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Matéria - Brasil, o país do futebol... Americano?

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O país do Futebol... Americano?
Segundo pesquisa, Brasil fica apenas atrás do México em números de audiência fora dos EUA
Por Cayo Pereira, 
aluno IBMR - Jornalismo
Sim, pode ser difícil de acreditar, mas o esporte mais popular dos Estados Unidos tem espaço crescente no país do futebol com os pés. Com seguidos recordes de audiência, a NFL (National Football League) se tornou febre entre amantes de esportes televisionados. Ao longo de seus quatro meses de temporada, culminada no famoso Super Bowl, os jogos são acompanhados por milhares de brasileiros nas noites de quinta-feira, aos domingos tradicionais pela rodada tripla que vai de 14h até 0h, e nas noites de segunda-feira. 
 Jogos regados de fortes disputas e emoções fazem, muitas das vezes, os telespectadores ficarem acordados até altas horas acompanhando as partidas. Segundo a pesquisa realizada pelo conjunto Global Web Index e Statista, o Brasil é o terceiro país no mundo com mais fãs do esporte da bola oval, atrás apenas dos Estados Unidos, e do México, que contam com 23,3 milhões de fãs declarados da NFL, contra 19,7 milhões brasileiros. 
 - O crescimento da popularidade do futebol americano não se deu, ao contrário de outros esportes que vez ou outra chegam para ameaçar o futebol, por causa de um brasileiro ganhando, e sim porque o esporte é legal. As pessoas percebem que o esporte é muito interessante. Por mais que pareçam esportes completamente diferentes, que a princípio só tem a grama em comum, o futebol e o futebol americano são muito parecidos em vários quesitos. Ambos são esportes de natureza territorial e o ser humano gosta dessa alusão a batalha - diz Antony Curti, comentarista dos canais ESPN e editor-chefe do site Pro Football.
 Desde 2014, o Brasil está representado no esporte através de Cairo Santos, kicker paulista de 25 anos, que foi contratado pelo Kansas City Chiefs. Logo em sua primeira temporada, Cairo foi o líder de pontos dos Chiefs, com 113 pontos durante a season. Em 2015, no segundo ano como kicker titular, o paulista fez história ao ser o primeiro brasileiro a jogar e marcar pontos em uma partida de pós-temporada, quando marcou 12 dos 30 pontos que seu time fez no jogo contra o Houston Texans. No último campeonato, o time do brasileiro foi pelo segundo ano consecutivo aos playoffs da liga, chegou até a semifinal da conferência americana, onde caiu para o Pittsburgh Steelers. 
(Foto: NFL Media)
O Super Bowl 51 fez a ESPN a figurar na liderança de audiência nas TVs por assinatura durante o horário do evento. Em números, a transmissão do jogo foi 35% superior ao do ano passado entre Carolina Panthers e Denver Broncos. Segundo a própria ESPN, 754 mil pessoas foram impactadas na TV paga durante 1h32min, em média, cerca de 30 minutos a mais que 2016, no Brasil. 
Com números altos para um esporte não tão comum no Brasil, as transmissões das partidas devem ter algo especial para o público fiel ao jogo, e algo para cativar aqueles que assistem vez ou outra para tentar entender como funciona. 
- A gente tenta ser didático o tempo todo, mas sem menosprezar a inteligência do telespectador ou do leitor. É um trabalho de formiga, mas a cada ano que passa, eu vejo que as pessoas estão entendendo mais do esporte e é muito gratificante poder fazer parte disso - enfatiza Curti.

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