nossos ancestrais se não fosse à presença de um tipo de 
comportamento que ajudou a modelar o corpo de nossos ancestrais, 
que é o comportamento baseado na CULTURA, ou seja, a 
necessidade de comunicação, cooperação e divisão de tarefas facilitou 
o desenvolvimento dessas características BIOLÓGICAS. 
 
 Características biológicas: forma, funcionamento e estrutura 
do corpo. É a nossa anatomia, características herdadas 
biologicamente e que não são resultado da nossa escolha 
pessoal. 
 Características culturais: todo comportamento que não é 
baseado nos instintos, mas nas regras de comportamento em 
grupo que nos permite transformar a natureza para a 
sobrevivência (trabalho), e nos permiteatribuir significados e 
sentidos ao mundo através dos símbolos (a cor branco 
simboliza a paz, ou o tipo de vestimenta simboliza status). 
 
Durante muito tempo pensou-se que o ser humano já teria surgido 
plenamente dotado dessas características em conjunto. Hoje, 
sabemos que nossa cultura foi determinante para modelar nossas 
características biológicas ao longo do tempo e vice-versa. 
Nossos ancestrais foram lentamente se transformando em humanos, 
e essa espécie que somos agora, foi aos poucos sofrendo pequenas 
transformações que ao longo de milhões de anos nos diferenciaram 
totalmente de qualquer ancestral símio. 
No início da história humana, nossos ancestrais eram muito 
semelhantes a um macaco. Tinham mais pelos pelo corpo, o cérebro 
era menor e a mandíbula maior. A postura não era totalmente ereta, 
e as mãos não tinham muita habilidade, pois o polegar ficava mais 
próximo dos outros dedos. O tamanho do cérebro foi aumentando 
muito devagar, como também a postura ereta surgiu gradualmente, e 
igualmente o polegar opositor não surgiu repentinamente. 
A cada geração, mudanças muito sutis transformaram a espécie, e 
nesse processo a cultura teve um papel fundamental, pois possibilitou 
ou exigiu que nosso ancestral desenvolvesse comportamentos 
capazes de mudar nossa estrutura biológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curiosidade: 
O surgimento da fala tem relação com duas características que são a posição da laringe 
resultante da postura ereta e a utilização das mãos para trabalhos de fabricação de 
instrumentos. Ao fabricar os chamados instrumentos de “pedra lascada”, nosso 
ancestral permitiu operações mais complexas e passou a utilizar uma área do cérebro, 
que é a mesma que nos permite falar. 
 
É importante compreender que nossa espécie não é fruto de coisas 
inexplicáveis, mas resultado de um longo e lento processo de 
evolução, que significa mudanças ao longo do tempo. 
Essas mudanças por sua vez, são fruto de uma dura luta por parte de 
nossos ancestrais para sobreviver em condições pouco favoráveis e 
convivendo com espécies mais fortes e predadores mais bem 
preparados fisicamente para tal. Nossos ancestrais não tinham a 
mesma caixa craniana que temos hoje, e não eram tão inteligentes; 
não tinham a postura totalmente ereta, e não viviam em cidades. 
Eram mais uma espécie entre tantas outras, e o pouco que puderam 
fazer então determinou sua sobrevivência, e mais que isso, 
determinou COMO somos hoje. 
Sobreviveram lascando uma pedra na outra para conseguir objetos 
pontiagudos e cortantes que serviam como arma de caça, como 
raspador de alimentos ou qualquer utilidade para a vida humana. 
Dormiam em cavernas, ao invés de fabricar abrigos. Durante muito 
tempo o domínio do fogo era um mistério, portanto não comiam 
muitos alimentos cozidos. Nessa época não havia escrita, e os únicos 
vestígios de comunicação encontrados são as pinturas em cavernas 
(arte rupestre) e pequenas estatuetas representando figuras 
femininas. Eram organizados em bandos que praticavam caça e 
coleta, por isso dependiam de deslocamentos constantes em busca de 
alimento. Durante quase quatro milhões de anos sobreviveram dessa 
forma, e nesse período de tempo nossa forma física foi se alterando, 
até que no chamado período “neolítico”. 
A “revolução neolítica” foi um período marcante em nossa 
evolução, principalmente porque o ser humano desenvolveu técnicas 
determinantes para a história de nossa espécie: 
 
 A agricultura e a domesticação de animais, que permitiram o 
sedentarismo (começamos a construir abrigos e povoados ao 
invés de habitar em abrigos naturais). A agricultura e a 
domesticação de animais significaram a garantia de 
alimentação dos grupos humanos, independente do sucesso na 
caça e coleta. Isso permitiu à nossa espécie se fixar por 
períodos prolongados em determinados lugares, formando 
aldeias e também colaborou para o crescimento demográfico. 
 É nesse momento que o ser humano começa a TRABALHAR, e 
não mais viver da caça/coleta que o tornava dependente dos 
recursos nos territórios habitados. 
 
