Buscar

AD2 Teorias da Administracao II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
A administração pública e as disfunções da burocracia: aproximações entre a 
teoria de Weber e os escândalos sobre a corrupção pública. 
 
 
Quando Weber criou a Teoria Burocrática, o mesmo buscava resolver alguns 
problemas e limitações que as escolas anteriores apresentavam como, por exemplo, 
o excesso de mecanicismo da Teoria Clássica e a falta de racionalidade da Teoria 
das Relações Humanas. Além disso, a expansão e complexidade das empresas 
aliadas à uma sociedade cada vez mais consumista, necessitava um modelo de 
organização mais formal, de tal modo que a estrutura fosse menos pessoal, ou seja, 
que não precisasse se apoiar em apenas um indivíduo, como preconizava a Teoria 
Clássica. 
Para Weber, de acordo com Alessandra Jacobsen e Luís Neto, a organização obteria 
eficiência e sucesso ao seguir as regras de maneira rotineira, e não tendenciosa, ou 
seja, após o estabelecimento das regras e controles, a burocracia tornaria a 
organização eficiente e produtiva pois, imprimiria disciplina e impessoalidade e 
principalmente, previsibilidade do funcionamento e do comportamento dos seus 
membros. 
Outras características da burocracia são: a formalização das comunicações, divisão 
do trabalho – onde cada um trabalha dentro dos limites da sua função, evitando com 
isso esforços duplicados – profissionalização e especialização da administração, uso 
da meritocracia como critério para promoção na carreira, confiabilidade, rapidez e 
constância para tomar decisões previstas em manuais, hierarquização da autoridade 
e subordinação dos mais novos aos mais antigos. 
Entretanto, como Merton percebeu, algumas dessas características, quando 
distorcidas, podem trazer consequências imprevistas, que surgem com o passar do 
tempo. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
O excesso de procedimentos e o apego demasiado às regras, acabam acarretando 
falta de inovação, criatividade e o atendimento ao cliente é prejudicado ao se 
esquecer as particularidades de cada um em função dos padrões e normas a serem 
seguidos. 
Também o excesso de autoridade atribuído a uma só pessoa e o uso excessivo de 
símbolos, como por exemplo, a ostentação em ter um motorista exclusivo ou um 
gabinete com facilidades exclusivas levam a um dos problemas mais graves que 
temos ouvido falar muito ultimamente: a corrupção. As notícias trazidas pelas mídias 
diariamente, demonstram que a burocracia quando má utilizada pode ajudar gestores 
mal-intencionados a se beneficiarem de forma ilícita dos recursos públicos. 
A concentração de poder para aprovação de contratos, e outros documentos 
importantes, por exemplo, na mão de apenas uma pessoa ou pequeno grupo de 
pessoas, pode levar empresas a se aproveitarem desta condição e oferecer 
benefícios financeiros e outros para quem tem o poder para facilitar a vitória de uma 
licitação ou liberar mais rápido um documento necessário ao funcionamento da 
empresa. Ou seja, o “jeitinho” que é utilizado como forma de quebrar as regras 
burocráticas e atender a interesses pessoais. 
Entretanto, a burocracia bem utilizada é essencial para as organizações modernas e 
não deve de forma alguma ser abolida. Cabe às instituições públicas, se atualizarem 
e reverem alguns procedimentos que não cabem mais no mundo de hoje de forma 
que a organização proporcionada pela burocracia seja uma aliada no combate à 
corrupção.

Outros materiais