A introdução do trabalho como estratégia de sobrevivência, segue um 
padrão estabelecido em nossa evolução para obter resultados: 
 
 A divisão de tarefas; 
 A cooperação com o grupo; 
 E a especialização. 
 
Essas características são importantes uma vez que possibilita que 
cada um de nós realize apenas um tipo de tarefa. Não é possível 
produzir sozinho tudo que necessitamos em nossa vida. Se não 
tivessem desenvolvido a capacidade de trabalho, baseado nos 
princípios acima, provavelmente, nossos ancestrais não teriam tido 
sucesso em sua evolução, e nenhum de nós estaria aqui hoje, 
compartilhando a condição se HUMANOS. 
Até hoje utilizamos essas habilidades de trabalho em grupo para 
viabilizar nossa existência social. A capacidade de dividir tarefas 
cooperar e se especializar permite atingir objetivos com resultados 
mais efetivos e também possibilita um conjunto social com melhor 
qualidade de vida. 
O conjunto de tudo que o grupo social produz torna viável uma 
existência cultural, nos libertando da “lei da selva”. 
O trabalho humano se fundamenta em características básicas como 
comunicação e cooperação. Fixando-se em um lugar, inaugurando o 
sedentarismo, o ser humano passa a viver em uma sociedade 
organizada. Mais alimentos disponíveis, mais segurança com as casas 
fabricadas, maior permanência do grupo, isso tudo levou a uma 
maior reprodução da espécie. 
Tais condições permitiram aos nossos ancestrais uma organização 
social mais complexa baseada na SOCIEDADE, e não mais em 
bandos. A comunicação também sofre uma revolução que foi o 
surgimento da ESCRITA. 
A partir da escrita e do surgimento das grandes civilizações da 
Antiguidade como: Egito, Grécia e China; conhecemos exatamente 
como a humanidade se desenvolveu. 
Mas para chegar até esse ponto, nossos ancestrais percorreram um 
longo caminho. Ele é o resultado de um processo muito longo no 
tempo, e para os quais foram determinantes: postura ereta, 
capacidade craniana; o polegar opositor; e, a aquisição da fala. 
Entretanto, nenhuma dessas características nos valeria muita coisa se 
não tivéssemos desenvolvido um tipo de comportamento baseado 
em regras de convivência social, divisão de grupos em 
parentesco, divisão do trabalho e uma mente dotada de raciocínio 
lógico e abstrato ligado à criatividade e imaginação. 
Foram nossas capacidades de ORGANIZAÇÃO e COMUNICAÇÃO que 
definiram tal resultado, afastando nossa espécie do comportamento 
instintivo e determinando essa longa e rica viagem chamada 
HUMANIDADE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADES DE ALGUMAS ESPÉCIES 
 
 
 Homo habilis 
 
 
Homo erectus 
 
 
Homo sapiens 
 
 Conseguia fazer utensílios 
de pedra, inclusive armas, 
com as quais podia caçar 
animais, o que lhe permitiu 
incluir a carne na sua dieta. 
 
Descendente direto do Homo 
habilis. Seu corpo e crânio eram 
maiores (cerca de 900 centímetros 
cúbicos). Sabia usar, também, o 
fogo, vivia em cavernas e 
conseguia construir elaborados 
instrumentos de pedra. 
Surgiu acerca de 200 mil anos, a 
caixa craniana media 1.500 
centímetros cúbicos. Ele é o nosso 
antepassado mais próximo, e foi o 
que melhor soube transformar a 
natureza em seu benefício. 
 
 
A Colaboração da Teoria Antropológica Sobre a Visão da 
Biologia e do Evolucionismo 
 
A antropologia defende que a explicação puramente biológica é 
apenas uma parte de nossa complexa evolução – o papeldo 
comportamento cultural também foi determinante para surgimento 
de nossa espécie como é hoje. 
A antropologia afirma que é falsa a afirmação que o ser humano é 
determinado pelo clima ou pela herança genética; sim, as 
populações se adaptam a diferentes meio ambientes para sobreviver, 
mas não é o meio ambiente que determina nosso comportamento; 
sim, cada indivíduo é resultado de uma herança genética, o que não 
significa que é “escravo” dessa herança. 
Voltar às origens da cultura é também voltar à origem da 
humanidade. Ter costumes e hábitos aprendidos é um 
comportamento relacionado com a nossa sobrevivência e evolução 
enquanto espécie. O tema possibilita uma abordagem que ressalta a 
importância da compreensão do ser humano como um ser bio-psico-
social, ou seja, somos seres cujo comportamento é determinado ao 
mesmo tempo: 
 
BIO - por nossas características orgânicas (o tipo de aparelho físico 
que temos e como podemos utilizá-lo); 
PSICO - por nossas experiências pessoais racionais e afetivas de 
mundo e; 
SOCIAL - pelo meio social onde vivemos. 
 
Parece a você que todo ser humano tem como qualidade inata (que 
nos pertence desde o nascimento) certos comportamentos como 
preferir alguns tipos de roupas ou alimentos, e ainda se comunicar 
através desta ou daquela língua? 
Pois a Antropologia, junto com outras ciências como a Arqueologia, a 
Paleontologia e a História, tem explorado profundamente essa 
questão sobre a diferença do Homem em relação ao resto do mundo 
animal que nos cerca. Até o momento puderam concluir que nosso 
comportamento é fruto de um processo histórico no qual BIOLOGIA e 
CULTURA modelaram nossos ancestrais. 
 
CULTURA - como a rede de significados que dão sentido ao mundo que 
cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto 
de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, 
línguas, etc. 
http://www.alunosonline.com.br/filosofia/o-que-e-cultura/ 
 
Esse trabalho conjunto entre nosso desenvolvimento biológico e a 
cultura foram responsáveis por tamanhas mudanças em nossa 
espécie, que hoje achamos um fato “natural” não necessitarmos 
entrar na “luta pela sobrevivência”, na “lei da selva”. 
Quem começou a inventar palavras para dar nomes às coisas, ou 
saber que alimentos são comestíveis e como devemos prepará-los? 
Quem inventou o primeiro tipo de calçado, ou descobriu como 
fabricar o vidro? Enfim, como surgiu a cultura? Que importância 
decifrar esse fato pode ter para nossa compreensão de ser humano? 
Essas questões devem ser respondidas ao longo desse tema. 
Hoje em dia o darwinismo está com uma nova roupagem e temos 
teorias como o pós-darwinismo ou neo-darwinismo, que são 
conseqüência do desenvolvimento de nossa tecnologia de pesquisa, e 
do próprio conhecimento cujas portas foram abertas por Charles 
Darwin para seus sucessores. 
 
 
 
 
 CRIACIONISMO EVOLUCIONISMO 
Deus criou o homem e os 
demais seres vivos já na 
forma atual há menos de 
10 mil anos 
X 
O homem e os demais 
seres vivos são resultado 
de uma lenta e gradual 
transformação que 
remonta há milhões de 
anos 
Os fósseis (inclusive de 
dinossauros) são animais 
que não conseguiram 
embarcar na Arca de Noé 
a tempo de salvarem-se 
do dilúvio 
X 
Os fósseis e sua datação 
remota confirmam que a 
extinção de espécies 
também faz parte do 
processo evolutivo 
Deus teria criado todos os 
seres vivos seguindo um 
propósito e uma intenção 
X 
As transformações 
evolutivas são resultado 
de mutações genéticas 
aleatórias expostas à 
seleção natural pelo 
ambiente 
O homem foi feito à 
imagem e semelhança de 
Deus e, portanto, não 
descende de primatas 
X 
O homem não é 
descendente dos primatas 
atuais, mas tem uma 
relação de parentesco. 
Ambos descendem de um 
ancestral comum já 
extinto (simios) 
A origem da vida ainda 
não é explicada de modo 
satisfatório pelos 
evolucionistas 
X 
Aspectos fundamentais 
envolvendo a origem da 
vida ainda precisam ser 
mais bem esclarecidos, 
mas o método científico e 
não-dogmático é o 
caminho mais adequado 
para atingir esses 
objetivos 
EXERCÍCIOS 
 
01 - Sobre a evolução da espécie humana, podemos afirmar que: 
 
I. O desenvolvimento de habilidades físicas e intelectuais na 
espécie humana deve-se principalmente ao fato de nossa 
hereditariedade garantir aos novos membros da espécie 
características vantajosas como a capacidade intelectual e 
do uso da razão, bem como habilidades motoras como o 
polegar opositor. 
II. Nossa evolução deve-se ao mesmo tempo a fatores de três 
ordens diferentes - às respostas do nosso organismo às 
demandas impostas pelo meio ambiente, às demandas 
coletivas desenvolvidas por nossa característica gregária e 
às lentas modificações físicas que disso se sucederam. 
III. O desenvolvimento de um cérebro maior, da postura ereta e 
o surgimento do polegar opositor foram fatores 
determinantes para que nossos ancestrais tivessem 
sobrevivido. Entretanto, os biólogos não admitem que essas 
sejam características que nos atribuam superioridade em 
relação aos outros seres vivos. 
IV. De acordo com a teoria evolucionista a espécie humana teve 
origem ao mesmo tempo em todos os continentes, isso 
explica o fato de que em cada lugar encontramos 
características biológicas diferenciadas como a cor da pele, 
dos olhos, estatura média do grupo e assim por diante. 
 
A) Estão corretas as alternativas I, II e IV 
B) Estão corretas as alternativas II, III e IV 
C) Estão corretas as alternativas II e IV 
D) Estão corretas as alternativas I, II e III 
E) Estão corretas as alternativas II e III 
02 - A respeito do evolucionismo, podemos afirmar que: 
 
A) Os evolucionistas e antropólogos encaram a espécie humana como 
um exemplo especial da evolução uma vez que as outras espécies 
vivas evoluem muito mais lentamente pelo fato de não terem 
desenvolvido um cérebro equivalente ao nosso. Isso permitiu que 
nossa espécie sofresse modificações que dificilmente serão igualadas 
por qualquer outro ser vivo. 
B) Segundo o evolucionismo, todas as espécies conseguem evoluir, 
portanto não existe possibilidade de mudança na quantidade de 
espécies existente, e sim na sua condição biológica que sofre 
alteração a cada passo da evolução. 
C) Para os evolucionistas, todo organismo EVOLUI. Evolução para 
eles significa que todas as espécies que evoluem se tornam 
necessariamente melhores, mais complexas e com organismos 
superiores aos que tinham há milhares de anos atrás. 
D) A busca de restos humanos pré-históricos nos obrigou a 
considerar a evolução da espécie humana como um outro animal 
qualquer. Além disso, segundo essa teoria todas as espécies vivas 
são fruto de uma longa e lenta evolução, não apenas o ser humano. 
Devemos então compreender que o processo da vida é evolutivo, 
inacabado e sem um objetivo ou plano pré-definido. 
E) Segundo o evolucionismo, apenas as espécies superiores evoluem, 
enquanto as inferiores acabem sofrendo extinção. 
 
03 - Entre as características que definem e marcam as 
especificidades da espécie humana, podemos apontar: 
 
A) É uma espécie que dependeu das características biológicas para 
definir a Humanidade. A única diferença entre o Humano e as outras 
espécies, pode ser resumida à evolução biológica de um cérebro 
capaz de efetuar operações complexas. 
B) Organiza agrupamentos de indivíduos que definem formas 
coletivas e ordenadas de práticas, pensamento, comportamento, 
convivência e sobrevivência. Não podemos compreendê-la sem 
considerarcomo a evolução cultural interferiu na evolução biológica. 
C) Define-se coletivamente dentro de grupos que compartilham a 
mesma história e que ignoram as diferenças e hierarquizações entre 
as diversas sociedades e culturas existentes. 
D) Trata-se de uma espécie que tem garantido em sua carga genética 
a capacidade de aprendizado e socialização, reproduzindo através da 
história sempre as mesmas respostas às mesmas necessidades, que 
são únicas para todos os indivíduos da espécie. 
E) Pode ser explicada através da capacidade para inovação, 
transformação e adaptação das formas de vida socioculturais que, a 
cada geração procura garantir inevitavelmente o progresso. 
 
04 - Segundo a teoria evolucionista: 
A) a espécie humana é uma das mais antigas existentes no planeta, 
tendo surgido praticamente no momento em que o nosso planeta 
resfriou o suficiente para permitir a existência de uma imensa 
diversidade biológica. 
B) nossa espécie é um exemplo de evolução; nenhuma outra espécie 
foi capaz de evoluir tanto quanto a nossa, por isso encontramos 
humanos que habitam em todas as partes do planeta, enquanto as 
outras espécies se restringem a territórios específicos. 
C) cada espécie surgiu em um determinado momento, de acordo com 
a maior capacidade de sobreviver naquele ambiente; assim, nossos 
antepassados humanos tiveram que conviver com mamíferos como 
os dinossauros, pois ambos necessitam do mesmo tipo de condição 
climática e ambiental. 
D) evoluir é uma medida da superioridade de uma espécie; assim, 
todas as espécies que sobreviveram à extinção podem ser 
consideradas melhores que seus antepassados. O melhor exemplo 
disso é o ser humano. 
E) a espécie humana evoluiu de antepassados que foram adquirindo 
lentamente capacidades que os diferenciavam de um ancestral 
comum aos macacos, e nessa cadeia evolutiva podemos encontrar as 
famílias de Australopitecus, os Homo Habilis e os Homo Erectus. 
 
 
05 - A explicação evolucionista mais aceita sobre a origem geográfica 
do ser humano afirma que: 
A) nossa espécie teve origem de algumas famílias de macacos da 
África, e só mais tarde surgiram os primeiros hominídeos no Norte 
(Europa) e Oriente Médio. 
B) o ser humano teria surgido ao mesmo tempo em dois pontos do 
globo – África e Europa – tendo se dispersado pelo resto do mundo a 
partir das eras glaciais. 
C) somos originários da Europa, por isso durante muito tempo ela foi 
chamada de o “velho continente”; dali partiram as correntes 
migratórias para o resto do globo. 
D) nossa espécie teve origem indeterminada geograficamente; as 
evidências fósseis são bastante confusas e não possibilita afirmarmos 
de onde viemos. 
E) o ser humano teve origem de algumas famílias de hominídeos 
africanos, que se dispersaram pelo globo em busca de alimento, 
adquirindo características locais em conseqüência da adaptação a 
diferentes ambientes. 
 
06 - Assinale a alternativa correta. De acordo com as descobertas da 
arqueologia e da paleontologia, o homo sapiens se desenvolveu: 
A) A partir da criação de uma espécie dotada de capacidades 
especiais, reproduzidas à imagem e semelhança de formas superiores 
e sobrenaturais, tendo permanecido estável e imutável através dos 
tempos com o destino de povoar e dominar o planeta. 
B) A partir de transformações anatômicas sucessivas e formas de 
adaptação ao meio e às demais espécies, pertencendo a um grupo de 
espécies que desenvolveram uma capacidade simbólica como 
instrumento adaptativo e de organização das relações com o 
ambiente e com os demais indivíduos da espécie através de regras e 
cooperação. 
C) Como a forma mais sofisticada de evolução, sendo portanto o 
resultado de um processo contínuo de progresso das espécies em 
direção a uma forma definitiva e superior de vida biológica, podendo 
ser tomada como modelo do projeto evolutivo pelo qual todas as 
espécies devem passar. 
D) Como resultado de uma evolução prevista, pois nenhuma outra 
espécie teria tido capacidade de desenvolver raciocínio, postura ereta 
e comportamento modelável pela cultura. 
E) A partir da evolução casual de uma família de símios que começou 
a gerar uma prole com cérebro avantajado e a postura ereta 
 
07 - Afinal, o ser humano é fruto de uma evolução? 
A) Não. O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus 
B) Sim. De acordo com a teoria da evolução somos apenas mais uma 
espécie animal 
C) Não. A teoria da evolução não está provada 
D) Sim. Evoluiu a partir do macaco, que por sua vez não evoluiu 
E) Não. As descobertas científicas atuais colocam em dúvida a 
evolução e mostram que, desde o início, o ser humano já possuía 
essa forma atual 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETERMINAÇÕES BIOLÓGICAS E GEOGRÁFICAS 
 
 
Sobre o prisma da perspectiva biológica, o ser humano faz parte de 
uma grande família que, após sucessivas migrações, foi dividida. Essa 
separação resultou nas diferentes raças humanas (negra, asiática, 
ariana). 
Porém é necessário explicar alguns aspectos importantes: cada 
individuo possui um fenótipo, entretanto somos portadores de 
genótipos que são genes que carregamos. 
 
FENÓTIPO: características - pele clara e olhos azuis 
GENES: são as informações hereditárias de um organismo 
 
Esta questão foi debatida durante muito tempo, tanto pela sociedade, 
como pela ciência. O pensamento naquele tempo era que cada raça 
correspondia uma cultura. A partir dessa visão é que surgiram as 
teorias deterministas. 
 
• DETERMINISMO BIOLÓGICO 
Defende que a herança genética seria responsável pelo 
comportamento diferenciado do ser humano dentro de cada 
cultura. 
• DETERMINISMO GEOGRÁFICO 
Defende que o meio ambiente no qual essa ou aquela 
população se desenvolveu, também seria um fator 
determinante para a cultura ali desenvolvida. Portanto, 
populações de lugares com clima quente, ou muito frio teriam 
sofrido influências que somadas ao fator biológico, explicariam 
costumes, mentalidade, valores e tradições. 
 
Então a geografia desempenhou um importante papel para a 
diversidade de tipos humanos? Sem dúvida! Ao longo do processo 
evolutivo, mudanças importantes ocorreram para permitir a 
sobrevivência de nossa espécie em diferentes meios. A quantidade de 
melanina na pele e a dimensão do aparelho nasal foram sendo 
modelados para permitir nossa sobrevivência. 
Como a grande família humana foi seguindo rumos diferentes, os 
grupos migravam para esse ou aquele lugar, carregavam um 
conjunto genético que foi se estabilizando ao longo da história. Isso 
foi criando fenótipos próprios a cada população humana que viveram 
praticamente isoladas umas das outras durante tempo suficiente para 
que fosse surgindo um tipo de “padrão” que chamamos etnia 
Mas não existe uma determinação biológica/geográfica que sustente 
a explicação sobre a diversidade cultural. Esses fatores são 
importantes na relação do ser humano com o meio, seja para 
sobreviver, seja para se relacionarem com os outros, mas não são 
determinantes. 
Nós não dependemos dos genes para isto ou aquilo, podemos com 
esforço chegarmos onde queremos, porém indivíduos que carregam 
genes para alguma coisa chega ao mesmo resultado com mais 
facilidades 
Para qualquer comportamento humano que seja levantado, a 
resposta é que o meio e a genética podem ser elementos que 
influenciam os grupos humanos, mas não há como afirmar que eles 
definem por si sós a nossa espécie. 
Ter tendência a gostar mais de arroz e feijão ou de peixe cru, faz 
parte de algo que aprendemos, e não de uma informação genética 
que não pode ser manipulada. E claro que carregamos a herança 
genética, mas não podemos afirmar, por exemplo, que um filho de 
alcoólatra possa ser alcoólatra também. 
O serhumano é uma espécie moldável e criativa. Em cada grupo 
social as respostas às necessidades e a qualidade dos vínculos sociais 
resultam de uma história que é única aquele grupo. 
Portadores das marcas da história, das experiências coletivamente 
vividas, das soluções criadas, cada grupo vai construindo um 
conjunto absolutamente único que é sua CULTURA. 
 
EXERCÍCIOS 
 
01 - Durante muito tempo acreditava-se que cada raça 
correspondia uma cultura. Dessa perspectiva ultrapassada surgiram 
algumas teorias, quais foram? Explique-as. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02 - AS MENINAS LOBO 
Após ler o texto escreva um texto (minimo 15 linhas), 
descrevendo as possiveis causas que as meninas lobos não 
conseguiram se adaptar a vida humana. 
NA Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente 
numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crianças. Amala e 
Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. A primeira tinha 
um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de 8 
anos de idade, viveu até 1929. Não tinham nada de humano e seu 
comportamento era exatamente semelhante aquele de seus irmãos 
lobos. 
Elas caminhavam de quatro patas, apoiando-se sobre os joelhos e 
cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os 
trajetos mais longos e rápidos. 
Eram incapazes de permanecer de pé. Só se alimentavam de carne 
crua ou podre, comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça 
para frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram 
recolhidas, passaram o dia acabrunhadas (abatidas) . Eram ativas e 
ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. 
Nunca choraram ou riam. 
Kamala viveu durante oito anos na instituição que a acolheu, 
humanizando-se lentamente. Ela necessitou de seis anos para 
aprender a andar e pouco antes de morrer só tinha um vocabulário 
de cinqüenta palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos 
poucos. 
Ela chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se 
apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela e às outras 
crianças com que mais conviveu. 
A sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se com outros por gestos, 
inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário rudimentar 
(não desenvolvido), aprendendo a executar ordens simples. 
 
03 - Procure informar-se sobre a história de Tarzan. Com base no 
que foi estudado no texto acima sobre as meninas-lobo, explique 
por que essa lenda é inverossímil. (mínimo 15 linhas) 
 
04 - Sabemos que desde a Antiguidade, o Homem procura 
explicações para a grande diversidade cultural, que é característica 
do conjunto das sociedades humanas. Entre essas explicações, 
existem aquelas que atribuem à diversidade cultural a fatores 
geográficos e biológicos. Sobre essas afirmações, uma das 
alternativas abaixo é correta. Assinale-a: 
 
A) Não é correto que fatores como clima, oferta de alimentos e raça 
influencia a cultura, uma vez que a cultura é uma herança social que 
não depende de fatores externos à própria sociedade. 
B) É correta essa afirmação, uma vez que a cultura é apenas uma 
solução para os problemas de sobrevivência da espécie humana, e 
dependendo do clima e do espaço onde se desenvolve uma cultura 
ela será uma resposta a essas condições; além disso, é sabido que o 
fator racial influencia em questões como a capacidade de 
desenvolvimento tecnológico e de organização institucional. 
C) Geografia e biologia são fatores importantes, mas não 
determinantes para o desenvolvimento de uma cultura, pois podemos 
encontrar populações que vivem em meio ambientes muito 
semelhantes, porém suas culturas são diferentes. A cultura não é 
apenas resposta ao meio ou de capacidades inatas, mas um conjunto 
de hábitos e costumes, saberes e instituições que se desenvolve de 
maneira única em cada sociedade. 
D) Não é correta essa afirmação, pois apesar da geografia não ser 
determinante para as características de uma cultura, a biologia é que 
consiste num aspecto fundamental; podemos perceber isso através 
de culturas que se desenvolvem igualmente para cada raça humana, 
ou seja, as culturas dos brancos, negros, amarelos e índios. 
E) É correta essa afirmação, pois a geografia influencia uma cultura 
através de aspectos como clima, qualidade do solo, distâncias em 
relação ao mar; já a biologia influencia em aspectos como a 
diversidade biológica à disposição de uma população em seu meio e 
que é fundamental como recurso para sua sobrevivência. Utilizando 
os recursos adequadamente, uma cultura se desenvolve melhor. 
 
 
05- Os dados científicos de que dispomos atualmente não confirmam 
a teoria segundo a qual as diferenças genéticas hereditárias 
constituiriam um fator de importância primordial entre as causas das 
diferenças que se manifestam entre as culturas e as obras das 
civilizações dos diversos povos ou grupos étnicos. Eles nos informam, 
pelo contrário, que essas diferenças se explicam antes de tudo pela 
história cultural de cada grupo. Os fatores que tiveram um papel 
preponderante na evolução do homem são a sua faculdade de 
aprender e a sua plasticidade. Esta dupla aptidão é o apanágio de 
todos os seres humanos. Ela constitui, de fato, uma das 
características específicas do Homo Sapiens”. 
(Declaração redigida por vários cientistas em 1950, no pós-nazismo, 
no encontro da Unesco em Paris) 
“Nada, no estado atual da ciência, permite afirmar a superioridade ou 
a inferioridade intelectual de uma raça em relação à outra”. 
Claude Lévi-Strauss, “Raça e cultura” 
 
Os dois pensamentos citados acima têm como objetivo: 
 
A) confirmar as teses que atribuíram características e aptidões raciais 
inatas. 
B) afirmar que as diferenças do ambiente físico condicionam a 
diversidade cultural. 
C) negar a grande diversidade cultural da espécie humana. 
D) negar as teses deterministas biológicas, lutando contra o 
preconceito racista e todas as tentativas de discriminação e de 
exploração. 
E) legitimar a hierarquia de raças. 
 
06 - “Folha - A senhora leu as declarações do presidente da 
Universidade Harvard, Lawrence Summers, que sugeriu que 
diferenças biológicas inatas entre homens e mulheres poderiam 
explicar a existência de um número menor de pesquisadoras nas 
ciências exatas? 
Collin - Ele disse isso? 
 “Folha - A senhora leu as declarações do presidente da Universidade 
Harvard, Lawrence Summers, que sugeriu que diferenças biológicas 
inatas entre homens e mulheres poderiam explicar a existência de 
um número menor de pesquisadoras nas ciências exatas? 
Collin - Ele disse isso? 
Folha - Disse. 
Collin - É um comentário estúpido. Isso me lembra de um comentário 
de um jornalista que disse que o nível das universidades francesas 
tinha caído por causa do número grande de mulheres que estavam 
estudando. 
Ele foi processado e, no processo, várias mulheres levaram livros de 
sua autoria para a mesa do juiz. Elas encheram a mesa com livros e 
ganharam o processo. 
Folha - No entanto, testes oficiais aplicados em estudantes no Brasil e 
em outros países do mundo mostram que meninos têm, em média, 
melhor desempenho em matemática, enquanto meninas têm notas 
melhores em português ou em sua língua materna. Negar essas 
diferenças não prejudica o entendimento dessa questão? 
Collin - Mesmo se essas estatísticas que você citou forem realmente 
corretas, elas têm que ser analisadas a partir do contexto cultural. Se 
for realmente verdade, e não estou dizendo que é, isso não permite 
dizer que essas diferenças ocorrem por razões naturais. Uma menina 
que recebeumenos incentivo da família do que um garoto poderá ter 
desempenho pior, mesmo se estudar na mesma classe. Essas 
diferenças, caso existam, são muito sensíveis ao contexto cultural.” 
(Jornal Folha de São Paulo, Segunda-feira, 2 de maio de 2005, 
“ENTREVISTA DA 2ª” com FRANÇOISE COLLIN, por ANTÔNIO GOIS) 
De acordo com a posição que Françoise Collin assume nesta 
entrevista, qual das afirmações abaixo é INCORRETA: 
 
A) as diferentes aptidões de homens e mulheres não se devem a 
causas naturais. 
B) homens e mulheres agem diferentemente sobretudo por terem 
sempre recebido um aprendizado diferenciado. 
C) a constituição genética feminina é o que determina o pior 
desempenho das mulheres em matemática. 
D) uma menina que recebeu menos incentivo de seu grupo cultural 
para gostar de matemática tenderá a ter um desempenho mais fraco 
do que o de um menino que tenha sido estimulado a gostar das 
ciências exatas. 
E) é falso que as diferenças de comportamento existentes entre 
pessoas de sexo diferentes sejam determinadas geneticamente. 
 
 
07 - Muita gente acredita que os nórdicos são mais inteligentes do 
que os negros; que os alemães têm mais habilidade para a mecânica; 
que os judeus são avarentos e negociantes; que os norte-americanos 
são empreendedores, traiçoeiros e cruéis; que os ciganos são 
nômades por instinto, e, finalmente, que os brasileiros herdaram a 
preguiça dos negros, a imprevidências dos índios e a luxúria dos 
portugueses.” (LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito 
antropológico. 17ª ed. RJ: Zahar,2004, p.17). 
Escolha a alternativa CONTRÁRIA à forma de pensar apresentada na 
citação acima. 
 
A) A cultura do homem é determinada pela quantidade de livros lidos. 
B) A cultura do homem é determinada pelos aspectos geográficos. 
C) A cultura do homem é determinada pela sua genética. 
D) A cultura do homem é resultado do criacionismo. 
E) A cultura do homem não é determinada pelo aspecto biológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Grande parte deste material foi cedido pela líder de disciplina de 
Homem e Sociedade ( DP online), extraído das seguintes referências: 
 
 E Roque de Barros LARAIA, na pg. 58 do texto “Idéia sobre a origem 
da cultura” no livro “CULTURA – UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO”: 
 “O desenvolvimento do conceito de cultura”, “Teorias modernas 
sobre a cultura”, in LARAIA, R.B. CULTURA - Um Conceito 
Antropológico, Rio de Janeiro: JORGE ZAHAR, 17ª ed., 2005. pp 30-
52; 59-64. 
 
“Primeiros movimentos”, “O Passaporte”, in ROCHA, Everardo. O 
QUE É ETNOCENTRISMO, São Paulo: Brasiliense, 19ª ed., 2004, 
pp. 23-55. 
 
“Os pais fundadores da etnografia – Boas e Malinowski”, in 
LAPLANTINE, F. APRENDER ANTROPOLOGIA, SP: Brasiliense, 
2007. PP. 75-92 
 
LARAIA, Roque de B. – “A cultura condiciona a visão de mundo do 
homem”; “A cultura interfere no plano biológico”; “Os indivíduos 
participam diferentemente de sua cultura”, in CULTURA – um 
conceito antropológico, Rio de Janeiro: JORGE ZAHAR, 21ª Ed, 2007. 
Pp. 67 – 86. 
 
 RIBAS, João C. “O olhar”, in GUERRIERO, Silas (org). ANTROPOS E 
PSIQUE – o outro e sua subjetividade. SP: Olho d´Água, 2003. Pp 
87-96. 
 
“Pensando em partir”, “Primeiros movimentos”, in ROCHA, E. O QUE 
É ETNOCENTRISMO, SP: Brasiliense, 12ª ed., 1996. 
 
BOAS, Franz. “Raça e Progresso”, in CASTRO, C. (org.)– Antropologia 
Cultural, Jorge Zahar, 2004, PP. 67-86. 
 
 “Os métodos da etnologia”, in CASTRO, Celso (org.) Franz BOAS - 
ANTROPOLOGIA CULTURAL, Jorge Zahar, 2004. 
 
SANTOS, J. L. O QUE É CULTURA, SP: Brasiliense, 2006 “A cultura em 
nossa sociedade”, in. pp. 51-79; “Cultura e relações de poder”, pp. 
80-86. 
 
KEMP, K. “Identidade cultural”, in GUERRIERO, S (Org.). ANTROPOS 
E PSIQUE. O outro e sua subjetividade. São Paulo: Ed. Olho D’água, 
5ª. Ed., 2004. LAPLANTINE, F. “Os pais fundadores da etnografia – 
Boas e Malinowski”, in Aprender Antropologia, Brasiliense, PP.75-92. 
 
HALL, Stuart. IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE, Rio 
de Janeiro: DP&A, 2003, 7ª ed. 
 
PASSADOR, Luiz Henrique. O campo da antropologia: constituição de 
uma ciência do homem, in ANTROPOS E PSIQUE – o outro e sua 
subjetividade, SP: Olho d´Água, 2003. pp 29-49. 
 
ELETRÔNICAS 
 
 
<http://bibliotecaets.blogspot.com.br/2009/01/darwin-200-
anos.html>, acessado em 22 jan 2013

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